Fonte: Permanencia
A história prova Fátima. A Rússia NÃO se converteu nem está se convertendo!
O tema da minha palestra é: “O tempo de Fátima se encerrou?” Entendo por “tempo de Fátima” o tempo em que a mensagem e os pedidos de Fátima, bem como os eventos que com ela têm fortes ligações, nos trazem sua lembrança, ou lhe fazem alusão, mantêm-se atuais.
Esta aula consiste em duas partes: na primeira, nomearei alguns eventos históricos que aconteceram em datas importantes desde o ponto de vista de Fátima. Na segunda parte falarei porque a Rússia não se converteu nem está se convertendo – um dos pontos-chave para entendermos se o tempo de Fátima se encerrou, ou se ainda o estamos vivenciando.
Primeira parte: A história prova Fátima.
Não posso lembrar exatamente a primeira vez que escutei sobre Fátima. Isto ocorreu quando eu ainda era universitário ou quando ainda ia para a escola. Mas sempre me interessei por história e sempre pensei que a história do mundo tem algum propósito (a mensagem de Fátima teve grande dimensão histórica), e também como russo (Fátima teve uma grande relação com a Rússia), desde o começo fascinei-me com os eventos daquela longínqua vila portuguesa no ano de 1917 (ano que eu, como anticomunista convicto desde tenra idade, penso ser o ano mais trágico da história russa), e comecei a refletir sobre o que aquilo significava para a Rússia, para o mundo e para toda a humanidade. O que descobri foi um dos fatores que influenciaram a minha conversão à fé católica. Porém mesmo quando já era católico, durante meus estudos e pesquisas históricas, descobri mais fatos que somente reforçaram minha fé e credo na autenticidade de Fátima.
Para mim, um dos fatos, ou melhor, série de fatos, é que muitos dos notáveis eventos históricos depois de 1917 aconteceram em “datas de Fátima” (com isso quero dizer os dias 13 dos meses de maio a outubro, com exceção de agosto, em que o dia é 19 – dias das aparições de Nossa Senhora de Fátima) e o fato de que eles provam a propagação dos “erros da Rússia” pelo mundo. Alguns desses eventos são amplamente conhecidos, outros não. Descobri a maioria dos eventos por conta própria, embora depois eu tenha encontrado alguns deles nas obras dos autores chamados “fatimistas”.
Para relatar todos eles seria necessário escrever um livro, pois não é algo para o formato de uma curta palestra, portanto durante a minha conferência irei me ater apenas a citar os mais impressionantes e fascinantes e, talvez, alguns pouco conhecidos.
13 de junho de 1918 – Próximo à cidade russa de Perm, os bolcheviques assassinaram o primeiro membro da família imperial russa, ninguém menos que o grande duque Miguel, em favor do qual o imperador Nicolau II abdicou do trono na primavera de 1917. Embora Miguel não tenha aceitado o trono, de acordo com alguns historiadores e juristas ele foi, de fato, o último detentor do trono russo. A dinastia Romanov começou com Miguel e terminou com Miguel. De certo modo, podemos considerar seu assassinato simbolicamente como o fim da Velha Rússia. O corpo do grande duque até hoje não foi encontrado. Continuar lendo