OS DOIS ROCHEDOS

Resultado de imagem para amigasExistem dois rochedos, que podem ser danosos para a juventude hodierna, e contra os quais infelizmente se despedaçam não poucas moças. São eles as amizades levianas e os maus livros.

Não tenhas amizade com pessoas de sentimentos levianos. É coisa muito importante saber escolher as amizades. Com os bons serás boa, com os maus tornar-te-ás má. Se a gota da chuva cair sobre a flor, converter-se-á em gota de orvalho e brilhará à luz do sol, qual pérola preciosa; mas se cair sobre a poeira da rua, tornar-se-á lama, lodo. A mocidade, facilmente, cria simpatia e amizades, o caráter vivo, entusiasta e aberto dos jovens inclina-os a procurar comunicação e correspondência.

A consciência de sua inexperiência, estimulada pelo isolamento e solidão, desperta no jovem o desejo de se unir a outrem e encontrar um coração que pulse em uníssono com o seu, numa sintonia de afetos e ideais. Esta inclinação afetiva pode ser uma cilada à pureza da jovem, principalmente por causa de sua suscetibilidade às impressões várias, devido ao caráter terno e maleável, e pelo espírito elástico e irrequieto, que se deixa facilmente empolgar. Como poderão as palavras carinhosas de um amigo não produzir-lhe uma impressão que dificilmente se apagará?! Como certos princípios não atuarão sobre ela de maneira perniciosa? Como os seus atos não a estimularão a imitá-la? Não é este um fato constatado quando existe certa semelhança de caráter, igualdade de gênio; ou quando as pessoas amigas se distinguem por talentos magníficos, por sua amabilidade natural e proceder atraente, por agradáveis dotes de conversação, por certa ousadia à qual dificilmente se resiste?

Quão pernicioso não será para ti a convivência com tais pessoas, se forem acostumadas com conversas levianas contra a religião e os bons costumes! Como não te hás de tornar, em pouco tempo, vacilante na tua santa fé e na virtude! Embora tais conversações, no começo, te repugnem sobremodo, ainda que tenhas recebido aprimorada formação e gozes de natural tendência para o bem, o mau influxo de tal amizade não desaparecerá, principalmente se houver assídua convivência e trato recíproco. Dia a dia as gotas do veneno imoral irão penetrando na tua alma até que enfim perderás de todo o bom espírito e te perverterás. Continuar lendo

MISSA DAS CRIANÇAS NA FSSPX

Como é uma Missa para as crianças na FSSPX?

Eis abaixo uma delas, em São Nicolau du Chardonnet, uma das paróquias da FSSPX em Paris.

Ao contrário do que vemos em muitas catedrais e paróquias conciliares (entregues ao modernismo e já com a total perda da noção do ridículo, visto que para esses a Missa é uma ceia, um simples memorial…), obviamente nas Missas da FSSPX não há sacerdote-palhaço, nem fantoches, nem catequistas alienados, nem musiquinhas bobas, nem animadores idiotas… porque as crianças, muito bem catequizadas, são sensíveis ao verdadeiro sacrifício da Missa, que os capta sem necessidade de outra coisa.

A DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO – CRIME QUE CLAMA VINGANÇA AO CÉU

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Fonte: Hojitas de Fe, 253, Seminário Nossa Senhora Corredentora, FSSPX
Tradução:
Dominus Est

O livro de Daniel, ao contar-nos o episódio da casta Susana, em que dois judeus iníquos, velhos maliciosos, tentaram condenar uma mulher inocente à morte, para dissimular a paixão que os inflamava e se vingarem daquela que não cedera, diz deles:

“Naquele ano tinham sido constituídos juízes dois velhos dentre o povo, daqueles de quem o Senhor falou, quando disse: A iniquidade saiu da Babilônia por meio de velhos que eram juízes, os quais pareciam governar o povo.” (Dn13 5).

O mesmo está acontecendo em nossa terra natal [Argentina]. Em 13 de junho de 2018, o projeto de lei de descriminalização do aborto foi aprovado na Argentina, na Câmara dos Deputados da Nação. Já em 25 de maio, havia sido na Irlanda, por 65% dos votos, e no Chile, em setembro de 2017. A iniquidade vem daqueles mesmos que estão encarregados de governar o povo, dando-lhes leis; os inocentes, neste caso os nascituros, são condenados à morte por aqueles mesmos que deveriam velar por suas vidas, e isso por causa de interesses sórdidos, paixões não confessadas.

Confrontado o caos de ideias e argumentos sobre a questão do aborto exibidos, é necessário fazer uma pontuação de esclarecimento, para apresentar a realidade como ela é. Iniciemos com algumas reflexões. Continuar lendo

MOÇAS QUE PERMANECERAM SOLTEIRAS NO MUNDO

Resultado de imagem para jovens modestasHá muitas jovens que não se casam. Algumas não sentem desejo, nem inclinação para o casamento, mas não pensam tampouco em ser freiras, e destarte permanecem solteiras por sua livre escolha. Outras há que optariam pela vida conjugal, mas o destino e as circunstâncias não lhes permitem dar tal passo. Devem estas fazer de necessidade virtude e, com sujeição cristã, reconhecer a mão de Deus, no governo de sua vida, entregando-se humilde e pacientemente à sua santa vontade.

Desejaria fazer agora algumas observações para louvor e consolação dessas almas.

1º – As jovens que permanecem solteiras são grandes perante Deus.

Serão grandes perante Ele, se guardaram fiel e integralmente a pureza virginal; pois, mediante esta virtude, se tornam particularmente agradáveis a Deus. A elas se aplica o alto encômio da Sagrada Escritura: “Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Sua memória é imortal, e é louvada diante de Deus e diante dos homens”. (Sal., 4,1) Santo Efrém exclama entusiasmado: “Oh! Virgindade! Tu és o que o Autor de todas as coisas ama com predileção e em ti ocultou riquezas imperecedouras!”

Estas moças serão grandes perante Deus, se rezarem bem e com fervor. Enquanto os demais membros da família desprezam a oração ou a fazem com negligência, elas se entregam muitas vezes a este piedoso exercício conscienciosamente. Oram durante o dia, quando os outros se preocupam em coisas materiais, oram durante a noite e se prostram diante de Deus em seu quarto silencioso, enquanto os demais se entregam somente ao descanso e às diversões; oram na igreja diante do Santíssimo Sacramento, que em regra ninguém como elas tão assiduamente visita; oram durante o trabalho que executam com boa intenção, para honrar e servir a Deus.

As moças que permanecem solteiras são, freqüentemente grandes diante de Deus, em virtude do sacrifício que lhe oferecem. Sacrificam por vezes a sua juventude, com as alegrias e prazeres permitidos a essa idade; sacrificam um casamento que lhes promete esperanças e, com isto, segura garantia para o porvir. Continuar lendo

EDUCAÇÃO SOBRENATURAL

Resultado de imagem para mãe catolicaHá duas vidas em teu filho. Sobretudo a vida sobrenatural deve preocupar-te, vivamente. Dela depende a felicidade eterna dos teus. Seguindo o Pe. Bethléem, vamos expor-te o seguinte sobre esse assunto:

Por educação sobrenatural  se deve entender a criação, a iluminação da alma, o amparo, a ressurreição, a frutificação, a extensão e a transformação da vida sobrenatural da graça. O educador precisa satisfazer várias condições para conseguir seu intento. Deve viver no estado de graça, ter um grande espírito de fé, possuir uma sólida instrução religiosa e ser profundamente piedoso.

Do contrário não saberá falar com convicção sobre o amor de Deus e o horror ao pecado. Deixar-se-á guiar pelas praxes pagãs do mundo. Não saberá falar à alma infantil.

Nasce a vida sobrenatural com o batismo. Já dissemos que a mãe cristã deverá guardar a data do batizado do filho, para celebrá-la como “aniversário” do nascimento sobrenatural. Ilumina-se esta vida pela instrução religiosa, que aliás é gravíssimo dever que pesa sobre os pais.

Não se reduz a instrução ao mero conhecimento de rezas e orações. Requer o estudo das verdades do catecismo. Criança que desconhece o catecismo é uma analfabeta nas letras da vida eterna. As lado da instrução vem a formação da consciência, que é a voz de Deus dentro da alma. A educadora prudente pode contribuir para isso, suprindo, esclarecendo, tornando simples, dirigindo, preservando e exercitando a consciência dos filhos.

… De que preservarás a consciência dos teus?

Do pecado, do escrúpulo, das ilusões (sobre as promessas da vida, sobre a retidão das intenções, sobre as confissões, que se devem fazer). Amparos da vida sobrenatural são a oração, a crisma, a comunhão. A primeira traz a graça diária. O sacramento da fortaleza nos confirma na vida e a Eucaristia nutre essa vida…

A vida sobrenatural ressucita, quando morta pelo pecado, no sacramento da confissão. A assiduidade à confissão é, portanto ótimo fator educativo e de valor sobrenatural. Os frutos desta vida sobrenatural são a fé, a esperança, o amor a Deus, o amor à Igreja Católica, o zelo pela alma do próximo. Quantos horizontes iluminados, leitora!

Realmente, não é pequena a tarefa de uma educadora que quer educar sugundo as intenções de Deus. Mas sua recompensa não fica atrás dos sacrifícios e nem depende dos frutos que conseguir. Por isso, confiança em Deus, muita oração, muito estudo e mãos ao trabalho!

As três chamas do lar– Pe. Geraldo Pires de Souza

SANTIFICAÇÃO E OS DEVERES PROFISSIONAIS

Fonte: Capela Santo Agostinho

As relações profissionais são meio de santificação ou obstáculo ao progresso, segundo a maneira como se encaram e desempenham os deveres do próprio estado. Os deveres, que nos impões a nossa profissão, são em si conformes à vontade de Deus; se os cumprimos como tais, com intenção de obedecer a Deus e de nos regular segundo as leis da prudência, da justiça e da caridade, contribuem para a nossa santificação. Se, pelo contrário, não temos outro fim em nossas relações profissionais, mais do que granjear honras e riquezas, com desprezo das leis da consciência, convertem-se essas relações numa fonte de pecado e escândalo.

O primeiro dever, pois, aceitar a profissão que a Providência nos conduziu como a expressão da vontade de Deus sobre nós e perseverar nela, enquanto não tivermos razões legítimas de mudar. Quis Deus, na verdade, que houvesse diferentes artes e ofícios, diversas profissões, e, se nos encontramos numa delas por uma série de acontecimentos providenciais, podemos crer que é essa, a nosso respeito, a vontade de Deus. Excetuamos o caso em que, por motivos acertados e legítimos, julgássemos dever mudar de situação; tudo o que é conforme à reta razão entra efetivamente no plano providencial.

Assim, pois, patrão ou operário, industrial ou comerciante, agricultor ou financeiro que um seja, o seu dever é exercer a própria profissão, para se submeter à vontade divina, desempenhando-se dela segundo as regras da justiça, da equidade e da caridade. Então nada impede que santifiquemos cada uma das ações, referindo-as ao último fim; o que de forma alguma exclui o fim secundário de ganhar o necessário à própria subsistência e à da família. De fato, houve santos em todas as condições. Continuar lendo

O ESTADO RELIGIOSO

Resultado de imagem para irmã fsspxA maioria das moças é, sem dúvida, chamada ao casamento. Deus, no entanto, escolhe, às vezes, uma distinta jovem para o estado religioso, onde ela O deverá servir, com grande fidelidade e amor, pertencer-Lhe de certo modo totalmente e tornar-se Sua esposa mística. Sua vida toda com suas energias, desejos e esforços, transforma-se numa agradável oblação, num sacrifício generoso a Deus, à humanidade sofredora, ou à mocidade ignorante.

Tal vocação é, por certo, grande honra e graça especial, pelo que não se poderia deixar de felicitar a uma jovem assim contemplada.

1º- O estado religioso é muito elevado.

É antes de tudo um estado de virtude e perfeição. Quem o segue se compromete a trabalhar nele seriamente para a salvação, porquanto além do exercício das demais virtudes, também se observam os conselhos evangélicos. Pode acontecer que alguns membros isolados não se esforcem com zelo eficaz para a perfeição, que um ou outro não haja rompido inteiramente com o mundo e, até mesmo, com o pecado. São, todavia exceções; em regra, há nos conventos de religiosos um sério e fervoroso esforço para a conquista da virtude. O mesmo também se verifica nos conventos de religiosas. Que bela vida de oração e piedade aí domina!

Quanto amor e fidelidade os religiosos dedicam a Jesus Cristo. Quão alegremente visitam o Santíssimo Sacramento! Com que boa vontade e com que prazer executam eles os trabalhos determinados! Como observam conscienciosamente a disciplina e as prescrições da regra!

Que de esforços para mutuamente praticar a caridade fraterna e suportar com paciência as cruzes quotidianas! É incontestável que de modo geral reina em nossas Ordens religiosas e nos conventos femininos uma vida florescente de virtudes. O estado religioso é um coeficiente inestimável para a salvação da humanidade. Não quero aqui relatar o que testifica a história sobre a atuação das Ordens religiosas, para incrementar o Cristianismo, para a formação, para a cultura, para as ciências e para as artes. Continuar lendo

UNS CONSELHOS OPORTUNOS

Resultado de imagem para mulher piedosa– Levantar cedo – é hábito precioso, indispensável à mãe de família. Procura-lhe a vantagem de ter muito tempo de folga antes do almoço para seus exercícios de piedade, para percorrer a casa, a ver se está tudo em ordem, se foram bem exexutadas suas ordens da véspera. Dá-lhe tempo para assear e vestir os filhos, repartir os trabalhos e tomar todas as providências necessárias.

– Seguir uma economia discreta – encanta o marido e educa os filhos e conserva as coisas. Partidária de tal economia, a mãe de família nada deixa perder, nada estraga; conserta, remenda, aproveita, zela, arrecada, guarda em boa ordem tudo, de modo que, quando é preciso, tem à mão o que quer, sem perder tempo e paciência em procuras inúteis.

Ela sabe que tudo tem serventia, e que não se deve desperdiçar a menor parcela do dom de Deus, como diz a Escritura (Ecli 14,14). Sabe que pequenas despesas inúteis fazem, afinal, a ruína e que vintens poupados dão, ao cabo de algum tempo, centenas de mil réis. Assim, por seu trabalho e economia, aumenta, como abelha solícita, os recursos da família, e até vale ao marido nos dias de maior apuro, não falando dos pobres de quem é a providência visível.

Todos a louvam por trazer tudo em casa muito poupado, em grande ordem, asseio e lustre, evitando luxos e vaidades, contentando-se de modesta simplicidade, de forma a ser o menos onerosa possível a seu marido. Continuar lendo

HOMEM DESDE O MOMENTO DA CONCEPÇÃO

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

Concebido no ventre de sua mãe, esse pequeno embrião, dê a ele o nome que quiser, já é um homem. Se antigamente poderia duvidar-se que houvesse uma nova vida humana no ventre de uma mãe, desde o momento da concepção da criança – com tudo o que isso implica –, a ciência hoje não nos deixa nenhuma dúvida: interromper a gravidez voluntariamente, ainda que fosse possível fazê-lo no primeiro momento da concepção, seria assassinar um inocente e privá-lo para sempre da visão de Deus. Tal crime não pode ser descriminalizado sem incorrer em terríveis castigos para uma nação inteira.

A alma do embrião na biologia tomista

Este poderia ser o título de um livro inteiro e estamos escrevendo apenas um artigo em uma revista de divulgação, mas diremos algumas coisas. Interessa enormemente ao moralista e ao teólogo definir com precisão o momento em que o homem recebe a alma espiritual, e o instante em que a perde. Porém determinar precisamente o momento da concepção de um organismo vivo, com suas diferentes etapas e também o instante de sua morte, não pertence propriamente ao moralista nem ao que é comumente entendido por um teólogo, senão ao biólogo.

E hoje que a biologia moderna fez progressos tão maravilhosos, parece que a “Suma Teológica” de São Tomás de Aquino já não tem mais nada a nos dizer. Mas, certamente, não é assim.

A ciência moderna perdeu, há muito tempo, a sabedoria, pois desconfiou da inteligência e se apegou à observação e à medida. Daí que seus progressos foram reduzidos à ordem puramente corporal e material, que é sensível e quantificável, perdendo de vista de toda a realidade que se eleve acima deste horizonte, pois já não sabe ver com a mente.

Ela perdeu a capacidade de perceber, então, não só a realidade da alma espiritual, própria do homem, mas também a dos princípios animadores dos organismos vivos – a alma animal e vegetal – que, embora dependam, em sua existência, da organização material – que poderíamos chamar de físico-química – no entanto, não apenas não se reduzem a ela, senão que, precisamente, a organizam e a governam. Essa carência não causa tantos problemas para a física, mas é uma catástrofe na biologia.  Continuar lendo

SERMÃO SOBRE O MATRIMÔNIO

O NOVO CONCEITO DE MATRIMÔNIO E A INVERSÃO DE SEU FIM PRIMÁRIO | DOMINUS EST

Fonte: Los Cocodrilos del Foso – Tradução gentilmente cedida por um amigo

Nem tudo o que se encontra na Suma Teológica, de Santo Tomás, é exclusivamente para teólogos. Uma das pérolas mais acessíveis e úteis lá encontradas é seu pequeno tratado acerca dos bens do matrimônio.

Ele começa dizendo: “Nenhum homem sábio deve aceitar um prejuízo se ele não vier compensado por um bem igual ou maior”. E observa que o matrimônio traz juntamente consigo bens e males. Quem se casa aceita sofrer estes para alcançar aqueles.

Até essa frase, todos estão de acordo. Mas, daqui em diante — e é assustador percebê-lo — entre o que ensina Santo Tomás, resumindo toda a Tradição e bom senso católicos, e o sentir comum de hoje não há uma mera divergência, e sim uma total e exata inversão. Aquilo que para o Doutor da Igreja são males, agora são considerados bens, e os bens, males. Deixemos bem claro que falamos de pessoas que se consideram católicas, de forma sincera.

Embora devamos reconhecer que tanto nos tempos de maior fé, como na época de Santo Tomás, quanto nos tempos de muita incredulidade, como hoje, muitos renunciam ao matrimônio (claro, antigamente renunciavam antes do casamento para entregar-se a Deus, e hoje renunciam depois dele, para entregar-se a… sabe lá Deus). Ainda assim, tanto antes quanto agora, a grande maioria segue casando. E é curioso, porque, apesar dessa inversão exata de valores, o saldo continua sendo positivo. Continuar lendo

BENEVOLÊNCIA PARA COM O PRÓXIMO

Resultado de imagem para donzela catolica“Deus quando formou o coração do homem, plasmou-o na bondade”, estas palavras do genial Bossuet se aplicam a todos nós, principalmente à mulher, a quem Deus enriqueceu com tesouros de bondade e delicadezas tais, que a torna apta para suavizar as horas amargas da vida.

Á vista da desgraça alheia, não se comove o coração da mulher muito mais depressa que o do homem? Não chora a moça e a mulher de vezes antes, sobre o infortúnio alheio? Não estendem com mais prazer sua mão benfazeja para suavizar a necessidade alheia? Em regra não resolvem dez moças consagrar-se, como irmãs de caridade, às obras de misericórdia cristã, antes que só rapaz queira prestar-se a tal sacrifício?

Este traço de bondade e benevolência, com que Deus marcou coração feminino, deves, jovem cristã, procurar conservá-lo e avivá-lo sempre mais. Não te é apenas um adorno: também se lhe anexa um grande poder, muito salutar e benfazejo a outrem.

O conhecido escritor inglês Faber, assim se exprime sobre o poder da benevolência:

“Vejo uma multidão de pequenos entes, com as faces veladas, quem em união com a graça e com os anjos executam as suas obras. Esvoaçam por toda a parte. Consolam os tristes, tranqüilizam os aflitos, acalmam os enfermos, acendem nos olhos dos moribundos um raio de esperança, mitigam as dores dos corações aflitos e desviam os homens do pecado. Parecem dotados de força surpreendente: conseguem o que os anjos não podem; insinuam-se nos corações, a cujas portas se lhes abrem, voam de novo estes pequenos mensageiros do Pai do Céu, para levar a graça. Estes pequenos, mas poderosos entes, são os atos de bondade, que da manhã à noite se acham ao serviço do bom Deus”.

Servindo-se de uma comparação tirada da vida dos animais, certo escritor francês procura expor o benefício influxo da benevolência, fazendo-nos ver como os próprios animais não são insensíveis ao toque da bondade. É a história de um pobre cãozinho, que corre apressado ao longo do muro e se esconde quanto pode. As crianças perseguem-no. Os trausentes o repelem a pontas-pé. É um cão do campo, cujo dono o expulsou. Magro, faminto, imundo, passa as noites ao relento nos portões, de orelha em pé, receoso de ser enxotado impiedosamente. Ninguém lhe dá um olhar carinhoso, e até os outros cães o assaltam com desprezo, por não serem tão magros quanto ele. Passa um homem; o pobre animal adivinha nele um salvador e se lhe arroja aos pés, implorando alguma coisa com um olhar de amargura e tristeza. Continuar lendo

DO AMOR DE DEUS

Imagem relacionada“Não há idade na vida a que convenha mais a piedade, do que à mocidade, escreve Mgr. Dupan­loup, não só porque a piedade brilha nas frontes jovenís com mais resplendor; não só por causa do encanto inexprimível com que ela embeleza todas as qualidades naturais da infância, mas sobretudo por esta simples e profunda razão: é que a pie­dade não é outra coisa, senão o amor de Deus, e não sei que haja coração neste mundo a que seja mais fácil inspirar este amor que ao coração das crianças. Tudo aí está ainda puro, generoso, ardente: tudo aí está feito, para este nobre e santo amor, e essa bem-aventurada chama de vida acende-se com uma facilidade maravilhosa.”

Mas se o coração da criança é um santuário onde o amor divino se compraz em estabelecer a sua morada, também a inocência da primeira idade da vida reclama esse amor celeste para aí encon­trar a sua força e apoio. — «Efetivamemente, continua o ilustre bispo de Orleans, um homem já feito, pode vir a ser virtuoso, com uma religião sincera e sólida, posto que sem fervor; mas as crian­ças e os mancebos não o podem fazer, porque sem a piedade fervorosa, não têem nem bastante apoio, nem suficiente força para a sua virtude. Na sua idade, a fé não é ainda bastante profunda, nem a fidelidade bastante generosa, porque, como são corações tenros e fracos, caem facilmente, se a piedade os não sus­tentar.

Quem conhece, como eu, a fragilidade destas pequenas plantas, será também da mesma opinião. Sim, o sopro da graça eleva-as facilmente para o Céu, mas o sopro do vício, fá-las cair desamparadas sobre a terra. Quem lhes há de dar a força, para resistirem aos ataques do respeito humano, às influências dos maus exemplos e dos conselhos pérfi­dos, a todos os laços dum mundo corruptor e cor­rompido? Quem sustentará a sua fraqueza, sobre tantos declives e inclinações perigosas, e contra o mal que de toda a parte as cercará? Repito: se o temor e o amor de Deus, se a piedade corajosa lhes faltar, cairão infalivelmente. Despedaçar-se-ão os laços que os prendiam à virtude, e o sorriso da indiferença e do desdem, da impiedade e até do vício, será em breve visto sobre lábios frescamente tintos do sangue de seu Deus numa primeira comu­nhão.»

É preciso pois que o coração da mãe seja um foco que aqueça e abrase, com seus ardores, o cora­ção da criança. Convém que esse pequeno ser, que começa a sorrir, e por conseqüência a compreen­der, não repouse nos braços maternos, sem ler nos olhares e nas feições de sua mãe alguma coisa de celeste que a faça elevar até ao amor de Deus. Continuar lendo

ACAMPAMENTO DE MENINAS – JULHO 2018

Estão abertas as inscrições para o Acampamento da Companhia Santa Joana D’arc 2018. Todas as meninas e moças a partir de 7 até os 17 anos estão convidadas para participar ou ajudar nesses 10 dias que fazem tanto bem às almas e alegram o Imaculado Coração de Maria.

O acampamento acontecerá do dia 19 a 28 de julho de 2018, na Chácara Rosa Mística, em Mogi das Cruzes- SP. 
 
No dia 28 de julho teremos o encerramento com apresentação de teatro, dança, música e nosso tradicional almoço com os pais e amigos. 

Pedimos que as inscrições sejam realizadas pelo e-mail companhiasjda@gmail.com enviando nome, idade, RG da menina e cidade de origem.

Inscrições até dia 06 de julho! Sabemos que os gastos são muitos para as grandes famílias, antecipem-se, paguem parcelado. 

Pagamento:
R$ 230,00 até o dia 30 de junho;
R$ 250,00 a partir do dia 1 de julho.

Todas são muito bem-vindas e estamos à disposição para qualquer dúvida.

FESTA DE SÃO JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM MARIA

abcPretiosa in conspectu Domini mors sanctorum eius — «Preciosa é aos olhos do Senhor a morte de seus santos» (Sl 115, 15).

Sumário. Representemo-nos na casa de Nazaré para assistir à morte do santo Patriarca. É opinião bem fundada que São José morreu de puro amor a Deus; porque teve a sorte ditosa de ser assistido por Jesus e Maria, que, com as palavras de vida eterna, que lhe dirigiam alternadamente naquelas extremas, inflamavam-lhe o amor. Se desejamos morrer de morte tão plácida e suave, sem angústias e temores, sejamos muito devotos do grande Santo, imitemos-lhe as virtudes, particularmente o seu amor a Jesus e Maria.

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Considera como São José, depois de ter servido tão fielmente a Jesus e Maria, chegou ao termo de sua vida na casa de Nazaré. Ali, cercado de anjos, e assistido pelo Rei dos anjos, Jesus Cristo, e por Maria sua Esposa, que se colocaram aos lados de seu pobre leito, saiu desta vida miserável em tão doce e sublime companhia e com paz paradisíaca na alma. Pela presença de tão digna Esposa e de tão nobre Filho (como o Redentor se dignou ser chamado), a morte de José tornou-se extremamente doce e suave. — E como podia ser-lhe a morte amargosa, morrendo nos braços daquele que é a vida? Quem jamais poderá dizer ou entender as suaves doçuras, as consolações, as doces esperanças, os atos de resignação, as chamas de amor, que foram inspirados ao coração de José pelas palavras de vida eterna que Jesus e Maria lhe dirigiam alternadamente naquela suprema hora? É, pois, bem admissível a opinião, referida por São Francisco de Sales, de que São José morreu de puro amor a Deus.

Assim a morte de nosso Santo foi toda plácida e suave, sem angústias e temores, porque a sua vida fora toda santa. Não pode ser tal a morte daqueles que algum tempo ofenderam a Deus e mereceram o inferno. Mas com certeza receberá então grande conforto aquele que for protegido por São José, a quem, depois que Deus mesmo lhe obedeceu, sem dúvida os demônios terão de obedecer. O Santo os repelirá de seus devotos e não lhes permitirá tentar aqueles que o invocarem na morte.

Bem-aventurada, pois, a alma que na última hora for assistida por tão poderoso advogado, que, por ter morrido assistido de Jesus e Maria, e por ter livrado o Menino Jesus do perigo de morte, fugindo com ele para o Egito, obteve o privilégio de ser padroeiro da boa morte, e de livrar seus devotos moribundos do perigo da morte eterna. Continuar lendo

CORAÇÃO FORMADO

Resultado de imagem para criança rezando– Este menino tem um coração de ouro. Dorme no mesmo quarto que a mãe. Sempre que acorda de noite, levanta-se, e vai beijar a mãe.

– Esta menina tem um coração muito meigo. Não pode ver gato ou cachorro que tenha fome.

Apresentações e recomendações como estas eu poderia citar uma centena. Nem sempre a observação materna foi certa, ao classificar de meigo e bom este ou aquele coração. Aqui exponho à leitora uns princípios de importância neste assunto.

É o coração em nós uma potência misteriosa. Pode elevar-nos até Deus e pode precipitar-nos na mais abjeta traição. É formável e também deformável, conforme os cuidados com que o cercamos. É ele que engrandece a vida e abre o céu.

O coração de teu filho, leitora, tem de ser sensível, forte, regrado, desinteressado e entusiasta.

Sensível – Isto é, acessível aos nobres sentimentos, capaz de se esquecer a si próprio para dedicar-se aos outros. Mas deves evitar que ele se torne mimado, sensual e piegas. Tal se dá quando a mãe vive cobrindo de carinhos os filhos, vive toda alarmada com o menor mal-estar da criança. Leitos moles, bombons, mostras de ansiedade, recomendações que revelam angústia, tudo isso se deve terminantemente evitar, diz Gualtier.

Não se admita que a criança, sob o pretexto de que se deve ser bom para com os animais, aplique injustamente em proveito dos irracionais as reservas de bondade concedidas por Deus, observa o P.Bethléem. Não se deve tolerar que chore a perda de um pássaro, de um cãozinho, etc. Continuar lendo

BOM USO DA LÍNGUA

Resultado de imagem para donzela catolicaParece ter querido o Criador proteger a língua de modo especial. Com efeito, está melhor defendida que qualquer outro membro, por exemplo, os olhos e os ouvidos. Resguardam-na os lábios e os dentes, que, à guisa de muralhas a circundam e conservam. Não parece isto advertir-nos, que também, nós devemos dar atenção e vigilância toda especial a nossa língua? Sim, jovem cristã, é de grande importância, que te acostumes desde a tua mocidade ao domínio da língua.

1º- A língua não dominada facilmente causa grande mal.

O bom uso da língua pode transformá-la em instrumento de graças. No ano de 1263 retirou-se o corpo de Santo Antônio de Pádua do sepulcro, a fim de o transportar para a nova igreja, edificada em sua honra. Ao se abrir o sarcófago, os membros caíram aos pedaços, a carne já se havia transformado em pó e cinza. Mas, o queixo, os cabelos e os dentes estavam ainda conservados, e sobretudo a língua de todo incorrupta e com a sua cor natural. O Santo Cardeal Boaventura, que de Roma fora a Pádua por ocasião dessa festividade, tomou em suas mãos com grande respeito esse língua, beijou-a e disse entusiasmado: “Ó língua, que em todo o tempo louvaste ao Senhor e ensinaste os demais a louvá-Lo, agora se torna a todos manifesto, quanto és apreciada de Deus”.

Tinha razão São Boaventura de exaltar a língua de Santo Antônio, pois ela havia sido um excelente instrumento da graça, por meio da qual inúmeras almas foram conquistadas para o céu.

– Sim, a língua pode fazer muito bem. Aqui dirige a um pobre desconfortado algumas palavras de estímulo, e um suave conforto desce ao coração do mísero e o leva a suportar o peso da vida com ânimo forte. Aí, a língua de um orador fala a milhares de ouvintes e os arrebata. Suas palavras são como centelhas que incendeia os corações. Fala, e eles choram; fala e os revoluciona internamente; fala, e eles se enchem de esperança e júbilo. Por meio da palavra, eles os mantêm inteiramente em seu poder. A língua de um pregador virtuoso, como a de um Bertoldo de Regensburgo, conseguiu por vezes infundir um espírito novo numa povoação inteira.

Mas, a língua que tanto bem pode fazer, acha-se também em condições de causar grande mal. O apóstolo São Tiago escreve: “A língua é realmente um pequeno órgão, mas gloria-se de grandes coisas. Vede como um pouco de fogo devasta uma grande floresta! Também a língua é um fogo, um mundo de iniqüidade”. (Tg 3,5-6). E como são graves as palavras que se lêem no livro do Eclesiástico (cap. 28): “As chicotadas produzem vergões, mas os golpes da língua quebram os ossos… Faze uma porta e fechadura diante da tua boca: Funde o teu ouro e a tua prata e faze com isso uma balança para pesares as tuas palavras e um freio bem ajustado para a tua boca”. Continuar lendo

OBEDIÊNCIA

Imagem relacionadaNão podem desenvolver-se boas qualidades morais uma moça, que perde seu tempo com vaidades fúteis multiplicando consultas ao espelho. Há, todavia um espelho, no qual as moças deveriam contemplar-se sem perigo de descambar em devaneios fúteis, antes, encontrando na imagem refletida o ideal da virtude. É o sublime espelho de virtudes do Divino Salvador, de quem está escrito: “E foi com eles (os pais) para Nazaré e era-lhes submisso” (Lucas 2,51). Eis aqui um bom espelho, um elevado modelo para ti. Ensina-te a obediência. Se isto aprenderes profundamente, grande vantagem terás logrado para a tua vida futura; poder-se-á dizer que ficarás livre de noventa por cento das penas e aflições a que estão sujeitas as filhas de Eva.

1º- A obediência tem uma grande significação.

Significação universal e geral: Não pode o universo físico perdurar sem a obediência: estabelecer-se-ia uma confusão brutal e devastação monstruosa; não desapareceria a harmonia maravilhosa se os astros não observassem as leis e não seguissem com precisão órbita que lhes traçou o Criador? Não pode o mundo doméstico subsistir sem a obediência. De fato, que será de uma família, se a mulher não obedece ao marido, se os filhos não obedecem aos pais, se os criados não obedecem aos patrões?! Isto causará, sem dúvida, um desajuste, uma completa desorganização da família. O mundo político e social tampouco pode subsistir sem a obediência. No dia em que os cidadãos recusarem obediência aos seus superiores e os funcionários aos seus chefes, estalará a revolução e tudo entrará em confusão e desordem.

Finalmente, não pode o mundo eclesiástico existir sem obediência. Todas as obras propícias da Igreja desaparecerão, se os fiéis seguirem cada qual o seu caminho e não quiserem mais atender à voz do seu pastor espiritual. Disto decorre que toda salvação e prosperidade da ordem física, moral, social e religiosa repousam sobre a obediência; sem esta não pode subsistir nenhuma sociedade. Mas a obediência tem também, e, sobretudo, grande significação para ti mesma, jovem cristã. Ela te proporciona primeiro a exata compreensão da vida e dos deveres. De ordinário, que sabe a jovem a respeito da vida e das suas obrigações? Que sabe das emboscadas do mundo perverso, dos perigos que lhe ameaçam a inocência? Que sabe das enganadoras falsidades dos elogios e da ignomínia do vício?

Transcorre, por assim dizer, de olhos fechados, os anos da sua mocidade e dificilmente percebe as pedras que lhe embaraçam o caminho, e os profundos abismos que se alongam à margem. Mister se faz ter um guia sábio que ela transponha, com felicidade, os perigos! Não será a obediência e a confiança nos pais e superiores que lhe facilitará a verdadeira compreensão e a protegerá eficazmente contra os numerosos perigos? Continuar lendo

PODEMOS FAZER ALGO PELA SALVAÇÃO DE NOSSOS ENTES QUERIDOS?

Chegarás primeiro às sereias, que encantam a quantos homens vão a seu encontro. Aquele que imprudentemente se aproxima delas e ouve sua voz, já não volta a ver sua esposa nem seus pequeninos filhos rodeando-o, cheios de alegria, quando retorna aos seus lares; mas ele é enfeitiçado pelas sereias com seu canto hamonioso, sentado em um prado e tendo ao seu redor uma enorme pilha de ossos de homens putrefatos cuja pele se vai consumindo.” (A Odisséia)

Fonte: Adelante la Fé – Tradução: Dominus Est

A mitologia menos infantil sobre as sereias as ilustra como seres perversos que atraíam os marinheiros com seus hipnóticos cantos, sussurrando entre suas melodias mensagens com um  atrativo tão sugestivo para a vítima que não se podia resistir, se aproximando para ser devorados. Em “A Odisséia”, Ulysses advertiu seus marinheiros e, com tampões de cera, conseguiram esquivar seu perigo. Mas ele, querendo ouvi-las cantar, amarrou-se ao mastro de seu próprio navio para não ser pego, consciente de que seu poder sedutor e narcótico o faria inevitavelmente ir à direção delas.

Hoje em dia Satanás exerce sobre nós um poder sedutor, não similar, mas sim infinitamente mais poderoso. Suas “sereias” são numerosas: a televisão, os filmes, internet, a educação, os governos, a falsa espiritualidade … e nos cantam continuamente “venha, venha conosco fazer o que todos fazem e serás feliz”. No seu conjunto é um rolo compressor que é muito difícil escapar, e como se estivéssemos no barco de Ulisses sem tampões ou nós, vamos vendo com horror como a grande maioria dos nossos entes queridos vão caindo lentamente em seus braços.

Estes, por sua própria vontade, caem nas mãos do diabo, porque, não nos enganemos, ou se está nas mãos de Deus ou nas de Satanás, não há um estado intermediário de “boa pessoa” que não está nem com um nem com outro. E quando isso acontece, nos diz Santo Afonso Maria de Ligório, Deus acaba abandonando o pecador. E como Ele faz isso? Deixando-o cego e surdo à Luz divina, por isso vemos que essas pessoas deslizam como o óleo na água absolutamente tudo o que podemos dizer-lhes, ler-lhes ou ensinar-lhes. É como se eles tivessem uma armadura que os imuniza de Deus, e assim nos damos conta de sua dureza e cegueira. E é aqui que o diabo, que sempre tenta pescar em águas turbulentas, se aproveita e nos leva ao desespero: “não há nada a fazer“, “é um caso impossível“… Continuar lendo

A FAMÍLIA COMO SANTUÁRIO E ESCOLA DE SANTIDADE

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

Entre as mil maneiras apresentadas perante ao Verbo para aparecer em carne mortal entre nós e realizar a nossa Redenção, escolheu uma: ter uma Mãe, a quem fez Imaculada, e pela qual a quis desposada com um varão eminentemente justo, da altura de sua Mãe, para velar assim pela boa honra da Santíssima Virgem; assemelhando-se, deste modo, em tudo a nós, exceto no pecado.

Ou seja, o Verbo Encarnado quis levar uma vida em família e que essa vida em família fosse o começo da obra redentora. E isso por muitas razões, mas especialmente por duas, que gostaria de destacar hoje:

  1. Para nos mostrar a vida espiritual sob uma faceta conhecida e atraente: a vida em família;
  2. Para santificar o lar cristão em todos os seus aspectos, convertendo-o em fonte de santidade para os seus membros e mostrando-o como o princípio de todas as virtudes.

A vida espiritual assume o aspecto de uma vida familiar.

Deus quis calcar a vida sobrenatural sobre a vida natural, colocando assim semelhanças entre elas, de modo que não nos fosse completamente desconhecida, mas, pelo conhecimento que temos da vida natural, possamos intuir pelo menos um pouco o que é a vida sobrenatural. E assim, a vida sobrenatural como a vida natural, conta com: Continuar lendo

37 ORGANIZAÇÕES PRÓ-VIDA E PRÓ-FAMÍLIA JURAM FIDELIDADE AO ENSINO DA IGREJA

Em 12 de dezembro de 2017, 37 líderes de associações pró-vida e pró-família assinaram uma declaração de “fidelidade à verdadeira doutrina, e não aos pastores que erram”.news-header-image

Fonte: FSSPX News (Agradecemos ao nosso amigo Sr. Adolfo J. G. Correa por ter cedido, gentilmente, a tradução)

Os signatários pertencem a associações ao redor do mundo: França, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Bélgica, Itália, Canadá, Estados Unidos, Nicarágua e Venezuela. François Legrier, presidente do Movimento Católico das Famílias, Philippe Piloquet, presidente da SOS para os Mais Pequenos e Yves Tillard, presidente da Ação para Famílias e Escolas, são alguns dos signatários por parte da França.

Como assinalam seus autores, este juramento de fidelidade identifica-se com a postura da Súplica Filial ao Papa Francisco, lançada em setembro de 2015 e assinada por 900.000 pessoas, seguida da Declaração de Fidelidade à Doutrina Imutável da Igreja sobre o Matrimônio em 2016, das cinco Dubia dirigidas ao Papa pelos quatro cardeais em 19 de setembro de 2016, pela Correctio filialis de 23 de setembro de 2017 e pelo apoio à Correctio filialis oferecido por 250 teólogos em 4 de novembro. Nenhuma dessas declarações recebeu resposta do Papa Francisco.

Juramento de fidelidade ao autêntico ensino da Igreja

O número de crianças inocentes assassinadas pelo aborto durante o último século é maior ao de todos os seres humanos que morreram em razão das guerras na história humana. Nos últimos cinquenta anos estamos testemunhando o constante aumento de ataques à estrutura da família, tal e como foi planejada e desejada por Deus, capaz de criar o melhor ambiente para a prosperidade da humanidade e, sobretudo, para a educação e formação das crianças. O divórcio, a contracepção, a aceitação de atos e uniões homossexuais e a disseminação da “ideologia do gênero” têm causado danos incalculáveis à família e aos seus membros mais vulneráveis. Continuar lendo

MÃES IMPROVISADAS

Resultado de imagem para mães másMães improvisadas. São tais porque mamãe não as preparou para essa vocação. Não as educou para isso. Não lhes formou nem a vontade nem o coração e tão pouco lhes coordenou as reservas morais. Hoje são mães desorientadas, de gestos frouxos e vacilantes. Guiam-se apenas pelo instinto materno, egoísta e cego tantas vezes.

Erro é, muito comum, esse descuido das mães quanto à preparação das filhas para a maternidade vindoura. Entretanto em nossos dias mais indispensável tornou-se ela. Pois as mocinhas ouvem tanta coisa nas escolas e mais ainda enxergam nos cinemas. Fala-se-lhes de direitos, de emancipação. Coloca-se a criança quase como uma intrusa na vida da moça que se casa.

Grandeza, seriedade, deveres de maternidade – tudo isso deve ser abraçado com uma consciência esclarecida e tranqüila, ao lado de um coração generoso e resoluto.

Portanto, leitora, leva a sério a preparação de tuas filhas… À filha moça irás entregando os cuidados pelos irmãozinhos menores. Ensiná-la-ás como se lida com uma criança de colo, como se vigia e se diverte a outra que já começou a falar, etc.

Haja apenas o cuidado de não deixar, na filha moça, a impressão de que mamãe está se livrando de um trabalho pouco agradável. Nesse caso a filha o aceitará de mau humor, só porque não há remédio. A mãe esclarecida vai ensinando, vai explicando, porque, desde já, quer acostumar suas filhas aos cuidados pelos pequenos. Não há negar, a primeira professora de puericultura é sem favor a  mãe, em casa.

Aqui eu ouço uma objeção: para que preparar as filhas? Pois não tem a mulher o dom de intuição, que descobre pelo coração o que falta ao filho?

Ilusão, gentil leitora…isto requer certas noções indispensáveis, colhidas pela preparação e pelas luzes da instrução religiosa.

– “Minha filha – assim falará a mãe cristã – se Deus não te der outra vocação especial, você, por ser mulher, terá de ser um dia mãe de família, possivelmente. Vá se preparando desde já para essa missão, que é difícil, mas gloriosa também. Eu irei ajudando você com minha experiência, com muitos conselhos e meus exemplos.”

Não querem as mães usar desta linguagem?

Então insinuem, inspirem tais pensamentos e procedam com as filhas como se, pelos fatos, lhes estivessem dizendo tudo isso. Elas não receberão de mau humor as ordens dadas para cuidarem dos irmãozinhos menores.

As três chamas do lar– Pe. Geraldo Pires de Souza

NÃO PODE FALTAR EM TUA CASA, HÁBITOS RELIGIOSOS!

Imagem relacionadaA casa de família – deve ser benzida e nela entronizado o quadro do Sagrado Coração de Jesus. Está escrito que ricas bênçãos Deus derramará sobre a casa e seus habitantes, sempre que isso se der. Pelos quartos, à cabeceira das camas, haverá um quadro de santo, um Crucificado. Aqui te dou o conselho de procurares antes poucos, mas belos quadros ou imagens, do que muitos e feios.

No horário da casa – haverá tempo marcado para as orações da manhã e da noite. Que belo costume esse de se unir a família perante o oratório da família e aí rezar pelos presentes e ausentes!

Nos dias da semana – o domingo tem lugar de honra. É dia sagrado, dedicado primeiro à oração e à Missa e somente depois aos divertimentos inocentes. É também dia respeitado, até nos trajes festivos da família. O mesmo se dá com os dias de festa religiosa.

No aniversário dos batizados, das primeiras comunhões, a família faz questão de agradecer a Deus as graças que esses dias trouxeram.

As devoções da família – Se o pai já trouxe algumas de seu tempo de moço, ou se na tua mocidade praticava algumas, continua com elas na casa. Sobretudo a devoção a Nossa Senhora não pode faltar, em caso algum. Pois é garantia de salvação eterna e fonte de muita bênção material. Mas, não o esqueças nunca, a primeira devoção cristã é a Santa Eucaristia. Amor a nosso Senhor Sacramentado – pelaassistência à Santa Missa – deve ser precioso patrimônio de todo lar cristão.

Fidelidade á fé – A cristã a recebeu dos pais e deve deixá-la aos filhos. Do contrário, os privaria da herança mais preciosa na vida. Tudo farás, leitora, para conservá-la em ti e nos teus. Para isso é preciso praticar a oração… fugir dos livros maus e procurar os bons. Sobretudo é necessário viver de acordo com aquilo que se crê.

Combaterás energicamente as superstições que tanto prejudicam a fé e ofendem a Deus. Se algum dos teus se afastar da fé, não descanses nas tuas orações e sacrifícios para convertê-lo. Cedo ou tarde o conseguirás…

As três chamas do lar – Pe. Geraldo Pires de Souza

NOVA PÁGINA DO BLOG – PALESTRAS FSSPX: DVDs À VENDA

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Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Criamos uma página exclusiva aqui no blog para venda dos DVDs das palestras proferidas pelos padres do Priorado da FSSPX em Santa Maria.

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Sempre que tivermos novidades nos títulos e mas quantidade disponíveis  essa página será atualizada.

É uma grande oportunidade para instrução/formação pessoal e também conhecimento do trabalho da FSSPX.

Nesse mar de heresias e ambiguidades pós-conciliares, nada melhor que o porto seguro da verdadeira Doutrina Católica.

ESPECIAIS DO BLOG: CARTA ENCÍCLICA CASTI CONNUBII

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Em mais uma “Operação Memória” de nosso blog, trazemos novamente (dividida em capítulos) a Encíclica Casti connubii, de S. S. Pio XI. Uma verdadeira aula sobre o Matrimônio Cristão e Família Católica

Nessa Encíclica notarão claramente as contradições dos ensinamentos atuais da igreja conciliar frente ao magistério tradicional da Igreja, face às atuais condições, exigências, erros e vícios da família e da sociedade.

Nesses tempos atuais de profunda crise na Igreja, de Amoris Laetitia & cia, nada melhor que beber do néctar da verdadeira doutrina.

Aproveitem a leitura…

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DO HORROR DO PECADO MORTAL

Imagem relacionadaO mal que uma grossa saraivada produz num formoso campo de trigo, e que um furacão produz numa árvore cheia de flores, o mesmo mal produz o pecado mortal na infância. Ficai-o sabendo, ó mães cristãs, tanto para interesse de vossos filhos, como para vosso próprio interesse,— «há só uma desgraça séria e temível, uma única prova terrível: o pecado. Os laços que os inimigos nos estendem, os ódios com que nos perseguem, as injustiças, as calúnias, a espoliação de nossos bens, o exílio, as guerras, as tempestades do mar, o terramoto do mundo inteiro, tudo isso é nada. Todos esses males são momentâ­neos; apenas prejudicam o corpo, mas não fazem mal à alma. Mas o pecado mortal rouba-nos a amizade de Deus, e prepara-nos a eterna condenação. 

E o pior é que, com quanto os seus dentes sejam mais mortíferos que os do leão, o pecado lisonjeia a nossa natureza perversa. É um veneno que se oferece à infância, com a doçura do mel, é um precipício cuja profundidade se não pode ava­liar, por causa das flores que lhe cobrem a boca da entrada. A criança bem cedo chupará este pérfido veneno; querendo colher estas cruéis flores, rolará no abismo que elas cobrem, se a sua mãe não tiver tido o cuidado de lhe dizer e repetir: — Ah! meu filho, nunca aproximes os teus lábios deste copo envenenado. Foge destas flores, que estão a ocultar-te um abismo». Todas as santas mães sempre assim o compreenderam. E que vivas e comoventes exortações não empregaram elas, para inspirarem a seus filhos o horror ao pecado? Quem não conhece as sublimes palavras, que dirigia a S. Luís, ainda criança, sua mãe a rainha Branca de Castela? «Meu filho, eu antes queria ver-te morto a meus pés, do que ver-te cometer um só pecado mortal».

Ainda existem, e em maior número do que realmente se pensa, novas Brancas de Castela, es­creve o Padre Ventura. Apenas falaremos duma destas mães heróicas, que conhecemos. É Virgínia Bruni. Tinha ela três filhos: um menino e duas meninas Ora, todas as noites, depois da oração que lhes fazia rezar em comum, e na sua presença, levantava a voz, e em tom enérgico, dizia : «Meu Deus, ponde de parte o meu amor por estas crianças e permiti que todas três morram na minha pre­sença, antes que tenham a desgraça de cometer um só pecado mortal». Educadas assim no santo temor Deus, não admira que estas felizes crianças, viessem a ser três santos, por morte de sua mãe… O me­nino de então é hoje um sacerdote; a mais nova das meninas é religiosa professa, e a outra edifica o mundo pela sua piedade, visto que a sua débil constituição lhe não permitiu entrar na vida clausural. Continuar lendo

“HONRARÁS PAI E MÃE”

Resultado de imagem para familia católicosOs discípulos da Sabedoria são uma assembléia de justos e a sua comunidade é marcada pela obediência e o amor.

Ouvi, ó filhos, a advertência de um pai, e procedei de tal modo que sejais salvos.

Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe.

Quem honra seu pai intercederá pelos pecados, evitará cair neles e será ouvido na oração quotidiana.

Quem respeita sua mãe é como alguém que ajunta tesouros.

Quem honra seu pai terá alegria em seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido.

Quem honra seu pai terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da mãe.

Quem teme o Senhor honra seus pais e como a senhores servirá aos que o geraram.

Com obras e palavras honra teu pai, para que dele venha sobre ti a bênção.

A bênção do pai consolida a casa dos filhos, mas a maldição da mãe destrói até os alicerces.

Não te glories da injúria sofrida por teu pai, pois não é glória para ti a sua afronta.

A glória de cada um vem da honra de seu pai, e é uma desonra para o filho a mãe desprezada.

Filho, ampara a velhice de teu pai e não lhe causes desgosto enquanto vive.

Mesmo que esteja perdendo a lucidez, sê tolerante com ele e não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida.

A ajuda prestada a teu pai não será esquecida, mas será plantada em lugar dos teus pecados e contada como justiça para ti; no dia da aflição serás lembrado e teus pecados se dissolverão, como o gelo em dia de sol.

Como é infame, quem desampara seu pai, e é amaldiçoado por Deus, quem exaspera sua mãe!

Eclo 3, 1-18

RESPONDENDO À ALGUMAS DÚVIDAS SOBRE O COMPORTAMENTO DAS CRIANÇAS NA MISSA

Resultado de imagem para CRIANÇA REZANDO IGREJA VÉUFonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est 

Revmo. Padre, sou pai da família e me surgiram algumas dúvidas a respeito do comportamento de meus filhos ao assistirem o Santo Sacrifício da Missa. Formulei algumas perguntas que peço que me responda, assim poderei saber o que devo fazer. 

1 – Padre, as crianças pequenas e bebês aproveitam a Missa?

Claro que sim, todo fiel batizado, ainda que seja um bebê de peito, recebe as graças celestiais quando se aproximam do Santo Sacrifício com as devidas disposições. 

2 – Aproveitam da Missa os bebês que dormem durante a mesma?

Certamente que sim, pois os fiéis aproveitam cumprindo com suas boas disposições. No caso do bebê, seu dever de estado não parece ser outro além de comer, dormir e se comportar bem.

3 – Aproveitam a Missa as crianças maiores que brincam durante a Missa?

Não tanto, pois é claro que seu dever como um batizado é ter reverência ao culto divino e isso não é demonstrado jogando e fazendo caprichos. 

4.- Meus filhos devem aprender a se comportar e participar da Missa. Sei que sou obrigado a ensiná-los e corrigi-los se necessário, no entanto, por estar vigiando-os não assisto a Missa e sinto que não cumpro o preceito dominical. O que devo fazer?

Primeiro deve cuidar de seus filhos e tentar ensinar-lhes a se comportarem como pede o Deus bom. O senhor também deve cumprir o dever do seu estado para receber as graças do Santo Sacrifício. Se o senhor não cuida de seus filhos, não está cumprindo seu dever de estado, portanto, não recebe todas as graças que deveria do Santo Sacrifício e ademais, não deixa que os outros cumpram com o preceito. 

5.- O que devo fazer quando meu bebê, por mais que eu tente, não se cala durante a Missa e distrai os outros?

As crianças devem ser ensinadas a se comportarem durante a Santa Missa, preparando-as antecipadamente. O erro mais frequente dos pais é que, quando o bebê começa a incomodar, depois de tentar acalmá-lo, distraindo todos ao seu redor, terminam por leva-lo para fora. Há de preparar as crianças para a Santa Missa! Um lembrete para os pais: crianças pequenas ainda não entendem, simplesmente dependem muito de suas impressões sensíveis.

Pode-se ajudar um bebê a comportar-se bem na capela fazendo-o encontrar um lugar mais confortável dentro dela. Deixe-me explicar: os pais tiram seu bebê de um lugar confortável (sua casa), o cobrem como um esquimó para levá-lo para fora (a criança segue confortável) e o levam para a capela. Aqui lhes tiram o casaco e então a criança entende que é hora de brincar … Um pouco maiores, já sabem que bastam chorar ou fazer birra para que os pais o levem para o pátio (a um lugar mais cômodo) e alí pode brincar… Senhora Mamãe: Alguma vez já se perguntou por que quando está frio lá fora as crianças choram menos na capela?

Elementar, as crianças querem se sentir confortáveis ​​!!! Conheci uma mãe que entendendo esses princípios, tomou duas resoluções práticas, que foram altamente eficientes com seus filhos pequenos: Primeiro: o bebê era levado com pouco abrigo até a capela e o bebê chegava meio tremendo de frio ao átrio. Ao entrar na capela, a mãe o cobria devidamente, lhe dava um beijo e o acalmava. Oh surpresa, o bebê queria ficar lá dentro!!! E se o bebê começava a incomodar, essa mãe “sanguinária e desnaturada”, lhe tirava o abrigo e depois de uma palmada o castigava. Oh, surpresa, o bebê não queria mais sair! Essa mãe “bárbara e sanguinária” educou a várias crianças que são um batalhão de ordem quando estão na missa.  

Isso exige esforço e obediência. Uma criança caprichosa, na qual os pais não ensinaram a obedecer e se controlar (mesmo com um bom corretivo) é impossível entender de repente que deve ficar quieto e em ordem dentro da igreja. Infelizmente na capela só vemos uma parte do que os pais têm em suas casas … Continuar lendo

ISLÂNDIA PODE SER O PRIMEIRO PAÍS A ERRADICAR A SÍNDROME DE DOWN

COMO ESTÃO CONSEGUINDO?

COM UMA FORMA SATÂNICA MODERNA BEM SIMPLES: ABORTANDO OS FETOS IDENTIFICADOS!

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De acordo com a CBS News, em 14 de agosto de 2017, a Islândia poderá ser, em breve, o primeiro país livre da Síndrome de Down, já que quase todos os fetos com essa síndrome são mortos.

Fonte: SSPX USA  – Tradução: Dominus Est

Neste país de 330 mil habitantes, apenas uma ou duas crianças com síndrome de Down nascem todos os anos. Segundo a agencia de notícias americana, esses raros nascimentos se devem às “falhas nos exames pré-natais”. As mulheres islandesas tem permissão para abortar após a 16ª semana de gestação se o feto tiver alguma deformidade. A síndrome de Down, obviamente, está incluída nesta categoria. De acordo com as estatísticas apresentadas pela CBS News, “cerca de 100% das mulheres que receberam o teste positivo para a síndrome de Down interromperam sua gravidez”.

O episódio apresenta o geneticista islandês Kari Stefansson regojizando-se pelo fato do país “praticamente ter erradicado a síndrome de Down da nossa sociedade“. Embora não haja “nada de errado em aspirar a ter filhos saudáveis“, ele se pergunta “até onde devemos devemos ir na busca por esses objetivos”. “É uma decisão bastante complicada”, acrescenta.

De acordo com Jor-El Godsey, presidente de um grupo pró-vida americano que também foi entrevistado pela CBS, a questão é bem simples: “Estes são seres humanos preciosos, feitos à imagem de Deus, e nenhum governo ou pessoa na terra tem autoridade para roubar a vida de pessoas com síndrome de Down “.

Abortar fetos com síndrome de Down é uma prática generalizada em todo o mundo. Quase 70% de todos os fetos que apresentam riscos são mortos nos Estados Unidos, 77% na França, 90% na Suíça e 98% na Dinamarca.

A CASA

Só pode ser na casa. Na casa de família. Na casa que se fecha, não para isolar-se da cidade, mas para abrigar da chuva e do vento a boa sementeira da amizade.

Em relação aos muros da casa de família há porém um problema semelhante ao das fronteiras das nações. Há casas patrióticas e casas nacionalistas. Poderíamos também mencionar as casas internacionalistas, onde entra e sai quem quer, onde todo o mundo faz o que lhe passa pela cabeça, e onde, em suma, impera tamanha tolerância que não seria impróprio chamá-las casas de tolerância.

As nacionalistas são aquelas que mais abrigam uma quadrilha do que uma família. Não porque sejam os seus membros ferozmente desunidos; antes porque são unidos ferozmente. Unidos contra as outras casas.

Nesse ambiente, por mais educados que sejam os hábitos, conspira-se contra a cidade. Nesse reduto, nesse covil, em lugar da sementeira cívica, o que se prepara é o favoritismo, o que se manipula é o pistolão. Nessa casa, o de que se cuida é de arranjar empregos e vantagens para todos, desde que um tio ou um cunhado logrem atingir uma altitude de poder que lhes permita a distribuição privada da coisa pública.

É também postulado nosso que uma sociedade é o que são suas famílias. Ora, é inútil disfarçar a situação em que hoje nos encontramos sob esse ponto de vista. De um lado vê-se a vertiginosa decomposição de nossas melhores tradições. As famílias se desmancham. Os casamentos são cada vez mais efêmeros. E as casas funcionam apenas como plataforma de estação, como ponto de baldeação entre as correrias do dia e as correrias da noite.

É de um importância capital a compreensão do estreito nexo entre os sentimentos familiares e os cívicos, e é essa compreensão que falta em todas as teorias, da direita e esquerda, que pretendem resolver o problema da reestruturação da sociedade sem a amizade cívica e portanto sem a casa que é a oficina dessa amizade.

Voltemos a nossa idéia de um mundo humano formado de zonas concêntricas. Em contrações sucessivas chegamos à casa de família que é (ou deve ser) o lugar onde se destila a amizade cívica. O ar da amizade está ali (ou deve estar) em densidade maior e mais alta pressão. Por isso a casa se fecha. Escola, sala de armas onde se exercita a difícil esgrimagem da justiça, a casa tem o recato necessário a esse aprendizado que não deixa de ter o seu ridículo, como todo aprendizado. Lá dentro entre as quatro paredes bem opacas — contra as idéias arquitetônicas do Sr. Niemeyer — a família aprende e exercita, entre as alegrias e aflições, as regras dos atritos humanos.
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