MÃES IMPROVISADAS

Resultado de imagem para mães másMães improvisadas. São tais porque mamãe não as preparou para essa vocação. Não as educou para isso. Não lhes formou nem a vontade nem o coração e tão pouco lhes coordenou as reservas morais. Hoje são mães desorientadas, de gestos frouxos e vacilantes. Guiam-se apenas pelo instinto materno, egoísta e cego tantas vezes.

Erro é, muito comum, esse descuido das mães quanto à preparação das filhas para a maternidade vindoura. Entretanto em nossos dias mais indispensável tornou-se ela. Pois as mocinhas ouvem tanta coisa nas escolas e mais ainda enxergam nos cinemas. Fala-se-lhes de direitos, de emancipação. Coloca-se a criança quase como uma intrusa na vida da moça que se casa.

Grandeza, seriedade, deveres de maternidade – tudo isso deve ser abraçado com uma consciência esclarecida e tranqüila, ao lado de um coração generoso e resoluto.

Portanto, leitora, leva a sério a preparação de tuas filhas… À filha moça irás entregando os cuidados pelos irmãozinhos menores. Ensiná-la-ás como se lida com uma criança de colo, como se vigia e se diverte a outra que já começou a falar, etc.

Haja apenas o cuidado de não deixar, na filha moça, a impressão de que mamãe está se livrando de um trabalho pouco agradável. Nesse caso a filha o aceitará de mau humor, só porque não há remédio. A mãe esclarecida vai ensinando, vai explicando, porque, desde já, quer acostumar suas filhas aos cuidados pelos pequenos. Não há negar, a primeira professora de puericultura é sem favor a  mãe, em casa.

Aqui eu ouço uma objeção: para que preparar as filhas? Pois não tem a mulher o dom de intuição, que descobre pelo coração o que falta ao filho?

Ilusão, gentil leitora…isto requer certas noções indispensáveis, colhidas pela preparação e pelas luzes da instrução religiosa.

– “Minha filha – assim falará a mãe cristã – se Deus não te der outra vocação especial, você, por ser mulher, terá de ser um dia mãe de família, possivelmente. Vá se preparando desde já para essa missão, que é difícil, mas gloriosa também. Eu irei ajudando você com minha experiência, com muitos conselhos e meus exemplos.”

Não querem as mães usar desta linguagem?

Então insinuem, inspirem tais pensamentos e procedam com as filhas como se, pelos fatos, lhes estivessem dizendo tudo isso. Elas não receberão de mau humor as ordens dadas para cuidarem dos irmãozinhos menores.

As três chamas do lar– Pe. Geraldo Pires de Souza

NÃO PODE FALTAR EM TUA CASA, HÁBITOS RELIGIOSOS!

Imagem relacionadaA casa de família – deve ser benzida e nela entronizado o quadro do Sagrado Coração de Jesus. Está escrito que ricas bênçãos Deus derramará sobre a casa e seus habitantes, sempre que isso se der. Pelos quartos, à cabeceira das camas, haverá um quadro de santo, um Crucificado. Aqui te dou o conselho de procurares antes poucos, mas belos quadros ou imagens, do que muitos e feios.

No horário da casa – haverá tempo marcado para as orações da manhã e da noite. Que belo costume esse de se unir a família perante o oratório da família e aí rezar pelos presentes e ausentes!

Nos dias da semana – o domingo tem lugar de honra. É dia sagrado, dedicado primeiro à oração e à Missa e somente depois aos divertimentos inocentes. É também dia respeitado, até nos trajes festivos da família. O mesmo se dá com os dias de festa religiosa.

No aniversário dos batizados, das primeiras comunhões, a família faz questão de agradecer a Deus as graças que esses dias trouxeram.

As devoções da família – Se o pai já trouxe algumas de seu tempo de moço, ou se na tua mocidade praticava algumas, continua com elas na casa. Sobretudo a devoção a Nossa Senhora não pode faltar, em caso algum. Pois é garantia de salvação eterna e fonte de muita bênção material. Mas, não o esqueças nunca, a primeira devoção cristã é a Santa Eucaristia. Amor a nosso Senhor Sacramentado – pelaassistência à Santa Missa – deve ser precioso patrimônio de todo lar cristão.

Fidelidade á fé – A cristã a recebeu dos pais e deve deixá-la aos filhos. Do contrário, os privaria da herança mais preciosa na vida. Tudo farás, leitora, para conservá-la em ti e nos teus. Para isso é preciso praticar a oração… fugir dos livros maus e procurar os bons. Sobretudo é necessário viver de acordo com aquilo que se crê.

Combaterás energicamente as superstições que tanto prejudicam a fé e ofendem a Deus. Se algum dos teus se afastar da fé, não descanses nas tuas orações e sacrifícios para convertê-lo. Cedo ou tarde o conseguirás…

As três chamas do lar – Pe. Geraldo Pires de Souza

NOVA PÁGINA DO BLOG – PALESTRAS FSSPX: DVDs À VENDA

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Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Criamos uma página exclusiva aqui no blog para venda dos DVDs das palestras proferidas pelos padres do Priorado da FSSPX em Santa Maria.

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Sempre que tivermos novidades nos títulos e mas quantidade disponíveis  essa página será atualizada.

É uma grande oportunidade para instrução/formação pessoal e também conhecimento do trabalho da FSSPX.

Nesse mar de heresias e ambiguidades pós-conciliares, nada melhor que o porto seguro da verdadeira Doutrina Católica.

CARÁTER FIRME E NOBRE

Resultado de imagem para moça catolicaCaráter é um modo de pensar e agir adquirido por decidida determinação da vontade, que domina as faculdades da alma e lhe imprime um constante equilíbrio moral. Será um louvor para ti a afirmação de que possuis um caráter firme e positivo; pelo contrário, será uma afronta, o afirmar que não tens caráter. Somente quem possui caráter firme e nobre merece a nossa confiança em qualquer circunstância. Quem confia num homem sem caráter, se verá de ordinário amargamente enganado. Viver ao lado de pessoas de caráter nobre é sobremodo agradável e benéfico; essas pessoas nos comunicam coragem para o bem e confiança no futuro. Ao invés, o tratar com pessoas de mau caráter torna-nos a vida difícil; sentimo-nos como que apertados num cárcere e atormentados pelo desassossego e aborrecimento. Pelos benefícios que influi do bom caráter, podes deduzir quão importante seja que desde a meninice trabalhes na formação e enobrecimento do teu caráter.

Quão são, pois as qualidades do caráter para que se possa denominá-los bom?

1ª – FIRMEZA E INFLEXIBILIDADE

Não sejas como o caniço ou o salgueiro, que se curva profundamente, ao sabor do vento. Sê como o robusto e vigoroso carvalho, que ergue livre e corajoso a sua fronde para o alto, em direção ao céu. Forte e inabalável! Tempestades e tormentas sacodem-no sem cessar, esbravejam em torno daquela soberba copa, agitando-lhe os galhos e a folhagem, e não obstante, mantêm-se o tronco rijo, tranqüilo e imóvel, como nos dias calmos e lindos da primavera. Não há quem o vergue nem arranque nas tempestades; embora os esguios pinheiros e outras árvores, que o circundam, venham abaixo com estrondo, o carvalho persiste ereto e desafia qualquer embate dos vendavais.

Semelhante ao carvalho conserva-te também inflexível, permanece forte e firme em teus bons princípios, inabalavelmente fiel, tanto no próspero como no adverso, nas afrontas e perseguições, nas tempestades e tormentas, nos perigos e tentações.

É o Cristianismo rico em pessoas desta natureza. Lembra-te dos santos mártires dos primeiros séculos da Igreja. Não permitiam que nada lhes abalasse ou quebrantasse a convicção; nem o suplício da tortura, nem as chamas das fogueiras, nem a fúria dos animais ferozes. Se quiseres adquirir tamanha firmeza de caráter, cumpre que te habitues, desde a juventude, a não seguir, em teu proceder a vontade dos homens caprichosos, e sim o desejo de Deus eterno e imutável, que te julgará depois da morte. Esta há de ser sua divisa: “Deve-se antes obedecer a Deus que os homens” (Atos, 5 29) Continuar lendo

ESPECIAIS DO BLOG: CARTA ENCÍCLICA CASTI CONNUBII

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Em mais uma “Operação Memória” de nosso blog, trazemos novamente (dividida em capítulos) a Encíclica Casti connubii, de S. S. Pio XI. Uma verdadeira aula sobre o Matrimônio Cristão e Família Católica

Nessa Encíclica notarão claramente as contradições dos ensinamentos atuais da igreja conciliar frente ao magistério tradicional da Igreja, face às atuais condições, exigências, erros e vícios da família e da sociedade.

Nesses tempos atuais de profunda crise na Igreja, de Amoris Laetitia & cia, nada melhor que beber do néctar da verdadeira doutrina.

Aproveitem a leitura…

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DO HORROR DO PECADO MORTAL

Imagem relacionadaO mal que uma grossa saraivada produz num formoso campo de trigo, e que um furacão produz numa árvore cheia de flores, o mesmo mal produz o pecado mortal na infância. Ficai-o sabendo, ó mães cristãs, tanto para interesse de vossos filhos, como para vosso próprio interesse,— «há só uma desgraça séria e temível, uma única prova terrível: o pecado. Os laços que os inimigos nos estendem, os ódios com que nos perseguem, as injustiças, as calúnias, a espoliação de nossos bens, o exílio, as guerras, as tempestades do mar, o terramoto do mundo inteiro, tudo isso é nada. Todos esses males são momentâ­neos; apenas prejudicam o corpo, mas não fazem mal à alma. Mas o pecado mortal rouba-nos a amizade de Deus, e prepara-nos a eterna condenação. 

E o pior é que, com quanto os seus dentes sejam mais mortíferos que os do leão, o pecado lisonjeia a nossa natureza perversa. É um veneno que se oferece à infância, com a doçura do mel, é um precipício cuja profundidade se não pode ava­liar, por causa das flores que lhe cobrem a boca da entrada. A criança bem cedo chupará este pérfido veneno; querendo colher estas cruéis flores, rolará no abismo que elas cobrem, se a sua mãe não tiver tido o cuidado de lhe dizer e repetir: — Ah! meu filho, nunca aproximes os teus lábios deste copo envenenado. Foge destas flores, que estão a ocultar-te um abismo». Todas as santas mães sempre assim o compreenderam. E que vivas e comoventes exortações não empregaram elas, para inspirarem a seus filhos o horror ao pecado? Quem não conhece as sublimes palavras, que dirigia a S. Luís, ainda criança, sua mãe a rainha Branca de Castela? «Meu filho, eu antes queria ver-te morto a meus pés, do que ver-te cometer um só pecado mortal».

Ainda existem, e em maior número do que realmente se pensa, novas Brancas de Castela, es­creve o Padre Ventura. Apenas falaremos duma destas mães heróicas, que conhecemos. É Virgínia Bruni. Tinha ela três filhos: um menino e duas meninas Ora, todas as noites, depois da oração que lhes fazia rezar em comum, e na sua presença, levantava a voz, e em tom enérgico, dizia : «Meu Deus, ponde de parte o meu amor por estas crianças e permiti que todas três morram na minha pre­sença, antes que tenham a desgraça de cometer um só pecado mortal». Educadas assim no santo temor Deus, não admira que estas felizes crianças, viessem a ser três santos, por morte de sua mãe… O me­nino de então é hoje um sacerdote; a mais nova das meninas é religiosa professa, e a outra edifica o mundo pela sua piedade, visto que a sua débil constituição lhe não permitiu entrar na vida clausural. Continuar lendo

FORMAÇÃO FSSPX: OUTROS TÍTULOS À VENDA EM DVD

Resultado de imagem para fsspxPrezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Estamos disponibilizando novamente mais algumas palestras proferidas pelos padres da FSSPX (Priorado de Santa Maria).

Os primeiros a enviarem email (gespiox@yahoo.com.br) com a solicitação terão prioridade na aquisição.

O valor de cada título já contempla o frete na modalidade PAC.

As descrições e as quantidades disponíveis estão abaixo:

OS RITOS DA MISSA (TRIDENTINA) – EXPLICAÇÃO DAS ORAÇÕES E CERIMÔNIAS (R$ 50,00)

(QTE À DISPOSIÇÃO: 22)

  • Introdução Geral
  • Teologia da Redenção
  • Visão de Conjunto
  • Ofertório
  • Canone Comunhão
  • Conclusão

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FÁTIMA E A EXPERIÊNCIA SOVIÉTICA (R$ 40,00)

(QTE À DISPOSIÇÃO: 18)

  • Introdução Geral
  • As Cinco Rússias
  • Liberalismo E Niilismo
  • Revolução Soviética
  • “Nossa Senhora Disse-Me” (Resumo Das Aparições)
  • “A Rússia Espalhará Os Seus Erros Pelo Mundo” (Natureza Do Comunismo)
  • Conclusão: França E Rússia

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A EDUCAÇÃO CATÓLICA DOS FILHOS (R$ 40,00)

(QTE À DISPOSIÇÃO: ESGOTADO)

  • A Família, Base da Educação
  • A Alma Humana
  • A Prudência da Educação
  • A Ordem do Bem Comum
  • A Cidade de Deus
  • Conclusão

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RESPONDENDO À ALGUMAS DÚVIDAS SOBRE O COMPORTAMENTO DAS CRIANÇAS NA MISSA

Resultado de imagem para CRIANÇA REZANDO IGREJA VÉUFonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est 

Revmo. Padre, sou pai da família e me surgiram algumas dúvidas a respeito do comportamento de meus filhos ao assistirem o Santo Sacrifício da Missa. Formulei algumas perguntas que peço que me responda, assim poderei saber o que devo fazer. 

1 – Padre, as crianças pequenas e bebês aproveitam a Missa?

Claro que sim, todo fiel batizado, ainda que seja um bebê de peito, recebe as graças celestiais quando se aproximam do Santo Sacrifício com as devidas disposições. 

2 – Aproveitam da Missa os bebês que dormem durante a mesma?

Certamente que sim, pois os fiéis aproveitam cumprindo com suas boas disposições. No caso do bebê, seu dever de estado não parece ser outro além de comer, dormir e se comportar bem.

3 – Aproveitam a Missa as crianças maiores que brincam durante a Missa?

Não tanto, pois é claro que seu dever como um batizado é ter reverência ao culto divino e isso não é demonstrado jogando e fazendo caprichos. 

4.- Meus filhos devem aprender a se comportar e participar da Missa. Sei que sou obrigado a ensiná-los e corrigi-los se necessário, no entanto, por estar vigiando-os não assisto a Missa e sinto que não cumpro o preceito dominical. O que devo fazer?

Primeiro deve cuidar de seus filhos e tentar ensinar-lhes a se comportarem como pede o Deus bom. O senhor também deve cumprir o dever do seu estado para receber as graças do Santo Sacrifício. Se o senhor não cuida de seus filhos, não está cumprindo seu dever de estado, portanto, não recebe todas as graças que deveria do Santo Sacrifício e ademais, não deixa que os outros cumpram com o preceito. 

5.- O que devo fazer quando meu bebê, por mais que eu tente, não se cala durante a Missa e distrai os outros?

As crianças devem ser ensinadas a se comportarem durante a Santa Missa, preparando-as antecipadamente. O erro mais frequente dos pais é que, quando o bebê começa a incomodar, depois de tentar acalmá-lo, distraindo todos ao seu redor, terminam por leva-lo para fora. Há de preparar as crianças para a Santa Missa! Um lembrete para os pais: crianças pequenas ainda não entendem, simplesmente dependem muito de suas impressões sensíveis.

Pode-se ajudar um bebê a comportar-se bem na capela fazendo-o encontrar um lugar mais confortável dentro dela. Deixe-me explicar: os pais tiram seu bebê de um lugar confortável (sua casa), o cobrem como um esquimó para levá-lo para fora (a criança segue confortável) e o levam para a capela. Aqui lhes tiram o casaco e então a criança entende que é hora de brincar … Um pouco maiores, já sabem que bastam chorar ou fazer birra para que os pais o levem para o pátio (a um lugar mais cômodo) e alí pode brincar… Senhora Mamãe: Alguma vez já se perguntou por que quando está frio lá fora as crianças choram menos na capela?

Elementar, as crianças querem se sentir confortáveis ​​!!! Conheci uma mãe que entendendo esses princípios, tomou duas resoluções práticas, que foram altamente eficientes com seus filhos pequenos: Primeiro: o bebê era levado com pouco abrigo até a capela e o bebê chegava meio tremendo de frio ao átrio. Ao entrar na capela, a mãe o cobria devidamente, lhe dava um beijo e o acalmava. Oh surpresa, o bebê queria ficar lá dentro!!! E se o bebê começava a incomodar, essa mãe “sanguinária e desnaturada”, lhe tirava o abrigo e depois de uma palmada o castigava. Oh, surpresa, o bebê não queria mais sair! Essa mãe “bárbara e sanguinária” educou a várias crianças que são um batalhão de ordem quando estão na missa.  

Isso exige esforço e obediência. Uma criança caprichosa, na qual os pais não ensinaram a obedecer e se controlar (mesmo com um bom corretivo) é impossível entender de repente que deve ficar quieto e em ordem dentro da igreja. Infelizmente na capela só vemos uma parte do que os pais têm em suas casas … Continuar lendo

MAIS DVDs À DISPOSIÇÃO

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Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Estamos disponibilizando novamente algumas palestras proferidas pelos padres da FSSPX (Priorado de Santa Maria).

Infelizmente a quantidade é pequena e os primeiros a enviarem email (gespiox@yahoo.com.br) com a solicitação, terão suas reservas atendidas.

O valor de cada título é de R$ 40,00 (já com frete PAC incluso).

As descrições e as quantidades disponíveis estão abaixo:

A REPÚBLICA DE PLATÃO

(QTE À DISPOSIÇÃO: ESGOTADO)

  • Introdução
  • O Mundo Grego
  • A Vida de Platão
  • Resenha do Diálogo da República
  • A Virtude da Justiça
  • Paralelo entre a Alma e a Pólis
  • A Justiça e a Sabedoria
  • A Solução Cristã ao Dilema de Platão
  • Conclusão

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A UNIVERSIDADE MEDIEVAL

(QTE À DISPOSIÇÃO: ESGOTADO)

  • Introdução
  • Antecedentes Históricos
  • Civilização Escolástica
  • Os Mosteiros
  • O Aparecimento das Universidades

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A GESTA DE SANTA JOANA D’ARC

(QTE À DISPOSIÇÃO: ESGOTADO)

  • Introdução
  • Fim dos Tempos
  • Guerra dos Cem Anos
  • Missão de Jeanne
  • Batalha de Orleans e Sagração em Reims
  • Universidade de Paris
  • Processo e Martírio
  • Reabilitação e Canonização
  • Retrato Moral
  • Conclusão

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A EDUCAÇÃO CATÓLICA DOS FILHOS

(QTE À DISPOSIÇÃO: 6)

  • A Família, Base da Educação
  • A Alma Humana
  • A Prudência da Educação
  • A Ordem do Bem Comum
  • A Cidade de Deus
  • Conclusão

FUMAR MACONHA É PECADO?

Recentemente, tem-se havido uma grande polêmica pelas notícias de várias legislaturas (pelo mundo) propondo ou mesmo legalizando o uso da maconha para uso “recreativo”. Mas, o que é que a Igreja Católica ensina sobre o uso de maconha e outros entorpecentes? Seu consumo é pecado? 

Fonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est

Oferecemos duas respostas a estas frequentes questões teológicas-morais, extraídas do livro “As Melhores Perguntas e Respostas” (mais de 300 respostas dos 30 anos de perguntas feitas à revista The Angelus).

É pecado fumar maconha?

Nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor. 6,10). A embriaguez é um excesso deliberado no uso de bebidas ou drogas intoxicantes até o ponto de privar-se forçosamente do uso da razão, para satisfazer um desejo desordenado de beber, e não para promover a saúde. Isto é contrário à virtude da Temperança, e, especificamente, à sobriedade. A sobriedade regula o desejo do homem e o uso de produtos tóxicos, e é vitalmente necessária para uma vida moral reta.

A perversão da intoxicação reside na violência cometida contra a própria natureza, privando-a do uso da razão. Quem age assim se priva do que o torna especificamente humano: sua capacidade de pensar. O bêbado, ou neste caso, o drogado, deseja essa perda da razão por uma sensação de libertação que a acompanha, precisamente pela falta de controle da vontade sobre a razão. É antinatural, ao contrário do sono, que também priva o uso da razão mas de uma forma natural.

O consumo de drogas proporciona um meio de fuga ilícito. Além de ser um pecado, manifesta também imaturidade por parte do usuário. Através de um ato de violência contra si mesmo, escapa da responsabilidade da tomada de decisões e do controle em sua vida. Quando essa privação é completa, por exemplo, a ações totalmente contrárias ao comportamento normal, a incapacidade de distinguir entre o bem e o mal, etc., é um pecado grave. “In vino veritas“, diziam os romanos, e não sem razão. Qualquer estado que não seja uma embriagues completa, sem razão suficiente, é em si mesmo um pecado venial, mas mesmo neste caso pode ser um pecado mortal se provoca escândalo, danos à saúde, danos à família, etc. Devemos enfatizar que um homem é responsável por todas as ações pecaminosas cometidas enquanto intoxicado, a qual ele tinha ou deveria ter previsto que aconteceriam.

Segundo Jone-Adelman, na Teologia Moral, o uso de drogas em pequenas quantidades, e apenas ocasionalmente, é um pecado venial se feito sem razão suficiente. Este poderia ser o caso, por exemplo, dos comprimidos para dormir. Obviamente, a perda do uso da razão através dos narcóticos deve ser julgada como o álcool. O uso da maioria das drogas se complica pelo fato de que são ilegais. Isso também significa a vontade do usuário em infringir a lei, um crime contra a justiça social. Isso agrava o pecado. A velocidade com que a droga altera a consciência também agrava seu uso. Esta velocidade poderia ter um maior potencial para privar-se do uso da razão, e, assim, passar para tóxicos mais fortes para um maior efeito.
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ESPECIAIS DO BLOG: CORRIJA SEU FILHO

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Em mais uma “Operação Memória” de nosso blog, trazemos novamente os links para capítulos do Livro: Corrija seu Filho, do Pe. Álvaro Negromonte que, com exemplos, orientações e uma excelente didática, mostra uma maneira católica de educar os filhos.

DO TEMOR DE DEUS

Imagem relacionadaO temor de Deus é o princípio da sabedoria.

«Ensinai à criança desde a sua mais tenra moci­dade, escrevia Bossuet, e por assim dizer, desde o berço, o santo temor de Deus.» Com esta virtude, vir-lhe-ão ao mesmo tempo, todos os outros bens.— «Não é efetivamente, pergunta Mgr. Dupanloup, este temor religioso que inspira à criança o amor do trabalho, a pureza dos costumes, a docilidade, o respeito para convosco, e o respeito para com ele próprio? Que é o pudor, tão belo e tão puro na fronte da mocidade, tão santo e tão nobre nos olhares da idade madura, tão venerável sob os cabelos brancos do velho, senão a mais elevada deli­cadeza do respeito, e do temor de Deus?… Sejam quais forem os defeitos, direi mesmo os vícios natu­rais de uma criança…. se nós pudermos abrir o seu coração ao amor e ao temor de Deus, tudo se torna fácil, com o tempo e com a paciência, e então es­pero tudo, não só pelo presente, mas especialmente pelo futuro.»

Lê-se nos livros santos que o patriarca Tobiasy tendo tido um filho a que deu o seu nome, ensi­nou-lhe a temer a Deus, desde a infância, e a abs­ter-se de todo o pecado.» Mais tarde, este santo velho julgando a morte próxima, chamou o filho e disse-lhe: — «Escuta meu filho, as palavras do teu pai: conserva Deus no teu espírito todos os dias da tua vida, e guarda-te de consentir em algum pecado e de violar os preceitos do Senhor. Passamos, é ver­dade, uma vida pobre, mas teremos muitos bens, se temermos a Deus, e fugirmos de toda a iniqui­dade.»

Não é assim que raciocinam hoje alguns pais indiferentes. Conservando por seus filhos, não sei que solicitude, preservando-os com cuidado do cer­tas desordens, que o próprio mundo sabe exterminar, nada lhes dizem, acerca do respeito que devem a Deus e à Sua lei. Insensatos! edificam sobre areia, vêem menosprezada a sua autoridade, que só o temor de Deus pode fazer respeitar, e deixam os seus filhos, sem defesa, contra os ataques do demônio, do mundo e da carne ! «Ai das educações, exclama o ilustre bispo de Orleans, a que não preside o santo nome de Deus, e onde raras vezes se fala nele.» Ai das mães que não sabem inspirar o temor de Deus a seus filhos! Preparam para si próprias um cálice de amargura bem cheio de lágrimas e de dores! Continuar lendo

A PREPARAÇÃO DOS NOIVOS PARA O MATRIMÔNIO – PALAVRAS DE D. LEFEBVRE

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

A preparação dos noivos para o casamento faz parte do apostolado do sacerdote. A Igreja sempre pediu aos sacerdotes que preparem as pessoas que receberão um sacramento. Não podemos imaginar que se possa administrar os sacramentos às pessoas que não são conscientes do que recebem. Quão importante é o Sacramento do Matrimônio! Compromete toda a vida das pessoas.

Está claro que o sacerdote não pode se contentar com, simplesmente, pedir algumas pequenas formalidades antes do casamento, e dizer-lhes: Venham confessar-se no dia anterior ao casamento, então se casam e acabou. Não, não! O sacerdote ciente do que deve fazer tem que dizer aos noivos: Escutem, se vocês não têm oportunidade de fazer um retiro de noivado, devem vir a mim. Vou lhes repassar algumas palestras sobre a natureza do sacramento do matrimônio, sobre os ministros deste sacramento, sobre o objeto do contrato, sobre questões morais relacionadas ao casamento, etc. Hoje em dia a imoralidade é algo muito comum!

É uma pena que, mesmo na Igreja, parece que se tem medo de falar das faltas contrárias à santidade do matimônio, a tal ponto que os jovens casados podem se perguntar se o que fazem está ou não de acordo com a moral. O sacerdote tem, portanto, que instruir os futuros esposos sobre o que é permitido e proibido no uso de casamento, sendo, obviamente, muito discreto na forma de explicar tais coisas. Havia um padre na Vendea, já falecido, o Pe. Loiseau, ex-aluno do Seminário Francês, que pregava excelentes retiros aos noivos sobre todos os pontos de vista: espiritual, doutrinal e moral. Falava da importância do sacramento do matrimônio e do papel dos pais na educação dos seus filhos; dava todo um conjunto de instruções excepcionais.

Assim, a preparação para o matrimônio forma parte do apostolado do sacerdote. Deve-se saber que o matrimõnio é um sacramento. Não é coisa pequena, pois é a base da sociedade. A preparação dos noivos para o matrimônio é, portanto, uma das importantes funções do sacerdote.

A Santidade Sacerdotal – Dom Marcel Lefebvre + 

O AMOR À VERDADE

Imagem relacionadaO célebre presidente dos estados Unidos, Jorge Washington, quando contava seis anos, recebeu de presente uma machadinha com a qual ia desbastando tudo quanto encontrava; maltratou a tal ponto uma cerejeira inglesa, tirando-lhe a casca, que a árvore devia fatalmente morrer. Na manhã seguinte, quando o pai viu a sua querida árvore em tão lamentável estado, tomou-se de furor e perguntou quem havia praticado aquela ação bárbara. Aparece, entretanto o pequeno Jorge com sua machadinha, e o pai intuiu imediatamente, que este era o culpado. Á vista disso, indagou sério:

– “Jorge, não sabes quem assim maltratou está árvore?” O menino deteve-se por alguns momentos, mas em seguida respondeu com franqueza:

– “Não posso mentir, papai, sabe que não posso mentir, golpeei-a com esta machadinha”.

A resposta abrandou a cólera do pai que, profundamente comovido, assim lhe falou: -“Vem a meus braços, filhinho! O dano que fizeste à árvore reparaste-o, agora, mil vezes com a tua sincera confissão; pois, tal amor à verdade é mais precioso do que milhares de árvores, ainda quando carregadas de frutos saborosos”.

Sim, o amor à verdade é uma bela virtude que te recomendo com toda a energia, e, por isto desejaria prevenir-te contra o feio vício da mentira.

1º – Não mintas – a mentira é abominável a Deus.

Com efeito, Deus é Verdade, a mais pura e a mais límpida, e absolutamente, não pode mentir. Eis porque detesta, em nós, a mentira; esta lhe contraria a essência e se opõe ao escopo que Ele teve em mira ao dar-nos ao dom da palavra. Esta faculdade preciosa, certamente, não nos foi concebida, para camuflar a realidade com a aparência e o engano. A mentira é, portanto, uma subversão da ordem divina, uma revolta contra Deus. Satanás, o primeiro que se insurgiu contra Deus, foi por isso mesmo o primeiro mentiroso, “o pai da mentira”, como denominou o Divino Salvador. Visto, opor-se a mentira à essência divina e à sua santa ordem, Deus a aborrece, e assim se exprime séria e severamente na Sagrada Escritura: “Os lábios mentirosos são abominação para o Senhor”. (Prov., 12,22)

2º – Não mintas – a mentira é também, desdouro na perspectiva humana.

Detestemos a mentira, que é contrária à natureza humana. O homem é, inclinado à verdade, repugnam-lhe a mentira e a falsidade. A criança, ainda não corrompida, diz só o que pensa, seus olhos brilhantes são o espelho fiel de sua alma pura e franca. A primeira que profere, revolta-se a natureza íntima da criança e manifesta-se pelo rubor da face que denuncia a confusão. Detestemos a mentira, porque solapa o fundamento da sociedade humana, que são a veracidade e a confiança, mútuas. Continuar lendo

DA OBRIGAÇÃO DE INCUTIR CEDO A VIRTUDE À CRIANÇA

Resultado de imagem para mãe e filha pinturaJá atrás observamos que contentarem-se os pais com ensinar à criança as verdades e os deveres do cristianismo, sem lhes fazerem compreender o espí­rito, sem lhes incutirem a prática da lei de Deus, seria uma obra muito incompleta. Também, depois de ter ordenado à mãe que instruísse os seus filhos, Deus acrescenta: Cultivai-os e vergai-os sob o jugo da virtude, desde a mais tenra mocidade. É preciso efetivamente começar cedo esta cultura do cora­cão, porque é tanto mais fácil ensinar para o bem as crianças, quanto elas são mais novas e mais tenras. Além disso, as primeiras impressões que recebe a criança são as mais vivas e as que ficam mais tempo gravadas no coração. É como um vaso novo, que conserva sempre o cheiro do primeiro lí­quido que conteve. Fénelon queria que se formasse a criança para a virtude, mesmo antes de falar.

«Talvez pensem que exagero, escrevia ele, mas basta considerar quanto, nesta idade, as crianças procuram as pessoas que as afagam, e evitam as que as contrariam, e como elas sabem gritar e calar-se, para lhes darem aquilo que desejam. Pode-se, pois, coligir que elas conhecem desde então mais, do que de ordinário se imagina. Pode-se, pois, logo nessa idade por gestos, inspirar-lhes o amor das pessoas virtuosas e o horror dos defeitos que mostram as outras crianças. Esses princípios não se devem des­prezar.»

Ocupando-se com inteligência das crianças, desde os mais tenros anos, reprimindo-lhes os primeiros movimentos das paixões, implantando na sua alma, como numa terra própria, os germens das virtudes, não hesitamos em afirmar com o imortal arcebispo de Cambrai: — «Por pouco que o seu natural seja bom, podem-se tornar meigas, pacientes, firmes, alegres e tranqüilas; se, porém, se despreza esta educação na primeira infância, tornam-se ardentes e inquietas durante toda a sua vida. Formam-se os costumes; o corpo ainda tenro, e a alma sem outros recursos, voltam-se para o mal. Forma-se neles uma espécie de segundo pecado original que é a origem de mil desordens quando elas crescem. É dessa forma que as silvas nascem e crescem num campo inculto, o quanto mais fértil é o terreno, mais más ervas produz, não sendo cultivado; enquanto que o mais ingrato terreno produz frutos, sendo bem cultivado, e a árvore estéril dá frutos, sendo enxertada. Continuar lendo

ALEGRIA E BOM HUMOR

Imagem relacionadaEstranharás talvez que um religioso te estimule à alegria e jovialidade e pensarás que haveria coisas mais importantes para as quais poderia ele impelir-te. No entanto, quero mostrar-te que também a alegria é um dom de grande preço que um religioso com muita razão pode colocar em teu coração.

1º – Na alegria bem ordenada se esconde uma grande bênção

A jovialidade que te recomendo é uma pacífica e bem fundada alegria, uma irradiação da paz interna e da harmonia que residem no coração. Vem a ser, para ti, um grande bem. Desta alegria diz João Paulo: “A jovialidade é um céu sob o qual tudo prospera, menos o veneno”. Certo que é grande o encômio, mas verdadeiro. A alegria contribui para que os bons germes e disposições naturais do coração se desenvolvam do melhor modo possível.

A primavera é na natureza a quadra da alegria e dos prazeres. Quão afável e doce nos sorri o céu azul! Sobre montes e vales, derrama o sol seus raios dourados, os quais penetram até o íntimo do nosso coração! Os pássaros, com seus cantos alegres e variados, enchem a floresta! Solícita e contente, esvoaça a abelha, de flor em flor para sugar o mel. As flores ostentam sua beleza à nossa vista, amáveis crianças em trajes festivos!

Por toda a parte deparamos alegria e beleza!

Mercê desta alegria, como tudo se desenvolve e prospera na natureza! Então contemplamos o fermentar e germinar, o abotoar e florescer, como se tudo, montes e vales, estivesse cheio de uma vida nova e misteriosa. Como tudo se transforma e modifica, sob a ação do inverno duro e rigoroso, qual fantasma do terror domina por toda a parte, afugentando a fresca vida da natureza. Eis a imagem do que sucede, também, contigo, jovem cristã.

Quando permite que se apodere de ti uma disposição sombria e triste, que te domina por longo tempo, secam-se em teu coração as fontes da vida, como no inverno fenece a natureza. Torvas imagens e tenebrosas impressões descem sobre tua alma qual fria neve; teu espírito se escurece, entibia-se tua vontade e tua fantasia se povoa de melancólicos devaneios. Como poderão desenvolver-se, cheios de esperança, os bons germes, a inclinação para a virtude, que Deus te concedeu? Continuar lendo

A BOA CORREÇÃO – PARTE 2

Resultado de imagem para correção filhos7.º) Oportuna

Há tempo de calar, e tempo de falar“, lembra-nos a Bíblia (Ecle 3,7). Como a semente, que parte de nossa mão e se realiza no seio da terra, assim a correção é, o mais das vezes, de iniciativa nossa, mas se completa no educando, por obra sua. E como a semente não pode ser plantada em qualquer época, porque “há tempo de plantar, e tempo de colher” (ibd. v.2.), também a correção há de aguardar o momento oportuno. Só a propomos (ou impomos), na esperança de êxito. E este depende do acolhimento que só pode ser favorável, se as circunstâncias também o forem.

Na hora da zanga – a tendência é mais para repelir que para aceitar qualquer sugestão de emenda. Em presença de pessoas estranhas, de colegas e mesmo de irmãos, quando implica humilhação, também não será nem aceita. Espera-se que a tormenta passe, aborda-se o educando a sós, e, na calma de lado a lado, propõe-se a desejada medida.

As mães cristãs têm excelente oportunidade quando, depois da oração da noite, vão ver se os filhos estão bem acomodados no leito. Falando em voz mansa e amorosa, sentada à beira da cama, é muito difícil não ser a mãe bem acolhida.

Aguarde-se, pois, o momento oportuno.

Tratando-se de crianças pequenas, não convém protelar muito a correção. Elas esquecem facilmente que cometeram a falta, não estabelecem a necessária ligação entre o erro e a emenda, podem achar injustas as medidas impostas, e então o efeito será contrário.

Em fase desses perigos, podemos recorrer às práticas corretivas sem aludir aos fatos “esquecidos”, alcançando os mesmos resultados, sem as contra-indicações. Continuar lendo

A BOA CORREÇÃO – PARTE 1

Resultado de imagem para corrigir filhosAlém de conhecerem os filhos, devem os pais saber como agir, a fim de alcançarem os desejados efeitos. Não bastam boas intenções. A correção tem normas e técnicas. Sem isto, poderá ser contraproducente. Vejamos qual deve ser a boa correção.

1.º) Rara

O educador deve ver tudo, dissimular muito, corrigir quando necessário.

– Ver tudo, para conhecer bem a crianças, não se deixar surpreender, nem passar por tolo aos olhos das próprias crianças.

– Dissimular muito, porque muitas faltas não têm realmente importância, umas são próprias da idade e passam com ela, outras as próprias crianças notam e, quando estão sendo educadas, tratam de emendar por si.

– Corrigir quando necessário, porque a correção demasiada é prejudicial à educação. Quando muito freqüente, ela:

* perde o salutar efeito de inspirar desgosto à falta cometida, com o conseqüente desejo de emenda;

* enfraquece a autoridade do educador, ao invés de reforçá-la, como o faz, desde que seja rara;

* insensibiliza a criança, que já não acode às advertências, pela própria impossibilidade de fazê-lo;

* pode mesmo ser contraproducente, tornando-se irritante – e nas poucas recomendações que fez São Paulo sobre a educação dos filhos pediu que não os irritassem (Ef. 5,4).
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ECONOMIA, PARA AS DONZELAS CRISTÃS

Resultado de imagem para donzela cristãO ouro e os bens temporais, principalmente, têm sem dúvida a sua grande importância para cada indivíduo, para a família e para a vida social. Se o cristão, antes de mais nada, deve dirigir seus cuidados para a consecução dos bens celestes, não pode, todavia, mostrar-se indiferente aos bens terrenos e temporais.

Há de esforçar-se por adquiri-los pelo emprego de meios lícitos e de maneira justa, deve sobretudo usar deles conscienciosamente, e de acordo com a vontade de Deus. Não pode, portanto, dissipá-los; cumpre que os empregue com economia.

Sobre a economia desejo agora dar-te uma breve instrução.

1º – A religião cristã exige de ti a economia.

A economia pertence ao número das virtudes que são mais desprezadas e criticadas. Quem não sabe distinguir devidamente a sua renda e as suas despesas e por isso nunca “chega a um ramo verde” (como dizem os alemães), é precisamente o que murmura da economia daqueles que a aconselham e os difama como sovinas. Eis porque não raro acontece que a gente se envergonha da economia e procura escondê-la quanto possível aos olhos do mundo. No entanto, ela merece, como as outras virtudes, todo apreço e cumpriria que a praticassem fiel e retamente todos os cristãos. Sim, mesmo os ricos, até os milionários, devem ser econômicos, naturalmente de maneira diversa da dos burgueses comuns.

O Cristianismo exige de todos nós uma sensata economia. Diz-nos que Deus é o altíssimo Senhor e Proprietário dos nossos bens terrenos, dos quais só nos confiou o uso e administração. Nesta administração e neste uso devemos acomodar-nos à sua vontade infinitamente santa e sábia, que sem dúvida reprova uma dissipação leviana e insensata dos mesmos bens, e que será denunciada, perante o Seu divino tribunal. Eis porque prescreve a Sagrada Escritura: “Tudo quanto entregares conta e pesa: e tudo anota do que deres e receberes”. (Ecli. 12,7). E assim nos exorta outro passo: “No tempo da abundância, lembra-te da pobreza, e das necessidades da indigência no dia das riquezas”. (Ecli. 18,25). Continuar lendo

AMOR A ORDEM E A PONTUALIDADE

Resultado de imagem para donzela cristãDeus confiou à mulher um encargo duplamente importante: santificar a família por sua vida e trabalhos, e dar aos filhos primeira educação. Cumpra ela, conscienciosamente, esse dever, e grande cópia de graças fará fluir sobre a humanidade. Para torná-la apta à sua missão, comunicou-lhe o Criador, a par de outros dons, o amor à ordem e a atenção às coisas pequenas. Exercitar retamente este amor à ordem é, portanto, um dever que Deus exigirá, principalmente dela.

A ordem agrada. Agrada, principalmente, a Deus, Deus ama a ordem, porque Ele mesmo é ordem, a mais maravilhosa e a mais amável harmonia. Unem-se nEle as três Pessoas, numa perfeita unidade de substância; nEle estão todos os atributos em perfeita consonância entre si – a justiça com a misericórdia, a onipotência com a bondade, a majestade com a assombrosa singeleza de Seu amor; todos os Seus atributos infinitos forma a unidade absolutamente perfeita do Seu Ser, numa ordem e harmonia inconcebíveis. Não há nEle a menor sombra de desordem ou dissonância.

Deus ama a ordem. Eis porque comunicou à Sua obra (a natureza) uma ordem admirável. Com quanta precisão os inumeráveis corpos celestes executam as órbitas que o Senhor lhes traçou! Que ordem surpreendente as manifesta na criação das mais pequeninas plantas e dos mais insignificantes insetos, que nós podemos examinar suficientemente apenas com o microscópio! E não estabeleceu também na Sua Igreja, uma ordem santa, uma hierarquia, por meio da qual todos os seus membros, desde o Papa até o último dos fiéis, uns a outros se ligam numa grandiosa e estupenda unidade? Suprima-se esta ordem santa, e dentro em breve perderá a Igreja sua unidade e sua força, e o Reino de Jesus Cristo se malogrará, suas partes dispersarão como o vento que espalha em todas as direções a pedra moída e reduzida a pó.

Assim como Deus ama a ordem, também tu deves ter sempre em vista um método em tua vida e nos teus trabalhos, seguindo assim a admoestação do Apóstolo dos gentios: “Faça-se tudo decentemente e com ordem”. (I Cor. 14,40).

A ordem agrada também aos homens.

Quando entramos num jardim e encontramos tudo bem ordenado, as plantas tratadas com cuidado, as árvores dispostas com perícia e inteligência, ordem e proporção, no desenho dos caminhos, dos canteiros e divisões, imediatamente e desde o primeiro aspecto sentimo-nos cheios de alegria e satisfação, e esta alegria ainda sobe de ponto à medida que dirigimos nossa atenção, para cada coisa em particular. Continuar lendo

SENHORA, SÊDE VÓS A MINHA MÃE

terezaEra no mês de novembro. Amarelas e secas caíam as folhas das árvores, como secas e murchas caem do coração as ilusões da vida, quando se aproxima o inverno da velhice.

Em Ávila, numa nobre casa, está agonizando na primavera da vida uma distinta e piedosa senhora: dona Beatriz Ahumada. Já os sacerdotes, ali reunidos, rezavam as orações dos agonizantes, quando aquela senhora abriu os olhos, olhou ao redor de si e com voz apagada, disse:

– Teresa! chamem a Teresa.

Uma menina de uns doze anos, de singular modéstia e extraordinária formosura, penetrou no quarto e aproximou-se da cabeceira da mãe agonizante. Esta, fixando a filha, e como se Nosso Senhor lhe revelasse os futuros destinos daquela menina, exclamou: – Bendita… bendita! E expirou.

Levantando-se a menina desfeita em pranto, beijou pela última vez aquelas mãos frias e retirou-se a um aposento, onde havia um quadro de Nossa Senhora pendurado na parede. Ali deixou correr livremente suas lágrimas. Depois, erguendo os olhos com inefável ternura e uma fé imensa, disse do fundo da alma estas comovedoras palavras:

– Senhora, eis que não tenho mãe; sede vós a minha mãe daqui em diante.

Aquela menina, protegida da Mãe do céu, veio a ser uma das maiores mulheres da História, S. Teresa de Jesus, que mereceu as honras dos altares.

Tanto bem lhe adveio por haver tomado a Maria Santíssima por Mãe desde os primeiros dias de sua vida.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

O TRABALHO

Resultado de imagem para mulher do lar“Ora et labora – Reza e trabalha!” Era esta a divisa usada por uma antiga Ordem. Quanto mais fielmente os membros daquela Ordem se apegavam a esta divisa, tanto melhor se tornava para a sua virtude e perfeição, para a sua alegria e felicidade, para o bom êxito e prosperidade de seu trabalho. Mas, isto que com proveito se aplica aos habitantes do claustro, tem também a sua repercussão para as pessoas do mundo, e para estas, talvez, com mais vantagens do que para as primeiras. Como já incuti em teu coração o amor à oração, quero agora recomendar-te o trabalho.

1º- Trabalha com fidelidade e diligência; pois o trabalho é um dever.

Já no paraíso o homem devia trabalhar, segundo a vontade de Deus. Está escrito no Gênesis (2,15): Deus, o Senhor, tomou o homem e o colocou no paraíso, para que ele o cultivasse. Aliás, o trabalho, era para o homem uma distração doce e suave. Depois da queda, Deus renovou a ordem, o preceito do trabalho. Dirigindo-se a Adão, que representava toda a humanidade, disse: Comerás o pão no suor da tua face, até que tornes a terra, donde foste tirado. (Gênesis 3, 19). Homem algum está isento da lei do trabalho, nem o rico, nem pobre, nem o rei, nem a mocidade (esta principalmente) que é a primavera da vida, o tempo da semeadura.

Na mocidade é que se deve preparar a terra, para que há seu tempo, se logre colher, com abundância: a mocidade é a quadra em que se deve cuidar da árvore, para que mais tarde não produza frutos amargos, insípidos e envenenados. Na mocidade é que se hão de aprender os meios de ganhar a vida e sustentar-se na idade futura. Se a mocidade transcorre-se na vadiagem, então está perdida, e esta perda é, na maioria dos casos irreparável, irremediável. De modo que, justamente para ti, na tua mocidade, a obrigação de trabalhar é muito séria e importante, e deverás cumpri-la conscienciosamente.

Trabalha com fidelidade e diligência, pois o trabalho é uma honra. Não é de fato uma honra o tornar-se semelhante ao divino Salvador, trabalhar, como Ele o fez? Como Jesus trabalhava com diligência e boa vontade! Na oficina de Nazaré, no decorrer de muitos anos, dia a dia, o suor Lhe gotejou de face, quando com a enxó na mão, desbastava a madeira. Continuar lendo

DO CATECISMO

Resultado de imagem para mãe filhos catolicosQuando a inteligência da criança está desen­volvida, o sacerdote encarrega-se de completar, pelo catecismo, a educação religiosa. As mulheres verdadeiramente cristãs dão-se por felizes, vendo ter­minar a sua obra, por um mestre mais hábil e mais experimentado que elas. As mães, que pelo con­trário, deixaram os seus filhos submersos na igno­rância das coisas mais necessárias, são as que menos empenho mostram, em lhes fazer seguir as instruções familiares do catecismo. É todavia para toda a mãe, e principalmente para uma mãe negligente, uma obrigação rigorosa mandar ao catecismo os seus filhinhos. E que pretextos plausíveis poderão alegar, para deixarem de cum­prir este imperioso dever? Precisais do vosso filho? Não importa. Sois pobre e é preciso que ele tra­balhe para ganhar o pão de cada dia? Não importa também. Em qualquer dos casos, deveis mandá-lo ensinar, e reservar-lhe alguns instantes para isso. Tendo obrigação de prover às necessidades do seu corpo, porque haveis de desprezar o cuidado da sua alma, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo? Uma mãe que tem fé sincera, encontra sempre tempo para mandar um filho ao catecismo e ao trabalho.

«O catecismo não é só a instrução; é, segundo o pensamento do ilustre bispo de Orleans, a educação religiosa do homem, durante os anos da sua infância e da sua mocidade; e ensinar o catecismo, não é só ensinar às crianças o cristianismo, é educá-las no cristianismo.» E nunca a criança teve mais imperiosa necessidade das exortações paternas, do pastor ou do sacerdote, do que depois da sua primeira comu­nhão. Para convencer as nossas leitoras, basta que leiam o seguinte trecho extraído dum breve de Sua Santidade Pio IX a Mgr. Dupanloup.

«Por mais perfeito que fosse o ensino feito à criança, dos elementos da doutrina cristã e das máximas de piedade, se mais tarde, quando os «sentidos fazem sentir o seu império, os negócios temporais a sua tirania, os erros o seu sopro funesto, não vierem novos ensinos confirmar essas crianças nos seus bons princípios, formá-las na «prática das virtudes, inspirar-lhes o amor do que aprenderam, só a custo se pode esperar algum bom «resultado dos primeiros trabalhos, de que todo o fruto será perdido… Exortamos todos aqueles a «quem está confiado o cuidado dos povos, a que não se contentem em lançar as sementes da fé e «das virtudes na alma das crianças, mas em cultivar, tanto quanto possível, esses germens nos adolescentes, e nas crianças.» Continuar lendo

DONS DO CORAÇÃO

Resultado de imagem para imaculado coraçãoA castidade das jovens é de capital importância para a conservação dos bons costumes na sociedade. Se as moças guardarem, rigorosamente no trajar e em todo o proceder, decoro e modéstia, será este o melhor impulso para a moralidade. Sendo, portanto a pureza de coração do sexo feminino de tamanha importância para a moralização da sociedade, deverás gravar bem, no espírito e no coração, e seguir fielmente as normas expostas neste capítulo.

Tem sempre, em alta estima e grande amor, a castidade; pois ela comunicará à tua alma, antes de tudo, particular beleza e graça. “É, sem dúvida a castidade – como diz São Cipriano – a mais formosa flor no jardim da Igreja, o ornamento da beleza, o encanto da graça e a característica da virgem cristã. É por ela que se produzem, na Igreja, os mais deliciosos frutos, e quanto maior for o número das donzelas puras, tanto mais crescerá a alegria desta mãe espiritual”.

São Francisco de Sales escreve: “A castidade é o lírio entre as virtudes; torna os homens semelhantes aos anjos. Nada há belo que não seja puro, e a beleza do homem é a castidade”.

Muitas vezes nas agradáveis manhãs primaveris és arrebatada pelos encantos da natureza. Para onde quer que teus olhos se dirijam, alegram-se com a vida mais luxuriante; montes e vales atapetados de relva fresca banhadas pelos raios dourados do sol. A pomposa florescência das árvores de cujos galhos, cantores alados lançam no espaço, suas canções argentinas. Milhares e milhares de flores abrem as mimosas corolas, exalando suave perfume. Sim, magnífica e admirável é a terra, com seu ornato da primavera.

No entanto muito mais, bela e mais formosa é a alma juvenil que se apresenta pura aos olhos perscrutadores de Deus, não profanada pelo sopro do pecado, espargindo os fúlgidos raios da graça santificante. É tão bela, que os anjos do céu, com grande prazer, a contemplam, e o próprio Deus que com sua bondade onipotente, criou tudo o que há de belo, no céu e na terra, como que encantado com sua magnificência, exclama: “Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Imortal é a sua memória e é louvada diante de Deus e diante dos homens” (Sab, 4.1). Continuar lendo

DUAS VERDADES QUE SE DEVEM ENSINAR ÀS CRIANÇAS – PARTE 2

Imagem relacionadaEu creio: isto é, estou firmemente convencido das ver­dades que vou professar. Estou certo de que não erro, cren­do-as, porque me foram ensinadas por Jesus Cristo, o Filho de Deus, que não pode enganar-Se, nem enganar-nos; por­que a razão nos faz compreender, e o próprio Deus nos ensi­nou, que é a perfeição infinita. Estas verdades foram depois ensinadas pelos apóstolos, os amigos de Jesus Cristo, que receberam de Deus o privilégio de não poderem nem enganar-se, nem enganar os homens, privilégio de que goza hoje, e de que gozará até à consumação dos séculos a santa Igreja Romana, isto é o Papa, e os Bispos conjuntamente com ele, porque Jesus Cristo prometeu estar com eles até ao fim do mundo, afim de os preservar de todo o erro. 

A divindade de Jesus Cristo, e da Sua Igreja, têm afinal sido demons­tradas pelos maiores milagres, atestados pela história mais certa, e tem convertido os maiores incrédulos; também todos os apóstolos e os santos mártires acreditaram e acreditam o que Deus revelou e a Igreja ensina.

Creio em Deus: isto é, estou certo que Deus existe, que há um só Deus, e que este Deus é o fim de toda a criatura.

Creio em Deus Padre, a primeira pessoa da Santíssima Trindade. O Seu poder não tem limites. Fez do nada, por Sua única vontade, o Céu, a terra, e tudo quanto existe.

Creio em Jesus Cristo, como creio em Deus Padre. Creio que é Filho verdadeiro de Deus, a segunda pessoa da adorá­vel Trindade, o mesmo Deus que o Pai. É o nosso soberano Senhor, e o Seu poder estende-se sobre todas as criaturas.

Sei e creio que o mesmo Filho de Deus Se fez homem, tomou um corpo e uma alma como nós, sem deixar de ser Deus. Não nasceu à maneira dos outros homens, porque não teve, como homem, pai verdadeiro. Por obra do Espírito Santo, o Seu corpo foi formado no seio de Maria, a mais pura das virgens, que o deu à luz, sem dor, duma forma mila­grosa. Continuar lendo

DUAS VERDADES QUE SE DEVEM ENSINAR ÀS CRIANÇAS – PARTE 1

Resultado de imagem para mãe filhos catolicosDar à criança a instrução religiosa, é no sentido lato que damos a esta palavra: 1.° instruir ou fazer instruir essa criança nas verdades, que todo o cristão deve saber e acreditar; 2.° exercitá-la na prática das virtudes cristãs; 3.° formá-la para usar dos meios de salvação com que Jesus Cristo engradeceu a Sua Igreja.

Entre as verdades da nossa augusta religião, há algumas, cujo conhecimento é tão necessário, que é absolutamente impossível a qualquer homem, que tem uso de razão, ser salvo, ignorando-as. Estas ver­dades são: em primeiro lugar a existência de um Deus, que recompensa os bons, deixando-Se ver, e possuir por sua alma, tal qual é; e que castiga os maus, governando tudo por Sua Providência; e de­pois, segundo a opinião mais provável dos doutores, os mistérios da Santíssima Trindade de um só Deus, em três Pessoas; da Encarnação ou do Filho de Deus feito homem; da Redenção, ou de Jesus Cristo morto na cruz, para resgatar todos os homens. Todos devem saber também a necessidade da graça e da oração, e a imortalidade da alma.

Estas primeiras verdades devem ser ensinadas à criança logo após as primeiras manifestações da sua inteligência; porque, ai dela, se, tendo já uso de razão, viesse a morrer, antes de ter adquirido estes conhecimentos, tão necessários à salvação! Ah! quantas crianças, por culpa de suas mães, che­gam aos sete anos, e mesmo até mais tarde, sem saberem os principais mistérios da fé, e sem conhe­cerem, por conseguinte, a grande misericórdia que Deus testemunhou aos homens, enviando-lhes o Seu divino Filho, para os resgatar, por Seus sofrimentos, morte e paixão! Pobres crianças! No momento em que estas grandes verdades se imprimiriam profun­damente no seu espírito, e no sou coração, são con­denadas a ignorá-las, enquanto que tudo o que as cerca, conspira a ensinar-lhes o mal.

Não será inútil traçar aos nossos leitores um método fácil de ensinar às crianças a doutrina cristã. Continuar lendo

A SANTIDADE DA IGREJA

Fonte: FSSPX Sudamerica – Tradução: Dominus Est

Perante o aumento da criminalidade entre os jovens, os juízes tendem a condenar os pais…É razoável? Muitas vezes, sim, mas razoável é julgar sempre em cada caso quem e até que ponto são culpados.

É da responsabilidade dos pais, mas também do jovem, da escola, da rua. Se os pais e a escola fizeram o possível e o jovem se corrompe pelo que encontra na rua, a culpa poderia ser do presidente.

Mas não se pode acusar de forma rápida, pois também há de se julgar -de cima para baixo- quem cumpriu mal sua função: se o presidente ou o governador, o prefeito, a polícia ou simplesmente o vizinho desonesto. E se a culpa é do presidente, a pátria é culpada? Talvez sim, talvez não; não seria se o governante agiu contra as leis e costumes e do consentimento geral.

Suponhamos um caso em que a culpa era do jovem, mas houve negligência do governador. Quem pode, então, pedir perdão? Evidentemente, se perdoa os culpados e não aqueles que não são; e podem aqueles pedir perdão sob duas condições: mostrar sincero arrependimento e oferecer a devida reparação, pois são metafisicamente incapazes do perdão as más vontades.

Mas também podem pedir perdão – ainda de modo e razão muito diferente – os ofendidos: os pais ou o presidente; e fazem com mais argumento, porque merece mais ser ouvido pela nação e por Deus o pedido de perdão daqueles que foram capazes de perdoar os seus devedores.

Mas aqui há outra condição: que eles sejam completamente inocentes, pois bem podem pedir perdão os meritórios pais que fizeram tudo o que podiam para dar bons filhos à pátria, mas não cabe que peçam perdão por outros: o governador negligente quando tem sua parte a expiar. Continuar lendo

POBRES FILHOS DE UMA SOCIEDADE QUE JÁ NÃO RECONHECE O MAL.

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Queridos filhos,

Quero chamá-los assim, mesmo que não os conheça. Mas, nas longas horas de insônia que seguiram ao anúncio deste terrível ataque, em que muitos de vocês já morreram e muitos ficaram feridos, eu os senti ligados a mim de uma forma especial.

Vocês vieram ao mundo, muitas vezes sem ser desejados, e ninguém lhes deu as “razões adequadas para viver”, como dizia o grande Bernanos a seus contemporâneos adultos. Vocês foram entregues ao mundo sob dois grandes princípios: que podiam fazer o que quisessem, pois cada desejo de vocês é um direito; e a importância de se ter o maior número possível de bens de consumo.

Vocês cresceram assim, acreditando que tivessem tudo. E quando vocês tinham algum problema existencial – antigamente se dizia assim – e o comunicavam aos seus pais, aos seus “adultos”, logo tratavam de agendar um psicanalista para resolver o problema. Eles só se esqueciam de dizer a vocês que existia o Mal. E o Mal é uma pessoa, não um conjunto de forças e energias. É uma pessoa. Esta pessoa estava escondida ali, durante o concerto. E a terrível asa da morte, que a acompanha, se apoderou de vocês.

Meus filhos, vocês morreram assim, quase sem razões, do mesmo jeito como viveram. Não se preocupem, afinal ninguém os ajudou a viver; mas farão certamente um belo funeral, no qual se expressará ao máximo esta oca retórica laicista, com todas as autoridades  presentes – incluindo, infelizmente, até os religiosos –, todos de pé, em silêncio. Naturalmente, será um funeral em espaço aberto, mesmo para os que tem fé, já que hoje em dia o único templo é a natureza.

Robespierre riria de tudo isso, pois nem mesmo ele teve essa fantasia. Aliás, nas igrejas não se fazem mais funerais, pois, como diz agudamente o cardeal Roberto Sarah, agora nas igrejas católicas só se celebram os funerais de Deus. Os “adultos” não se esquecerão de colocar nas calçadas os seus bichinhos de pelúcia, as memórias de sua infância, de sua primeira juventude. E depois tudo será arquivado na retórica daqueles que não têm nada a dizer sobre tragédias, pois nada tem nada a dizer sobre a vida.

Espero que, nesse momento, pelo menos alguns destes gurus – culturais, políticos e religiosos – contenham as palavras e não nos atropelem com os discursos habituais,  dizendo que “não se trata de uma guerra de religião”, que “a religião é, por natureza, aberta ao diálogo e à compreensão”. Espero que haja um instante silencioso de respeito. Antes de tudo, pelas suas vidas, ceifadas pelo ódio do demônio, mas também pela verdade. Pois os “adultos” deviam, antes de tudo, ter respeito pela verdade. Podem não servi-la, mas devem ter respeito por ela.

Seja como for, eu que sou um velho bispo que ainda crê em Deus, em Cristo e na Igreja, vou celebrar a missa por todos vocês no dia do seu enterro, para que do outro lado – quaisquer que tenham sido suas práticas religiosas – vocês  encontrem o rosto querido de Nossa Senhora, e que, apertando vocês em seu abraço, os console desta vida desperdiçada, não por culpa de vocês, mas por culpa dos seus “adultos”.

(Dom Luigi Negri é arcebispo de Ferrara, Itália. Texto publicado no dia 23 de maio de 2017, no jornal italiano Nova Bússola Cotidiana, a propósito do ato terrorista ocorrido na véspera, na Inglaterra)

Fonte: Opus Mater Dei

DO ESGOTO DO MUNDO À SALVAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS

abcDom Lourenço Fleichman OSB

O que me leva a escrever hoje é a constatação, cada dia mais evidente, da dificuldade que as famílias católicas têm para viver neste mundo enlouquecido e transviado. O espetáculo que estamos assistindo, e que não se limita ao carnaval, mas ao ano todo, e a todos os anos, é de meter medo. Nossas famílias, nossas melhores famílias, não conseguem se isentar deste mundo. Todos pactuam  com práticas diversas de destruição do que resta de decência e de família. Digo “família” porque já não há mais nada de sociedade a ser preservado, já não temos mais o que defender! Tudo está destruído. Mas talvez ainda possamos lutar dentro de nossas famílias, ou dentro de nossos corações.

Ora, é justamente esta constatação da destruição de todas as realidades sadias da  antiga sociedade que explica a dificuldade das pessoas em não se contaminar.  Explico.

Dentro de uma sociedade em vias de corrupção, as pessoas teriam de sair de casa tomando certos cuidados para não serem contaminadas: cuidados com os outdoors, com as bancas de jornal, com o convívio no trabalho, e até mesmo com  os assaltos na rua. Dentro de suas casas, haveria necessidade de lutar constantemente contra os programas de televisão, tomar cuidado com o tipo de gibi ou de video-game que compra para os filhos. Dentro de uma sociedade assim, indiferente a Deus e apóstata da Santa Religião Católica, os pais de família teriam de trazer para seus filhos um bom catecismo, uma Capela onde se celebre a Santa Missa Tridentina, onde o catecismo fosse ensinado segundo a doutrina de sempre da Igreja.

Mas não é numa sociedade em vias de decadência, que nós vivemos. E é nesse ponto que se encontra o erro de tantos pais. Ao achar que a questão é de grau de corrupção, eles procuram defender  suas famílias sem no entanto tirá-las do ambiente em que estão sendo corrompidas.

Vejam bem o que quero dizer: nossa sociedade já não tem mais nada que mereça a nossa atenção. Os valores em voga nessa sociedade formam um esgoto nojento e fedorento que emporcalha tudo e todos. Não há como escapar! Você sai na rua, você vai ao médico, você compra um jornal, você é engenheiro, ou advogado, ou motorista de ônibus, o que seja, o que se faça, na rua ou dentro de casa, o esgoto se espalha, contamina, agarra-se em nossas peles, transmite o seu cheiro insuportável. E é tal a realidade disso que estou dizendo, que, estando todos contaminados, estando todos sujos e fedorentos nas entranhas de nossos costumes e de nossos interesses, os homens não sentem mais o fedor de si mesmos! Todos agem,  pensam, falam, com os critérios da lama e da cloaca. Continuar lendo

O TESOURO ESCONDIDO

Resultado de imagem para violetaA violeta, flor tão apreciada e procurada, não apresenta, nas cores de suas pétalas, beleza singular que nos impressione a vista. Possui apenas uma vestimenta simples e completamente lisa. Não procura, por meio de beleza cintilante atrair sobre si os olhos dos homens, mas parece comprazer-se na sua forma pequena e pouco vistosa. Não cresce, por via de regra, nas praças públicas, onde poderia ser divisada por todos, mas de preferência em lugares escondidos, nas orlas silenciosas das matas e ao longo de cercas espinhosas; e ainda nesses lugares procura com suas folhas formar uma espécie de esconderijo, para se furtar as vistas dos transeuntes, e ocultar as suas próprias flores.

Tudo, no entanto, é em vão, pois o aroma suave a denuncia. Se alguém a descobre, não a admira, mas aprecia-a e deleita-se com sua balsâmica fragrância. Esta florzinha, pouco vistosa, mas geralmente querida, é símbolo daquela amável virtude, que tão insistentemente o Espírito Santo recomenda aos cristãos, com estas palavras: “Seja vossa modéstia conhecida de todos os homens”.(Fil., 4,5)

A humildade e a modéstia honram e ornam todos os homens, mesmo o sábio que, por sua sabedoria e seu gênio pasma o mundo; até o príncipe, que governa um grande reino. Sejam tais homens humildes e afáveis, tanto quanto lho permite a posição, e conquistarão de assalto, os corações dos seus compratiotas, granjeando por toda a parte honras e afeições entusiásticas. Mas, se a humildade convém a todo cristão, a todo homem, ela, no entanto, se ajunta principalmente aos jovens e de modo particular à donzela cristã, que deve exercitar-se na virtude, e tantas vezes há de reconhecer e dizer que é uma criatura fraca e inclinada para o mal.

Só onde se encontra a humildade, existe a verdadeira virtude; sem aquela, esta nada mais é que uma aparência vã. O rochedo que levanta orgulhoso o cabeço a uma enorme altura, lá permanece solitário e despido; em vez de reflexos dourados, não apresenta senão gelo e neve. Os campos ondulantes e auspiciosos situam-se, pelo contrário, nas planícies e partes baixas da terra. Continuar lendo