Arquivos da Categoria: Livros
DEVEMOS RECEAR QUE O PRIMEIRO NOVO PECADO SEJA TALVEZ O ÚLTIMO
14 DE SETEMBRO – FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Mihi absit gloriari, nisi in cruce Domini nostri Iesu Cristi; per quem mihi mundus crucifixus est, et ego mundo — “De mim esteja longe o gloriar-me, senão na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo; por quem o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6, 14)
Sumário. Esta terra é um lugar de merecimentos e, portanto, também de sofrimentos. Para nos exortar à paciência, Jesus Cristo levou uma vida de sofrimentos contínuos, e é a exemplo de Jesus que todos os santos abraçaram as tribulações com alegria, de modo que nenhum deles chegou à glória senão por um caminho semeado de espinhos. Que vergonha para nós! Adoramos a santa Cruz, gloriamo-nos de combater sob este estandarte triunfante, de ser herdeiros dos santos, e somos-lhes tão dessemelhantes! Há de ser sempre assim ? Senhor, enviai-me as cruzes que as minhas culpas merecem, mas dai-me também força para carregá-las com paciência.
***************************
Esta terra é um lugar de merecimentos, e por isso também de sofrimentos. A pátria na qual Deus nos preparou o descanso em gozo eterno, é o paraíso. É pouco o tempo de passar aqui, mas nesse pouco tempo são muitos os sofrimentos a suportar. De ordinário, quando a Providência divina destina alguém a coisas grandes, prova-o também por meio de maiores adversidades. Um dia Jesus Cristo apareceu à Bem-aventurada Batista Varani e disse-lhe que há três benefícios escolhidos que concede às almas, suas prediletas: o primeiro é o de não pecar; o segundo o de praticar boas obras; o terceiro e maior de todos, o de fazê-la sofrer por amor dele.
Mais belas ainda são as palavras que o mesmo Jesus Cristo dirigiu a Santa Teresa: “Minha filha”, disse-lhe, “pensas porventura que o merecimento está em gozar? Não, está em padecer e amar. Crê, pois, minha filha, que aquele que é mais amado de meu Pai, recebe dele maiores sofrimentos; e o pensar que sem sofrimentos ele admite alguém à sua amizade é uma pura ilusão”. Sendo, porém, que a natureza humana por si mesma aborrece tanto os sofrimentos, o Verbo Eterno, diz São Pedro, baixou do céu à terra para nos ensinar a carregar as nossas cruzes com paciência: Cristus passus est pro nobis, vobis relinquens exemplum, ut sequamini vestigia eius (1). Continuar lendo
DO ZELO DA SALVAÇÃO DAS ALMAS QUE DEVEM TER OS RELIGIOSOS
OUTRA MEDITAÇÃO PARA O XVI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O HOMEM HIDRÓPICO E O VÍCIO DE IMPUREZA
FESTA DO SANTÍSSIMO NOME DE MARIA
XVI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O HOMEM HIDRÓPICO E O CRISTÃO AMBICIOSO
MARIA SANTÍSSIMA, MODELO DE MORTIFICAÇÃO
JESUS, HOMEM DE DORES
DO SAGRADO VIÁTICO
FELICIDADE ETERNA DO CÉU
DEUS É MISERICORDIOSO, MAS TAMBÉM JUSTO
DO AMOR QUE DEUS NOS MOSTROU
XV DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O MOÇO DE NAIM E A LEMBRANÇA DA MORTE
MARTÍRIO DE MARIA SANTÍSSIMA AO PÉ DA CRUZ
JESUS TRATADO COMO O ÚLTIMO DOS HOMENS
JESUS NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO DÁ AUDIÊNCIA A TODOS E A QUALQUER HORA
DA ETERNIDADE DO INFERNO
A CADA MOMENTO NOS APROXIMAMOS DA MORTE
DA MORTIFICAÇÃO INTERIOR
XIV DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: OS DOIS SENHORES E AS ALMAS TÍBIAS
MARIA SANTÍSSIMA ALCANÇA A PERSEVERANÇA PARA SEUS DEVOTOS
CORAÇÃO AFLITO DE JESUS, CONSOLADO PELO ZELO DAS ALMAS
OS ADORADORES DE JESUS SACRAMENTADO
A RESSURREIÇÃO DOS CORPOS NO DIA DO JUÍZO
DO GRANDE MAL QUE É O DESAFETO DE DEUS
A NOSSA PERFEIÇÃO CONSISTE NA CONFORMIDADE COM A VONTADE DIVINA
XIII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: OS DEZ LEPROSOS E O PECADO DE INGRATIDÃO
UMA BELA EXPLICAÇÃO SOBRE AS ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR, NA MISSA TRIDENTINA
Capítulo VI do Livro “O Culto Católico em suas Cerimônias e seus Símbolos”, do Abbé A. Durand. – Tradução: Dominus Est
EXPLICAÇÃO DAS CERIMÔNIAS DA MISSA – I PARTE
PREPARAÇÃO AO PÉ DO ALTAR
Os fiéis estão reunidos para o santo Sacrifício; o padre, revestido com os ornamentos sagrados, deixou a sacristia para imolar a Vítima adorável; os anjos, aos milhares, cercam o altar, e do alto dos céus, a Santíssima Trindade considera com amor as grandes maravilhas que vão se operar. Uma voz secreta saída do tabernáculo se faz escutar pelo padre, e lhe diz como outrora disse a Moisés: “Trema ao aproximar- se do meu santuário, pois Eu sou o Senhor109””. O temor se apodera, então, de sua alma. Ele se detém ao pé do altar para se preparar pela confiança, o arrependimento e a oração, a fim de celebrar esses mistérios formidáveis do qual nem os próprios anjos se julgaram dignos
Ele vai imolar o Cordeiro de Deus, mas qual direito de vida ou de morte ele tem sobre o Deus que lhe extraiu do nada? O sinal da cruz que ele faz, o tranqüiliza, pois ele vem: em nome do Pai, que após ter entregue seu Filho à morte, deu ao padre sua autoridade para Lhe oferecer esse mesmo Filho em sacrifício; em nome do Filho, o qual ele vai tomar o lugar; em nome do Espírito Santo que formou no seio imaculado de Maria, a Vítima de nossa salvação, e por quem essa grande Vítima se ofereceu sobre o Calvário.
Esses pensamentos afiançam o padre. Seu olhar, iluminado pela fé, vislumbra acima do altar da terra, nos esplendores dos céus, outro altar misterioso. Pois é no seio do Pai, verdadeiro templo, sobre a substância do Verbo, verdadeiro altar, e pelo Espírito Santo, verdadeiro fogo sagrado, que Jesus Cristo, a Vítima, se oferece à majestade de Deus. Em instantes ele vai se aproximar desse sublime altar. Com este pensamento, um grito de alegria e de entusiasmo escapa de seu coração:
Subirei ao altar de Deus. Do Deus que alegra a minha juventude
Introibo ad altare Dei. Ad Deum qui lætificat juventutem meam
Sim, vou atravessar os nove coros dos anjos, avançar diante desse grande Deus, cujo trono repousa sobre as asas abrasadas dos Querubins, no seio da luz e da glória. Eu, criatura falha, não somente me aproximarei de meu Deus, mas repousarei sobre seu coração, pois entrarei em seu coração, verdadeiro altar da imolação. Continuar lendo