JUNHO, MÊS PARA HONRAR O SAGRADO CORAÇÃO E FAZER REPARAÇÕES

Ora, se também por causa também dos nossos pecados futuros, por Ele previstos, a alma de Cristo esteve triste até a morte, sem dúvida, algum consolo Cristo receberia também de nossa reparação futura, que foi prevista quando o anjo do céu Lhe apareceu (Lc 22, 43) para consolar seu Coração oprimido de tristeza e angústias. 

Fonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est

Estas palavras, extraídas da Encíclica Miserentissimus Redemptor, escrita em 1928 pelo Papa Pio XI, convidam os fiéis a cultivar um espírito de reparação ao Sagrado Coração de Nosso Senhor. O mês de junho, que a Santa Madre Igreja designou como o mês em que se celebra a Festa do Sagrado Coração, é um tempo para os católicos fazerem visitas regulares ao Santíssimo Sacramento, oferecendo orações e sacrifícios pelos seus pecados e os de toda a humanidade.

Embora honrar o Sagrado Coração tenha raízes que remontam à Igreja primitiva, esta devoção especial ao amor ardente de Cristo pela humanidade está intimamente associada a Santa Margarida Maria Alacoque, uma freira Visitandina do século XVII no convento de Paray-le-Monial. Foi a esta humilde freira que Cristo revelou Seu desejo de que uma festa especial de reparação ao Seu Sagrado Coração fosse estabelecida na sexta-feira após a oitava de Corpus Christi (ou terceira sexta-feira depois de Pentecostes). É a partir das aparições de Nosso Senhor a Santa Margarida que surgiu a Devoção das Primeiras Sextas-feiras, prática que garante que as reparações ao Sagrado Coração sejam feitas ao longo de todos ano litúrgico.

A festa e mês do Sagrado Coração não são apenas um tempo de oração “simples” ou passageira. Pelo contrário, está ligada aos sacrifícios, com a reparação feita pelas ofensas contra Nosso Senhor. Os fiéis católicos devem se preparar para participar plenamente esse mês, com suas ações externas, penitências e horas santas desempenhando um papel vital, conforme desejado por Pio XI. Continuar lendo

SÉRIE “CRISE NA IGREJA” – EPISÓDIO 2: ORIGENS – NOMINALISMO E LUTERO

Nesse segundo episódio, o Pe. Wiseman analisa o “Contexto Remoto” da Crise – ou seja, as próprias origens da Crise na Igreja. Começaremos no século XIV com o Nominalismo e, em seguida, passaremos para os erros de Martinho Lutero, como esses dois tópicos estão conectados e qual foi a resposta da Igreja naquela época.

A IMPORTÂNCIA DO CATECISMO

Também é hora de voltar às aulas… do catecismo!

Fonte: FSSPX

A Sra. Márcia, uma conselheira municipal de educação, esquerdista obviamente, analisa o último boletim escolar de seu Jonathan, aluno do terceiro ano do ensino médio do Colégio Paulo Freire: ufa! Seu filho mais velho tem uma boa média em matemática, então podemos esperar que opte pelo ramo de exatas e, por que não, que consiga entrar em uma universidade publica de matemática… E sonha com Jonathan assumindo um cargo de prestígio e bem remunerado em uma grande empresa… Que mãe não tem grandes ambições para o filho?

A Sra. Joana, que é mãe e dona de casa, abre o envelope com o boletim escolar de Manoel, aluno do nono ano do Colégio Sagrado Coração de Jesus. À frente das outras matérias, ela lê: “Catecismo: primeiro lugar com 09”. A avaliação da disciplina é muito elogiosa: Manoel tem um espírito muito bom, cuida bem dos pequenos de sua equipe, sabe como ser útil. E a mamãe sonha um pouco: como será o filho dela no futuro? Um pai forte com uma família grande? Um padre, talvez? Que mãe não tem grandes ambições para seu filho?

Sim, toda uma concepção de vida é revelado na maneira como os pais analisam os boletins escolares de seus filhos. O que eles esperam de sua escola? Que seus filhos aprendam equações de segundo grau? É claro, mas “os pagãos não fazem o mesmo”? Eles matricularam seus filhos em escolas tradicionais só porque a disciplina é melhor, os deploráveis métodos modernos não são aplicados e os resultados no vestibular são espetaculares? Essas são razões boas e louváveis, é claro, mas isso não é o principal: “Era necessário praticar estas coisas, mas não omitir aquelas”, sem esquecer que uma escola católica é, antes de tudo, católica! Continuar lendo

“LEÃO”MANIA? NA VERDADE, NÃO É BEM ASSIM. PALAVRA DE UM “VILÃO TRADICIONALISTA”

Leonemania? Non è proprio il caso. Parola di tradizionalista cattivo

O site Radio Spada extraiu do Duc in altum essa intervenção de um “sacerdote anônimo”, cuja visão compartilhamos em grande parte.

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

Caro Valli,

Sou sacerdote e li, vi e ouvi (artigos, podcasts, blogs, Twitter etc.) expressões de um irreprimível e irrefreável tripúdio pela eleição do novo Papa, qualquer outro Papa que não fosse um Francisco II (melhor dizendo Desmanzelado II), que fosse pelo menos um pouco decente e que, pelo simples fato de ser outro alguém, sancionasse a saída do pesadelo distópico que durou cerca de duas décadas.

A exultação e o desejo de voltar (de voltar a poder dizer “viva o Papa“) transbordaram em projeções entusiasmadas, imaginativas e, por vezes, segundo alguns comentários, até mesmo infantis e grotescas, sobre as expectativas em relação ao Eleito.

Cada gesto seu se torna épico, cada movimento deve forçosamente indicar uma mudança de ritmo, cada palavra um marco na qual a História nunca mais será a mesma. E quando não há nada marcante, se inventa.

Agora, me permita observar que essa maneira de tratar os gestos e as palavras do Santo Padre é parte fundamental de um problema estrutural e grave de um certo catolicismo alterado que faz da Igreja o Corpo Místico não de Cristo, mas do Papa e que, entre outras coisas, contribuiu para aquela síndrome hipodoutrinária de imunodeficiência à heterodoxia que permitiu que o Papa Francisco dissesse e fizesse as mais escabrosas atrocidades em meio aos aplausos constrangidos de um Colégio Episcopal reduzido a uma claque da parterre norte-coreana. Continuar lendo

A FALÊNCIA PÓS-CONCILIAR É CADA VEZ MAIS EVIDENTE E ADMITIDA

Dois testemunhos de fontes muito diferentes apontam para a desordem cada vez mais clara iniciada pelo Concílio Vaticano II, continuada pelas reformas pós-conciliares, agravada em particular pelo recente pontificado findado e que só pode ser resolvido por um retorno determinado à Tradição da Igreja.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Os números falam por si

Primeiramente, um padre que não se impressiona mais com o Vaticano II não hesita em listar os números do colapso pós-conciliar. No site de língua espanhola Infocatolica, em 15 de março, o padre madrilenho Jorge Guadalix escreveu: “As expectativas do Vaticano II eram altas. Todas as esperanças eram justificadas. Mas, sejamos honestos, algo deu errado.

“Trabalhamos na vinha do Senhor com todo o entusiasmo do mundo, absorvemos a mais fervorosa teologia pós-conciliar, dedicamos nossas vidas à causa do Evangelho. A primavera chegou? Não estou convencido. Nem um pouco convencido. Este ano marcará o 60° aniversário do seu encerramento.”

Sessenta anos depois, o que foi alcançado? O Pe. Guadalix responde sem rodeios: “Até agora, temos feito algo… mas os números falam por si. A secularização maciça [redução ao estado laico] de religiosos e padres, especialmente na década de 1970, nos assustou. O desastre do declínio das vocações para o ministério sacerdotal e a vida religiosa foi camuflado por uma média de idade que, no entanto, continuou a aumentar, ano após ano, e em ritmo cada vez mais acelerado.” Continuar lendo

SÉRIE “CRISE NA IGREJA” – EPISÓDIO 1: HÁ UMA CRISE NA IGREJA?

Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Iniciam-se hoje as publicações da Série “Crise na Igreja”, que será disponibilizada no Canal da FSSPX no Youtube.

Obra da FSSPX americana, a série “Crisis” trata da atual crise de fé na Igreja. São dezenas de episódio que analisam a história, os antecedentes, os fato e as consequências do caos que a Igreja enfrente no século XXI.

Nesse primeiro episódio, o Pe. McFarland, FSSPX discorre que não podemos falar sobre essa crise a menos que determinemos exatamente se há ou não uma crise de fato. E, embora isso possa ser bastante óbvio, analisaremos maneiras específicas e sintomas distintos dessa crise que é o maior desafio que a Igreja Católica já enfrentou.

CARTA ENCÍCLICA OCTOBRI MENSE

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CARTA ENCÍCLICA
OCTOBRI MENSE
DE SUA SANTIDADE
PAPA LEÃO XIII
A TODOS OS NOSSOS VENERÁVEIS
IRMÃOS, OS PATRIARCAS,
PRIMAZES, ARCEBISPOS
E BISPOS DO ORBE CATÓLICO,
EM GRAÇA E COMUNHÃO
COM A SÉ APOSTÓLICA

SOBRE O ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA

Veneráveis Irmãos,
Saúde e Bênção Apostólica.

Convite ao Rosário

1. Ao aproximar-se o mês de Outubro, já agora consagrado à beatíssima Virgem, é para Nós coisa sumamente grata relembrar as solícitas recomendações que, nos anos precedentes, vos dirigimos, ó Veneráveis Irmãos, a fim de que em toda parte os fiéis, impelidos pelo vosso zelo autorizado, se volvessem, com reavivada piedade, para a grande Mãe de Deus, para a poderosa auxiliadora do povo cristão; a ela recorrendo suplicantes, durante o mês inteiro, com o rito do santo Rosário: Rosário que a Igreja habitualmente usou e divulgou, sobretudo nos tempos mais tempestuosos; e sempre com o desejado êxito.

2. Temos a peito manifestar-vos, também este ano, o mesmo desejo, e renovar-vos a mesma exortação. Impele-nos a isto urgentemente, e a isso nos estimula, o Nosso amor à Igreja, cujas angústias, antes que se aligeirarem, crescem cada dia mais em número e em aspereza.

Males que afligem a Igreja

3. A todos são conhecidos os males que Nós deploramos: a luta desapiedada contra os sagrados e intangíveis dogmas, que a Igreja guarda e transmite; a zombaria da integridade da virtude cristã, que a Igreja defende; a trama de calúnias de mil modos urdidas; o ódio fomentado contra a sagrada ordem dos bispos, e principalmente contra o Romano Pontífice; os ataques dirigidos, com a mais impudente audácia e a criminosa impiedade, contra a própria divindade de Cristo, no intuito de extirpar pelas raízes e de destruir a obra divina da Redenção, que força alguma poderá jamais destruir nem cancelar. Continuar lendo

ESSES CATÓLICOS QUERIAM UMA RELIGIÃO, ENTÃO SE TORNARAM PROTESTANTES

À luz da doutrina de Leão XIII, faz-se urgente o retorno ao objetivo principal da Igreja, a salvação das almas. 

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Os acontecimentos atuais na Igreja convidam-nos a refletir a figura e o ensinamento do Papa Leão XIII, cuja solicitude em questões sociais, ilustrada pela Encíclica Rerum novarum (1891), é frequentemente evocada por seu atual sucessor. No entanto, o rico ensinamento doutrinário do predecessor direto de São Pio X diz respeito a muitas outras áreas da doutrina católica, em particular sobre a questão da Igreja, conforme discutido na Encíclica Satis cognitum (29 de junho de 1896) sobre a unidade da Igreja.

Ora, sendo a Igreja a extensão da obra do Salvador, a melhor maneira de explicar sua unidade é especificar seu propósito:

Como a missão divina [de Jesus Cristo] deveria ser duradoura e perpétua, fez discípulos aos quais transmitiu Seu poder e, tendo enviado sobre eles do céu “o Espírito da verdade”, ordenou-lhes que fossem por toda a Terra e pregassem fielmente a todas as nações o que Ele mesmo havia ensinado e prescrito, para que, professando Sua doutrina e obedecendo a Suas leis, a humanidade pudesse adquirir santidade na Terra e, no céu, felicidade eterna.

Este é o plano segundo o qual a Igreja foi constituída, estes são os princípios que presidiram ao seu nascimento.

O papel da Igreja é, portanto, conduzir as almas à santidade aqui na terra e ao céu no futuro. Essa é a tarefa principal, e o trabalho de civilização, pacificação e preocupação com os problemas terrenos decorrem espontaneamente dela, embora sejam tarefas secundárias. A missão principal é evangelizar, transmitir a fé, porque “quem crer e for batizado será salvo; quem não crer será condenado” (1). Continuar lendo

ESPANHA: O ROSTO DE SANTA TERESA DE ÁVILA REVELADO PELA CIÊNCIA

Uma equipe internacional de especialistas reconstruiu o rosto de Santa Tereza d’Ávila (1515-1582) usando tecnologias digitais de ponta e dados históricos. Esta iniciativa, revelada em 28 de março de 2025, no 510º aniversário de seu nascimento, reconstruiu com precisão o rosto original de Santa Tereza quando ela tinha cerca de 50 anos de idade, informa o site espanhol Religion Digital.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

A equipe, liderada pelo antropólogo italiano Luigi Capasso,  da Universidade Gabriele d’Annunzio de Chieti-Pescara, trabalhou com a professora Jennifer Mann, do Instituto Vitoriano de Medicina Forense da Universidade Monash, na Austrália.

O professor italiano foi o responsável pela exumação e estudo das relíquias de Santa Tereza d’Ávila, mantidas no Mosteiro da Anunciação de Nossa Senhora em Alba de Tormes (Espanha).

O processo de reconstrução facial foi baseado em um estudo aprofundado dos restos mortais da Santa, preservados em vários locais: o corpo, o braço esquerdo e o coração em Alba de Tormes (Salamanca); a mão esquerda em Ronda (Málaga) e o pé direito em Roma. Continuar lendo

SE DEUS É A CAUSA DE TUDO, COMO PODEMOS SER LIVRES?

Cidadão ou cristão que transforma – ComunhãoPor Prof. Felix Otten, O.P., e C.F. Pauwels

Nota do editor: este artigo é o segundo de uma série de respostas concisas a perguntas e objeções contrárias à fé católica frequentemente encontradas. As perguntas e respostas foram adaptadas da obra “As Dificuldades Mais Frequentemente Encontadas” (em inglês: “The Most Frequently Encountered Difficulties”), do Prof. Felix Otten, O.P., e C.F. Pauwels, O.P., publicada originalmente em holandês em 1939.

Pergunta: A Igreja Católica ensina que o homem é livre e, ao mesmo tempo, que Deus é a causa de tudo. Se é assim, então não seria Deus a causa de nossa vontade? E, se Deus sabe, de antemão, o que vamos fazer e até mesmo causa o que vamos fazer, então como podemos ser livres?

Resposta: Pessoas que fazem perguntas dessa natureza, normalmente, estão equivocadas quanto ao conceito de “causa”. Um tratamento científico completo dessa pergunta demandaria treinamento filosófico profundo; portanto apenas alguns comentários serão feitos aqui. Continuar lendo

IGREJAS A VENDA NA FRANÇA

Todos os anos, na França, de 10 a 15 igrejas são desconsagradas e colocadas à venda. Este ano, as pessoas podem adquirir uma igreja neogótica perto de Clermont-Ferrand por € 380.000, uma antiga basílica listada como Monumento Histórico, a 15 minutos de Poitiers por € 950.000, uma igreja do século XVII – também listada – em uma ilha no Loire por € 100.000, uma igreja do início do século XX na Bretanha por € 330.000 e a capela do antigo convento carmelita em Niort por € 220.000.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

E a diocese de Nancy-Toul colocou à venda a igreja de Notre-Dame-de-Franchepré em Joeuf, onde o prefeito planeja transformar em um museu do futebol, em homenagem a Michel Platini, famoso ex-jogador de futebol local.

A diocese de Arras está vendendo a igreja de Saint-Edouard, em Lens, e a imobiliária responsável pela transação publicou um anúncio no site Leboncoin. Construída no início do século 20 para uma população de mineiros, a igreja está listada como Monumento Histórico desde 2009, mas é apresentada como uma propriedade comum: “Casa à venda, 4 cômodos, 539 m2 – €362.500. Igreja com uma localização ideal, oferecendo uma série de possibilidades.” “Deixe sua imaginação correr solta com esta propriedade raríssima à venda.” 

O bispado está tentando tranquilizar os católicos que estão legitimamente chocados com a venda de uma igreja: será proibido realizar qualquer atividade contrária à moralidade no local, como uma casa de espetáculos, uma discoteca ou um salão de jogos… A igreja de Saint-Edouard agora tem apenas um punhado de fiéis e sua manutenção é muito cara. Continuar lendo

A OCIOSIDADE É INIMIGA DA ALMA

A quem culpar: vós que procurais esmagar uns aos outros?

Por um monge beneditino

Nossa vida espiritual é composta pela graça de Deus e nossa disposição para com sua graça. Tudo é dom de Deus, mas devemos fazer todo o possível para dispor nossa alma para recebê-Lo sem obstáculos em nossos corações. O maior obstáculo que se opõe à livre ação de Deus em nossas almas é uma má atitude, uma disposição que afaste nossos corações de Deus e de Sua vontade. São Bento em sua regra para monges define essa atitude como ociosidade. A ociosidade é uma inimiga para nossa alma porque é o primeiro passo para formar maus hábitos.

Ociosidade ou indolência é um tipo de negligência intencional em relação ao nosso dever de estado. A alma torna-se lenta para realizar a vontade de Deus por causa de uma crescente repugnância pelo esforço de vencer obstáculos que são difíceis de superar. Quando a alma foge do esforço, procura substituir o plano de Deus por uma opção mais fácil, recompensada por uma satisfação imediata. Todos os tipos de desordens e pecados rastejam para dentro da vida do homem indolente. A vida familiar se torna um fardo terrível; todos parecem ser um obstáculo à sua recém-descoberta “liberdade”. Um tipo de aversão geral invade sua a vida e tudo o que antes era considerado sagrado por ele, agora é como uma pedra de moinho que o puxa para baixo. Um tipo problemático de ansiedade apodera-se lentamente de sua personalidade e aqueles que mais o amam se tornam seus piores inimigos. Ele começa a sentir que eles o acusam à luz dos bons exemplos deles. Sua vida de trevas não pode suportar a luz das virtudes. Continuar lendo

“DES”ORDEM SACRAMENTAL

A ordem dos sacramentos entre si é muitas vezes ignorada na prática contemporânea. 

Fonte: Apostol, maio 2025 – Tradução: Dominus Est

Na Páscoa deste ano, novamente, os batismos de adultos e adolescentes aumentaram de forma exponencial. Essa é, sem dúvida, uma boa notícia, mas também reflete (como não é novidade) uma profunda descristianização do país (e, correlativamente, uma queda não menos espetacular no número de batismos de bebês), mas que também mostra que a graça de Jesus Cristo continua a trabalhar nos corações e que a fé católica não disse a sua última palavra, especialmente porque precisamos acrescentar a esses recém-batizados aqueles que, embora já batizados, estão agora chegando à fé e à Igreja porque não foram ensinados por suas famílias e/ou paróquias. A Igreja Católica na França poderia, portanto, encontrar um novo impulso se esses batismos fossem suficientemente bem-preparados e acompanhados.

Mas nada é menos certo: alguns tipos de relatórios (que, reconhecidamente, não têm a precisão e o rigor das estatísticas) mostram que o sacramento do batismo, às vezes, é conferido fora de qualquer lógica sacramental. Por exemplo: o matrimônio católico nem sempre é exigido daqueles que, embora já vivam como casal, solicitam o batismo ou a crisma. Muito frequentemente, a participação na Missa dominical não é condição sine qua non para quem pede o batismo, como se a lei da Igreja – ainda em vigor – não expressasse o vínculo essencial entre o batismo e a Eucaristia, com o batismo encontrando sua realização na comunhão na Missa e a Missa dominical fornecendo o alimento indispensável que permite que o batismo se fortaleça, floresça e dê frutos. Continuar lendo

O ENCONTRO DE DUAS GERAÇÕES

O encontro entre o menino Jesus, com 40 dias de vida, e o velho Simeão no Templo de Jerusalém é, provavelmente, o único encontro no Evangelho que reúne duas idades tão extremas.

Fonte: Apostolo n°192 – Tradução: Dominus Est

A liturgia de 2 de fevereiro, que comemora esse evento, reflete sobre ele da seguinte forma: “O santo velho carregava o Menino, mas o Menino dirigia o ancião”. O velho concentra e resume em si a Lei e os Profetas: é um homem justo, fiel aos mandamentos de Deus; vive na expectativa do Salvador de Israel e, sob a inspiração do Espírito, anuncia o Salvador prometido. Quando Simeão carrega o Menino nos braços, acolhe o Messias, há muito aguardado e esperado, por milhares de anos, por todo um povo. E se o Menino, por sua vez, conduz o ancião, é por meio da Vida de Deus, como uma fonte jorrante, que o Menino Jesus traz consigo.

Embora esse encontro no Templo de Jerusalém represente a passagem da Antiga Aliança para a Nova, ela também representa a transição de uma geração para a seguinte. O ancião acolhe o recém-nascido e carrega-o, nos braços e em seu coração, com vistas ao futuro; a criança, com o frescor e a esperança de uma nova vida que carrega dentro de si, dá uma segunda juventude aos mais velhos. Continuar lendo

13 DE MAIO – FESTA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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Outros excelentes textos sobre Fátima:

CAUSAS PRINCIPAIS DOS MATRIMÔNIOS MAL SUCEDIDOS: IGNORÂNCIA E PRESUNÇÃO

Pais querem colocar filha com autismo para adoção: “Não a amamos” |  Metrópoles

– São duas, não é verdade, padre, as causas principais dos matrimônios infelizes? A ignorância e a presunção.

– Sim, duas mesmo, como já expliquei. E em primeiro lugar a ignorância, que leva a profanar o Sacramento. O Sacramento do matrimônio é de fato o Sacramento em que se cometem mais pecados e sacrilégios.

– Mas de que maneira?!…

– Pelo motivo bem simples, que aos outros Sacramentos em geral se preme-te uma boa preparação religiosa, por exemplo, a primeira confissão, a primeira Comuhão, a Crisma e até a Unção dos doentes; esta preparação habitualmente falta para o matrimônio.

Sobre os outros sacramentos os próprios pais dão instrução mais ou menos suficientes; e para ele muitas explicações se acham no catecismo, nos livros espirituais ou se ouvem na pregação. Para a formação dos jovens em preparação ao matrimônio, poucos há que direta e suficientemente se interessam. E todos sabem, como em geral os noivos, por infelicidade deles, se dispensam facilmente dos sermões e do catecismo.

O outro coeficiente do fracasso de tantos matrimônios é a presunção. A juventude julga saber tudo, conhecer tudo, estar a par de tudo. Mas o que é ainda pior, se algo ignora, vai aprendê-lo da boca de companheiros sem virtude e suspeitos, de pessoas de pouca ou nenhuma prudência, ou na leituta de livros libertinos. Assim em vez de subir, desce; em lugar de instrui-se, envenena-se.

– Então é dever mesmo instruir-se suficientemente e pedir conselhos a pessoas sábias e criteriosas? Continuar lendo

A IGREJA É SEMPRE BELA AOS OLHOS DE QUEM A AMA

Como a Igreja é bela e digna de ser amada! A Igreja brota de uma eternidade de glória em Deus para aí retornar e reencontrar uma glória que não tinha e que adquiriu em Jesus Cristo ao morrer em obediência à caridade. 

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Ela é bela e gloriosa como Maria e digna de ser amada como ela. É por meio dela que somos salvos. Foi sua obediência à caridade que nos abriu as portas da salvação. É a obediência a Maria, ecoando a de Jesus Cristo, é a obediência de toda a Igreja que nos abre as portas da glória. 

Devemos amar a Igreja, sempre bela e gloriosa por trás das desfigurações que a malícia ou a fraqueza de seus filhos lhe infligem. Devemos amá-la com o mesmo amor que nos atrai a Jesus Cristo, pois ela é seu Corpo: sem dúvida, somos comovidos pelos sofrimentos de Jesus Cristo, como a Paixão da Igreja não poderia nos comover? Como a Paixão da Igreja poderia nos distanciar dela? Pelo contrário, devemos amá-la ainda mais porque ela sofre e está desfigurada, porque parece perdida, porque não podemos mais ouvir sua voz eterna, não podemos mais ver seu brilho reconfortante, ela parece adormecida, invadida pela morte, entregue ao príncipe deste mundo. 

Devemos amar e acreditar na Igreja, aprender a ver sua face divina e imutável por trás dos pecadores que a compõem. Creiam na Igreja e façam-na viver, orgulhosos e felizes por serem seus filhos. Continuar lendo

UM PADRE MORREU

Alguns vão chorar… mas, eu invejo esse padre que acaba de celebrar sua última Missa.

Fonte: La Part des Anges – Tradução: Dominus Est

Ao visitar um cemitério antigo, aproxime-se da grande cruz no centro. Olhe ao seu redor. O túmulo mais mal-cuidado, aquele que não tem flores e parece esquecido, é o de um padre. No dia de seu funeral, o número de pessoas presentes era inversamente proporcional ao número de anos que ele havia passado nesta terra.

Ontem, um padre morreu. O Pe. Simoulin morreu (*). Ele foi nosso capelão em Romagne por vários anos, há muito tempo, e o pastor de nossas almas.

Alguns vão chorar… mas eu invejo esse padre que acabou de celebrar sua última Missa. Noli tangere Christos meos… Christos meos, o sacerdote é o ungido de Jesus, ele pertence a Ele, sua vida pertence a Ele. Ele é seu ungido por toda a eternidade.

A grande ideia que explica e domina a vida de um sacerdote é ser para Jesus uma humanidade além para continuar a obra redentora. Para esse homem, a ação sacerdotal foi uma longa morte para si mesmo, e sua morte foi, muito mais do que sua própria vida, uma ação sacerdotal, um sacrifício, a consumação de todos os seus sonhos, a doação total de si mesmo, superior à santidade e ao valor redentor de sua vida. Continuar lendo