Dar à criança a instrução religiosa, é no sentido lato que damos a esta palavra: 1.° instruir ou fazer instruir essa criança nas verdades, que todo o cristão deve saber e acreditar; 2.° exercitá-la na prática das virtudes cristãs; 3.° formá-la para usar dos meios de salvação com que Jesus Cristo engradeceu a Sua Igreja.
Entre as verdades da nossa augusta religião, há algumas, cujo conhecimento é tão necessário, que é absolutamente impossível a qualquer homem, que tem uso de razão, ser salvo, ignorando-as. Estas verdades são: em primeiro lugar a existência de um Deus, que recompensa os bons, deixando-Se ver, e possuir por sua alma, tal qual é; e que castiga os maus, governando tudo por Sua Providência; e depois, segundo a opinião mais provável dos doutores, os mistérios da Santíssima Trindade de um só Deus, em três Pessoas; da Encarnação ou do Filho de Deus feito homem; da Redenção, ou de Jesus Cristo morto na cruz, para resgatar todos os homens. Todos devem saber também a necessidade da graça e da oração, e a imortalidade da alma.
Estas primeiras verdades devem ser ensinadas à criança logo após as primeiras manifestações da sua inteligência; porque, ai dela, se, tendo já uso de razão, viesse a morrer, antes de ter adquirido estes conhecimentos, tão necessários à salvação! Ah! quantas crianças, por culpa de suas mães, chegam aos sete anos, e mesmo até mais tarde, sem saberem os principais mistérios da fé, e sem conhecerem, por conseguinte, a grande misericórdia que Deus testemunhou aos homens, enviando-lhes o Seu divino Filho, para os resgatar, por Seus sofrimentos, morte e paixão! Pobres crianças! No momento em que estas grandes verdades se imprimiriam profundamente no seu espírito, e no sou coração, são condenadas a ignorá-las, enquanto que tudo o que as cerca, conspira a ensinar-lhes o mal.
Não será inútil traçar aos nossos leitores um método fácil de ensinar às crianças a doutrina cristã. Continuar lendo
Fonte: 
Dom Lourenço Fleichman OSB
A violeta, flor tão apreciada e procurada, não apresenta, nas cores de suas pétalas, beleza singular que nos impressione a vista. Possui apenas uma vestimenta simples e completamente lisa. Não procura, por meio de beleza cintilante atrair sobre si os olhos dos homens, mas parece comprazer-se na sua forma pequena e pouco vistosa. Não cresce, por via de regra, nas praças públicas, onde poderia ser divisada por todos, mas de preferência em lugares escondidos, nas orlas silenciosas das matas e ao longo de cercas espinhosas; e ainda nesses lugares procura com suas folhas formar uma espécie de esconderijo, para se furtar as vistas dos transeuntes, e ocultar as suas próprias flores.
Nada mais acrescentamos acerca da instrução intelectual, porque não é essa a que hoje mais escasseia. Os pais que a não receberam na sua mocidade, lamentam vivamente essa falta; os que a receberam, por sua própria experiência lhe reconhecem as vantagens, e todos à porfia a querem procurar para seus filhos.
Durante terrível tormenta, queria Cesar atravessar o mar. Os vagalhões porém se entumeciam com tal furor que os remadores temiam. Então bradou-lhes Cesar: “Que temeis? Não vedes que Cesar está convosco?”
Havia em Tolosa (França) uma família pouco religiosa. Como o colégio dos Jesuítas era sem dúvida o melhor da cidade, os pais resolveram internar nele seu primeiro filho.

a) Lê-se na biografia do Cardeal Newman um episódio edificante. Ele, antes de se tornar católico, era protestante e alto dignatário da Igreja anglicana com um vultuoso estipêndio anual, pago pelo governo inglês.
Uma desordem total invadiu o nosso século. Em proporções gigantescas e com indomável força ela, dia a dia, conquista os núcleos básicos da comunidade humana.

Agradável pelo asseio e pela arte; quente e acolhedor pelo teu devotamento; confortável pela ordem e trabalho – farás de teu lar uma – atração e uma saudade.
O trabalho e a aplicação das crianças devem ser interrompidos por meio de recreios, e animados por meio de recompensas.
Com muita razão diz o Pe. Martinho de Cochem: “Assim como sol sobreleva em esplendor a todos os planetas e é mais útil à terra do que todos os astros reunidos, assim também a piedosa assistência à Santa Missa sobrepuja, em merecimentos e utilidade a todas as nossas obras”.
Não é qualquer eminência que serve para destacar uma mulher sobre as outras. O Criador já lhe deu um pedestal, o quase único que a realça e celebriza. Queres conhecê-lo?
Passemos agora das considerações gerais, que acabamos de fazer, aos diversos ramos de educação, que são: a instrução, a vigilância, a correção, o bom exemplo, e a oração.
Lembra-te ainda muito bem do belo dia da tua primeira Comunhão. Que profunda comoção se apoderou de teus queridos pais naquela ocasião! Que é que os sensibilizava tão intimamente o coração? Era o pensamento de que naquele dia uma grande felicidade te ia ser concedida, porque o Divino Salvador, pela primeira vez, entrava em teu coração infantil e te enriquecia com graças preciosas. Teus pais tinham toda a razão! O dia da Comunhão é, sem dúvida, um dia de bênçãos, e isto se diz não somente da primeira Comunhão, senão também de cada uma das que se seguem, contanto que seja recebida digna e piedosamente.
1º – É uma indignidade a servidão de um cônjuge para com outro. Pois são iguais os direitos de ambos. A esposa há de viver emancipada. Três são os modos dessa emancipação: social, econômica e fisiológica.


«Os cuidados, as solicitudes paternas e maternas não devem cessar, nem mesmo afrouxar, quando está prestes a findar a educação; porque a missão do pai e da mãe está longe de findar neste momento; é mesmo então que começa para ambos o mais sério dos deveres, o que é ao mesmo tempo o mais difícil, e o mais necessário para cumprir. E todavia sob a influência das preocupações mundanas, e também não sei porque temor pusilânime, porque triste sentimento da sua fraqueza, a maior parte dos pais imaginam ter terminado o seu dever; depois costumam dizer de si para si que a educação acaba com o colégio, que um jovem de dezoito anos ou já está educado, ou nunca o estará, que não se pode já obrigá-lo, nem constrangê-lo, que seria fazer mais mal, do que bem, etc., etc. Quem não tem ouvido dizer tudo isto? E é sobre todos estes belos pretextos, que eles abdicam definitivamente toda a sua autoridade paterna!» [1]
Outro perigo do mundo consiste em levar aquelas que lhe querem agradar a se ataviarem com um luxo de vestuário extravagante, e a caírem na coqueteria, ou garridice, que é um desejo extremado de agradar pelo abuso dos enfeites. As jovens das classes mais modestas não estão isentas desta miséria!
Um jovem de caráter assim, convencida e francamente católico, é meu ideal. Pena é que os haja tão poucos! Tal mocidade é de maior valor para a pátria do que minas, fábricas, ferrovias, comércio; vale mais do que todos os bens materiais. Tenho a firme esperança de que, da mocidade de hoje, saiam muitos homens assim, religiosos por convicção.