Não temamos essa pergunta direta, não nos esquivemos da resposta. Tentemos, sem arrogância ou qualquer espírito rebelde, sermos justos.
Fonte: Le Carillon nº 182 – Fonte: Dominus Est
O fundamento da existência da Fraternidade São Pio X (FSSPX) é o testemunho de toda a fé católica tradicional e não apenas uma parte dela. Este testemunho não é um capricho pessoal da FSSPX, não provém de um carisma particular ou extraordinário, mas é uma necessidade de salvação para cada cristão. Infelizmente, ele [o testemunho] nos coloca “em oposição formal, profunda e radical à Igreja do Vaticano II infestada de ideias modernistas” (Coletiva de imprensa de D. Lefebvre – 15 de junho de 1988).
O que fazer?
A posição de D. Lefebvre permaneceu sempre inalterada: “A característica própria de um católico é amar Roma. Uma vez somos dolorosamente atingidos e martirizados pelo obscurecimento da doutrina da Igreja Romana, devemos nos separar da Igreja de Roma? E ligamo-nos diretamente a Nosso Senhor Jesus Cristo? Esse é um erro perigoso! É nosso dever pensar bem sobre a questão, a fim de não nos desviarmos e desejarmos, em nossos corações, sentimentos e orientações que nos conduziriam então, de fato, para fora da Igreja” (7 de setembro de 1981).
Concretamente, quando a FSSPX recebeu a aprovação da Igreja por meio de D. Charrière em 1º de novembro de 1970, D. Lefebvre escreveu: “Não foi providencial? Esta data de 1º de novembro de 1970 é, aos meus olhos, um acontecimento capital em nossa história: é a certidão de nascimento oficial da Fraternidade: é a Igreja que, naquele dia, a fez nascer. A Fraternidade é uma obra da Igreja. Particularmente, eu detestaria fundar qualquer coisa sem a aprovação de um Bispo” (Revista Fideliter, n° 59, pág. 66). Continuar lendo