“Honra” é uma palavra que parece referir-se a uma época passada. Nos remete aos tempos antigos: a honra da cavalaria, a honra dos corajosos que derramaram seu sangue pela pátria … e hoje? O senso de honra não está desaparecendo da sociedade?
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Santo Tomás define honra como “o testemunho exterior dado à excelência de alguém” . Littré disse igualmente: “é a gloriosa estima concedida à virtude, coragem e talento”. É, portanto, uma forma de reconhecimento perante um estado de excelência. A honra vai além dos elogios, pois elogiamos alguém por ter demonstrado boa vontade, enquanto honramos aquele que fixa uma certa excelência. Honra é algo mais elevado e mais absoluto do que elogio.
Excelência e honra são, portanto, duas palavras correlativas. Se não existe mais a busca pela excelência, a honra já não existe mais.
Não é surpreendente, portanto, que onde a virtude desaparece, não haja mais honra ou senso de honra Nossa sociedade chama de bom o que é mau e mau o que é bom. Quando a virtude é condenada e o vício é protegido, a honra é perdida.
Se as honras são o sinal exterior de excelência, essa palavra também é usada para designar alguém que busca a excelência: diremos que ele é um homem de honra.
Homem de honra?
Louis Salleron, escritor do século XX, em suas reflexões sobre a honra a descreve da seguinte maneira: “O que é honra? Pode-se defini-la como o respeito intransigente a si mesmo; e sendo a “si mesmo” um mundo singularmente vasto e complexo, visto ser homem completo, prontamente escolhe-se um ponto de aplicação desse respeito integral: é o ponto de honra; uma pessoa coloca seu ponto de honra nisto, outra naquilo; mas neste ponto ele não aceita nenhum lapso, nenhuma concessão. É por isso que ele é um homem de honra.” Continuar lendo