Sexta Dor de Maria Santíssima – Jesus é descido da Cruz
SEXTA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A MANHÃ
QUINTA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A TARDE
NA PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA: OS SETE SALMOS PENITENCIAIS – SALMO 142
Senhor, ouvi a minha oração; pela vossa fidelidade, escutai a minha súplica, atendei-me em nome de vossa justiça.
Não entreis em juízo com o vosso servo, porque ninguém que viva é justo diante de vós.
O inimigo trama contra a minha vida, ele me prostrou por terra; relegou-me para as trevas com os mortos.
Desfalece-me o espírito dentro de mim, gela-me no peito o coração.
Lembro-me dos dias de outrora, penso em tudo aquilo que fizestes, reflito nas obras de vossas mãos.
Estendo para vós os braços; minha alma, como terra árida, tem sede de vós.
Apressai-vos em me atender, Senhor, pois estou a ponto de desfalecer. Não me oculteis a vossa face, para que não me torne como os que descem à sepultura.
Fazei-me sentir, logo, vossa bondade, porque ponho em vós a minha confiança. Mostrai-me o caminho que devo seguir, porque é para vós que se eleva a minha alma.
Livrai-me, Senhor, de meus inimigos, porque é em vós que ponho a minha esperança.
Ensinai-me a fazer vossa vontade, pois sois o meu Deus. Que vosso Espírito de bondade me conduza pelo caminho reto.
Por amor de vosso nome, Senhor, conservai-me a vida; em nome de vossa clemência, livrai minha alma de suas angústias.
Pela vossa bondade, destruí meus inimigos e exterminai todos os que me oprimem, pois sou vosso servo.
QUINTA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A MANHÃ
QUARTA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A TARDE
NA PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA: OS SETE SALMOS PENITENCIAIS – SALMO 129
Do fundo do abismo, clamo a vós, Senhor;
Senhor, ouvi minha oração. Que vossos ouvidos estejam atentos à voz de minha súplica.
Se tiverdes em conta nossos pecados, Senhor, Senhor, quem poderá subsistir diante de vós?
Mas em vós se encontra o perdão dos pecados, para que, reverentes, vos sirvamos.
Ponho a minha esperança no Senhor. Minha alma tem confiança em sua palavra.
Minha alma espera pelo Senhor, mais ansiosa do que os vigias pela manhã.
Mais do que os vigias que aguardam a manhã, espere Israel pelo Senhor, porque junto ao Senhor se acha a misericórdia; encontra-se nele copiosa redenção.
E ele mesmo há de remir Israel de todas as suas iniqüidades.
QUARTA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A MANHÃ
TERÇA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A TARDE
NA PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA: OS SETE SALMOS PENITENCIAIS – SALMO 101
Prece de um aflito que desabafa sua angústia diante do Senhor.
Senhor, ouvi a minha oração, e chegue até vós o meu clamor.
Não oculteis de mim a vossa face no dia de minha angústia. Inclinai para mim o vosso ouvido. Quando vos invocar, acudi-me prontamente,
porque meus dias se dissipam como a fumaça, e como um tição consomem-se os meus ossos.
Queimando como erva, meu coração murcha, até me esqueço de comer meu pão.
A violência de meus gemidos faz com que se me peguem à pele os ossos.
Assemelho-me ao pelicano do deserto, sou como a coruja nas ruínas.
Perdi o sono e gemo, como pássaro solitário no telhado.
Insultam-me continuamente os inimigos, em seu furor me atiram imprecações.
Como cinza do mesmo modo que pão, lágrimas se misturam à minha bebida,
devido à vossa cólera indignada, pois me tomastes para me lançar ao longe.
Os meus dias se esvaecem como a sombra da noite e me vou murchando como a relva.
Vós, porém, Senhor, sois eterno, e vosso nome subsiste em todas as gerações.
Levantai-vos, pois, e sede propício a Sião; é tempo de compadecer-vos dela, chegou a hora…
porque vossos servos têm amor aos seus escombros e se condoem de suas ruínas.
E as nações pagãs reverenciarão o vosso nome, Senhor, e os reis da terra prestarão homenagens à vossa glória.
Quando o Senhor tiver reconstruído Sião, e aparecido em sua glória,
quando ele aceitar a oração dos desvalidos e não mais rejeitar as suas súplicas,
escrevam-se estes fatos para a geração futura, e louve o Senhor o povo que há de vir,
porque o Senhor olhou do alto de seu santuário, do céu ele contemplou a terra;
para escutar os gemidos dos cativos, para livrar da morte os condenados;
para que seja aclamado em Sião o nome do Senhor, e em Jerusalém o seu louvor,
no dia em que se hão de reunir os povos, e os reinos para servir o Senhor.
Deus esgotou-me as forças no meio do caminho, abreviou-me os dias.
Meu Deus, peço, não me leveis no meio da minha vida, vós cujos anos são eternos.
No começo criastes a terra, e o céu é obra de vossas mãos.
Um e outro passarão, enquanto vós ficareis. Tudo se acaba pelo uso como um traje. Como uma veste, vós os substituís e eles hão de sumir.
Mas vós permaneceis o mesmo e vossos anos não têm fim.
Os filhos de vossos servos habitarão seguros, e sua posteridade se perpetuará diante de vós.
TERÇA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A MANHÃ
SEGUNDA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A TARDE
NA PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA: OS SETE SALMOS PENITENCIAIS – SALMO 50
Uma belíssima versão polifônica renascentista desse Salmo pode ser ouvida aqui.
Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniqüidade.
Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.
Eu reconheço a minha iniqüidade, diante de mim está sempre o meu pecado.
Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento.
Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado.
Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim.
Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.
Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes.
Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.
Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.
De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.
Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.
Então aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.
Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará.
Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.
Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.
Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.
Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.
Então aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.
SEGUNDA-FEIRA SANTA – MEDITAÇÃO PARA A MANHÃ
NA PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA: OS SETE SALMOS PENITENCIAIS – SALMO 37
Senhor, em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis,
porque as vossas flechas me atingiram, e desceu sobre mim a vossa mão.
Vossa cólera nada poupou em minha carne, por causa de meu pecado nada há de intacto nos meus ossos.
Porque minhas culpas se elevaram acima de minha cabeça, como pesado fardo me oprimem em demasia.
São fétidas e purulentas as chagas que a minha loucura me causou.
Estou abatido, extremamente recurvado, todo o dia ando cheio de tristeza.
Inteiramente inflamados os meus rins; não há parte sã em minha carne.
Ao extremo enfraquecido e alquebrado, agitado o coração, lanço gritos lancinantes.
Senhor, diante de vós estão todos os meus desejos, e meu gemido não vos é oculto.
Palpita-me o coração, abandonam-me as forças, e me falta a própria luz dos olhos.
Amigos e companheiros fogem de minha chaga, e meus parentes permanecem longe.
Os que odeiam a minha vida, armam-me ciladas; os que me procuram perder, ameaçam-me de morte; não cessam de planejar traições.
Eu, porém, sou como um surdo: não ouço; sou como um mudo que não abre os lábios.
Fiz-me como um homem que não ouve, e que não tem na boca réplicas a dar.
Porque é em vós, Senhor, que eu espero; vós me atendereis, Senhor, ó meu Deus.
Eis meu desejo: Não se alegrem com minha perda; não se ensoberbeçam contra mim, quando meu pé resvala;
pois estou prestes a cair, e minha dor é permanente.
Sim, minha culpa eu a confesso, meu pecado me atormenta.
Entretanto, são vigorosos e fortes os meus inimigos, e muitos os que me odeiam sem razão.
Retribuem-me o mal pelo bem, hostilizam-me porque quero fazer o bem.
Não me abandoneis, Senhor. Ó meu Deus, não fiqueis longe de mim.
Depressa, vinde em meu auxílio, Senhor, minha salvação!
DOMINGO DE RAMOS: JESUS FAZ A SUA ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM
Ecce rex tuus venit tibi mansuetus, sedens super asinam et pullum filium subiugalis — “Eis que o teu Rei aí vem a ti cheio de mansidão, montado sobre uma jumenta e um jumentinho, filho do que está sob o jugo” (Matth. 21, 5).
Sumário. Imaginemos ver Jesus na sua entrada triunfal em Jerusalém. O povo em júbilo lhe vai ao encontro, estende seus mantos na estrada e juncam-na de ramos de árvores. Ah! Quem teria dito então que o Senhor, acolhido agora com tão grande honra, dentro em poucos dias teria de passar ali como réu, condenado à morte? Mas é assim: O mundo muda num instante o Hosanna em Crucifige. E não obstante isso somos tão insensatos, que por um aplauso, por um nada nos expomos ao perigo de perdermos para sempre a alma, o paraíso de Deus.
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I. Estando próximo o tempo da Paixão, o nosso Redentor parte de Betânia para fazer a sua entrada em Jerusalém. Contemplemos a humildade de Jesus Cristo, que, sendo o Rei do céu, quer entrar naquela cidade montado numa jumenta. — Ó Jerusalém, eis que o teu rei aí vem humilde e manso. Não temas que Ele venha para reinar sobre ti ou apossar-se das tuas riquezas; porquanto vem a ti cheio de amor e piedade para te salvar e dar-te a vida pela sua morte.
Entretanto os habitantes da cidade, que, havia já tempos, O veneravam por causa de seus milagres, foram-Lhe ao encontro. Uns estendem os seus mantos na estrada por onde passa, outros juncam o caminho, em honra de Jesus, com ramos de árvores. — Oh! Quem teria dito que o mesmo Senhor, acolhido agora com tanta demonstração de veneração, havia de passar por ali dentro em poucos dias como réu condenado à morte, com a cruz aos ombros!?
Meu amado Jesus, quisestes fazer a vossa entrada tão gloriosa, a fim de que a vossa paixão e morte fosse tanto mais ignominiosa, quanto maior foi a honra então recebida. A cidade, ingrata, em poucos dias trocará os louvores que agora Vos tributa, por injúrias e maldições. Hoje cantam: “Glória a vós, Filho de Davi; sêde sempre bendito, porque vindes para nosso bem em nome do senhor.” E depois levantarão a voz bradando: Tolle, tolle, crucifige eum (1) — “Tira, tira, crucifica-O”. — Hoje tiram os próprios vestidos; então tirarão os vossos, para Vos açoitar e crucificar. Hoje cortam ramos e estendem-nos debaixo de vossos pés; então tomarão ramos de espinheiro, para Vos ferir a cabeça. Hoje bendizem-Vos, e depois hão de cumular-Vos de contumélias e blasfêmias. — Eia, minha alma, chega-te a Jesus e dize-Lhe com afeto e gratidão: Bendictus, qui venit in nomine Domine (2) — “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Continuar lendo
UM URGENTE APELO PELA RENOVAÇÃO DO MONAQUISMO
Fonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est
Em nossos dias fala-se muito sobre a restauração na Igreja mas raramente consideramos a maneira como a Cristandade foi primeiramente estabelecida. A resposta é simples — monges.
A seguir estão as seleções de uma série maior, em duas partes: “… Forward to Benedict” originalmente publicado no The Angelus de 2001. A série completa foi publicada neste site em homenagem à festa de São Bento de 2018.
Acima, dissemos: “a resposta é simples — monges”. Monges seguindo a Regra de São Bento para ser preciso. Pode ser uma simplificação, mas qualquer estudante de história sabe que os mosteiros foram a principal influência cristianizadora e civilizadora em uma Europa pagã (na melhor das hipóteses, ariana).
Não devemos ter uma noção incorreta de como o monasticismo [ou monaquismo] afeta a sociedade. Certamente não é por esforçar-se no sentido de implementar um programa político. Não, os meios são inteiramente sobrenaturais. As armas são, pela graça de Deus, oração, fé, esperança e caridade. É como Nosso Senhor prometeu: “Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas” (Mt. 6,33).
O monasticismo que resolverá os problemas sociais é aquele que visa principalmente a reforma do indivíduo. Sem santidade, nada … com santidade, tudo.
Hoje, em todas as nações, os homens pensantes reconhecem que nossa civilização se encontra à beira da ruína. Felizmente não há necessidade de ir ao político, ao economista ou ao estudante superficial de ciência política ou sociologia para uma análise do problema atual.
São Bento — Pai do Monaquismo Ocidental
Nunca o mundo estivera em uma condição tão deplorável do que no final dos primeiros cinco séculos da Cristandade. Todos os historiadores retratam a confusão, a corrupção e o desespero. Na moral, na lei, na ciência e na arte, tudo estava em ruínas. Os seguidores do Cristianismo estavam irremediavelmente divididos pela heresia e em todo o Império Romano não havia um imperador, rei, príncipe ou governante que não fosse pagão, ariano ou eutiquiano. Continuar lendo
NA PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA: OS SETE SALMOS PENITENCIAIS – SALMO 31
Feliz aquele cuja iniqüidade foi perdoada, cujo pecado foi absolvido.
Feliz o homem a quem o Senhor não argúi de falta, e em cujo coração não há dolo.
Enquanto me conservei calado, mirraram-se-me os ossos, entre contínuos gemidos.
Pois, dia e noite, vossa mão pesava sobre mim; esgotavam-se-me as forças como nos ardores do verão.
Então eu vos confessei o meu pecado, e não mais dissimulei a minha culpa. Disse: Sim, vou confessar ao Senhor a minha iniqüidade. E vós perdoastes a pena do meu pecado.
Assim também todo fiel recorrerá a vós, no momento da necessidade. Quando transbordarem muitas águas, elas não chegarão até ele.
Vós sois meu asilo, das angústias me preservareis e me envolvereis na alegria de minha salvação.
Vou te ensinar, dizeis, vou te mostrar o caminho que deves seguir; vou te instruir, fitando em ti os meus olhos:
não queiras ser sem inteligência como o cavalo, como o muar, que só ao freio e à rédea submetem seus ímpetos; de outro modo não se chegam a ti.
São muitos os sofrimentos do ímpio. Mas quem espera no Senhor, sua misericórdia o envolve.
Ó justos, alegrai-vos e regozijai-vos no Senhor. Exultai todos vós, retos de coração.
JESUS É APRESENTADO AOS PONTÍFICES E POR ELES CONDENADO À MORTE
At illi, tenentes Iesum, duxerunt ad Caiphan principem sacerdotum — Eles, prendendo a Jesus, O levaram a Caifás, príncipe dos sacerdotes (Matth. 26, 57).
Sumário. Imaginemos ver a Jesus Cristo perante o tribunal de Caifás. Ali é esbofeteado, tratado de blasfemador, declarado réu de morte, e como tal, maltratado de mil modos. Jesus, porém, no meio de tantos opróbrios, nada perde de sua serenidade e doçura, e parece que com o seu silêncio nos diz: Se quiserdes desagravar-me das injúrias que me fazem, suportai por meu amor os desprezos, assim como eu os suporto por vosso amor.
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Eis que o Redentor é levado como em triunfo à presença de Caifás, que já O estava esperando, e vendo-O diante de si, só e desamparado de seus discípulos, ficou cheio de contentamento. Minha alma, contempla o teu Senhor, que ali está todo humilde e manso. Contempla o seu belo rosto, que, no meio de tantas injúrias e desprezos, não perdeu a sua serenidade e doçura. O ímpio pontífice interroga Jesus sobre seus discípulos e sobre sua doutrina para achar algum pretexto de condenação. Jesus responde-lhe com humildade: “Eu não falei em segredo, mas em público; todos estes que aqui estão podem dar testemunho do que eu falei”. Senão, quando depois de uma resposta tão justa e tão branda, um algoz mais insolente avança do meio da chusma e, tratando Jesus de atrevido, lhe dá uma forte bofetada dizendo: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?” Ó Deus, como pôde uma resposta tão humilde e tão modesta merecer tão grave insulto?
Entretanto, o Conselho procurava testemunhas para o condenar à morte; mas não encontravam; pelo que o pontífice vai novamente buscar matéria de condenação nas palavras de nosso Salvador mesmo, e lhe diz: Adiuro te per Deum vivum, ut dicas nobis, si tu es Christus Filius Dei (1) — “Eu te conjuro, pelo Deus vivo, que nos digas, se tu és o Cristo, o Filho de Deus”. O Senhor, ouvindo que O conjuravam em nome de Deus, confessa a verdade e responde: “Sim, eu o sou: e um dia me verás, não tão desprezível como estou agora diante de ti, mas assentado num trono de majestade como juiz de todos os homens, acima das nuvens do céu”. Ouvindo estas palavras, o pontífice, em vez de prostrar-se com o rosto em terra para adorar a seu Deus, rasga seus vestidos e diz: “Para que mais precisamos de testemunhas? Acabais de ouvir a blasfêmia. Quid vobis videtur? (2) — “Que vos parece?” E todos os outros sacerdotes responderam que sem dúvida alguma Ele era réu de morte. — Ah, meu Jesus, o mesmo disse também vosso Eterno Pai, quando Vos oferecestes a expiar os nossos pecados. Meu Filho, disse, já que queres satisfazer pelos homens, és réu de morte, e por isso é necessário que morras.
Tunc expuerunt in faciem eius, et colaphis eum ceciderunt(3) — “Então cuspiram-Lhe no rosto e deram-Lhe bofetadas”. Sendo Jesus Cristo declarado réu de morte, puseram-se todos a maltratá-Lo como a um malfeitor. Um cospe-Lhe no rosto, outro dá-Lhe empuxões, mais outro Lhe dá bofetadas. Vendando-Lhe os olhos com um pano, escarnecem d’Ele, chamando-O falso profeta, e dizendo: “Já que és profeta, profetiza agora quem Te bateu”. Escreve São Jerônimo que foram tantos os insultos e injúrias que naquela noite foram feitos ao Senhor, que só no dia do juízo final serão conhecidos todos. Continuar lendo
MÃES, SEJAM SANTAS!
Santa Mônica com seu filho Santo Agostinho
Eis um texto para nossas mães de família. Rezemos para que Deus nos dê mães santas.
Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est
“Lembrem-se desta grande palavra de Cristo: “E através deles me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade.” É o mesmo que toda mãe cristã dever dizer. A santificação é um dever pessoal, mas se infelizmente se se chega a esquecer disso como um dever pessoal, pelo menos deve ser lembrado como um dever maternal, como uma dívida para com seus filhos. Só Deus sabe a influência que tem a santidade de uma mãe tem nas almas de seus pequeninos. Quase todos os grandes santos tinham mães muito piedosas. A primeira graça que é dada a um homem é ter uma mãe segundo o coração de Deus. Temos o hábito de dizer: “Tal pai, tal filho” … mas diríamos de forma ainda melhor: “Tal mãe, tal filho “.
Saibam Mães, que sua maternidade não terminará enquanto, em sua tarefa, não tenham feito crescer Jesus Cristo no coração de seus filhos. A Igreja, esta Mãe divina através da qual Deus exerce principalmente a sua própria maternidade, deu à luz aos seus filhos para a vida eterna. O batismo é apenas uma semente e o batizado nada mais é do que um recém-nascido. Depois de colocar a semente, é necessário cultivá-la … após o nascimento, o crescimento. Esse é o seu dever e as senhoras não poderão fazê-lo sem serem santas. Oh, que missão a sua! Quantas coisas dependem das senhoras! Se a sociedade está tão doente ao ponto que nos perguntamos se está morrendo é porque há muito poucos cristãos. Agora, se há poucos cristãos, há poucas mães suficientemente cristãs. “
Cardeal Pie
PREPARAÇÃO PARA A ORAÇÃO MENTAL – MEDITAÇÃO VIII – DA MISERICÓRDIA DE DEUS
Vamos conversar com Deus sobre o importantíssimo negocio da salvação das nossas almas; porem, para que os nossos infernais inimigos não nos embaracem, armemo-nos primeiro com o sinal da Cruz, dizendo com vivíssima fé: Pelo sinal da Santa Cruz, etc…
Feito o sinal da Cruz, digamos:
Espíritos tentadores e demônios malditos apartem-vos de mim e deste lugar para as profundezas do inferno, e não me estorveis nesta oração, dirigida para a honra e glória de Deus, e salvação da minha alma.
Façamos atos da presença de Deus.
Eu creio meu Deus e Senhor, firmemente, que vós estais aqui presente, dentro de mim, penetrando no meu interior, presenciando ainda os mais ocultos pensamentos do meu coração, sem que eu me possa esconder aos vossos puríssimos olhos; porém (prostrem-se) prostrado por terra com o corpo e com a alma, unido ao mesmo pó, me humilho na vossa divina presença desejo adorar-vos como adora a Maria Santíssima, os anjos e os santos do céu e os justos da terra: – Porem, ai de mim, oh meu Deus! Eu pequei, Senhor, perdoe-me, que eu proponho de me emendar e de não tornar mais a pecar. (levantem-se da prostração)
Ato de petição
Pai Eterno pelo sangue de Jesus Cristo e pelas dores de Maria Santíssima conceda-me as luzes, auxílio e graças para fazer bem e com fruto essa meditação. (Rezar um Pai Nosso e Uma Ave Maria)
Leiam-se agora os pontos da meditação, um de cada vez; e quando se encontrarem esses pontinhos (…) deve-se parar por algum tempo, a fim de se ponderar bem o sentido do que se tiver lido; e depois de cada ponto se ficará em silencio, meditando, pelo menos, dez minutos, de maneira que a meditação dos três pontos perfaça, pelo menos, meia hora; e ultimamente se darão graças ao Senhor.
Breve método da oração
Meditação VIII – Da misericórdia de Deus
Ponto 1º – Considera quanto é admirável a misericórdia de Deus para com os pecadores arrependidos. – Deus aborrece, sim, o pecado, porem ama tanto as criaturas, que apenas a alma se arrepende do pecado, é logo amada de Deus. O Senhor deseja salvar a todos, porque Ele nos criou para o céu, e não para o inferno. Ele nos afirma que não quer a morte do pecador, mas sim que ele se converta e viva; e promete esquecer-se dos nossos pecados e lança-los no fundo do mar se, sinceramente contritos, deles fizermos penitencia. E que mais queres tu, pecado? Qual a dificuldade de voltar para o Senhor? Tens medo que te aborreça, ou te castigues?… Ah! Nada disso receie. Sabes oque Ele te diz? Continuar lendo
NA PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA: OS SETE SALMOS PENITENCIAIS – SALMO 6
Senhor, em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis.
Tende piedade de mim, Senhor, porque desfaleço; sarai-me, pois sinto abalados os meus ossos.
Minha alma está muito perturbada; vós, porém, Senhor, até quando?…
Voltai, Senhor, livrai minha alma; salvai-me, pela vossa bondade.
Porque no seio da morte não há quem de vós se lembre; quem vos glorificará na habitação dos mortos?
Eu me esgoto gemendo; todas as noites banho de pranto minha cama, com lágrimas inundo o meu leito.
De amargura meus olhos se turvam, esmorecem por causa dos que me oprimem.
Apartai-vos de mim, vós todos que praticais o mal, porque o Senhor atendeu às minhas lágrimas.
O Senhor escutou a minha oração, o Senhor acolheu a minha súplica.
Que todos os meus inimigos sejam envergonhados e aterrados; recuem imediatamente, cobertos de confusão!
COMEMORAÇÃO DAS SETE DORES DE MARIA SANTÍSSIMA
O vos omnes qui transitis per viam, attendite et videte, si est dolor sicut dolor meus — “Ó vós todos os que passais pelo caminho, atendei e vede, se há dor semelhante à minha dor” (Thr. 1, 12).
Sumário. Bem compete à Bem-Aventurada Virgem o título de Rainha dos Mártires, porque, semelhante em tudo a Jesus, sofreu, em toda a sua vida, no coração um martírio, ao mesmo tempo o mais longo e o mais doloroso. E o seu martírio não ficou estéril; muito ao contrário, produziu um fruto inestimável de vida eterna, de modo que todos os que se salvam, são disso devedores, depois de Jesus Cristo, às dores de Maria. Se nos queremos mostrar verdadeiros filhos da nossa aflita Mãe, imitemos a sua paciência e resignação.
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Assim como Jesus se chama Rei de Dores e Rei dos Mártires, porque padeceu na sua vida mais que todos os outros mártires; assim Maria é com razão chamada Rainha dos Mártires. Mereceu este titulo por ter sofrido o martírio maislongoe mais doloroso que se possa padecer depois do de seu Filho.
A Virgem pôde dizer o que o Senhor disse pela boca de Davi: Defecit in dolore vita mea, et anni mei in gemitibus (1) — A minha vida passou-se toda em dor e lágrimas, porquanto a minha dor, que era a compaixão de meu amado Filho, não se afastava jamais do meu pensamento, vendo eu sempre todas as penas e a morte que Ele um dia devia padecer. — Revelou a mesma divina Mãe a Santa Brígida, que, ainda depois da morte do Filho e depois de sua ascensão ao céu, a lembrança da sua paixão estava sempre fixa e recente no seu terno coração de mãe, quer comesse, quer trabalhasse.
O martírio de Maria foi também de todos o mais doloroso, porquanto, ao passo que os outros mártires tiveram o corpo dilacerado pelo ferro, ela teve a alma traspassada e martirizada, como já lhe predisse São Simeão: Et tuam ipsius animam (doloris) gladius pertransibit (2) — “E uma espada (de dor) te traspassará a alma”. Ora, quanto a alma é mais nobre que o corpo, tanto maior foi a dor de Maria que a de todos os mártires. — A tudo isso acresce que ela padeceu sem alívio algum. Para os outros mártires, o seu amor a Jesus fazia-lhes os tormentos doces e suaves; para a divina Mãe, porém, o mesmo amor se lhe tornou cruel algoz, e fazia todo o seu martírio. Numa palavra, conclui um sábio escritor, o martírio de Maria na Paixão do Filho foi tão grande, porque ela só podia dignamente compadecer-se da morte de um Deus feito homem. Continuar lendo
ACAMPAMENTO DE MENINAS – JULHO 2018
Estão abertas as inscrições para o Acampamento da Companhia Santa Joana D’arc 2018. Todas as meninas e moças a partir de 7 até os 17 anos estão convidadas para participar ou ajudar nesses 10 dias que fazem tanto bem às almas e alegram o Imaculado Coração de Maria.
O acampamento acontecerá do dia 19 a 28 de julho de 2018, na Chácara Rosa Mística, em Mogi das Cruzes- SP.
No dia 28 de julho teremos o encerramento com apresentação de teatro, dança, música e nosso tradicional almoço com os pais e amigos.
Pedimos que as inscrições sejam realizadas pelo e-mail companhiasjda@gmail.com enviando nome, idade, RG da menina e cidade de origem.
Inscrições até dia 06 de julho! Sabemos que os gastos são muitos para as grandes famílias, antecipem-se, paguem parcelado.
Pagamento:
R$ 230,00 até o dia 30 de junho;
R$ 250,00 a partir do dia 1 de julho.
Todas são muito bem-vindas e estamos à disposição para qualquer dúvida.
“ELES TÊM OS TEMPLOS, VÓS A FÉ APOSTÓLICA”
Fonte: FSSPX Distrito do México – Tradução: Dominus Est
Carta de São Atanásio, Bispo de Alexandria, aos seus fiéis, onde lhes fala sobre a importância de permanecer dentro da verdadeira fé e adesão à Tradição.
“Que Deus vos conforte! … O que tanto vos entristece é que os inimigos ocuparam vossos templos pela violência, enquanto vós, em todo esse tempo, encontrais-vos fora.
É um fato que eles têm os edifícios, os templos, mas, por outro lado, vós tendes a fé apostólica. Eles conseguiram tirar-nos nossos templos, mas estão fora da verdadeira fé. Vós tendes que permanecer fora dos lugares de culto, mas permaneceis, contudo, dentro da fé.
Reflitamos: o que é mais importante, o lugar ou a fé? Evidentemente, a verdadeira fé. Nesta luta, quem perdeu, quem ganhou: aquele que guardou o lugar ou aquele que guardou a fé?
O lugar, é verdade, é bom, (mas) quando nele se prega a fé apostólica; é santo se tudo o que nele acontece e passa é santo.
Sois afortunados, porque permaneceis na Igreja por vossa fé, que chegou até vós através da Tradição Apostólica e se, sob pressão, um zelo execrável pretendeu quebrantar vossa fé, essa pressão não obteve êxito. São eles os que se separaram, na presente crise da Igreja.
Ninguém jamais prevalecerá contra vossa fé, caríssimos irmãos. E nós sabemos que um dia Deus nos devolverá nossos templos.
Assim, pois, quanto mais eles insistem em tirar nossos lugares de culto, mais eles se separam da Igreja. Eles pretendem representar a Igreja, quando, na realidade, expulsaram-se a si mesmos e se extraviaram.
Os católicos que permanecem leais à Tradição, ainda que reduzidos a um pequeno resto, são a verdadeira Igreja de Jesus Cristo”.
Santo Atanásio
JESUS É PRESO, LIGADO E CONDUZIDO A JERUSALÉM
Comprehenderunt Iesum et ligaverunt eum — “Eles prenderam a Jesus e o ligaram” (Io. 18, 12)
Sumário. Imaginemos ver a Jesus, que, abandonado de seus discípulos, é preso, ligado e levado a desoras e com grande tumulto pelas ruas de Jerusalém. Ao verem-No assim, todos que O veneraram, já O odeiam e se envergonham de O terem tido pelo Messias. Se nós, à vista de um Deus tão humilhado por nosso amor e para nosso ensino, ainda amarmos os bens fugazes da terra, ambicionarmos as honras e preeminências, não somos dignos do nome de cristãos.
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O Redentor, sabendo que Judas se aproximava, acompanhado dos Judeus e dos soldados, levanta-se, banhado ainda no suor da agonia mortal. Com o rosto pálido, mas com o coração todo abrasado em amor, vai-lhes ao encontro para se lhes entregar nas mãos, e vendo-os chegados perto, diz:Quem quaeritis?— “A quem buscais?” — Afigura-te, minha alma, que neste momento Jesus te pergunta também: Dize-me, a quem buscas? Ah, meu Senhor, a quem poderei buscar senão a Vós, que descestes do céu à terra para me buscar e não me ver perdido?
Comprehenderunt Iesum, et ligaverunt eum — “Eles prenderam a Jesus e o ligaram”. Ó céus, um Deus ligado! Que diríamos, se víssemos um rei preso e ligado pelos seus servos? E que dizemos agora vendo um Deus entregue às mãos da gentalha? Ó cordas bem-aventuradas! Vós que ligastes o meu Redentor, ah! Liga-me a Ele, mas liga-me de tal modo que nunca mais me possa separar de seu amor. — Considera, minha alma, como um lhe liga as mãos, outro o injuria, mais outro o empurra, e o Cordeiro inocente se deixa ligar e empurrar quanto quiserem. Não procura fugir das mãos deles, não chama por auxílio, não se queixa de tantas injúrias, nem mesmo pergunta por que é tratado assim. Eis, pois, realizada a profecia de Isaías: Oblatus est quia ipse voluit, et non aperuit os suum; sicut ovis ad occisionem ducetur (2) — “Foi oferecido, porque ele mesmo quis, e não abriu a sua boca; ele será levado como uma ovelha ao matadouro”.
Mas onde é que se acham os seus discípulos? Que fazem? Já não podendo livrá-Lo das mãos de seus inimigos, ao menos que o tivessem acompanhado para defenderem a inocência de Jesus perante os juízes, ou sequer para o consolarem com a sua presença! Mas não; o Evangelho diz: Tunc discipuli eius, relinquentes eum, omnes fugerunt (3) — “Então os seus discípulos desamparando-O, fugiram todos”. Qual não devia ser a tristeza de Jesus, vendo que até os seus discípulos queridos fugiam e O desamparavam? Mas, ó céus, então o Senhor viu ao mesmo tempo todas aquelas almas que, sendo por Ele mais favorecidas, haviam de abandoná-Lo depois e de Lhe virar as costas. Continuar lendo
CATECISMO EM VÍDEO – AULA 15: O PARAÍSO TERRESTRE
SUBDIACONATO E ÚLTIMAS ORDENS MENORES CONFERIDOS EM ECÔNE – 2018
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
ORDENS MENORES DE ACÓLITO E EXORCISTA
Em 17 de março de 2018, no sábado conhecido como “Sitientes”, do nome do Introito da missa do dia, 5 jovens levitas receberam o subdiaconato das mãos de Mons. Bernard Tissier de Mallerais, bispo auxiliar da Fraternidade Sacerdotal São Pio X .
Esta primeira ordem maior, da lista das que levam ao sacerdócio, implica a entrega total de si mesmo a Deus através dos votos de castidade e a obrigação de recitar o breviário em nome da Igreja.
Na mesma cerimônia, outros 12 clérigos receberam as duas últimas ordens menores de Acólito e Exorcista.
ELEVAÇÃO AO SUBDIACONATO
Após as admoestações relativas aos seus compromissos definitivos, os ordenandos se prostraram no chão, de bruços, em sinal de humildade e adoração, como faziam os patriarcas e os profetas.
Então, em harmonia com todos os eleitos do Céu, é cantada a Ladainha de Todos os Santos, a oração favorita da Igreja em que todos os títulos meritórios e as obras do Homem-Deus são apresentados à Santíssima Trindade. Esta prostração e ladainha precedem a ordenação ao diaconato e também ao sacerdócio.
O papel do subdiácono é apresentar a patena e o cálice ao diácono nas Missas solenes, verter água no cálice e cantar a Epístola. Ele também é responsável pela purificação de panos sagrados.
Ao receber a primeira ordem maior, o subdiaconato, os jovens levitas se comprometem, por um voto implícito, a levar uma vida de castidade perpétua (ver Código de Direito Canônico de 1917, Canon 132 ).
Mons. Tissier de Mallerais dirigiu-se a eles com as seguintes palavras prescritas:
“Meus queridos filhos, ao receberem esta Ordem, não vos será mais lícito afastarem-se de vosso objetivo e serão sempre obrigados a estar ao serviço a Deus (De servi-Lo para que Ele reine) e com Sua ajuda irão guardar a castidade e permanecerão sempre envolvidos no ministério da Igreja. Por consequência, enquanto houver tempo, examinem-se e vejam se estão determinados a perseverarem em vossa santa resolução e a darem esse passo em nome de Nosso Senhor.”
Além do compromisso com o celibato, os subdiáconos são obrigados a recitar todo o breviário diariamente. Durante a cerimônia, o pontífice pede ao Espírito Santo para que preencha os novos subdiáconos com seus dons, a fim de que possam cumprir dignamente as altas funções que a Igreja lhes confiou.
Rezemos por essas vocações e peçamos a Nossa Senhora para suscitar muitos chamados à vida religiosa nas famílias católicas.
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“Senhor, dai-nos sacerdotes,
Senhor, dai-nos santos sacerdotes,
Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,
Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,
Senhor, dai-nos famílias católicas,
São Pio X, rogai por nós”
JESUS ORA NO HORTO E SUA SANGUE
Tunc venit Iesus cum illis in villam, quae dicitur Gethsemani — “Então foi Jesus com eles a uma herdade, que é chamada Gethsemani” (Matth 26, 36)
Sumário. O Filho de Deus, para nos ensinar o modo de orar, pede no horto a seu Pai divino, que O exima de beber o cálice de sua Paixão; com resignação, porém, acrescenta que se conforma em tudo à divina vontade. Prostra-se com a face na terra, e é tão grande o temor, o aborrecimento e a tristeza que Lhe sobrevém pela previsão dos seus padecimentos e da nossa ingratidão, que chega a suar sangue vivo. Ah, meu pobre Senhor, se eu menos houvera pecado, Vós menos teríeis sofrido.
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I. Finda que foi a ação de graças depois da Ceia, Jesus sai do cenáculo com os seus discípulos, entra no horto de Getsêmani e se põe em oração. Mas, ai! No mesmo instante assaltam-No juntos grande temor, grande aborrecimento e grande tristeza. Com o coração oprimido pela dor, o nosso Redentor diz que a sua alma bendita está triste até à morte: Tristis est anima mea usque ad mortem (1). — Jesus quis que então Lhe fosse presente aos olhos toda a funesta cena dos tormentos e opróbrios que Lhe estavam preparados. Na Paixão, estes tormentos afligiram-No um após outro; mas ali no horto vieram cruciá-Lo todos juntos, as bofetadas, os escarros, os açoites, os espinhos, os cravos e os vitupérios, que depois deveria sofrer. Submisso, aceita-os todos; mas, aceitando-os treme, agoniza e ora.
Mas, meu Jesus, quem Vos constrange a sofrer tantas penas? Constrange-me, responde, o amor que tenho aos homens. — Ah! Que assombro devia causar no céu o ver a força feita fraqueza! Um Deus aflito! E para que? Para salvação dos homens, suas criaturas! Naquele horto foi oferecido o primeiro sacrifício: Jesus foi a vítima, o amor, o sacerdote e o ardor de seu afeto para com os homens foi o fogo sagrado que consumiu o sacrifício.
Pater mi, si possibile est, transeat a me calix iste (2) — “Pai meu, se é possível, passe de mim este cálice”. Assim ora Jesus: Meu Pai, se é possível, isenta-me de beber este cálice tão amargoso. Mas Jesus ora assim, não tanto para ficar isento, como para nos fazer compreender a pena que padece e aceita por nosso amor. Ora assim também para nos ensinar que nas tribulações nos é permitido pedir a Deus que nos livre; mas ao mesmo tempo devemo-nos conformar em tudo com a vontade divina, e dizer o que Ele disse: Verumtamen non sicut ego volo, sed sicut tu (3) — “Todavia não seja como eu quero, mas sim como tu”. Continuar lendo
A TRADIÇÃO VAI À APARECIDA: PEREGRINAÇÃO FSSPX – 2018
Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
No dia 19/05/18 teremos mais uma peregrinação da FSSPX à Aparecida.
Fiéis da FSSPX se reunirão em Pindamonhangaba e de lá partirão a pé para visitar nossa Mãe Santíssima.
Esse ano, devido à algumas mudanças de organização, serão cerca de 20 quilômetros de percurso de uma cidade à outra, completados em 5/6 horas de caminhada, mais ou menos.
No trajeto iremos cantando músicas tradicionais, rezando rosários e os padres ficarão à disposição para ouvir confissões.
Ao final teremos a Missa de encerramento e faremos a visita à nossa Mãe Santíssima na Basílica.
As fotos da Peregrinação do ano passado podem ser vistas aqui: “Fotos e vídeo da peregrinação da FSSPX à Aparecida (2017)”
Aos que quiserem participar conosco e/ou ter mais informações, partindo de Ribeirão Preto, entrem em contato pelo gespiox@yahoo.com.br
Restam poucas vagas.
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OBS: para informações de como serão as saídas dos outros Centros de Missa, Comunidades amigas e Priorados, favor entrarem em contato diretamente com os mesmos (ver aqui).