CATECISMO DE SÃO PIO X – DAS VIRTUDES PRINCIPAIS – PARTE 1

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§ 1º – Das virtudes teologais

852) Que é a virtude sobrenatural?

A virtude sobrenatural é uma qualidade que Deus infunde na alma, pela qual se tem propensão, facilidade e prontidão para conhecer e praticar o bem, em ordem da vida eterna.

853) Quantas são as principais virtudes sobrenaturais?

As principais virtudes sobrenaturais são sete, a saber, três teologais e quatro cardeais.

854) Quais são as virtudes teologais?

As virtudes teologais são: a Fé, a Esperança e a Caridade.

855) Por que a Fé, a Esperança e a Caridade se chamam virtudes teologais?

Chamam-se a Fé, a Esperança e a Caridade virtudes teologais, porque têm a Deus por objeto imediato e principal e nos são infundidas por Ele. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DO MATRIMÔNIO

§ 1º – Natureza do Sacramento do Matrimônio

826) Que é o Sacramento do Matrimônio?

O Matrimônio é um Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que estabelece uma união santa e indissolúvel entre o homem e a mulher, e lhes dá a graça de se amarem um ao outro santamente, e de educarem cristãmente seus filhos.

827) Por quem foi instituído o Matrimônio?

O Matrimônio foi instituído pelo próprio Deus no Paraíso terrestre; e no Novo Testamento foi elevado por Jesus Cristo à dignidade de Sacramento.

828) Tem o Sacramento do Matrimônio alguma significação especial?

O Sacramento do Matrimônio significa a união indissolúvel de Jesus Cristo com a Santa Igreja, sua esposa e nossa Mãe amantíssima.

829) Por que se diz que o vínculo do Matrimônio é indissolúvel?

Diz-se que o vínculo do Matrimônio é indissolúvel, isto é, que não se pode quebrar senão pela morte de um dos cônjuges, porque assim o estabeleceu Deus desde o começo, e assim o proclamou solenemente Jesus Cristo, Senhor Nosso.

830) No Matrimônio cristão, poder-se-ia separar o contrato do Sacramento?

Não. No Matrimônio entre cristãos o contrato não se pode separar do Sacramento, porque para eles o Matrimônio não é outra coisa senão o mesmo contrato natural, elevado por Jesus Cristo à dignidade de Sacramento. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA ORDEM

pio811) Que é o Sacramento da Ordem?

A Ordem é o Sacramento que dá o poder de exercitar os ministérios sagrados que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas, e que imprime na alma de quem o recebe o caráter de ministro de Deus.

812) Por que se chama Ordem?

Chama-se Ordem porque consiste em vários graus, uns subordinados aos outros, dos quais resulta a sagrada Hierarquia.

813) Quais são estes graus?

Supremo entre eles é o Episcopado, que contém a plenitude do Sacerdócio; em seguida o Presbiterado ou Sacerdócio simples; depois o Diaconado e as Ordens que se chamam menores.

814) Quando Jesus Cristo instituiu a Ordem Sacerdotal?

Jesus Cristo instituiu a Ordem Sacerdotal na Última Ceia, quando conferiu aos Apóstolos e aos seus sucessores o poder de consagrar a Santíssima Eucaristia. E no dia da sua ressurreição conferiu aos mesmos o poder de perdoar e de reter os pecados, constituindo os assim os primeiros Sacerdotes da Nova Lei em toda a plenitude do seu poder. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA EXTREMA-UNÇÃO

pio805) Que é o Sacramento da Extrema-Unção?

A Extrema-Unção é o Sacramento instituído para alívio espiritual e também temporal dos enfermos em perigo de vida.

806) Que efeitos produz o Sacramento da Extrema-Unção?

O Sacramento da Extrema-Unção produz os seguintes efeitos:

1º aumenta a graça santificante;

2º apaga os pecados veniais e também os mortais que o enfermo arrependido já não possa confessar;

3º tira a fraqueza e languidez para o bem, que fica, ainda depois de se ter alcançado o perdão dos pecados;

4º dá força para suportar pacientemente o mal, para resistir às tentações, e para morrer santamente;

5º ajuda a recuperar a saúde do corpo, se isso for útil à salvação da alma.

807) Em que tempo se deve receber a Extrema-Unção?

A Extrema-Unção deve receber-se quando a doença é grave, e, se puder ser, depois de o enfermo ter recebido os Sacramentos da Penitência e da Eucaristia; e deve procurar-se que o enfermo a receba quando está ainda com plena consciência e com alguma esperança de vida. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA PENITÊNCIA – PARTE 2

pio§ 6º – Da acusação dos pecados ao confessor

740) Depois de vos terdes disposto bem para a confissão com o exame, com a dor e com o propósito, que haveis de fazer?

Depois de me ter disposto bem com o exame, com a dor e com o propósito, irei fazer ao confessor a acusação dos meus pecados, para receber a absolvição.

741) De que pecados somos obrigados a confessar-nos?

Somos obrigados a confessar-nos de todos os pecados mortais; é bom, porém, confessar também os veniais,

742) Quais são as qualidades que deve ter a acusação dos pecados, ou confissão?

As qualidades principais que deve ter a acusação dos pecados são cinco: deve ser humilde, íntegra, sincera, prudente e breve.

743) Que querem dizer as palavras: a acusação deve ser humilde?

A acusação deve ser humilde, quer dizer que o penitente deve acusar-se diante do seu confessor sem altivez de ânimo ou de palavras, mas com sentimentos de um réu que reconhece a sua culpa, e comparece diante do juiz. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA PENITÊNCIA – PARTE 1

pio§ 1º. – Da Penitência em geral

670) Que é o Sacramento da Penitência?

A Penitência, chamada também Confissão, é o Sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do Batismo.

671) Por que se dá a este Sacramento o nome de Penitência?

Dá-se a este Sacramento o nome de Penitência, porque, para obter o perdão dos pecados, é necessário detestá-los com arrependimento e porque quem cometeu uma falta deve sujeitar-se à pena que o Sacerdote impõe.

672) Por que este Sacramento se chama também Confissão?

Chama-se este Sacramento também Confissão, porque, para alcançar o perdão dos pecados, não basta i detestá-los, mas é necessário acusar-se deles ao Sacerdote, isto é, confessá-los.

673) Quando Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Penitência?

Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Penitência no dia da sua Ressurreição, quando, depois de entrar no cenáculo, deu solenemente aos seus Apóstolos o poder de perdoar os pecados. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA

pioSANTO SACRIFÍCIO DA MISSA

§ 1º. – Da essência, da instituição e dos fins do Santo Sacrifício da Missa

649) Deve considerar-se a Eucaristia só como Sacramento?

A Eucaristia não é somente um Sacramento; é também o sacrifício permanente da Nova Lei, que Jesus Cristo deixou à Igreja, para ser oferecido a Deus pelas mãos dos seus sacerdotes.

650) Em que consiste em geral o sacrifício?

O sacrifício, em geral, consiste em oferecer a Deus uma coisa sensível, e destruí-la de alguma maneira, para reconhecer o supremo domínio que Ele tem sobre nós e sobre todas as coisas.

651) Como se chama este sacrifício da Nova Lei?

Este sacrifício da Nova Lei chama-se a Santa Missa.

652) Que é então a Santa Missa?

A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os nossos altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, ein memória do sacrifício da Cruz.

653) É o Sacrifício da Missa o mesmo que o da Cruz?

O Sacrifício da Missa é substancialmente o mesmo que o da Cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a Cruz, é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes seus ministros, sobre os nossos altares, mas quanto ao modo por que é oferecido, o sacrifício da Missa difere do sacrifício da Cruz, conservando todavia a relação mais íntima e essencial com ele. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA

pio§ 1º. – Da natureza da Santíssima Eucaristia e da presença real de Jesus Cristo neste Sacramento

594) Que é o Sacramento da Eucaristia?

A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento, espiritual.

595) Está na Eucaristia o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem?

Sim, na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem Maria.

596) Por que acreditais que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente Jesus Cristo?

Eu acredito que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo, porque Ele mesmo o disse, e assim no-lo ensina a Santa Igreja. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA CONFIRMAÇÃO OU CRISMA

pio

575 – Que é o Sacramento da Confirmação?

A Confirmação, ou Crisma, é um Sacramento que nos dá o Espírito Santo, imprime na nossa alma o caráter de soldados de Cristo, e nos faz perfeitos cristãos.

576 – De que maneira o Sacramento da Confirmação nos faz perfeitos cristãos?

A Confirmação faz-nos perfeitos cristãos confirmando-nos na Fé, e aperfeiçoando em nós as outras virtudes e os dons recebidos no santo Batismo; e é por isso que se chama Confirmação.

577 – Quais são os dons do Espírito Santo que se recebem na Confirmação?

Os dons do Espírito Santo que se recebem na Confirmação são sete: 1.° Sabedoria; 2. ° Entendimento; 3. ° Conselho; 4. ° Fortaleza; 5. ° Ciência; 6. ° Piedade; 7. ° Temos de Deus.

578 – Qual é a matéria deste Sacramento?

A matéria deste Sacramento, além da imposição das mãos do Bispo, é a unção feita na fronte da pessoa batizada com o santo Crisma; por isso, este Sacramento se chama também Crisma, que significa Unção.

579 – Que é o santo Crisma?

O santo Crisma é o óleo de oliveira misturado com bálsamo, e consagrado pelo Bispo na Quinta-Feira Santa.

580 – Que significa o óleo e o bálsamo neste Sacramento?

Neste Sacramento, o óleo, que se derrama e fortalece, significa a abundância da graça que se difunde na alma do cristão para o confirmar na Fé; e o bálsamo, que é aromático e preserva da corrupção, significa que o cristão fortificado por esta graça é capaz de difundir o bom aroma das virtudes cristãs, e de preservar-se da corrupção dos vícios.
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CATECISMO DE SÃO PIO X – DO BATISMO

pio§ 1º. – Natureza e efeitos do Batismo

549) Que é o Sacramento do Batismo?

O Batismo é o Sacramento pelo qual renascemos para a graça de Deus, e nos tornamos cristãos.

550) Quais são os efeitos do Sacramento do Batismo?

O Sacramento do Batismo confere a primeira graça santificante, que apaga o pecado original e também o atual, se o há; perdoa toda a pena por eles devida; imprime o caráter de cristão; faz-nos filhos de Deus, membros da Igreja e herdeiros do Paraíso, e torna-nos capazes de receber os outros Sacramentos.

551) Qual é a matéria do Batismo?

A matéria do Batismo é a água natural, que se derrama sobre a cabeça do que é batizado, de maneira que escorra.

552) Qual é a forma do Batismo?

A forma do Batismo é esta: Eu te batizo em nome do Padre e do Filho e do Espírito Santo. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS SACRAMENTOS EM GERAL

pio§ 1º. – Natureza dos Sacramentos

515) De que trata a quarta parte da Doutrina Cristã?

A quarta parte da Doutrina Cristã trata dos Sacramentos.

516) Que se entende pela palavra “Sacramento”?

Pela palavra Sacramento entende-se um sinal sensível e eficaz da graça, instituído por Jesus Cristo, para santificar as nossas almas.

517) Por que chamais aos Sacramentos sinais sensíveis e eficazes da graça?

Chamo aos Sacramentos sinais sensíveis e eficazes da graça, porque todos os Sacramentos significam, por meio de coisas sensíveis, a graça divina que eles produzem na nossa alma.

518) Explicai com um exemplo como os Sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça.

No Batismo, o ato de derramar a água sobre cabeça da pessoa, e as palavras: Eu te batizo, isto é, eu te lavo, em nome do Padre e do Filho e do Espírito Santo, são um sinal sensível do que o Batismo opera na alma; porque assim como a água lava o corpo, assim a graça, dada pelo Batismo, purifica a alma, do pecado. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS DEVERES PARTICULARES DO PRÓPRIO ESTADO E DOS CONSELHOS EVANGÉLICOS

§1º – Dos deveres do próprio estado

506) Que vêm a ser os deveres do próprio estado?

Por deveres do próprio estado entendem-se aquelas obrigações particulares que cada um tem por causa do seu estado, da sua condição e da situação em que se acha.

507) Quem impôs aos diversos estados os seus deveres particulares?

Foi o mesmo Deus que impôs aos diversos estados os deveres particulares, porque estes derivam dos seus divinos Mandamentos.

508) Explicai-me com algum exemplo como os deveres particulares derivam dos Dez Mandamentos

No quarto Mandamento, sob o nome de pai emãe, entendem-se também todos os nossos superiores; assim deste Mandamento derivam todos os deveres de obediência, de amor e de respeito dos inferiores para com os seus superiores e todos os deveresde vigilância que têm os superiores sobre os seus inferiores. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS PRECEITOS DA IGREJA – PARTE 3

§ 5º – Do quarto preceito da Igreja

493) Que nos manda o quarto preceito da Igreja com as palavras jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre Igreja?

O quarto preceito da Igreja: jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre Igreja, manda-nos que jejuemos e nos abstenhamos de carne na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa; e que nos abstenhamos de carne em todas as sextas-feiras do ano. Esta abstinência pode ser comutada por outra obra pia, a juízo do Bispo Diocesano.

494) Em que consiste o jejum?

O jejum consiste em tomar uma só refeição, durante o dia, e em não comer coisas proibidas.

495) Nos dias de jejum, além da única refeição, é proibido tomar qualquer outro alimento?

Nos dias de jejum, a Igreja permite uma pequena parva pela manhã, e uma ligeira refeição à noite, ou, então, cerca do meio-dia, quando se deixa para a tarde a refeição maior.

496) Para que serve o jejum?

O jejum serve para nos dispor melhor para a oração, para fazer penitência dos pecados cometidos, e para nos preservar de cometer outros novos. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS PRECEITOS DA IGREJA – PARTE 2

§ 3º – Do segundo preceito da Igreja

483) Que nos manda a Igreja com as palavras do segundo preceito: confessar-se ao menos uma vez cada ano?

Com as palavras do segundo preceito: confessar-se ao menos uma vez cada ano, a Igreja obriga todos os cristãos que chegaram ao uso da razão, a receber, uma vez ao menos em cada ano, o Sacramento da Penitência.

484) Qual é o tempo mais próprio para cumprir o preceito da confissão anual?

O tempo mais próprio para cumprir o preceito da confissão anual é a Quaresma, segundo o uso introduzido e aprovado ein toda a Igreja.

485) Por que diz a Igreja que nos confessemos ao menos uma vez cada ano?

A Igreja diz ao menos, para dar a conhecer o seu desejo de que nos aproximemos deste Sacramento com mais freqüência.

486) É pois útil confessar-nos com freqüência?

É muito útil confessar-nos com freqüência, sobretudo porque é difícil que se confesse bem e se conserve isento de pecado mortal, quem se confessa raras vezes. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS PRECEITOS DA IGREJA – PARTE 1

§ 1º – Dos preceitos da Igreja em geral

469) Além dos Mandamentos da Lei de Deus, que mais coisas somos nós obrigados a observar?

Além dos Mandamentos da Lei de Deus, somos obrigados a observar os mandamentos ou preceitos da Igreja.

470) Somos obrigados a obedecer à Igreja?

Sem dúvida, somos obrigados a obedecer à Igreja, porque o próprio Jesus Cristo no-lo ordena, e porque os preceitos da Igreja facilitam a observância dos Mandamentos de Deus.

471) Quando começa a obrigação de observar os preceitos da Igreja?

A obrigação de observar os preceitos da Igreja começa geralmente com o uso da razão.

472) É pecado transgredir um preceito da Igreja?

Transgredir com advertência um preceito da Igreja em matéria grave é pecado grave. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM AO PRÓXIMO – PARTE 3

cat§ 5º – Do oitavo Mandamento da Lei de Deus

450) Que nos proíbe o oitavo Mandamento: não levantar falso testemunho?

O oitavo Mandamento: não levantar falso testemunho, proíbe-nos atestar falsidade em juízo; proíbe também a detração ou murmuração, a calúnia, a adulação, o juízo e a suspeita temerários, e toda espécie de mentiras.

451) Que é a detração ou murmuração?

A detração ou murmuração é um pecado que consiste em manifestar, sem justo motivo, os pecados ou defeitos alheios.

452) Que é a calúnia?

A calúnia é um pecado que consiste em atribuir maliciosamente ao próximo culpas e defeitos que não tem.

453) Que é a adulação?

A adulação é um pecado que consiste em enganar urna pessoa, dizendo-lhe falsamente bem dela mesma ou de outra, com o fim de tirar daí algum proveito. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM AO PRÓXIMO – PARTE 2

cat§ 3º – Do 6º e do 9º Mandamentos da Lei de Deus

423) Que nos proíbe o sexto Mandamento: não pecar contra a castidade?

O sexto Mandamento: não pecar contra a castidade, proíbe qualquer ação, palavra ou olhar contrários à santa pureza, e a infidelidade no matrimônio.

424) Que nos proíbe o nono Mandamento?

O nono Mandamento proíbe expressamente todo o desejo contrário à fidelidade que os cônjuges se juraram ao contrair matrimônio; e proíbe também todo o pensamento culpável e todo desejo de ação proibida pelo sexto Mandamento.

425) É um grande pecado a impureza?

É um pecado gravíssimo e abominável diante de Deus e dos homens; rebaixa o homem à condição dos irracionais, arrasta-o a muitos outros pecados e vícios, e provoca o, mais terríveis castigos de Deus nesta vida e na outra.

426) São pecados todos os pensamentos que nos vêm ao espírito contra a pureza?

Os pensamentos que nos vêm ao espírito contra ti pureza, por si mesmos não são pecados, mas antes tentações e incentivos ao pecado.

427) Quando são pecados os maus pensamentos?

Os maus pensamentos, ainda que não sejam seguidos de ação, são pecados, quando culpavelmente lhes damos motivo, ou neles consentimos, ou nos expomos ao perigo próximo de neles consentir. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM AO PRÓXIMO – PARTE 1

cat§ 1º – Do quarto Mandamento da Lei de Deus

399) Que nos ordena o quarto Mandamento: honrar pai e mãe?

O quarto Mandamento: honrar pai e mãe, ordena-nos respeitar o pai e a mãe, obedecer- lhes em tudo o que não é pecado, e auxiliá-los em suas necessidades espirituais e temporais.

400) Que nos proíbe o quarto Mandamento?

O quarto Mandamento proíbe-nos ofender os nossos pais com palavras, obras, ou de qualquer outra maneira.

401) Debaixo do nome de pai e de mãe, que mais pessoas compreende este Mandamento?

Debaixo do nome de pai e de mãe, este Mandamento também compreende todos os legítimos superiores tanto eclesiásticos como seculares, aos quais portanto devemos obedecer e respeitar.

402) De onde vem aos pais a autoridade demandar nos filhos, e aos filhos a obrigação de lhes obedecer?

A autoridade que os pais têm de mandar nos filhos, e a obrigação que têm os filhosde obedecer, vêm-lhes de Deus que constituiu e ordenou a família, a fim de que nela o homem encontre os primeiros meios necessários para o seu aperfeiçoamento material e espiritual. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM A DEUS – PARTE 2

cat§ 2° Do segundo Mandamento da Lei de Deus

  1. Que nos proíbe o segundo Mandamento: Não tomar seu Santo Nome em vão?

O segundo Mandamento: Não tomar seu Santo Nome em vão, proíbe-nos: 1.° Pronunciar o nome de Deus sem respeito. 2° Blasfemar contra Deus, contra a Santíssima Virgem ou contra os Santos. 3. ° Fazer juramentos falsos ou desnecessários ou proibidos desta ou daquela maneira. 

  1. Que quer dizer pronunciar o Nome de Deus sem respeito?

Pronunciar o Nome de Deus sem respeito quer dizer: pronunciar este Santo Nome e tudo o que se refere de modo especial ao próprio Deus, como o Nome de Jesus Cristo, de Maria e dos Santos, com ira, por escárnio ou de outro modo pouco reverente. 

  1. Que é a blasfêmia?

A blasfêmia é um pecado horrível que consiste em palavras ou atos de desprezo ou maldição contra Deus, contra a Virgem, contra os Santos ou contra as coisas santas. 

  1. Há diferença entre a blasfêmia e a imprecação ou praga?

Há diferença, porque com a blasfêmia se amaldiçoa ou se deseja mal a Deus, a Nossa Senhora e aos Santos; ao passo que, com a imprecação ou praga, se amaldiçoa ou se deseja mal a si mesmo ou ao próximo.  Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM A DEUS – PARTE 1

§ 1º Do primeiro Mandamento da Lei de Deus

  1. Por que disse o Senhor antes de ditar os Mandamentos: “Eu sou o Senhor teu Deus”?

Antes de promulgar os seus Mandamentos, Deus disse: “Eu sou o Senhor teu Deus”, para que saibamos que Deus, sendo o nosso Criador e Senhor, pode mandar o que quiser, e nós, criaturas suas, somos obrigados a obedecer-Lhe.

  1. Que nos ordena Deus com as palavras do primeiro Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas?

Com as palavras do primeiro Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas, Deus nos ordena que o reconheçamos, adoremos, amemos e sirvamos a Ele só, como a nosso Soberano Senhor.

  1. Como se cumpre o primeiro Manda­mento?

Cumpre-se o primeiro Mandamento com o exercício do culto interno e externo.

  1. Que é o culto interno?

O culto interno é a honra que se presta a Deus só com as faculdades da alma, isto é, com a inteligência e com a vontade.

  1. Que é o culto externo?

O culto externo é a homenagem que se presta a Deus por meio de atos exteriores e de objetos sensíveis.  Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS EM GERAL

pio x342)     De que trata a terceira parte da Doutrina Cristã? 

A terceira parte da Doutrina Cristã trata dos Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja.

343)     Quantos são os Mandamentos da Lei de Deus? 

Os Mandamentos da Lei de Deus são dez:

1o  Amar a Deus sobre todas as coisas.

2o  Não tomar seu Santo Nome em vão.

3o  Guardar domingos e festas.

4o  Honrar pai e mãe.

5o  Não matar.

6o  Não pecar contra a castidade.

7o  Não furtar.

8o  Não levantar falso testemunho.

9o  Não desejar a mulher do próximo.

10º Não cobiçar as coisas alheias.

344)     Por que têm esse nome os Mandamentos da Lei de Deus?

Os Mandamentos da Lei de Deus têm esse nome porque foi o próprio Deus que os gravou na alma de todo o homem, os promulgou no monte Sinai, na antiga Lei, esculpidos em duas tábuas de pedra, e Jesus Cristo os confirmou na Lei nova. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA INVOCAÇÃO DOS SANTOS

pio x339)     É coisa boa e útil recorrer à intercessão dos Santos? 

É  coisa utilíssima invocar os Santos, e todo o Cristão o deve fazer. Devemos invocar particularmente nossos Anjos da Guarda, São José, protetor da Igreja, os Santos Apóstolos, o Santo do nosso nome e os Santos protetores da diocese e da paróquia.

 340)      Que diferença há entre as orações que fazemos a Deus e as que fazemos aos Santos?

Entre as orações que fazemos a Deus e as que fazemos aos Santos, há esta diferença: que a Deus, invocamo-Lo a fim de que, como autor das graças, nos dê os bens e nos livre dos males, e aos Santos, invocamo-los para que, como advogados junto de Deus, intercedam por nós.

 341)     Que queremos dizer, quando dizemos que um Santo concedeu uma graça?

Quando dizemos que um Santo concedeu uma graça, queremos dizer que esse Santo obteve de Deus aquela graça.

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA AVE-MARIA

pio x324)     Que oração costumamos rezar depois do Pai Nosso?

Depois do Pai Nosso rezamos a saudação angélica, isto é, a Ave-Maria, por meio da qual recorremos à Santíssima Virgem.

683)     Por que é a Ave-Maria chamada saudação angélica?

Chama-se a Ave-Maria saudação angélica, porque principia com a saudação que dirigiu à Virgem Maria o Arcanjo São Gabriel.

326)     De quem são as palavras da Ave-Maria?

As palavras da Ave-Maria são, em parte do Arcanjo São Gabriel, em parte de Santa Isabel e em parte da Igreja.

327)     Quais são as palavras do Arcanjo São Gabriel?

As palavras do Arcanjo São Gabriel são: “Ave, cheia de graça; o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres”. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA ORAÇÃO DOMINICAL

pio x1o– Da oração dominical em geral

278)     Qual é a oração vocal mais excelente?

A oração vocal mais excelente é aquela que o próprio . o Jesus Cristo nos ensinou, isto é, o Pai-Nosso.

279)     Por que é o Pai-Nosso a oração mais excelente?

O Pai-Nosso é a oração mais excelente porque foi o próprio Jesus Cristo que a compôs e no-la ensinou,- porque contém claramente, em poucas palavras, tudo o que podemos esperar de Deus; e porque é a regra e o modelo de todas as outras orações.

 280)  É também o Pai-Nosso a oração mais eficaz?

O Pai-Nosso é também a oração mais eficaz, porque é a mais agradável a Deus, porque é feita com as mesmas palavras que nos ditou o seu Divino Filho.

281)  Por que se chama o Pai-Nosso oração dominical?

Chama-se o Pai-Nosso oração dominical, que quer dizer oração do Senhor, precisamente porque nos ensinou Jesus Cristo por sua própria boca. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA ORAÇÃO EM GERAL

pio x252)     De que trata a segunda parte da Doutrina Cristã?

A segunda parte da Doutrina Cristã trata da oração em geral, e do Pai Nosso em particular.

 253)     Que é a oração?

A oração é uma elevação da alma a Deus, para adora-Lo, para Lhe dar graças e para Lhe pedir aquilo de que precisamos.

 254)  Como se divide a oração?
A oração divide-se em mental e vocal. Oração mental é a que se faz só com a alma; oração vocal a que se faz com as palavras acompanhadas da atenção do espírito e da devoção do coração.

255)     Pode dividir-se de outra maneira a oração?

A oração pode também dividir-se em particular e pública.

256)     Que é a oração particular?

A oração particular é a que faz cada um em particular, por si ou pelos outros. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO XIII

pio xDo duodécimo artigo do “Credo”

245)     Que nos ensina o último artigo do Credo: na vida eterna?

O último artigo do Credo ensina-nos que depois da vida presente há outra, ou eternamente feliz para os eleitos no Paraíso, ou eternamente desgraçada para os condenados no Inferno. 

246)     Podemos compreender a felicidade do Paraíso?

Não. Não podemos compreender a felicidade do Paraíso, porque excede os conhecimentos da nossa inteligência limitada, e porque os bens ao Céu não podem comparar-se aos bens deste mundo. 

247)     Em que consiste a felicidade dos eleitos?

A felicidade dos eleitos consiste em ver, amar e possuir para sempre a Deus,fonte de todo o bem. 

248)     Em que consiste a desgraça dos condenados?

A desgraça dos condenados consiste em serem para sempre privados da vista de Deus, e punidos com tormentos eternos no Inferno. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO XII

pio xDo undécimo artigo do “Credo”

238)     Que nos ensina o undécimo artigo do Credo: na ressurreição da carne?

O undécimo artigo do Credo ensina-nos que todos os homens hão de ressuscitar, retomando cada alma o corpo que teve nesta vida. 

239)     Como se fará a ressurreição dos mortos?

A ressurreição dos mortos realizar-se-á por virtude de Deus Onipotente, a Quem nada é impossível. 

240)     Quando será a ressurreição dos mortos?

A ressurreição de todos os mortos será no fim do inundo, e depois seguir-se-á o Juízo universal. 

241)     Por que quer Deus a ressurreição dos corpos?

Deus quer a ressurreição dos corpos para que a nossa alma, tendo feito o bem ou o final unida ao corpo, receba juntamente com ele o prêmio ou o castigo.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO XI

pio xDo décimo artigo do “Credo”

 234)     Que nos ensina o décimo artigo do Credo: na remissão dos pecados ?

O décimo artigo do Credo ensina-nos que Jesus Cristo deixou à sua Igreja o poder de perdoar os pecados.

235)     Pode a Igreja perdoar toda a espécie de pecados ?

Sim, a Igreja pode perdoar todos os pecados, por numerosos e graves que sejam, porque Jesus Cristo Lhe concedeu pleno poder de ligar e desligar. 

236)     Quem são os que na Igreja exercem este poder de perdoar os pecados ?

Os que na Igreja exercem o poder de perdoar os pecados são, em primeiro lugar, o Papa que é o único que possui a plenitude de tal poder; depois os Bispos e, sob a dependência dos Bispos, os Sacerdotes.

237)     Como perdoa a Igreja os pecados ?

A Igreja perdoa os pecados pelos merecimentos de Jesus Cristo, administrando os Sacramentos por Ele instituídos para esse fim, especialmente o Batismo e a Penitência

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 6

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 6o – Daqueles que estão fora da Igreja 

223)     Quem são os que não participam da comunhão dos Santos ?

Aqueles que não participam da comunhão dos Santos são, na outra vida, os condenados, e nesta vida aqueles que não pertencem nem à alma nem ao corpo da Igreja, quer dizer, aqueles que estão em estado de pecado mortal e se encontram fora da verdadeira Igreja. 

224)  Quem são os que se encontram fora da verdadeira Igreja ?

Encontram-se fora da verdadeira Igreja os infiéis, os judeus, os hereges, os apóstatas, os cismáticos e os excomungados. 

225)     Quem são os infiéis ?

Os infiéis são aqueles que não foram batizados e não crêem em Jesus Cristo, seja porque crêem e adoram falsas divindades, como os idólatras; seja porque, embora admitam o único Deus verdadeiro, não crêem em Cristo Messias, nem como vindo na pessoa de Jesus Cristo, nem como havendo de vir ainda: tais são os maometanos e outros semelhantes. 

226)     Quem são os judeus ?

Os judeus são aqueles que professam a lei de Moisés, não receberam o batismo, nem crêem em Jesus Cristo.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 5

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 5o – Da comunhão dos Santos

214) Que nos ensina o nono artigo do Credo com aquelas palavras: na comunhão dos Santos ?

Com as palavras: na comunhão dos Santos, o nono artigo do Credo ensina nos que na Igreja, pela íntima união que existe entre todos os seus membros, são comuns os bens espirituais, assim internos Como externos, que lhe pertencem. 

215)     Quais são na Igreja os bens comuns internos ?

Os bens comuns internos na Igreja são: a graça que se recebe nos Sacramentos, a Fé, a Esperança, a Caridade, os merecimentos infinitos de Jesus Cristo, os merecimentos superabundantes da Santíssima Virgem e dos Santos, e o fruto de todas as boas obras que na mesma Igreja se fazem. 

216)     Quais são os bens externos comuns na Igreja ?

Os bens externos comuns na Igreja são: os sacramentos, o Santo Sacrifício da Missa, as orações públicas, as funções religiosas, e todas as outras práticas exteriores que unem entre si os fiéis.  Continuar lendo