MARIA BUSCOU O MENINO DURANTE A NOITE

Resultado de imagem para escapulario carmoVocês todos sabem o que é o escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Se não souberem perguntem à mamãe. Quem recebe esse escapulário e traz consigo devotamente, vai para o Céu. Foi Nossa Senhora mesma quem o prometeu. Em lugar do escapulário também pode-se trazer uma medalha que tenha um lado a imagem do S. Coração de Jesus e no outro a do Puríssimo Coração de Maria. (Outro nome, para escapulário, é bentinho).

Quem de vocês ainda, por acaso, não tenha recebido do Sacerdote o escapulário, procure quanto antes consegui-lo, e depois trazê-lo sempre com respeito e amor.

Um exemplo de um menino que não quis dormir sem o escapulário.

O Padre Reitor de um colégio, fazendo, certa noite, a visita aos dormitórios, encontrou um aluno, de joelhos, ao pé da cama, enquanto os outros já estavam dormindo. O menino entregara seu escapulário ao porteiro, que era também alfaiate, para emendar as fitas. Não queria deitar-se, com o receio de morrer durante a noite.

– Faça um ato de contrição e deita-se: amanhã o bentinho ser-lhe-á entregue, disse o Padre Reitor.

– Não posso deitar-me sem meu escapulário, respondeu o bom menino.

Vendo isso, o Padre foi buscar o bentinho e lho entregou. Satisfeito, adormeceu logo cheio de alegria.

Na manhã seguinte, na hora de levantar, o menino ficou na cama. O Padre quis acorda-lo, mas em vão. Estava  morto.

Com um angélico sorriso nos lábios, apertava nas mãos o escapulário.

Maria Santíssima viera buscar o piedoso menino para premia-lo no Céu.

Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri

A VINGANÇA DOS COVARDES

Valle de los caídos, Espanha

Fonte: Boletim Permanencia

No pequeno cemitério do Vimieiro, aldeia do centro de Portugal, uma simples lápide de pedra com uma cruz encima e “AOS 1970” gravado em um dos lados, indica a última morada do homem providencial que governou o país entre 1932 e 1968: António de Oliveira Salazar. A poucos metros dali encontra-se a pequena igreja do seu baptismo e, mais acima, a modesta casa que o viu nascer.

O despojamento da sepultura, a simplicidade do povoado, a humildade do lar natal, contrastam com a dimensão extraordinária alcançada pelo homem e pela obra de restauração nacional que realizou em sua pátria.

Três atributos são – ou deveriam ser – fundamentais em um governante: inteligência, integridade e dedicação. Se não é tarefa fácil identificar uma dessas qualidades em um homem público, mais difícil é encontrar duas, e improvável encontrar as três simultaneamente. Para o bem de Portugal e dos portugueses, a Salazar foi concedida – e amplamente – a graça de possuir aquela tríade de ouro do verdadeiro condutor da Polis. Não apenas inteligência, mas uma inteligência superior; não só integridade, mas uma integridade – pese a redundância – absoluta; não apenas dedicação, mas uma dedicação total da sua pessoa a Portugal.

E nele, essas três características essenciais não estavam “soltas” a flutuar no espaço, mas solidamente ancoradas em um profundo amor a Deus e à pátria. Só então pode entender-se o núcleo do seu pensamento político, no qual a nação é o valor supremo na ordem temporal e o Estado “o ministro de Deus para o bem comum” – conceitos naturalmente incompreensíveis para a mentalidade materialista, hedonista e mundialista dos nossos dias. Continuar lendo

SOA O DOBRE POR NOTRE DAME

Resultado de imagem para incêndio notre dameDom Lourenço Fleichman, OSB

Acompanhei um pouco a situação em Paris pelos jornais franceses, e me parece importante escrever para os meus fiéis e leitores do site, para lhes falar um pouco sobre esse acontecimento estranho do incêndio de Notre Dame de Paris.

Muitas catedrais, igrejas, mosteiros queimaram em incêndios antes desse. Muitos terremotos derrubaram suas flechas monumentais, como vimos hoje cair a de Paris. 

Mas não posso deixar de considerar que essa destruição tem um caráter diferente. Antes do fogo destruir esta Citadela da Fé católica, há muito tempo já desaparecera o fogo que a levantara há cerca de 1.000 anos atrás.

Quando leio nos jornais os políticos falando de cultura, de Europa, de arte, não posso deixar de pensar na culpa que esses senhores têm por tudo o que foi jogado fora de civilização católica, dos mil anos da Cristandade, da Idade Média. Não posso impedir que brote no coração o ódio por essa Revolução que há 250 anos destrói o que nossos heróis construíram, para pasmo do mundo moderno, pelo simples amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, a sua Mãe Maria, e a sua Esposa, a Santa Igreja  Católica Apostólica Romana.

Não posso deixar de odiar com todas as forças da alma esse Modernismo de Vaticano II, que ainda hoje derruba as simbólicas cruzes da fé nos corações.

Na verdade o mundo moderno e a Igreja modernista não merecem esses monumentos da fé antiga, pois que a repudiaram com desprezo e violência.

Era normal que, na Apostasia Geral em que vivemos, os marcos da fé de outrora fossem desaparecendo, como destruídos foram os Sacramentos, as Orações, o Sacerdócio, as igrejas e tudo o mais que ocupava pela vida interior esses mesmos monumentos.

Mas a vida continua.

Já estão arrecadando o dinheiro da reconstrução. Muito dinheiro. Já anunciaram que reunirão os melhores artífices do mundo para refazer o que foi destruído pelas chamas. De que serve? Levantarão uma Catedral do Pluralismo revolucionário. Cantarão loas à Fraternidade universal. Incensarão a deusa Liberdade no altar da nova Notre Dame. E todos, unidos pela Igualdade sem Jesus crucificado, soltarão fogos no dia da inauguração. 

No limiar da nossa Semana Santa, quando nos preparamos para o luto litúrgico pela Paixão e Morte de Cristo, soa o dobre por Notre Dame.

E mais uma vez choramos a destruição da fé.

Domingo que vem nos alegraremos com Cristo Ressuscitado, e poderemos tratar da nossa salvação eterna, nos nossos esconderijos, nas nossas catacumbas da Tradição.

A REAÇÃO CATÓLICA

Mons. Louis-Gaston de Ségur

Somos reacionários? Não, se por reacionários entendemos os espíritos amuados, sempre ocupados em lamentar o passado, o antigo regime, a Idade Média. “Ninguém, bem dizia o bom Nicodemos, pode retornar ao ventre de sua mãe para nascer novamente”; sabemo-lo muito bem, e não desejamos o impossível.

Sim, somos reacionários, se se entende por isso os homens de fé e de coração, católicos antes de tudo, que não transigem nenhum princípio, não abandonam nenhuma verdade, respeitando, em meio às blasfêmias e ruínas revolucionárias, a ordem social estabelecida por Deus, decididos a não recuar um passo sequer diante das exigências de um mundo pervertido, e guardando como um dever de consciência a reação anti-revolucionária.

Dizemo-lo a toda hora, a Revolução é o grande perigo que ameaça a Igreja hoje. Seja o que digam os mistificadores, este perigo está às nossas portas, no ar que respiramos, em nossas ideias íntimas. À véspera de grandes catástrofes, sempre se encontram estes incompreensíveis cegos, surdos e mudos, que querem nada ver, nada compreender. “Está tudo bem, dizem eles; o mundo jamais foi tão esclarecido, a fortuna pública tão próspera, o exército tão bravo, a administração melhor organizada, a indústria mais florescente, as comunicações mais rápidas, a pátria mais unida”. Eles não enxergam, não querem ver que esta ordem material acoberta uma profunda desordem moral, e que a mina prestes a desabar é a base do edifício. Mistificados e mistificadores, eles abandonam a defesa, deixam-na aos demais e oferecem à Revolução a Igreja desarmada. (continue a ler)

Todavia, é mais claro que o dia, a Revolução é o anticristianismo que chama a si todas as forças inimigas da Igreja: incredulidade, protestantismo, cesarismo, galicanismo, racionalismo, naturalismo, falsa política, falsa ciência, falsa educação: “Tudo isto é meu, tudo é obra minha, brada a Revolução; marchemos todos contra o inimigo comum! Não mais o papa, nem a Igreja; enfraquecimento do julgo católico, emancipação da humanidade!”.

Eis o terrível adversário contra o qual cada cristão é obrigado a reagir, como nós já dizemos, com toda a energia que dá o amor de Deus, unido ao verdadeiro patriotismo. Eis o inimigo comum; ele vai vencer ou perder. Continuar lendo