Arquivos da Tag: Santo Afonso
O PECADO DE ADÃO E O AMOR DE DEUS PARA COM OS HOMENS
PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO: A TEMERIDADE DO PECADOR E O DIA DO JUÍZO
MARIA SANTÍSSIMA CONDUZ OS SEUS SERVOS AO PARAÍSO
A PAIXÃO DE JESUS CRISTO, NOSSA CONSOLAÇÃO
DA ASSISTÊNCIA À SANTA MISSA
A PENA DA PERDA DE DEUS É O QUE FAZ O INFERNO
NA MORTE TUDO ACABA
EM QUE COISAS NOS DEVEMOS CONFORMAR COM A VONTADE DIVINA
FESTA DA APRESENTAÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA
ÚLTIMO DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O FIM DO MUNDO E O PROCEDIMENTO DOS BONS CATÓLICOS EM TEMPO DE PERSEGUIÇÃO
DEVOÇÃO A SÃO JOAQUIM E SANTA ANNA, PAIS DE MARIA SANTÍSSIMA
SÉTIMA PALAVRA DE JESUS CRISTO NA CRUZ
AMOR DE JESUS NA INSTITUIÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO, ANTES DE IR MORRER
OBRIGAÇÃO QUE TEMOS DE SOCORRER AS ALMAS DO PURGATÓRIO
NECESSIDADE DA ORAÇÃO
DAS PENAS DO INFERNO
XXIII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: A FILHA DE JAIRO, A HEMORROÍSSA E A ALMA PECADORA
MARIA SANTÍSSIMA, MODELO DE ORAÇÃO
SEXTA PALAVRA DE JESUS CRISTO NA CRUZ
O QUE TENHA DE FAZER A ALMA NA PRESENÇA DE JESUS NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
PARA A SALVAÇÃO É NECESSÁRIO O SACRIFÍCIO DA VONTADE PRÓPRIA
EM QUE CONSISTE A FELICIDADE DOS BEM-AVENTURADOS NO CÉU
REMORSO DO CONDENADO POR CAUSA DO BEM QUE PERDEU
NECESSIDADE QUE TEMOS DA INTERCESSÃO DE MARIA SANTÍSSIMA PARA NOSSA SALVAÇÃO
QUINTA PALAVRA DE JESUS CRISTO NA CRUZ
QUARTO DOMINGO QUE SOBROU DA EPIFANIA: A BARCA NA TEMPESTADE E O GRANDE MEIO PARA NÃO NAUFRAGAR
Accesserunt ad eum discipuli eius, et suscitaverunt eum dicentes: Domine, salva nos, perimus – “Chegaram-se (a Jesus) os seus discípulos, e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, perecemos” (Mt 8, 25)
Sumário. Pela barca do Evangelho é figurada a nossa alma, que continuamente está em perigo pelas tempestades que contra ela levantam seus inimigos espirituais. O meio principal para sermos vencedores é o de que se serviram os apóstolos; isto é, recorrermos a nosso Mestre e dizer-lhe: Senhor, salvai-nos, porque, se não, perecemos. Ao mesmo tempo, porém, devemos fazer o que está ao nosso alcance; especialmente confessarmo-nos com frequência, fugirmos das ocasiões perigosas, e reprimirmos as paixões desde que comecem a mostrar-se.
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Refere o evangelista que “tendo Jesus subido para uma barca, o seguiram seus discípulos. E eis que se levantou no mar uma grande tempestade, tal que as ondas cobriam a barca; e, entretanto, ele dormia. Então se chegaram a ele os seus discípulos e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, perecemos. E Jesus lhes disse: Porque temeis, homens de pouca fé? E, erguendo-se, mandou aos ventos e ao mar, e seguiu-se logo uma grande bonança – facta est tranquillitas magna“.
Na barca do Evangelho os santos Padres veem a figura, não só da Igreja universal, como também de cada homem que vive neste mundo. Com efeito, assim como a barca que navega pelo mar, está exposta a mil perigos de corsarios, de baixios, de escolhos ocultos e de tempestades, assim cada um de nós se vê cercado de perigos nesta vida, pelas tentações do inferno, pelos escândalos e maus conselhos dos homens e pelos respeitos humanos. Corremos especialmente o risco de nos perdermos, pelas paixões desordenadas, figuradas nos ventos que movem as tempestades e põem a barca em perigo de naufrágio.
Ora, o meio principal, ou antes o único meio, para vencermos tantos perigos e nos salvarmos do naufrágio, é o de que se serviram os santos discípulos de quem fala o Evangelho e que recorreram a seu Mestre, dizendo-lhe: Salva nos, perimus – “Senhor, salvai-nos, porque, se não, perecemos”. Quando a tempestade é forte, o piloto não aparta a vista da estrela que o guia ao porto. Assim nós devemos nesta vida ter sempre os olhos fixos em Deus. Para este fim dispõe o Senhor que, enquanto estamos neste mundo, vivamos numa continua tormenta: para que continuamente nos encomendemos a ele que é o único que nos pode salvar com a sua graça: In tribulatione sua mane consurgent ad me – “Na sua tribulação dar-se-ão pressa a recorrer a mim” (1). Continuar lendo