Anunciado, com grande apoio de pesquisas que mostram uma aprovação quase geral dos franceses, o suicídio assistido está em discussão na Assembleia Nacional. Eis duas reflexões não exaustivas sobre o assunto.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Suicídio assistido, um pecado grave contra o quinto mandamento
Em primeiro lugar, vamos qualificar moralmente o suicídio assistido. O requerente comete suicídio mesmo que ele mesmo não faça o gesto assassino porque a intenção de matar é dele. Santo Agostinho resolve a questão de maneira sucinta ao apontar que quem comete suicídio mata um homem e, portanto, viola o quinto mandamento. Sua própria vida, recebida de Deus, não lhe pertence e ele não pode dar fim a ela como quiser.
O assistente não pode se esconder atrás do pedido do solicitante. Ele é, certamente, seu instrumento…um instrumento consciente e livre, responsável por seu ato. Ele é, dessa forma, um colaborador formal (compartilha a intenção do ator principal) no crime de homicídio e comete, também, um pecado grave.
Habituar as mentes às mortes programadas
Minha primeira reflexão denunciará essa insistência em oferecer assistência a essas pessoas que querem acabar com suas vidas, o que leva a impor ao próximo um fardo moral insuportável; pois não é fácil participar ativamente, mesmo a pedido dele, da morte de alguém! De um modo geral, as pessoas que põem termo à sua vida, são culpadas por certo egoísmo, pois não levam em conta o mal que causam aos que os circundam, desaparecendo e deixando-os sozinhos para enfrentar as dificuldades das quais quiseram escapar. E é ainda mais egoísta pedir a alguém próximo para participar do seu suicídio. Continuar lendo