A Quaresma é um tempo de jejum: menos alimento para o corpo e mais alimento para a alma. Como diz o Prefácio deste tempo litúrgico: “Vitias compresses, mentem elevas – Meu Deus, vós que, pelo jejum corporal, reprimis os vícios, elevai a alma, concedei força e recompensa”. Menos comida, mais orações, leituras espirituais, meditações…
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Todavia, esse desejo só será eficaz se for acompanhado de uma firme resolução, realizada de forma dinâmica: jejum das telas, a abstinência dos meios de comunicação. Em outras palavras, menos tempo perdido na internet, na frente do computador, da televisão ou do rádio.
Pois, de que serve querer rezar mais, se nunca deixamos de alimentar uma insaciável curiosidade, se ficamos à espreita a tudo o que circula por aí, com o ridículo desejo de “agarrar a espuma” dos dias atuais?
A Quaresma é inútil quando não nos abstemos de embeber nossas mentes com toda essa confusão midiática, imediatamente expulsa pelas notícias do dia seguinte.
Paul Verlaine descreveu perfeitamente a miséria espiritual que hoje se esconde sob uma superabundância de informações: Continuar lendo