
– São duas, não é verdade, padre, as causas principais dos matrimônios infelizes? A ignorância e a presunção.
– Sim, duas mesmo, como já expliquei. E em primeiro lugar a ignorância, que leva a profanar o Sacramento. O Sacramento do matrimônio é de fato o Sacramento em que se cometem mais pecados e sacrilégios.
– Mas de que maneira?!…
– Pelo motivo bem simples, que aos outros Sacramentos em geral se preme-te uma boa preparação religiosa, por exemplo, a primeira confissão, a primeira Comuhão, a Crisma e até a Unção dos doentes; esta preparação habitualmente falta para o matrimônio.
Sobre os outros sacramentos os próprios pais dão instrução mais ou menos suficientes; e para ele muitas explicações se acham no catecismo, nos livros espirituais ou se ouvem na pregação. Para a formação dos jovens em preparação ao matrimônio, poucos há que direta e suficientemente se interessam. E todos sabem, como em geral os noivos, por infelicidade deles, se dispensam facilmente dos sermões e do catecismo.
O outro coeficiente do fracasso de tantos matrimônios é a presunção. A juventude julga saber tudo, conhecer tudo, estar a par de tudo. Mas o que é ainda pior, se algo ignora, vai aprendê-lo da boca de companheiros sem virtude e suspeitos, de pessoas de pouca ou nenhuma prudência, ou na leituta de livros libertinos. Assim em vez de subir, desce; em lugar de instrui-se, envenena-se.
– Então é dever mesmo instruir-se suficientemente e pedir conselhos a pessoas sábias e criteriosas? Continuar lendo

Deus, pois que, com a vossa solicitude paterna, me destes para guardião e guia um vosso tão digno Ministro, concedei-me ainda a graça de por em prática os seus sábios ensinamentos, afim de que eu consiga conquistar todas as virtudes, que, para a Vossa glória e para a minha salvação devem resplandecer em mim.
Meu filho, se em lugar de falar somente a ti, eu pudesse falar a todos os pais e mães de família cristãs, queria dizer-lhes:
O mau exemplo e, pior ainda, o escândalo, é como o câncer, penetra, infiltra-se, estende-se, intoxica e mata. Fujamo-lo como o monstro mais mortífero.
DISCÍPULO
DISCÍPULO
DISCÍPULO
DISCÍPULO
DISCÍPULO—
DISCÍPULO
D
Discípulo — E agora, Padre, tenha a bondade de esclarecer ainda mais alguns pontos. Antes de tudo, a Confissão é mesmo necessária para apagar os pecados?
Discípulo — Padre, será que alguma vez não acontece que o confessor conte algum pecado
Discípulo — E agora, diga-me Padre: ao ouvir certos pecados, será que o confessor não se surpreende, não fica ofendido, não perde a estima… não nega a absolvição?
Discípulo — Padre, além do perdão dos pecados, a confissão traz mais outras vantagens?
Discípulo — Porém, se alguém reconhece a tempo as suas faltas e se confessa bem, Deus perdoa sempre não é verdade, Padre?
Discípulo
Discípulo
Discípulo
Discípulo (D) — Diga-me, Padre; qual será o primeiro “por quê” de tantas confissões mal feitas?
Discípulo (D)


