MAIS DVDs À DISPOSIÇÃO

Resultado de imagem para fsspx

Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Estamos disponibilizando novamente algumas palestras proferidas pelos padres da FSSPX (Priorado de Santa Maria).

Infelizmente a quantidade é pequena e os primeiros a enviarem email (gespiox@yahoo.com.br) com a solicitação, terão suas reservas atendidas.

O valor de cada título é de R$ 40,00 (já com frete PAC incluso).

As descrições e as quantidades disponíveis estão abaixo:

A REPÚBLICA DE PLATÃO

(QTE À DISPOSIÇÃO: ESGOTADO)

  • Introdução
  • O Mundo Grego
  • A Vida de Platão
  • Resenha do Diálogo da República
  • A Virtude da Justiça
  • Paralelo entre a Alma e a Pólis
  • A Justiça e a Sabedoria
  • A Solução Cristã ao Dilema de Platão
  • Conclusão

****************************

A UNIVERSIDADE MEDIEVAL

(QTE À DISPOSIÇÃO: ESGOTADO)

  • Introdução
  • Antecedentes Históricos
  • Civilização Escolástica
  • Os Mosteiros
  • O Aparecimento das Universidades

****************************

A GESTA DE SANTA JOANA D’ARC

(QTE À DISPOSIÇÃO: ESGOTADO)

  • Introdução
  • Fim dos Tempos
  • Guerra dos Cem Anos
  • Missão de Jeanne
  • Batalha de Orleans e Sagração em Reims
  • Universidade de Paris
  • Processo e Martírio
  • Reabilitação e Canonização
  • Retrato Moral
  • Conclusão

****************************

A EDUCAÇÃO CATÓLICA DOS FILHOS

(QTE À DISPOSIÇÃO: 6)

  • A Família, Base da Educação
  • A Alma Humana
  • A Prudência da Educação
  • A Ordem do Bem Comum
  • A Cidade de Deus
  • Conclusão

FUMAR MACONHA É PECADO?

Recentemente, tem-se havido uma grande polêmica pelas notícias de várias legislaturas (pelo mundo) propondo ou mesmo legalizando o uso da maconha para uso “recreativo”. Mas, o que é que a Igreja Católica ensina sobre o uso de maconha e outros entorpecentes? Seu consumo é pecado? 

Fonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est

Oferecemos duas respostas a estas frequentes questões teológicas-morais, extraídas do livro “As Melhores Perguntas e Respostas” (mais de 300 respostas dos 30 anos de perguntas feitas à revista The Angelus).

É pecado fumar maconha?

Nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor. 6,10). A embriaguez é um excesso deliberado no uso de bebidas ou drogas intoxicantes até o ponto de privar-se forçosamente do uso da razão, para satisfazer um desejo desordenado de beber, e não para promover a saúde. Isto é contrário à virtude da Temperança, e, especificamente, à sobriedade. A sobriedade regula o desejo do homem e o uso de produtos tóxicos, e é vitalmente necessária para uma vida moral reta.

A perversão da intoxicação reside na violência cometida contra a própria natureza, privando-a do uso da razão. Quem age assim se priva do que o torna especificamente humano: sua capacidade de pensar. O bêbado, ou neste caso, o drogado, deseja essa perda da razão por uma sensação de libertação que a acompanha, precisamente pela falta de controle da vontade sobre a razão. É antinatural, ao contrário do sono, que também priva o uso da razão mas de uma forma natural.

O consumo de drogas proporciona um meio de fuga ilícito. Além de ser um pecado, manifesta também imaturidade por parte do usuário. Através de um ato de violência contra si mesmo, escapa da responsabilidade da tomada de decisões e do controle em sua vida. Quando essa privação é completa, por exemplo, a ações totalmente contrárias ao comportamento normal, a incapacidade de distinguir entre o bem e o mal, etc., é um pecado grave. “In vino veritas“, diziam os romanos, e não sem razão. Qualquer estado que não seja uma embriagues completa, sem razão suficiente, é em si mesmo um pecado venial, mas mesmo neste caso pode ser um pecado mortal se provoca escândalo, danos à saúde, danos à família, etc. Devemos enfatizar que um homem é responsável por todas as ações pecaminosas cometidas enquanto intoxicado, a qual ele tinha ou deveria ter previsto que aconteceriam.

Segundo Jone-Adelman, na Teologia Moral, o uso de drogas em pequenas quantidades, e apenas ocasionalmente, é um pecado venial se feito sem razão suficiente. Este poderia ser o caso, por exemplo, dos comprimidos para dormir. Obviamente, a perda do uso da razão através dos narcóticos deve ser julgada como o álcool. O uso da maioria das drogas se complica pelo fato de que são ilegais. Isso também significa a vontade do usuário em infringir a lei, um crime contra a justiça social. Isso agrava o pecado. A velocidade com que a droga altera a consciência também agrava seu uso. Esta velocidade poderia ter um maior potencial para privar-se do uso da razão, e, assim, passar para tóxicos mais fortes para um maior efeito.
Continuar lendo

ESPECIAIS DO BLOG: CORRIJA SEU FILHO

Resultado de imagem para correção filhos

Em mais uma “Operação Memória” de nosso blog, trazemos novamente os links para capítulos do Livro: Corrija seu Filho, do Pe. Álvaro Negromonte que, com exemplos, orientações e uma excelente didática, mostra uma maneira católica de educar os filhos.

DO TEMOR DE DEUS

Imagem relacionadaO temor de Deus é o princípio da sabedoria.

«Ensinai à criança desde a sua mais tenra moci­dade, escrevia Bossuet, e por assim dizer, desde o berço, o santo temor de Deus.» Com esta virtude, vir-lhe-ão ao mesmo tempo, todos os outros bens.— «Não é efetivamente, pergunta Mgr. Dupanloup, este temor religioso que inspira à criança o amor do trabalho, a pureza dos costumes, a docilidade, o respeito para convosco, e o respeito para com ele próprio? Que é o pudor, tão belo e tão puro na fronte da mocidade, tão santo e tão nobre nos olhares da idade madura, tão venerável sob os cabelos brancos do velho, senão a mais elevada deli­cadeza do respeito, e do temor de Deus?… Sejam quais forem os defeitos, direi mesmo os vícios natu­rais de uma criança…. se nós pudermos abrir o seu coração ao amor e ao temor de Deus, tudo se torna fácil, com o tempo e com a paciência, e então es­pero tudo, não só pelo presente, mas especialmente pelo futuro.»

Lê-se nos livros santos que o patriarca Tobiasy tendo tido um filho a que deu o seu nome, ensi­nou-lhe a temer a Deus, desde a infância, e a abs­ter-se de todo o pecado.» Mais tarde, este santo velho julgando a morte próxima, chamou o filho e disse-lhe: — «Escuta meu filho, as palavras do teu pai: conserva Deus no teu espírito todos os dias da tua vida, e guarda-te de consentir em algum pecado e de violar os preceitos do Senhor. Passamos, é ver­dade, uma vida pobre, mas teremos muitos bens, se temermos a Deus, e fugirmos de toda a iniqui­dade.»

Não é assim que raciocinam hoje alguns pais indiferentes. Conservando por seus filhos, não sei que solicitude, preservando-os com cuidado do cer­tas desordens, que o próprio mundo sabe exterminar, nada lhes dizem, acerca do respeito que devem a Deus e à Sua lei. Insensatos! edificam sobre areia, vêem menosprezada a sua autoridade, que só o temor de Deus pode fazer respeitar, e deixam os seus filhos, sem defesa, contra os ataques do demônio, do mundo e da carne ! «Ai das educações, exclama o ilustre bispo de Orleans, a que não preside o santo nome de Deus, e onde raras vezes se fala nele.» Ai das mães que não sabem inspirar o temor de Deus a seus filhos! Preparam para si próprias um cálice de amargura bem cheio de lágrimas e de dores! Continuar lendo

A PREPARAÇÃO DOS NOIVOS PARA O MATRIMÔNIO – PALAVRAS DE D. LEFEBVRE

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

A preparação dos noivos para o casamento faz parte do apostolado do sacerdote. A Igreja sempre pediu aos sacerdotes que preparem as pessoas que receberão um sacramento. Não podemos imaginar que se possa administrar os sacramentos às pessoas que não são conscientes do que recebem. Quão importante é o Sacramento do Matrimônio! Compromete toda a vida das pessoas.

Está claro que o sacerdote não pode se contentar com, simplesmente, pedir algumas pequenas formalidades antes do casamento, e dizer-lhes: Venham confessar-se no dia anterior ao casamento, então se casam e acabou. Não, não! O sacerdote ciente do que deve fazer tem que dizer aos noivos: Escutem, se vocês não têm oportunidade de fazer um retiro de noivado, devem vir a mim. Vou lhes repassar algumas palestras sobre a natureza do sacramento do matrimônio, sobre os ministros deste sacramento, sobre o objeto do contrato, sobre questões morais relacionadas ao casamento, etc. Hoje em dia a imoralidade é algo muito comum!

É uma pena que, mesmo na Igreja, parece que se tem medo de falar das faltas contrárias à santidade do matimônio, a tal ponto que os jovens casados podem se perguntar se o que fazem está ou não de acordo com a moral. O sacerdote tem, portanto, que instruir os futuros esposos sobre o que é permitido e proibido no uso de casamento, sendo, obviamente, muito discreto na forma de explicar tais coisas. Havia um padre na Vendea, já falecido, o Pe. Loiseau, ex-aluno do Seminário Francês, que pregava excelentes retiros aos noivos sobre todos os pontos de vista: espiritual, doutrinal e moral. Falava da importância do sacramento do matrimônio e do papel dos pais na educação dos seus filhos; dava todo um conjunto de instruções excepcionais.

Assim, a preparação para o matrimônio forma parte do apostolado do sacerdote. Deve-se saber que o matrimõnio é um sacramento. Não é coisa pequena, pois é a base da sociedade. A preparação dos noivos para o matrimônio é, portanto, uma das importantes funções do sacerdote.

A Santidade Sacerdotal – Dom Marcel Lefebvre + 

O AMOR À VERDADE

Imagem relacionadaO célebre presidente dos estados Unidos, Jorge Washington, quando contava seis anos, recebeu de presente uma machadinha com a qual ia desbastando tudo quanto encontrava; maltratou a tal ponto uma cerejeira inglesa, tirando-lhe a casca, que a árvore devia fatalmente morrer. Na manhã seguinte, quando o pai viu a sua querida árvore em tão lamentável estado, tomou-se de furor e perguntou quem havia praticado aquela ação bárbara. Aparece, entretanto o pequeno Jorge com sua machadinha, e o pai intuiu imediatamente, que este era o culpado. Á vista disso, indagou sério:

– “Jorge, não sabes quem assim maltratou está árvore?” O menino deteve-se por alguns momentos, mas em seguida respondeu com franqueza:

– “Não posso mentir, papai, sabe que não posso mentir, golpeei-a com esta machadinha”.

A resposta abrandou a cólera do pai que, profundamente comovido, assim lhe falou: -“Vem a meus braços, filhinho! O dano que fizeste à árvore reparaste-o, agora, mil vezes com a tua sincera confissão; pois, tal amor à verdade é mais precioso do que milhares de árvores, ainda quando carregadas de frutos saborosos”.

Sim, o amor à verdade é uma bela virtude que te recomendo com toda a energia, e, por isto desejaria prevenir-te contra o feio vício da mentira.

1º – Não mintas – a mentira é abominável a Deus.

Com efeito, Deus é Verdade, a mais pura e a mais límpida, e absolutamente, não pode mentir. Eis porque detesta, em nós, a mentira; esta lhe contraria a essência e se opõe ao escopo que Ele teve em mira ao dar-nos ao dom da palavra. Esta faculdade preciosa, certamente, não nos foi concebida, para camuflar a realidade com a aparência e o engano. A mentira é, portanto, uma subversão da ordem divina, uma revolta contra Deus. Satanás, o primeiro que se insurgiu contra Deus, foi por isso mesmo o primeiro mentiroso, “o pai da mentira”, como denominou o Divino Salvador. Visto, opor-se a mentira à essência divina e à sua santa ordem, Deus a aborrece, e assim se exprime séria e severamente na Sagrada Escritura: “Os lábios mentirosos são abominação para o Senhor”. (Prov., 12,22)

2º – Não mintas – a mentira é também, desdouro na perspectiva humana.

Detestemos a mentira, que é contrária à natureza humana. O homem é, inclinado à verdade, repugnam-lhe a mentira e a falsidade. A criança, ainda não corrompida, diz só o que pensa, seus olhos brilhantes são o espelho fiel de sua alma pura e franca. A primeira que profere, revolta-se a natureza íntima da criança e manifesta-se pelo rubor da face que denuncia a confusão. Detestemos a mentira, porque solapa o fundamento da sociedade humana, que são a veracidade e a confiança, mútuas. Continuar lendo

DA OBRIGAÇÃO DE INCUTIR CEDO A VIRTUDE À CRIANÇA

Resultado de imagem para mãe e filha pinturaJá atrás observamos que contentarem-se os pais com ensinar à criança as verdades e os deveres do cristianismo, sem lhes fazerem compreender o espí­rito, sem lhes incutirem a prática da lei de Deus, seria uma obra muito incompleta. Também, depois de ter ordenado à mãe que instruísse os seus filhos, Deus acrescenta: Cultivai-os e vergai-os sob o jugo da virtude, desde a mais tenra mocidade. É preciso efetivamente começar cedo esta cultura do cora­cão, porque é tanto mais fácil ensinar para o bem as crianças, quanto elas são mais novas e mais tenras. Além disso, as primeiras impressões que recebe a criança são as mais vivas e as que ficam mais tempo gravadas no coração. É como um vaso novo, que conserva sempre o cheiro do primeiro lí­quido que conteve. Fénelon queria que se formasse a criança para a virtude, mesmo antes de falar.

«Talvez pensem que exagero, escrevia ele, mas basta considerar quanto, nesta idade, as crianças procuram as pessoas que as afagam, e evitam as que as contrariam, e como elas sabem gritar e calar-se, para lhes darem aquilo que desejam. Pode-se, pois, coligir que elas conhecem desde então mais, do que de ordinário se imagina. Pode-se, pois, logo nessa idade por gestos, inspirar-lhes o amor das pessoas virtuosas e o horror dos defeitos que mostram as outras crianças. Esses princípios não se devem des­prezar.»

Ocupando-se com inteligência das crianças, desde os mais tenros anos, reprimindo-lhes os primeiros movimentos das paixões, implantando na sua alma, como numa terra própria, os germens das virtudes, não hesitamos em afirmar com o imortal arcebispo de Cambrai: — «Por pouco que o seu natural seja bom, podem-se tornar meigas, pacientes, firmes, alegres e tranqüilas; se, porém, se despreza esta educação na primeira infância, tornam-se ardentes e inquietas durante toda a sua vida. Formam-se os costumes; o corpo ainda tenro, e a alma sem outros recursos, voltam-se para o mal. Forma-se neles uma espécie de segundo pecado original que é a origem de mil desordens quando elas crescem. É dessa forma que as silvas nascem e crescem num campo inculto, o quanto mais fértil é o terreno, mais más ervas produz, não sendo cultivado; enquanto que o mais ingrato terreno produz frutos, sendo bem cultivado, e a árvore estéril dá frutos, sendo enxertada. Continuar lendo

ALEGRIA E BOM HUMOR

Imagem relacionadaEstranharás talvez que um religioso te estimule à alegria e jovialidade e pensarás que haveria coisas mais importantes para as quais poderia ele impelir-te. No entanto, quero mostrar-te que também a alegria é um dom de grande preço que um religioso com muita razão pode colocar em teu coração.

1º – Na alegria bem ordenada se esconde uma grande bênção

A jovialidade que te recomendo é uma pacífica e bem fundada alegria, uma irradiação da paz interna e da harmonia que residem no coração. Vem a ser, para ti, um grande bem. Desta alegria diz João Paulo: “A jovialidade é um céu sob o qual tudo prospera, menos o veneno”. Certo que é grande o encômio, mas verdadeiro. A alegria contribui para que os bons germes e disposições naturais do coração se desenvolvam do melhor modo possível.

A primavera é na natureza a quadra da alegria e dos prazeres. Quão afável e doce nos sorri o céu azul! Sobre montes e vales, derrama o sol seus raios dourados, os quais penetram até o íntimo do nosso coração! Os pássaros, com seus cantos alegres e variados, enchem a floresta! Solícita e contente, esvoaça a abelha, de flor em flor para sugar o mel. As flores ostentam sua beleza à nossa vista, amáveis crianças em trajes festivos!

Por toda a parte deparamos alegria e beleza!

Mercê desta alegria, como tudo se desenvolve e prospera na natureza! Então contemplamos o fermentar e germinar, o abotoar e florescer, como se tudo, montes e vales, estivesse cheio de uma vida nova e misteriosa. Como tudo se transforma e modifica, sob a ação do inverno duro e rigoroso, qual fantasma do terror domina por toda a parte, afugentando a fresca vida da natureza. Eis a imagem do que sucede, também, contigo, jovem cristã.

Quando permite que se apodere de ti uma disposição sombria e triste, que te domina por longo tempo, secam-se em teu coração as fontes da vida, como no inverno fenece a natureza. Torvas imagens e tenebrosas impressões descem sobre tua alma qual fria neve; teu espírito se escurece, entibia-se tua vontade e tua fantasia se povoa de melancólicos devaneios. Como poderão desenvolver-se, cheios de esperança, os bons germes, a inclinação para a virtude, que Deus te concedeu? Continuar lendo

A BOA CORREÇÃO – PARTE 2

Resultado de imagem para correção filhos7.º) Oportuna

Há tempo de calar, e tempo de falar“, lembra-nos a Bíblia (Ecle 3,7). Como a semente, que parte de nossa mão e se realiza no seio da terra, assim a correção é, o mais das vezes, de iniciativa nossa, mas se completa no educando, por obra sua. E como a semente não pode ser plantada em qualquer época, porque “há tempo de plantar, e tempo de colher” (ibd. v.2.), também a correção há de aguardar o momento oportuno. Só a propomos (ou impomos), na esperança de êxito. E este depende do acolhimento que só pode ser favorável, se as circunstâncias também o forem.

Na hora da zanga – a tendência é mais para repelir que para aceitar qualquer sugestão de emenda. Em presença de pessoas estranhas, de colegas e mesmo de irmãos, quando implica humilhação, também não será nem aceita. Espera-se que a tormenta passe, aborda-se o educando a sós, e, na calma de lado a lado, propõe-se a desejada medida.

As mães cristãs têm excelente oportunidade quando, depois da oração da noite, vão ver se os filhos estão bem acomodados no leito. Falando em voz mansa e amorosa, sentada à beira da cama, é muito difícil não ser a mãe bem acolhida.

Aguarde-se, pois, o momento oportuno.

Tratando-se de crianças pequenas, não convém protelar muito a correção. Elas esquecem facilmente que cometeram a falta, não estabelecem a necessária ligação entre o erro e a emenda, podem achar injustas as medidas impostas, e então o efeito será contrário.

Em fase desses perigos, podemos recorrer às práticas corretivas sem aludir aos fatos “esquecidos”, alcançando os mesmos resultados, sem as contra-indicações. Continuar lendo

A BOA CORREÇÃO – PARTE 1

Resultado de imagem para corrigir filhosAlém de conhecerem os filhos, devem os pais saber como agir, a fim de alcançarem os desejados efeitos. Não bastam boas intenções. A correção tem normas e técnicas. Sem isto, poderá ser contraproducente. Vejamos qual deve ser a boa correção.

1.º) Rara

O educador deve ver tudo, dissimular muito, corrigir quando necessário.

– Ver tudo, para conhecer bem a crianças, não se deixar surpreender, nem passar por tolo aos olhos das próprias crianças.

– Dissimular muito, porque muitas faltas não têm realmente importância, umas são próprias da idade e passam com ela, outras as próprias crianças notam e, quando estão sendo educadas, tratam de emendar por si.

– Corrigir quando necessário, porque a correção demasiada é prejudicial à educação. Quando muito freqüente, ela:

* perde o salutar efeito de inspirar desgosto à falta cometida, com o conseqüente desejo de emenda;

* enfraquece a autoridade do educador, ao invés de reforçá-la, como o faz, desde que seja rara;

* insensibiliza a criança, que já não acode às advertências, pela própria impossibilidade de fazê-lo;

* pode mesmo ser contraproducente, tornando-se irritante – e nas poucas recomendações que fez São Paulo sobre a educação dos filhos pediu que não os irritassem (Ef. 5,4).
Continuar lendo

ECONOMIA, PARA AS DONZELAS CRISTÃS

Resultado de imagem para donzela cristãO ouro e os bens temporais, principalmente, têm sem dúvida a sua grande importância para cada indivíduo, para a família e para a vida social. Se o cristão, antes de mais nada, deve dirigir seus cuidados para a consecução dos bens celestes, não pode, todavia, mostrar-se indiferente aos bens terrenos e temporais.

Há de esforçar-se por adquiri-los pelo emprego de meios lícitos e de maneira justa, deve sobretudo usar deles conscienciosamente, e de acordo com a vontade de Deus. Não pode, portanto, dissipá-los; cumpre que os empregue com economia.

Sobre a economia desejo agora dar-te uma breve instrução.

1º – A religião cristã exige de ti a economia.

A economia pertence ao número das virtudes que são mais desprezadas e criticadas. Quem não sabe distinguir devidamente a sua renda e as suas despesas e por isso nunca “chega a um ramo verde” (como dizem os alemães), é precisamente o que murmura da economia daqueles que a aconselham e os difama como sovinas. Eis porque não raro acontece que a gente se envergonha da economia e procura escondê-la quanto possível aos olhos do mundo. No entanto, ela merece, como as outras virtudes, todo apreço e cumpriria que a praticassem fiel e retamente todos os cristãos. Sim, mesmo os ricos, até os milionários, devem ser econômicos, naturalmente de maneira diversa da dos burgueses comuns.

O Cristianismo exige de todos nós uma sensata economia. Diz-nos que Deus é o altíssimo Senhor e Proprietário dos nossos bens terrenos, dos quais só nos confiou o uso e administração. Nesta administração e neste uso devemos acomodar-nos à sua vontade infinitamente santa e sábia, que sem dúvida reprova uma dissipação leviana e insensata dos mesmos bens, e que será denunciada, perante o Seu divino tribunal. Eis porque prescreve a Sagrada Escritura: “Tudo quanto entregares conta e pesa: e tudo anota do que deres e receberes”. (Ecli. 12,7). E assim nos exorta outro passo: “No tempo da abundância, lembra-te da pobreza, e das necessidades da indigência no dia das riquezas”. (Ecli. 18,25). Continuar lendo

AMOR A ORDEM E A PONTUALIDADE

Resultado de imagem para donzela cristãDeus confiou à mulher um encargo duplamente importante: santificar a família por sua vida e trabalhos, e dar aos filhos primeira educação. Cumpra ela, conscienciosamente, esse dever, e grande cópia de graças fará fluir sobre a humanidade. Para torná-la apta à sua missão, comunicou-lhe o Criador, a par de outros dons, o amor à ordem e a atenção às coisas pequenas. Exercitar retamente este amor à ordem é, portanto, um dever que Deus exigirá, principalmente dela.

A ordem agrada. Agrada, principalmente, a Deus, Deus ama a ordem, porque Ele mesmo é ordem, a mais maravilhosa e a mais amável harmonia. Unem-se nEle as três Pessoas, numa perfeita unidade de substância; nEle estão todos os atributos em perfeita consonância entre si – a justiça com a misericórdia, a onipotência com a bondade, a majestade com a assombrosa singeleza de Seu amor; todos os Seus atributos infinitos forma a unidade absolutamente perfeita do Seu Ser, numa ordem e harmonia inconcebíveis. Não há nEle a menor sombra de desordem ou dissonância.

Deus ama a ordem. Eis porque comunicou à Sua obra (a natureza) uma ordem admirável. Com quanta precisão os inumeráveis corpos celestes executam as órbitas que o Senhor lhes traçou! Que ordem surpreendente as manifesta na criação das mais pequeninas plantas e dos mais insignificantes insetos, que nós podemos examinar suficientemente apenas com o microscópio! E não estabeleceu também na Sua Igreja, uma ordem santa, uma hierarquia, por meio da qual todos os seus membros, desde o Papa até o último dos fiéis, uns a outros se ligam numa grandiosa e estupenda unidade? Suprima-se esta ordem santa, e dentro em breve perderá a Igreja sua unidade e sua força, e o Reino de Jesus Cristo se malogrará, suas partes dispersarão como o vento que espalha em todas as direções a pedra moída e reduzida a pó.

Assim como Deus ama a ordem, também tu deves ter sempre em vista um método em tua vida e nos teus trabalhos, seguindo assim a admoestação do Apóstolo dos gentios: “Faça-se tudo decentemente e com ordem”. (I Cor. 14,40).

A ordem agrada também aos homens.

Quando entramos num jardim e encontramos tudo bem ordenado, as plantas tratadas com cuidado, as árvores dispostas com perícia e inteligência, ordem e proporção, no desenho dos caminhos, dos canteiros e divisões, imediatamente e desde o primeiro aspecto sentimo-nos cheios de alegria e satisfação, e esta alegria ainda sobe de ponto à medida que dirigimos nossa atenção, para cada coisa em particular. Continuar lendo

SENHORA, SÊDE VÓS A MINHA MÃE

terezaEra no mês de novembro. Amarelas e secas caíam as folhas das árvores, como secas e murchas caem do coração as ilusões da vida, quando se aproxima o inverno da velhice.

Em Ávila, numa nobre casa, está agonizando na primavera da vida uma distinta e piedosa senhora: dona Beatriz Ahumada. Já os sacerdotes, ali reunidos, rezavam as orações dos agonizantes, quando aquela senhora abriu os olhos, olhou ao redor de si e com voz apagada, disse:

– Teresa! chamem a Teresa.

Uma menina de uns doze anos, de singular modéstia e extraordinária formosura, penetrou no quarto e aproximou-se da cabeceira da mãe agonizante. Esta, fixando a filha, e como se Nosso Senhor lhe revelasse os futuros destinos daquela menina, exclamou: – Bendita… bendita! E expirou.

Levantando-se a menina desfeita em pranto, beijou pela última vez aquelas mãos frias e retirou-se a um aposento, onde havia um quadro de Nossa Senhora pendurado na parede. Ali deixou correr livremente suas lágrimas. Depois, erguendo os olhos com inefável ternura e uma fé imensa, disse do fundo da alma estas comovedoras palavras:

– Senhora, eis que não tenho mãe; sede vós a minha mãe daqui em diante.

Aquela menina, protegida da Mãe do céu, veio a ser uma das maiores mulheres da História, S. Teresa de Jesus, que mereceu as honras dos altares.

Tanto bem lhe adveio por haver tomado a Maria Santíssima por Mãe desde os primeiros dias de sua vida.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

O TRABALHO

Resultado de imagem para mulher do lar“Ora et labora – Reza e trabalha!” Era esta a divisa usada por uma antiga Ordem. Quanto mais fielmente os membros daquela Ordem se apegavam a esta divisa, tanto melhor se tornava para a sua virtude e perfeição, para a sua alegria e felicidade, para o bom êxito e prosperidade de seu trabalho. Mas, isto que com proveito se aplica aos habitantes do claustro, tem também a sua repercussão para as pessoas do mundo, e para estas, talvez, com mais vantagens do que para as primeiras. Como já incuti em teu coração o amor à oração, quero agora recomendar-te o trabalho.

1º- Trabalha com fidelidade e diligência; pois o trabalho é um dever.

Já no paraíso o homem devia trabalhar, segundo a vontade de Deus. Está escrito no Gênesis (2,15): Deus, o Senhor, tomou o homem e o colocou no paraíso, para que ele o cultivasse. Aliás, o trabalho, era para o homem uma distração doce e suave. Depois da queda, Deus renovou a ordem, o preceito do trabalho. Dirigindo-se a Adão, que representava toda a humanidade, disse: Comerás o pão no suor da tua face, até que tornes a terra, donde foste tirado. (Gênesis 3, 19). Homem algum está isento da lei do trabalho, nem o rico, nem pobre, nem o rei, nem a mocidade (esta principalmente) que é a primavera da vida, o tempo da semeadura.

Na mocidade é que se deve preparar a terra, para que há seu tempo, se logre colher, com abundância: a mocidade é a quadra em que se deve cuidar da árvore, para que mais tarde não produza frutos amargos, insípidos e envenenados. Na mocidade é que se hão de aprender os meios de ganhar a vida e sustentar-se na idade futura. Se a mocidade transcorre-se na vadiagem, então está perdida, e esta perda é, na maioria dos casos irreparável, irremediável. De modo que, justamente para ti, na tua mocidade, a obrigação de trabalhar é muito séria e importante, e deverás cumpri-la conscienciosamente.

Trabalha com fidelidade e diligência, pois o trabalho é uma honra. Não é de fato uma honra o tornar-se semelhante ao divino Salvador, trabalhar, como Ele o fez? Como Jesus trabalhava com diligência e boa vontade! Na oficina de Nazaré, no decorrer de muitos anos, dia a dia, o suor Lhe gotejou de face, quando com a enxó na mão, desbastava a madeira. Continuar lendo

DO CATECISMO

Resultado de imagem para mãe filhos catolicosQuando a inteligência da criança está desen­volvida, o sacerdote encarrega-se de completar, pelo catecismo, a educação religiosa. As mulheres verdadeiramente cristãs dão-se por felizes, vendo ter­minar a sua obra, por um mestre mais hábil e mais experimentado que elas. As mães, que pelo con­trário, deixaram os seus filhos submersos na igno­rância das coisas mais necessárias, são as que menos empenho mostram, em lhes fazer seguir as instruções familiares do catecismo. É todavia para toda a mãe, e principalmente para uma mãe negligente, uma obrigação rigorosa mandar ao catecismo os seus filhinhos. E que pretextos plausíveis poderão alegar, para deixarem de cum­prir este imperioso dever? Precisais do vosso filho? Não importa. Sois pobre e é preciso que ele tra­balhe para ganhar o pão de cada dia? Não importa também. Em qualquer dos casos, deveis mandá-lo ensinar, e reservar-lhe alguns instantes para isso. Tendo obrigação de prover às necessidades do seu corpo, porque haveis de desprezar o cuidado da sua alma, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo? Uma mãe que tem fé sincera, encontra sempre tempo para mandar um filho ao catecismo e ao trabalho.

«O catecismo não é só a instrução; é, segundo o pensamento do ilustre bispo de Orleans, a educação religiosa do homem, durante os anos da sua infância e da sua mocidade; e ensinar o catecismo, não é só ensinar às crianças o cristianismo, é educá-las no cristianismo.» E nunca a criança teve mais imperiosa necessidade das exortações paternas, do pastor ou do sacerdote, do que depois da sua primeira comu­nhão. Para convencer as nossas leitoras, basta que leiam o seguinte trecho extraído dum breve de Sua Santidade Pio IX a Mgr. Dupanloup.

«Por mais perfeito que fosse o ensino feito à criança, dos elementos da doutrina cristã e das máximas de piedade, se mais tarde, quando os «sentidos fazem sentir o seu império, os negócios temporais a sua tirania, os erros o seu sopro funesto, não vierem novos ensinos confirmar essas crianças nos seus bons princípios, formá-las na «prática das virtudes, inspirar-lhes o amor do que aprenderam, só a custo se pode esperar algum bom «resultado dos primeiros trabalhos, de que todo o fruto será perdido… Exortamos todos aqueles a «quem está confiado o cuidado dos povos, a que não se contentem em lançar as sementes da fé e «das virtudes na alma das crianças, mas em cultivar, tanto quanto possível, esses germens nos adolescentes, e nas crianças.» Continuar lendo

DONS DO CORAÇÃO

Resultado de imagem para imaculado coraçãoA castidade das jovens é de capital importância para a conservação dos bons costumes na sociedade. Se as moças guardarem, rigorosamente no trajar e em todo o proceder, decoro e modéstia, será este o melhor impulso para a moralidade. Sendo, portanto a pureza de coração do sexo feminino de tamanha importância para a moralização da sociedade, deverás gravar bem, no espírito e no coração, e seguir fielmente as normas expostas neste capítulo.

Tem sempre, em alta estima e grande amor, a castidade; pois ela comunicará à tua alma, antes de tudo, particular beleza e graça. “É, sem dúvida a castidade – como diz São Cipriano – a mais formosa flor no jardim da Igreja, o ornamento da beleza, o encanto da graça e a característica da virgem cristã. É por ela que se produzem, na Igreja, os mais deliciosos frutos, e quanto maior for o número das donzelas puras, tanto mais crescerá a alegria desta mãe espiritual”.

São Francisco de Sales escreve: “A castidade é o lírio entre as virtudes; torna os homens semelhantes aos anjos. Nada há belo que não seja puro, e a beleza do homem é a castidade”.

Muitas vezes nas agradáveis manhãs primaveris és arrebatada pelos encantos da natureza. Para onde quer que teus olhos se dirijam, alegram-se com a vida mais luxuriante; montes e vales atapetados de relva fresca banhadas pelos raios dourados do sol. A pomposa florescência das árvores de cujos galhos, cantores alados lançam no espaço, suas canções argentinas. Milhares e milhares de flores abrem as mimosas corolas, exalando suave perfume. Sim, magnífica e admirável é a terra, com seu ornato da primavera.

No entanto muito mais, bela e mais formosa é a alma juvenil que se apresenta pura aos olhos perscrutadores de Deus, não profanada pelo sopro do pecado, espargindo os fúlgidos raios da graça santificante. É tão bela, que os anjos do céu, com grande prazer, a contemplam, e o próprio Deus que com sua bondade onipotente, criou tudo o que há de belo, no céu e na terra, como que encantado com sua magnificência, exclama: “Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Imortal é a sua memória e é louvada diante de Deus e diante dos homens” (Sab, 4.1). Continuar lendo

DUAS VERDADES QUE SE DEVEM ENSINAR ÀS CRIANÇAS – PARTE 2

Imagem relacionadaEu creio: isto é, estou firmemente convencido das ver­dades que vou professar. Estou certo de que não erro, cren­do-as, porque me foram ensinadas por Jesus Cristo, o Filho de Deus, que não pode enganar-Se, nem enganar-nos; por­que a razão nos faz compreender, e o próprio Deus nos ensi­nou, que é a perfeição infinita. Estas verdades foram depois ensinadas pelos apóstolos, os amigos de Jesus Cristo, que receberam de Deus o privilégio de não poderem nem enganar-se, nem enganar os homens, privilégio de que goza hoje, e de que gozará até à consumação dos séculos a santa Igreja Romana, isto é o Papa, e os Bispos conjuntamente com ele, porque Jesus Cristo prometeu estar com eles até ao fim do mundo, afim de os preservar de todo o erro. 

A divindade de Jesus Cristo, e da Sua Igreja, têm afinal sido demons­tradas pelos maiores milagres, atestados pela história mais certa, e tem convertido os maiores incrédulos; também todos os apóstolos e os santos mártires acreditaram e acreditam o que Deus revelou e a Igreja ensina.

Creio em Deus: isto é, estou certo que Deus existe, que há um só Deus, e que este Deus é o fim de toda a criatura.

Creio em Deus Padre, a primeira pessoa da Santíssima Trindade. O Seu poder não tem limites. Fez do nada, por Sua única vontade, o Céu, a terra, e tudo quanto existe.

Creio em Jesus Cristo, como creio em Deus Padre. Creio que é Filho verdadeiro de Deus, a segunda pessoa da adorá­vel Trindade, o mesmo Deus que o Pai. É o nosso soberano Senhor, e o Seu poder estende-se sobre todas as criaturas.

Sei e creio que o mesmo Filho de Deus Se fez homem, tomou um corpo e uma alma como nós, sem deixar de ser Deus. Não nasceu à maneira dos outros homens, porque não teve, como homem, pai verdadeiro. Por obra do Espírito Santo, o Seu corpo foi formado no seio de Maria, a mais pura das virgens, que o deu à luz, sem dor, duma forma mila­grosa. Continuar lendo

DUAS VERDADES QUE SE DEVEM ENSINAR ÀS CRIANÇAS – PARTE 1

Resultado de imagem para mãe filhos catolicosDar à criança a instrução religiosa, é no sentido lato que damos a esta palavra: 1.° instruir ou fazer instruir essa criança nas verdades, que todo o cristão deve saber e acreditar; 2.° exercitá-la na prática das virtudes cristãs; 3.° formá-la para usar dos meios de salvação com que Jesus Cristo engradeceu a Sua Igreja.

Entre as verdades da nossa augusta religião, há algumas, cujo conhecimento é tão necessário, que é absolutamente impossível a qualquer homem, que tem uso de razão, ser salvo, ignorando-as. Estas ver­dades são: em primeiro lugar a existência de um Deus, que recompensa os bons, deixando-Se ver, e possuir por sua alma, tal qual é; e que castiga os maus, governando tudo por Sua Providência; e de­pois, segundo a opinião mais provável dos doutores, os mistérios da Santíssima Trindade de um só Deus, em três Pessoas; da Encarnação ou do Filho de Deus feito homem; da Redenção, ou de Jesus Cristo morto na cruz, para resgatar todos os homens. Todos devem saber também a necessidade da graça e da oração, e a imortalidade da alma.

Estas primeiras verdades devem ser ensinadas à criança logo após as primeiras manifestações da sua inteligência; porque, ai dela, se, tendo já uso de razão, viesse a morrer, antes de ter adquirido estes conhecimentos, tão necessários à salvação! Ah! quantas crianças, por culpa de suas mães, che­gam aos sete anos, e mesmo até mais tarde, sem saberem os principais mistérios da fé, e sem conhe­cerem, por conseguinte, a grande misericórdia que Deus testemunhou aos homens, enviando-lhes o Seu divino Filho, para os resgatar, por Seus sofrimentos, morte e paixão! Pobres crianças! No momento em que estas grandes verdades se imprimiriam profun­damente no seu espírito, e no sou coração, são con­denadas a ignorá-las, enquanto que tudo o que as cerca, conspira a ensinar-lhes o mal.

Não será inútil traçar aos nossos leitores um método fácil de ensinar às crianças a doutrina cristã. Continuar lendo

A SANTIDADE DA IGREJA

Fonte: FSSPX Sudamerica – Tradução: Dominus Est

Perante o aumento da criminalidade entre os jovens, os juízes tendem a condenar os pais…É razoável? Muitas vezes, sim, mas razoável é julgar sempre em cada caso quem e até que ponto são culpados.

É da responsabilidade dos pais, mas também do jovem, da escola, da rua. Se os pais e a escola fizeram o possível e o jovem se corrompe pelo que encontra na rua, a culpa poderia ser do presidente.

Mas não se pode acusar de forma rápida, pois também há de se julgar -de cima para baixo- quem cumpriu mal sua função: se o presidente ou o governador, o prefeito, a polícia ou simplesmente o vizinho desonesto. E se a culpa é do presidente, a pátria é culpada? Talvez sim, talvez não; não seria se o governante agiu contra as leis e costumes e do consentimento geral.

Suponhamos um caso em que a culpa era do jovem, mas houve negligência do governador. Quem pode, então, pedir perdão? Evidentemente, se perdoa os culpados e não aqueles que não são; e podem aqueles pedir perdão sob duas condições: mostrar sincero arrependimento e oferecer a devida reparação, pois são metafisicamente incapazes do perdão as más vontades.

Mas também podem pedir perdão – ainda de modo e razão muito diferente – os ofendidos: os pais ou o presidente; e fazem com mais argumento, porque merece mais ser ouvido pela nação e por Deus o pedido de perdão daqueles que foram capazes de perdoar os seus devedores.

Mas aqui há outra condição: que eles sejam completamente inocentes, pois bem podem pedir perdão os meritórios pais que fizeram tudo o que podiam para dar bons filhos à pátria, mas não cabe que peçam perdão por outros: o governador negligente quando tem sua parte a expiar. Continuar lendo

POBRES FILHOS DE UMA SOCIEDADE QUE JÁ NÃO RECONHECE O MAL.

Resultado de imagem para dom luigi negri

Queridos filhos,

Quero chamá-los assim, mesmo que não os conheça. Mas, nas longas horas de insônia que seguiram ao anúncio deste terrível ataque, em que muitos de vocês já morreram e muitos ficaram feridos, eu os senti ligados a mim de uma forma especial.

Vocês vieram ao mundo, muitas vezes sem ser desejados, e ninguém lhes deu as “razões adequadas para viver”, como dizia o grande Bernanos a seus contemporâneos adultos. Vocês foram entregues ao mundo sob dois grandes princípios: que podiam fazer o que quisessem, pois cada desejo de vocês é um direito; e a importância de se ter o maior número possível de bens de consumo.

Vocês cresceram assim, acreditando que tivessem tudo. E quando vocês tinham algum problema existencial – antigamente se dizia assim – e o comunicavam aos seus pais, aos seus “adultos”, logo tratavam de agendar um psicanalista para resolver o problema. Eles só se esqueciam de dizer a vocês que existia o Mal. E o Mal é uma pessoa, não um conjunto de forças e energias. É uma pessoa. Esta pessoa estava escondida ali, durante o concerto. E a terrível asa da morte, que a acompanha, se apoderou de vocês.

Meus filhos, vocês morreram assim, quase sem razões, do mesmo jeito como viveram. Não se preocupem, afinal ninguém os ajudou a viver; mas farão certamente um belo funeral, no qual se expressará ao máximo esta oca retórica laicista, com todas as autoridades  presentes – incluindo, infelizmente, até os religiosos –, todos de pé, em silêncio. Naturalmente, será um funeral em espaço aberto, mesmo para os que tem fé, já que hoje em dia o único templo é a natureza.

Robespierre riria de tudo isso, pois nem mesmo ele teve essa fantasia. Aliás, nas igrejas não se fazem mais funerais, pois, como diz agudamente o cardeal Roberto Sarah, agora nas igrejas católicas só se celebram os funerais de Deus. Os “adultos” não se esquecerão de colocar nas calçadas os seus bichinhos de pelúcia, as memórias de sua infância, de sua primeira juventude. E depois tudo será arquivado na retórica daqueles que não têm nada a dizer sobre tragédias, pois nada tem nada a dizer sobre a vida.

Espero que, nesse momento, pelo menos alguns destes gurus – culturais, políticos e religiosos – contenham as palavras e não nos atropelem com os discursos habituais,  dizendo que “não se trata de uma guerra de religião”, que “a religião é, por natureza, aberta ao diálogo e à compreensão”. Espero que haja um instante silencioso de respeito. Antes de tudo, pelas suas vidas, ceifadas pelo ódio do demônio, mas também pela verdade. Pois os “adultos” deviam, antes de tudo, ter respeito pela verdade. Podem não servi-la, mas devem ter respeito por ela.

Seja como for, eu que sou um velho bispo que ainda crê em Deus, em Cristo e na Igreja, vou celebrar a missa por todos vocês no dia do seu enterro, para que do outro lado – quaisquer que tenham sido suas práticas religiosas – vocês  encontrem o rosto querido de Nossa Senhora, e que, apertando vocês em seu abraço, os console desta vida desperdiçada, não por culpa de vocês, mas por culpa dos seus “adultos”.

(Dom Luigi Negri é arcebispo de Ferrara, Itália. Texto publicado no dia 23 de maio de 2017, no jornal italiano Nova Bússola Cotidiana, a propósito do ato terrorista ocorrido na véspera, na Inglaterra)

Fonte: Opus Mater Dei

DO ESGOTO DO MUNDO À SALVAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS

abcDom Lourenço Fleichman OSB

O que me leva a escrever hoje é a constatação, cada dia mais evidente, da dificuldade que as famílias católicas têm para viver neste mundo enlouquecido e transviado. O espetáculo que estamos assistindo, e que não se limita ao carnaval, mas ao ano todo, e a todos os anos, é de meter medo. Nossas famílias, nossas melhores famílias, não conseguem se isentar deste mundo. Todos pactuam  com práticas diversas de destruição do que resta de decência e de família. Digo “família” porque já não há mais nada de sociedade a ser preservado, já não temos mais o que defender! Tudo está destruído. Mas talvez ainda possamos lutar dentro de nossas famílias, ou dentro de nossos corações.

Ora, é justamente esta constatação da destruição de todas as realidades sadias da  antiga sociedade que explica a dificuldade das pessoas em não se contaminar.  Explico.

Dentro de uma sociedade em vias de corrupção, as pessoas teriam de sair de casa tomando certos cuidados para não serem contaminadas: cuidados com os outdoors, com as bancas de jornal, com o convívio no trabalho, e até mesmo com  os assaltos na rua. Dentro de suas casas, haveria necessidade de lutar constantemente contra os programas de televisão, tomar cuidado com o tipo de gibi ou de video-game que compra para os filhos. Dentro de uma sociedade assim, indiferente a Deus e apóstata da Santa Religião Católica, os pais de família teriam de trazer para seus filhos um bom catecismo, uma Capela onde se celebre a Santa Missa Tridentina, onde o catecismo fosse ensinado segundo a doutrina de sempre da Igreja.

Mas não é numa sociedade em vias de decadência, que nós vivemos. E é nesse ponto que se encontra o erro de tantos pais. Ao achar que a questão é de grau de corrupção, eles procuram defender  suas famílias sem no entanto tirá-las do ambiente em que estão sendo corrompidas.

Vejam bem o que quero dizer: nossa sociedade já não tem mais nada que mereça a nossa atenção. Os valores em voga nessa sociedade formam um esgoto nojento e fedorento que emporcalha tudo e todos. Não há como escapar! Você sai na rua, você vai ao médico, você compra um jornal, você é engenheiro, ou advogado, ou motorista de ônibus, o que seja, o que se faça, na rua ou dentro de casa, o esgoto se espalha, contamina, agarra-se em nossas peles, transmite o seu cheiro insuportável. E é tal a realidade disso que estou dizendo, que, estando todos contaminados, estando todos sujos e fedorentos nas entranhas de nossos costumes e de nossos interesses, os homens não sentem mais o fedor de si mesmos! Todos agem,  pensam, falam, com os critérios da lama e da cloaca. Continuar lendo

O TESOURO ESCONDIDO

Resultado de imagem para violetaA violeta, flor tão apreciada e procurada, não apresenta, nas cores de suas pétalas, beleza singular que nos impressione a vista. Possui apenas uma vestimenta simples e completamente lisa. Não procura, por meio de beleza cintilante atrair sobre si os olhos dos homens, mas parece comprazer-se na sua forma pequena e pouco vistosa. Não cresce, por via de regra, nas praças públicas, onde poderia ser divisada por todos, mas de preferência em lugares escondidos, nas orlas silenciosas das matas e ao longo de cercas espinhosas; e ainda nesses lugares procura com suas folhas formar uma espécie de esconderijo, para se furtar as vistas dos transeuntes, e ocultar as suas próprias flores.

Tudo, no entanto, é em vão, pois o aroma suave a denuncia. Se alguém a descobre, não a admira, mas aprecia-a e deleita-se com sua balsâmica fragrância. Esta florzinha, pouco vistosa, mas geralmente querida, é símbolo daquela amável virtude, que tão insistentemente o Espírito Santo recomenda aos cristãos, com estas palavras: “Seja vossa modéstia conhecida de todos os homens”.(Fil., 4,5)

A humildade e a modéstia honram e ornam todos os homens, mesmo o sábio que, por sua sabedoria e seu gênio pasma o mundo; até o príncipe, que governa um grande reino. Sejam tais homens humildes e afáveis, tanto quanto lho permite a posição, e conquistarão de assalto, os corações dos seus compratiotas, granjeando por toda a parte honras e afeições entusiásticas. Mas, se a humildade convém a todo cristão, a todo homem, ela, no entanto, se ajunta principalmente aos jovens e de modo particular à donzela cristã, que deve exercitar-se na virtude, e tantas vezes há de reconhecer e dizer que é uma criatura fraca e inclinada para o mal.

Só onde se encontra a humildade, existe a verdadeira virtude; sem aquela, esta nada mais é que uma aparência vã. O rochedo que levanta orgulhoso o cabeço a uma enorme altura, lá permanece solitário e despido; em vez de reflexos dourados, não apresenta senão gelo e neve. Os campos ondulantes e auspiciosos situam-se, pelo contrário, nas planícies e partes baixas da terra. Continuar lendo

MAU HUMOR – ISSO NÃO É CATÓLICO!

Resultado de imagem para mal humorNo meio de tudo guarde a cristã seu bom humor e calma! – Faltando esse bom humor, os menores desacordos avolumam-se em conflitos e choques. Morre então a união, esfria o mútuo amor. Mau humor só presta para contagiar os outros: marido, filhos e até os animais domésticos. Gato atropelado pela manhã, devido ao mau humor da patroa, anda arredio o resto do dia. Esse “nervo” é mais contagioso do que caxumba e gripe. É belicioso, compra as briguinhas e brigonas, altera o sossego dos pacíficos, espanta o riso e provoca a solidão. Cada um procura um canto seguro dos raios, com receio das descargas elétricas do mau humor. 

O marido vai para a rua, batendo a porta quando é malcriado, ou inventando um pretexto quando é delicado. E lá na rua vai invejar os outros, que têm “esposas mansas e delicadas”. Que perigo há nessa inveja! A criançada cala-se e espia de soslaio a cara feia da mãezinha. Parece uma ninhada … orfã.

E Deus? e a sua benção e os seus anjos da paz?

Explode a força do bom humor! – eis o princípio. É ele uma chave misteriosa que abre todos os corações. Nem o pequeno amuado, nem o marido casmurro, nem a filha grevista, nem a criada vingativa resiste ao invencível bom humor da mãe e esposa e dona de casa. 

Torna-se qual ave cantora ou raio de sol espantando a solidão e as sombras. Logo a criançada interessa-se pela ave cantora, compra esse bom humor e espalha-o pela casa no sorriso barulhento das almas inocentes. Até a graça de Deus conta com esse ambiente. Bom humor, ou paciência sorridente, leitora, custe o que custar! É ele o pão de cada dia que a todo preço precisa ser quebrado para os famintos da alegria de teu lar. É moeda a ser trocada em troco miudo o dia inteiro.

As três chamas do lar – Pe. Geraldo Pires de Souza

INSTRUÇÃO RELIGIOSA DOS FILHOS – SUA NECESSIDADE

Resultado de imagem para mãe ensinando filhaNada mais acrescentamos acerca da instrução intelectual, porque não é essa a que hoje mais escasseia. Os pais que a não receberam na sua mo­cidade, lamentam vivamente essa falta; os que a receberam, por sua própria experiência lhe reconhe­cem as vantagens, e todos à porfia a querem procu­rar para seus filhos.

Mas há uma outra espécie de instrução, sobre que devemos mais insistir, porque é mais necessária, e mais desprezada que a instrução intelectual: que­remos falar da instrução religiosa.

É a mãe obrigada em consciência a dar ou a mandar dar a seu filho uma instrução cristã? Não hesitamos em responder: É; é a isso obrigada, é esse um dos mais graves e dos mais sagrados dos seus deveres. Em quantas passagens dos nossos san­tos Livros, reitera Deus aos pais a ordem de instruir os seus filhos nas verdades e nas práticas da reli­gião? «Instruí vosso filho para que ele vos não leve ao desespero» está escrito no livro dos Provérbios. E noutra parte: «Instruí vosso filho, e educai-o com cuidado, afim de que vos não cubra de confusão». E ainda num outro sítio: «Instruí vossos filhos, e desde a sua mais tenra idade, vergai-o sob o jugo da lei de Deus». Os santos doutores, intérpretes da palavra divina, dizem aos pais, com S. João Crisóstomo: «Não te esforces em fazer do teu filho um sábio, mas fá-lo instruir, de forma a fazer dele um cristão. Vós sois, ó pais, os apóstolos de vossas famílias, perten­ce-vos governá-los e instruí-los». Os vossos lábios são os livros onde os vossos filhos devem encontrar o conhecimento dos seus deveres de cristãos.

«Sem a fé, disse o grande Apóstolo, é impossí­vel agradar a Deus» e, por conseguinte, sem ela, é impossível à criança viver da vida da graça. Mas como terá fé essa criança, se não foi instruída nas verdades reveladas? Além disso, a fé sem as obras, é morta, e incapaz, por conseguinte, de abrir o Céu a ninguém. É pois necessário que a criança, ao mesmo tempo que aprende as verdades da fé, seja formada na prática dos deveres, que ela impõe. Continuar lendo

NÃO OS AFASTEIS DOS SACRAMENTOS

Resultado de imagem para jovem desanimadoHavia em Tolosa (França) uma família pouco religiosa. Como o colégio dos Jesuítas era sem dúvida o melhor da cidade, os pais resolveram internar nele seu primeiro filho.

O menino, mais dado à piedade que seus pais, começou a frequentar os sacramentos e disso tirava grande proveito espiritual.

Tendo notícia desse fato, correu a mãe do menino no Diretor do colégio e disse-lhe:

– Padre, o Sr. está fazendo de meu filho um beato, um carola. Saiba que não quero que ele seja um frade ou um vigário.

Não contente com isso, e para vigiá-lo melhor, mudou-se para a cidade e pôs o filho no colégio como externo. Assim poderia impedir as comunhões frequentes.

Pobre mãe! Tinha medo que o menino se desse todo a Deus e que fosse um cristão fervoroso.

Que é, porém que aconteceu? Eis: pouco a pouco as comunhões do jovem foram sendo mais raras… até que, afinal, nem uma por ano, nem pela Páscoa… O mais se adivinha facilmente. A corrupção invadira o coração do rapaz e tomara o lugar da virtude e da piedade.

Quando o percebeu a infeliz mãe, correu alvoroçada a suplicar ao Diretor que fizesse seu filho voltar à comunhão e à moral cristã. Mas o Padre deu-lhe uma resposta:

– Minha senhora, é demasiado tarde; seu filho está perdido. Cumpri com o meu dever; era preciso que a senhora cumprisse com o seu.

E o Padre tinha razão. Não levou muito tempo o desgraçado jovem morreu consumido de vícios horrendos e vergonhosos.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

A FIDELIDADE AOS PAIS

Resultado de imagem para mães e filhas modestiaConforme a vontade de Deus deve antes de tudo dedicar aos teus pais amor e fidelidade. São Jerônimo refere-se um belo exemplo desta fidelidade na vida da Santa Eustáquia, filha de Santa Paula, notável dama romana. Segundo conta, ela portou-se em tudo, como boa filha, ternamente amorosa para com a sua mãe. Amava a mãe de todo o coração e se empenhava por imitá-la em todo o bem.

Assinalavam-se, constantemente, por uma voluntária e pontual obediência, e cumpria-lhe prazerosa os menores desejos. Sempre ficava satisfeita, quando podia proporcionar-lhe alguma alegria. Seu maior gosto era permanecer em sua presença e assisti-la, com incansável dedicação e ilimitada diligência, tanto nos dias de saúde, como nos de doença, até o derradeiro momento de sua existência. Tais foram às disposições e o procedimento de uma filha verdadeiramente boa, que tu, donzela cristã, deverás ternamente imitar.

Sim, cumpre com absoluta fidelidade, os teus deveres para com teus pais que, segundo a determinação de Deus são os teus maiores benfeitores. Lembra-te, por um instante que tudo deve agradecer a teus pais. Vê quanto por ti se afadigou teu pai, no decorrer de muitos anos. Todos os dias, pela manhã, erguia-se do leito e, depois de curta oração, encaminhava-se para os duros trabalhos de sua profissão. Quantas pesadas gotas de suor derramou para satisfazer às suas obrigações! Quantas vezes sentia que as forças ameaçavam abandoná-lo, e as mãos denunciavam cansaço! Sem embargo, o pensamento em ti, o amor por ti, estimulava-o sempre a continuar o trabalho, não obstante toda a fadiga.

Enumera, se puderes, os penosos passos que deu por ti, as muitas alegrias e prazeres de que se privou para que nada te faltasse, os gastos incalculáveis que fez para que tivesses o necessário e te instruísses convenientemente. Contempla os duros calos de suas mãos, os sulcos de sua fronte, a gravidade que lhe transparece na face e em todo o ser – tudo isso te fará lembrar uma infinidade de incômodos e cuidados que teu pai suportou por tua causa. Interpela, depois tua mãe, sobre o que tem feito. Responder-te-á: Minha filha, não te posso narrar, é impossível. Horas e dias consecutivos trouxe-te em meus braços, acalentei-te ao meu coração e velei-te no berço; cumulei-te de carícias, antes que tu as pudesses compreender. Tu me fatigaste, muitas vezes; longas horas me roubaste ao repouso noturno pelo qual suspirava e do sono de que eu tanto necessitava. Sustentei a tua fraca vida, alimentei-te e tanta coisa suportei, até que pudesses falar, andar e de algum modo agir por ti mesma. E, que de cuidados eu não sentia por tua vida, quando ela de qualquer modo corria perigo! Como eu oscilava entre a angústia e a esperança, esquecendo o comer e o beber, quando alguma doença te retinha no pequeno leito.
Continuar lendo

O RESPEITO HUMANO

Resultado de imagem para filhas de mariaDistinta e rica dama desejava adotar uma filha de Maria, cujo procedimento lhe agradava sobremaneira. Mas estabeleceu como condição que se retirasse da associação mariana e depusesse a medalha da Mãe de Deus. Firme e resoluta, embora gentil e cortês, respondeu a donzela que a esta exigência não satisfaria por nenhum preço: preferia ser filha de Maria, a se tornar rica e notável.

A dama encontrou nesta franqueza e firmeza tanta satisfação, que tomou consigo a jovem e – o que é mais notável – adotou-a para sua própria santificação. O bom exemplo da moça reconduziu-a a piedade e à virtude. Se esta filha de Maria, no seu covarde respeito humano, tivesse satisfeito à exigência da rica dama, mui provavelmente, não voltaria esta para Deus, mas cairia na indiferença religiosa.

Eu desejaria animar-te, jovem cristã, a imitares a firmeza desta filha de Maria, e a jamais te tornares infiel a Deus e aos teus deveres, por causa do respeito humano.

1º – Contentar a Deus, há de ser sempre tua principal preocupação.

“Teme a Deus e observa os seus mandamentos, porque nisto está o homem todo” (Ecl. 12,13). Lembra-te de que Deus é Teu soberano Senhor, a quem tudo deves agradecer e de quem dependes em qualquer circunstância; reflete que dentre poucos anos deverás comparecer perante Ele, que será Teu reto Juiz, a fim de lhe prestar contas de toda a tua vida, e que da Sua sentença dependerá a tua eternidade.

Pondera, ainda mais, que os homens são criaturas frágeis, as quais hoje possuem a vida e amanhã desaparecerão no túmulo, e que da grandeza e fausto do homem mais rico, mais honrado e mais célebre, nada mais restará, senão um punhado de terra e pó. O Padre Clemente Hoffbauer, a um senhor importante, que se ufanava da sua distinta posição, quis um dia fazer-lhe ver o que é o homem. Curvando-se para o chão, tomou um pouco de pó na mão e mostrou-lho com as seguintes palavras: “Vede, isto é o homem, uma mão cheia de pó!” Continuar lendo

NOVIDADE: PALESTRAS DOS PADRES DA FSSPX EM DVD

Resultado de imagem para fsspx

Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Como sabem, infelizmente, o apostolado da FSSPX no Brasil ainda é pequeno. São apenas 9 sacerdotes para atender 19 missões.

Porém, há planos de expansão das Missões e Priorados.

Em 2016 foi ordenado mais um brasileiro e em 2017/2018 serão mais 5 sacerdotes de nosso país.

Agora em março será inaugurada a Casa Autônoma da FSSPX no Brasil, mostrando a estruturação e organização para seu devido crescimento.

Quem é atendido pela FSSPX conhece o trabalho incansável dos padres, veem como  prezam pela santificação dos fiéis (acima de tudo), e como são frutuosos seus incessantes trabalhos. Só não fazem mais porque, humanamente, não há condições para tal.

Sabendo disso, os padres do Priorado de Santa Maria/RS gravaram várias aulas/palestras sobre assuntos diversos (que são dadas aos fiéis do local) e que agora disponibilizaremos àqueles que querem se aprofundar no aprendizado da verdadeira Doutrina Católica.

Abaixo colocamos uma lista das palestras disponíveis, nesse começo. Os valores já estão com o frete incluso (envio PAC).

ATENÇÃO: Como temos pouquíssimas unidades, infelizmente venderemos aos que mais rápido fizerem seus pedidos pelo email: gespiox@yahoo.com.br

 *****************************************

AS COROAS DE NOSSA SENHORA (R$25,00) – (ESGOTADO)

  • A Predestinação de Nossa Senhora e a Maternidade Divina
  • A Virgindade Perpétua de Nossa Senhora
  • A Imaculada Conceição
  • Assunção de Nossa Senhora e a Coroação de seus Privilégio

A FAMILIA CATÓLICA (R$25,00) – (ESGOTADO)

Na primeira desta série de palestras é exposto o modelo de família católica tal como sempre se entendeu e depois esse modelo é contrastado com o degenerado modelo liberal dos dias de hoje. Em seguida é feita uma exposição sobre a encíclica de Pio XI que trata da santidade do casamento, controle de natalidade e aborto. Por fim é feita uma exposição acerca dos princípios e práticas aplicáveis à educação dos filhos.

  • Família Católica e a Liberal
  • Comentários à Casti Connubii
  • Educação Católica dos Filhos
  • Manual de Sobrevivência para Pais Católicos

SANTO TOMÁS DE AQUINO (R$35,00) (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Boecio & Cassiodoro
  • São Bernardo e Abelardo
  • Fé e Razão
  • Hugo de São Vitor
  • Sto. Alberto Magno
  • Origens de Santo Tomás
  • Começo da vida intelectual e religiosa
  • Da ordenação sacerdotal até Colônia
  • Fim de sua vida. Seu papel na Igrela

A SANTA MISSA (R$25,00) – (ESGOTADO)

Passando pelo Concílio de Trento e pelas explicações de cada parte da Missa de sempre, fica explicado neste ciclo de palestras aquilo que o fiel precisa saber do essencial no assunto. Logo após são apresentados os problemas encontrados na missa nova promulgada por Paulo VI e os demais perigos a que o fiel católico está exposto nos dias de hoje.

  • Trento e a Missa
  • As Partes da Missa
  • Os Problemas da Missa Nova
  • Os Santos e a Missa
  • Conclusão

O LEÃO DE SÃO MARCOS (R$30,00) – (ESGOTADO)

  • A história do Liberalismo e a ação de São Pio X
  • Introdução Geral
  • História do Liberalismo
  • Liberalismo Católico
  • Noção de Liberdade
  • Liberdade e Autoridade
  • Giuseppe Sarto
  • Ação de São Pio X

MESTRE DE ABISMOS – GUSTAVO CORÇÃO (R$30,00) – (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Descoberta do Outro
  • Os Conversos
  • O Polemista
  • Lições de Abismo
  • A Outra
  • Abismos e Conclusão

A CONVERSÃO DE UM INTELECTUAL – SANTO AGOSTINHO (R$35,00)- (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Império Romano
  • A Conversão do Império
  • A Formação de Santo Agostinho
  • A Formação de Santo Agostinho
  • De Caída em Caída
  • Nas Vias  do Retorno
  • Conversão
  • Sacerdote e Bispo
  • Luta contra os Maniqueus e Donatistas
  • Consideração Doutrinal: a Verdade e o Sujeito. Crise Pelagiana
  • Subjetivismo. O Mal, a Liberdade e a Graça
  • Ação Infatigável – Visão de Conjunto de sua Obra Literária
  • Resenha de “A Cidade de Deus”
  • Amante da Beleza – Resenha de “Confissões e Retratações”

OS CINCO SEPTENÁRIOS DE HUGO DE SÃO VÍTOR (R$25,00) – (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Os Vícios
  • Organismo Espiritual
  • Falsa Dialéticas dos Saberes

CHESTERTON – APÓSTOLO DO BOM SENSO (R$25,00) – (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Movimento de Oxford
  • Anti-Pessimismo
  • Resenha das Obras
  • E o Verbo de fez Carne: Conversão ao Catolicismo
  • Roma e Romance: Uma Tentativa de Conclusão

A RETÓRICA (R$25,00) – (ESGOTADO)

  • A Retórica Verbal
  • A Retórica Musical no Barroco Alemão

AMA A TUA MÃE

Resultado de imagem para nossa senhora menino jesusO conhecido jesuíta Alexandre Baumgartner viajava certa vez com dois companheiros pela Islândia. De uma feita tiveram de pernoitar numa quinta, pertencente a uma família protestante, onde foram servidos de maneira modesta e simples, mas sincera e leal. No momento de separação, o Pe. Geyer, um dos companheiros de Baumgartner, convidou a senhora da casa a escolher como lembrança uma das três imagenzinhas que lhe foram apresentadas: a de Cristo, a da Mãe de Deus, e a do Anjo da guarda. A senhora fixou bem as três imagens e escolheu a da Mãe de Deus. Perguntou-lhe então o Pe. Geyer se ela venerava também a Maria. Sem delongas respondeu a protestante: “Certamente, pois Ela é a Mãe de Nosso Senhor!”

Se essa mulher que não tinha a felicidade de pertencer à nossa Igreja Católica, possuía tais sentimentos para com a Bem-aventurada Virgem Maria, não se esforçará uma boa católica, muito mais ainda, em honrá-lA fielmente e com todo o zelo? Faze-o também e alcançarás muitas bênçãos.

1º- Venera, fielmente, a Bem-aventurada Virgem Maria, por Sua relação íntima com o Salvador.

Nenhum homem, por mais perfeito, nenhum anjo, ainda o mais puro e mais elevado, esteve em relação tão intima e tão estreita com Deus como a Virgem Maria. O Filho Eterno e consubstancial de Deus, quando assumiu no tempo a natureza humana para nossa salvação, A escolheu para Sua verdadeira Mãe carnal. Ela trouxe, portanto, em Seu seio virginal Aquele que o Céu dos céus não pode conter; deu à luz, no tempo, Aquele que desde toda a eternidade foi gerado pelo Pai Celeste; recebeu diariamente em Nazaré provas de reverência e obediência Daquele cujo aceno obedecem os anjos do céu.

Ela se acha numa relação toda singular e extraordinária para com o Divino Salvador; criatura alguma pode nisto equipar-se a Ela. Se amamos a Jesus Cristo sobre todas as coisas, se Ele é nosso tudo, como realmente deve ser, porventura não será também Maria digna de veneração toda particular? Objetos que se relacionam com o Divino Salvador apenas de modo extrínseco e transitório têmo-lo nós os cristãos por santificados; pensamos, com amor e veneração na Sua Gruta; na Sua Cruz e no Seu Sepulcro. Maria, que conviveu com Ele, na mais íntima relação que podemos imaginar, não será mil vezes mais digna da nossa veneração?
Continuar lendo

O VALOR DA COMUNHÃO

Resultado de imagem para menino comungandoa) Lê-se na biografia do Cardeal Newman um episódio edificante. Ele, antes de se tornar católico, era protestante e alto dignatário da Igreja anglicana com um vultuoso estipêndio anual, pago pelo governo inglês.

Mesmo nessa condição quis estudar as razões e fundamentos da Igreja Católica; e, conhecida a verdade, abraçou-a prontamente. Como se sabe, tornou-se um católico fervorosíssimo; preparou-se, fez-se sacerdote e foi um apóstolo da Eucaristia.

Antes da conversão procurou-o um amigo e disse-lhe:

– Pense sériamente no passo que vai dar; saiba que, fazendo-se católico, o governo não lhe dará mais nada e lhe retirará a prebenda.

Newman pôs-se em pé e exclamou com ar de desprezo:

– Que é um punhado de ouro, em confronto com uma comunhão?

E logo depois fez-se católico.

Aquelas palavras merecem ser meditadas.

*******************************

Resultado de imagem para menino comungandob) Luísa compreende o valor da comunhão. Tem apenas nove anos e não pode ir comungar senão aos domingos na missa, às dez horas. Sua mãe, temendo que ela adoeça por ter de ficar tanto tempo em jejum, proíbe-lhe a comunhão. Luísa, usando de esperteza, finge quebrar o jejum, mas durante a semana inteira, não come nem bebe antes do almoço.

– Mamãe, a Sra. me dá licença de comungar amanhã?

– Não, filhinha; a comunhão é muito tarde… você ficaria doente.

– Mas, mamãe, eu passei toda a semana em jejum até o almoço e não me sinto mal…

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves