ORDENAÇÕES AO SACERDÓCIO E DIACONATO NO SEMINÁRIO DE ECÔNE (FSSPX), NA SUÍÇA – 2024

Hoje, 27 de junho de 2024, no Seminário São Pio X em Écône, D. Bernard Fellay ordenou 10 novos padres (7 para a FSSPX e 3 capuchinhos de Morgon) e 3 novos diáconos.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 707 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos Priorados e em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

ALOCUÇÃO “CI RIESCE” – SOBRE O PROBLEMA DA TOLERÂNCIA RELIGIOSA NA CRESCENTE COMUNIDADE DAS NAÇÕES

O Papa Francisco poderia declarar santo a Pio XII

Fonte: Site do Vaticano – Tradução: Dominus Est

Discurso dirigido por Sua Santidade aos que compareceram ao quinto Congresso nacional da União dos Juristas Católicos Italianos, em 6 de dezembro de 1953.

É para nós uma grande satisfação, queridos filhos da União dos Juristas Católicos Italianos, vê-los aqui reunidos ao nosso redor e dar-lhes, cordialmente, as boas-vindas.

No início de outubro, um outro Congresso de juristas reunia-se em Nossa residência de verão: o de Direito Penal Internacional. Sua “Convenção” tem, de fato, um caráter nacional, mas o tema dele é “nação e comunidade internacional”, e toca novamente as relações entre povos e Estados soberanos. Não por acaso se multiplicam os Congressos que estudam questões internacionais, científicas, econômicas e também políticas. O fato manifesto de que as relações entre indivíduos pertencentes a diferentes povos e entre os próprios povos estão crescendo em extensão e profundidade, torna cada dia mais urgente uma regulamentação das relações internacionais, privadas e públicas, especialmente porque esta aproximação mútua é determinada não apenas pelo incomparável aumento das possibilidades técnicas e pela livre escolha, mas também pela ação mais penetrante de uma lei imanente de desenvolvimento. Não devemos, portanto, reprimi-la, mas antes encorajá-la e promovê-la.

I

Neste processo de ampliação, as Comunidades de Estados e povos, quer já existam ou não representem mais do que um objetivo a ser alcançado e implementado, assumem naturalmente uma particular importância. São comunidades nas quais os Estados soberanos, ou seja, aqueles que não estão subordinados a nenhum outro Estado, reúnem-se em uma comunidade jurídica para a realização de determinados fins legais/jurídicos.  Seria dar uma falsa impressão dessas comunidades jurídicas se fôssemos compará-las aos impérios mundiais do passado ou de nosso tempo, nos quais raças, povos e Estados se fundiram, querendo ou não, a um único conglomerado de Estados. No presente caso, no entanto, os Estados, embora permanecendo soberanos, unem-se livremente em uma comunidade jurídica.

Neste sentido, a história universal, que mostra uma série contínua de lutas pelo poder, poderia sem dúvida fazer com que a constituição de uma comunidade jurídica de Estados livres parecesse quase utópica. Tais conflitos foram muitas vezes provocados pelo desejo de subjugar outras nações e de estender o alcance do próprio poder, ou mesmo pela necessidade de defender a própria liberdade e a própria existência independente. Desta vez, ao contrário, é justamente o desejo de evitar dissensões ameaçadoras que impulsiona uma comunidade jurídica supranacional; as considerações utilitárias, que certamente também têm um peso considerável, estão voltadas para as obras de paz; e, finalmente, talvez seja precisamente a abordagem técnica que tenha despertado a fé, latente no espírito e nos corações dos indivíduos, em uma comunidade superior dos homens, querida pelo Criador e enraizada na unidade de sua origem, sua natureza e seu fim. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – O CONCILIARISMO E A QUESTÃO DO “PAPA HERÉTICO”

Vaticano - História, características, população, e geografia do país

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

O conciliarismo é um erro eclesiológico, segundo o qual o Concílio ecumênico[1] é superior ao Papa.

Como podemos ver, esse erro, juntamente com o galicanismo, é muito atual e voltou à tona “pela esquerda” com a teoria da colegialidade episcopal do Concílio Vaticano e “pela direita” com a doutrina da independência da Igreja nacional francesa em relação ao papa e à Igreja universal. A doutrina católica, por outro lado, ensina que só o papa pode fazer tudo, enquanto todos os Bispos sem o papa não podem fazer nada.

A origem remota desse erro encontra-se no princípio jurídico contido no Decreto de Graciano (dist. XL, c. 6) do século IV, segundo o qual o papa pode ser julgado pelo Concílio ecumênico “imperfeito” (sine Papa) em caso de heresia.

A questão do Papa herético, no entanto, é apenas uma hipótese, uma opinião discutível, possível, mas não chega a provável, e de maneira alguma é uma certeza. Os Doutores da Igreja, sobretudo na Contrarreforma, discutiram-na como uma possibilidade puramente hipotética (“é certo/não é certo que o Papa pode cair em heresia…”). Sem chegar a um acordo unânime e menos ainda em uma certeza, cada um exprimiu a sua própria hipótese possível, ou no máximo provável[2]. Continuar lendo

NÃO SE PODE SALVAR A DIGNITATIS HUMANÆ

“Alguns teólogos tentaram salvar a qualquer custo a declaração do Vaticano II sobre a liberdade religiosa, demonstrando que ela estaria em continuidade com a Tradição. A posição de suas tentativas e fracassos.”

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Todos os católicos concordam em dizer que ninguém pode ser constrangido a aderir à fé. A questão da liberdade religiosa reside em um outro ponto. Ela consiste em saber se um Estado católico tem o direito de reprimir o exercício público das falsas religiões, exatamente porque são falsas. Toda a Tradição responde de forma afirmativa. O Concílio Vaticano II o nega.

O ensino tradicional da Igreja simplesmente considera uma tolerância aos falsos cultos para evitar um mal maior. Ao contrário, “o regime da liberdade religiosa proíbe essa intolerância legal, segundo a qual alguns cidadãos ou algumas comunidades religiosas seriam reduzidas a uma condição inferior quanto aos direitos civis em matéria religiosa.”[1]

À primeira vista, a questão é muito mais importante do que poderia parecer, pois envolve a obra da Igreja no mundo e seu fim. Ora, o fim (chamado também causa final) influi sobre toda a ação, desde o princípio desta. É “uma questão de vida ou morte para a Igreja.”[2] Ela recebeu a missão de fazer seu Esposo reinar ao ponto de ser estabelecida uma cristandade, ou suas prerrogativas reais serem plenamente reconhecidas. O Concílio Vaticano II, ao contrário, se associou ao ideal da democracia moderna, onde o Estado deve velar para que “ninguém seja forçado a agir contra sua consciência, nem impedido de agir, em justos limites, conforme sua consciência, em privado como em público, sozinho ou associado a outros.”[3] Os falsos cultos não deveriam ser somente tolerados, mas protegidos. Continuar lendo

ORDENAÇÕES AO SACERDÓCIO E DIACONATO NO SEMINÁRIO SANTO TOMÁS DE AQUINO (FSSPX), NOS EUA – 2024

Na sexta-feira, 21 de junho de 2024, festa de São Luís Gonzaga, D. Alfonso de Galarreta ordenou diáconos e sacerdotes para a Fraternidade Sacerdotal São Pio X e para o mosteiro beneditino de Nossa Senhora de Guadalupe.

As ordenações são as maiores celebração nos Seminários pois, por um lado, representam o próprio objetivo dessa instituição: formar sacerdotes e entregá-los à Igreja. E por outro lado, é um verdadeiro milagre receber vocações nesse mundo secularizado de hoje e poder dar-lhes os elementos necessários para que possam tornarem-se bons sacerdotes.

Mas é também uma celebração para toda a Fraternidade, que vê aumentar o número de trabalhadores apostólicos, que pregarão Jesus Cristo e o seu Reino em quase todo o mundo.

Finalmente, é uma festa para a Igreja, que se alegra por ver novos combatentes da fé engrossarem as fileiras daqueles que lutam há 50 anos contra a hidra modernista e os desvios de todos os tipos que surgiram na sequência do Concílio Vaticano. II.

Este ano, 6 seminaristas receberam a Ordem maior do Diaconato: 4 americanos, 1 australiano e 1 beneditino do mosteiro de Nossa Senhora de Guadalupe.

E D. de Galarreta conferiu o Sacerdócio a 5 seminaristas: 3 americanos, 1 sul-coreano e 1 monge beneditino do mosteiro Nossa Senhora de Guadalupe, localizado em Silver City, no estado do Novo México.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 707 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos Priorados e em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

 

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – GALICANISMO

História da Igreja: Galicanismo e Febronianismo - Cléofas

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

Trata-se de um conjunto de doutrinas teológico-políticas sobre a eclesiologia, que defende:

1) limitar o poder do Papa sobre a Igreja francesa (“galicanismo teológico”), apoiando-se em direitos adquiridos no passado (Clóvis †511 e Carlos Magno †814);

2) favorecer a interferência do rei da França na própria Igreja, retirando do papa todo o poder sobre o reino de França (“galicanismo político”).

A origem remota do galicanismo encontra-se na teoria da unção de Clóvis, rei dos francos (496), pelo Bispo de Paris, S. Remígio (Remy) (†530), com óleo trazido por uma pomba diretamente do céu e não consagrado pelo bispo. A Enciclopédia Católica (Vaticano, 1951, vol. VI, col. 1769-1770) atribui a Incmaro, Arcebispo de Reims (806, 21 de dezembro de 882), a lenda da santa Ampola contida em sua obra Vida de São Remígio (P.L. 125, 1229-88, Monumenta Germaniae Historica, Hannover-Berlim, 1826, Script. Rer. Merov. III, pp. 239-341), que “é apenas uma obra de edificação” (“Enciclopedia Cattolica”, ibid., col. 1170).

A figura de Incmaro é altamente discutível. Basta consultar A. Fliche-V. Martin, Storia della Chiesa, (Cinisello Balsamo, San Paolo, 1983, vol. VI, pp. 423-475) para conhecer mais sobre sua longa atividade de falsificador de documentos e de decretos de direito canônico ou, pelo menos, de explorador de documentos falsos (as chamadas “falsificações isidorianas”, em homenagem a Isidoro Mercator, compostas por volta de 850). O fato de o Arcebispo de Reims (que era então o próprio Incmaro) ter sido o depositário e o guardião da Ampola trazida diretamente pelo Espírito Santo a Remígio em 498 ou 499 tornou esse arcebispo – tal como o rei da França – “em certo sentido” independente do papa. Todo o curso de ação de Incmaro na disputa que teve com Roma foi uma longa procrastinação, composta de atestados teóricos de obediência e de dependência em relação à Sé Apostólica, quando, na realidade (A. Fliche – V. Martin, ibidem, p. 473 e 475), ele continuava a agir como se fosse o soberano absoluto da sua arquidiocese e da Igreja da França, dada a sua supremacia sobre toda a Gália de Reims, por causa da Santa Ampola ainda conservada lá. Continuar lendo

A BELA CERIMÔNIA DE TOMADA DE HÁBITO E PRIMEIROS VOTOS NAS IRMÃS CONSOLADORAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – 2024

Ocorrida em 07 de junho de 2024, em Narni, na Itália

“Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas”

Para saber mais sobre as Irmãs Consoladoras do Sagado Coração de Jesus, clique aqui.

Para saber mais sobre a Vocação religiosa feminina, clique aqui

A VIRTUDE DA FORTALEZA NAS FUTURAS SAGRAÇÕES EPISCOPAIS DA FSSPX

A virtude da fortaleza ser-nos-á muito necessária em uma circunstância crucial: o anúncio de novas sagrações para continuar a “operação sobrevivência” da Tradição Católica.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Queridos amigos e benfeitores,

Em 30 de junho de 1988, há 36 anos, D. Lefebvre realizava a “operação sobrevivência” da Tradição Católica, ao sagrar quatro bispos auxiliares para a Fraternidade São Pio X.

No entanto, o venerado prelado fez de tudo para evitar essas sagrações, indo particularmente a Roma muitas e muitas vezes para abrir os olhos das autoridades eclesiásticas para a gravíssima crise, talvez a pior de sua história, que a Igreja atravessa: desvio doutrinal e, agora, moral, decomposição litúrgica, desaparecimento da prática religiosa, preocupante desaparecimento das vocações sacerdotais e religiosas e, como consequência, uma expunção cada vez mais rápida da marca cristã em nossos países, seguida pela implementação de leis persecutórios relativas ao segredo de confissão, à pregação evangélica, à defesa da vida, à manutenção dos padrões morais e à afirmação da natureza das coisas.

Contudo, nada foi feito. Diante desta cegueira inexplicável, D. Lefebvre compreendeu, em oração e meditação, que a vontade de Deus era que ele atribuísse a si mesmo alguns auxiliares, e, depois, sucessores, no ofício episcopal de conferir o sacramento da confirmação e o sacramento da Ordem, para que a Igreja pudesse prosseguir. Não havia se passado sequer 20 anos de fundação da Fraternidade São Pio X. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – O SEDEVACANTISMO

10 curiosidades do Vaticano que vão surpreender você

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui

A apostolicidade é, na crise que o ambiente eclesial vive, a nota mais útil e importante para compreender o que está acontecendo e para remediar tamanho mal. Sem Apóstolos não há Igreja de Cristo, pois o próprio Jesus a fundou sobre eles. Mas sem o Príncipe dos Apóstolos, sem Pedro, que é a “pedra” secundária e subordinada a Cristo, os Apóstolos estão separados de Cristo. A presença do Papa e dos Bispos em ato é absolutamente necessária, e não apenas em potência ou in fieri, ou seja, no devir, tal como pretende o sedevacantismo. De fato, se a Igreja estivesse em potência ou no devir, ainda não existiria e, além disso, Cristo não estaria com ela, como prometeu, todos os dias até ao fim do mundo, mas estaria com ela como que em intervalos, algumas vezes em ato ou em ser e outras vezes apenas em potência ou in fieri. Em vez disso, Cristo fundou a sua Igreja sobre uma cadeia ininterrupta de Papas no presente e não no devir perpétuo ou intermitente: Pedro e os Apóstolos eram Papas e Bispos em ato e formalmente, não em potência ou in fieri ou materialmente. A Igreja está estabelecida na existência presente, no ato e na forma, não no futuro, na potencialidade e na materialidade. Portanto, a Igreja ou o papado material ou in fieri, que não teria passado ao ato nos últimos cinco papas e teria interrompido a sucessão apostólica formal que vinha desde Pedro, é um Papado concebido pela mente de um homem (mesmo que fosse um grande teólogo que, no entanto, não é Cristo na terra e nem o Magistério eclesiástico), mas não é a Igreja querida por Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

É necessário distinguir:

1°) o estado transeunte da Sé vacante, que vai da morte de um papa à eleição de outro, no qual permanecem o Colégio cardinalício, capaz de substituir o papa falecido governando com autoridade (uma espécie de Colégio “vicário” do Vigário de Cristo), e também permanece o Episcopado universal[1], mantendo assim a unidade, a continuidade ininterrupta da série dos papas e a existência da Igreja, enquanto se aguarda a eleição de um novo Papa; Continuar lendo

DEIXEMOS O ECUMENISMO – PELO PE. JOSÉ MARIA, FSSPX

Sermão proferido pelo Revmo. Pe. José Maria, no Piorado S. Pio X de Lisboa, no IV Domingo depois de Pentecostes, com uma exortação a uma reforma de vida, expurgando os erros do ecumenismo no nosso dia-a-dia.

A FIGURA DA IGREJA NO NOVO TESTAMENTO, PELO CARDEAL LOUIS BILLOT

Fonte: Verbum Fidelis

Um dos lugares mais comuns que os autores sagrados usam para representar os tempos presentes é a forma de um vasto e tempestuoso mar, no qual o gênero humano foi mergulhado desde que, pelo pecado de Adão, se viu precipitado nas trevas e no abismo da perdição. É por isso que o Verbo de Deus, vindo a esta terra para nos resgatar do abismo e nos reconduzir à terra dos vivos, quis respeitar este símbolo, escolhendo entre os pescadores do mar da Galileia os apóstolos a quem confiaria a missão de perpetuar a sua obra. Ele disse-lhes: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens”[1]. Quis também representar a sua Igreja, a qual estabeleceria como meio universal de salvação, sob a forma de um barco de pescador, do qual se servia constantemente, e no qual queria instalar-se, por assim dizer, quando, para pregar o Evangelho, percorria as aldeias e cidades das margens do lago de Genesaré.

“Um dia, comprimindo-se as multidões em volta dele para ouvir a palavra de Deus, Jesus estava junto do lago de Genesaré. Viu duas barcas que estacionavam à borda do lago; os pescadores tinham saído, e lavavam as redes. Entrando numa destas barcas, que era a de Simão, rogou-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois, estando sentado, ensinava o povo da barca. Quando acabou de falar, disse a Simão: ‘Faz-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar’. Respondeu Simão: ‘Mestre, tendo trabalhado toda a noite, não apanhamos nada; porém, sobre a tua palavra, lançarei a rede’. Tendo feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que a sua rede rompia-se. Então fizeram sinal aos companheiros, que estavam na outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram, e encheram tanto ambas as barcas, que quase se afundavam. Simão Pedro, vendo isto, lançou-se aos pés de Jesus, dizendo: ‘Retira-te de mim, Senhor, pois eu sou um homem pecador’. Porque tanto ele como todos os que se encontravam com ele ficaram possuídos de espanto, por causa da pesca que tinham feito. O mesmo tinha acontecido a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: ‘Não tenhas medo; desta hora em diante serás pescador de homens’”[2]. Em outras palavras: assim como hoje, por este milagre extraordinário, enchestes as vossas redes com uma tal abundância de peixes, assim também usareis o mesmo poder para realizar um milagre maior, tirando as almas das profundezas do abismo deste mundo, trazendo-as para a vossa barca e conduzindo-as daí para a margem do descanso eterno. Foi assim que Nosso Senhor quis explicar esse grande mistério da pesca milagrosa e mostrar-nos, através do desenrolar desse episódio, o que a Igreja iria realizar até o fim dos tempos. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – INTRODUÇÃO

cidade-estado vaticano

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Nestes tempos em que a crise neomodernista penetrou diretamente no espírito dos homens da Igreja, é necessário conhecer a natureza da Igreja para não naufragarmos na obra da nossa salvação. De fato, é de Fé revelada (Mt. XVI, 28) e infalivelmente definida (Concílio Vaticano I) que Jesus Cristo fundou a Igreja com o objetivo de continuar a Redenção do gênero humano que Ele próprio iniciou (Mt. XXVIII, 19-20; Conc. Vat. I). Por isso, “fora da Igreja não há salvação” (Lc. X, 10; Atos IV, 12; IV Conc. de Latrão; Conc. de Florença).

Tentaremos resumir os pontos principais do que se encontra na Revelação (Sagrada Escritura e Tradição) e do que o Magistério tem ensinado sobre a Igreja, de forma autêntica e, por vezes, até infalível, para que permaneçamos na Fé Católica “sem a qual é impossível agradar a Deus” (Heb. XI, 6).

Uma Igreja hierárquica e não colegiada

A Igreja recebeu do próprio Cristo uma Hierarquia (Jo. XX, 21; Conc. de Trento) com a tríplice tarefa de ensinar, governar e santificar. Ao lado de Pedro (Mt. XVI, 18; Conc. Vat. I) e dos duze Apóstolos, nos Atos dos Apóstolos aparecem os Presbíteros ou Sacerdotes (Atos XX, 17) e os Diáconos (Atos VIII, 5).

Está igualmente revelado e infalivelmente definido que os poderes hierárquicos (Magistério, Império e Sacerdócio) passaram de Pedro para os Papas e dos Apóstolos para os Bispos (Jo. XX, 21; Conc. Trento; Conc. Vat., I, DB 1821 e 1828). Continuar lendo

A “MORTE CEREBRAL” NOVAMENTE EM DESTAQUE

The National Catholic Bioethics Center

No momento em que o debate sobre a eutanásia se intensifica na Europa e, particularmente, na França, um estudo americano recente revela profundas reservas sobre critério de morte cerebral utilizado para avaliar o fim da vida de um paciente.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Até meados do século XX, a morte – definida pela filosofia cristã, com todos os seus médicos e teólogos, como a separação da alma do corpo – era determinada pelo médico com base na parada cardiorrespiratória. A partir da década de 1950, uma abordagem diferente começou a surgir sob a pressão dos avanços nas técnicas de reanimação e do interesse pelos transplantes de órgãos.

Em agosto de 1968, um grupo de médicos, advogados e teólogos, conhecido como o Comitê de Harvard, publicou um documento histórico propondo que o conceito de morte cerebral fosse usado como um sinal de coma irreversível, sendo ele próprio um critério médico de morte. Uma perspectiva atraente para a medicina experimental, mas um terreno escorregadio para as ciências morais.

Pouco mais de duas décadas depois, o Papa João Paulo II, depois de muita hesitação, argumentou que “o critério adotado para declarar a morte com certeza, isto é, a cessação completa e irreversível de toda a atividade cerebral”, se aplicado com rigor, não parece entrar em conflito com os elementos essenciais de uma antropologia séria“, em um discurso de 29 de agosto de 2000. Continuar lendo

OS FALSOS DEVOTOS E AS FALSAS DEVOÇÕES À SANTÍSSIMA VIRGEM

Resultado de imagem para nossa senhora servosConheço sete espécies de falsos devotos e falsas devoções, a saber:

1. Os devotos críticos;

2. Os devotos escrupulosos;

3. Os devotos exteriores;

4. Os devotos presunçosos;

5. Os devotos inconstantes;

6. Os devotos hipócritas;

7. Os devotos interesseiros.

Os devotos críticos

Os devotos críticos são, ordinariamente, sábios orgulhosos, espíritos fortes e que se bastam a si mesmos. No fundo têm alguma devoção à Santíssima Virgem Maria, mas criticam quase todas as práticas de devoção que as almas simples tributam singela e santamente a esta boa Mãe, porque não condizem com a sua fantasia. Põem em dúvida todos os milagres e narrações referidas por autores dignos de crédito ou tiradas das crônicas de ordens religiosas, e que testemunham as misericórdias e o poder da Santíssima Virgem.

Vêem com desgosto pessoas simples e humildes ajoelhadas diante dum altar ou imagem da Virgem, talvez no recanto duma rua, para aí rezar a Deus. Acusam-nas até mesmo de idolatria, como se estivessem a adorar madeira ou pedra. Dizem que, quanto a si, não gostam dessas devoções exteriores, e que não são tão fracos de espírito que vão acreditar em tantos contos e historietas que correm a respeito da Santíssima Virgem. Quando lhes referem os louvores admiráveis que os Santos Padres tecem a Nossa Senhora, ou respondem que isso é exagero, ou explicam erradamente as suas palavras.

Esta espécie de falsos devotos e de gente orgulhosa e mundana é muito para temer, e causam imenso mal à Devoção a Nossa Senhora, afastando eficazmente dela o povo, sob o pretexto de destruir abusos. Continuar lendo

O SOLDADO E O SANTO

DECLARAÇÃO : Roger-Thomas Calmel OP : Free Download, Borrow, and Streaming  : Internet Archive

Pe. Calmel

Nós sabemos bem distinguir, e não confundimos de modo algum, o heroísmo dos santos e o do soldado. (…) Sim, nós distinguimos sem dificuldade os dois heroísmos e jamais identificamos o grito do herói tombado por uma “pátria carnal” com o cântico do santo que expira consumido pela caridade divina. Sabemos perfeitamente que as últimas palavras de Joana, agonizante, exprimem, acima de tudo, o heroísmo da santidade, e suas palavras só puderam ser aquelas porque, na sua alma, o heroísmo do chefe guerreiro estava iluminado, transformado pelo heroísmo da “Pucelle”, “filha de Deus”.

Sempre ensinamos as distinções irredutíveis entre a natureza e a graça, mas não seremos nós que as transformaremos em oposições; e, por isso, depois de termos discorrido brevemente sobre o heroísmo dos santos, queremos agora exaltar o heroísmo do soldado.

Pertencem a duas ordens distintas, é certo, mas uma ordem pode penetrar a outra, resplandecer através da outra, como a chama ardente através de um cristal. Fazemos questão, uma vez que falamos do heroísmo dos santos, lembrar o heroísmo guerreiro que só parecerá desprezível aos corações covardes, ou aos intelectuais cerebrinos, tornados abomináveis em suas cogitações egoísticas e vazias. Sem o heroísmo do soldado, a sociedade dos homens não terá recursos para discernir praticamente, concretamente que sua instituição visa mais alto do que à produção e ao consumo… Sem o heroísmo do soldado a sociedade entra em putrefação, e dentro dela as almas vivas estão a cada momento ameaçadas de asfixia. Sem o heroísmo do soldado, a sociedade, fechada sobre si mesma, torna-se semelhante, ora a uma usina colossal de portas aferrolhadas, ora a um circo gigantesco, ameaçado de desmoronar-se entre as chamas de um incêndio implacável. Continuar lendo

AS SETE LEIS SUPERIORES DA VIDA DA GRAÇA

O verdadeiro significado do ato de ajoelhar-se para rezar

Garrigou-Lagrange, Réginald , O.P.

De modo geral, não prestamos atenção suficiente às leis superiores da vida da graça. É uma consolação espiritual conhecê-las e vivê-las.

Conhecemos as leis da energia física, as da vida vegetal, da vida animal e as leis naturais da vida humana, mas não conhecemos o suficiente as leis da vida da graça.

Conhecemos, por exemplo, a lei da conservação da energia física, segundo a qual a quantidade de energia física permanece a mesma em suas diferentes transformações; assim, o movimento local produz calor, como verificamos ao esfregarmos as mãos; o calor produzido é uma forma de energia equivalente ao movimento que a engendrou. Quando a energia desaparece sob uma forma, reaparece sob outra: movimento, calor, luz, eletricidade etc.

Conhecemos também a lei da degradação da energia, segundo a qual a energia, cuja quantidade se conserva, perde qualidade ou se degrada. É por isso que a água das fontes quentes se resfria. É ainda por isso que os astros pouco a pouco se apagam e se resfriam. Assim também a energia dos seres vivos se torna mais lenta e se resfria na velhice.

Todos conhecemos as leis da vida vegetal, por exemplo, as da germinação, segundo as quais uma boa semente de trigo em uma terra boa produz uma espiga de 30 grãos, por vezes de 60 e mesmo de 100, como está dito no Evangelho (Mc 4, 8). Não prestamos suficiente atenção a isto, é uma das maravilhas da natureza que o trigo possa dar 60 e mesmo 100 por um. 

Quem deu esta força vital, este poder germinativo ao grão de trigo? É o Criador, o Autor da vida, e é este, diz o Evangelho, o símbolo do que a graça santificante pode produzir e de fato produz numa alma perfeitamente fiel. Continuar lendo

FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

sagr

Festa do Sagrado Coração de Jesus

O Sagrado Coração de Jesus

O Sagrado Coração de Jesus – pelo Pe. Pe. Patrick de La Rocque, FSSPX

O lugar do Sagrado Coração nas famílias católicas – pelo Pe. Carlos Mestre

As promessas do Sagrado Coração De Jesus

O Sagrado Coração – reservatório de graças

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus

Exortação à prática mais pura e mais extensa do culto ao Sagrado Coração de Jesus

Nascimento e desenvolvimento progressivo do culto ao Sagrado Coração de Jesus

Participação ativa e profunda que teve o Sagrado Coração de Jesus na missão salvadora do Redentor

Legitimidade do Culto ao Santíssimo Coração de Jesus segundo a doutrina do Novo Testamento e da Tradição

Fundamentos e prefigurações do culto ao Sagrado Coração de Jesus no Antigo Testamento

Encíclica Miserentissimus Redemptor