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A NOSSA PERFEIÇÃO CONSISTE NA CONFORMIDADE COM A VONTADE DIVINA
XIII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: OS DEZ LEPROSOS E O PECADO DE INGRATIDÃO
DA DEVOÇÃO À DIVINA MÃE
A PRISÃO DE JESUS E AS MÁS OCASIÕES
JESUS NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO NÃO DESEJA SENÃO DISPENSAR GRAÇAS
BEM-AVENTURADO DAQUELE QUE SE CONSERVA FIEL A DEUS NA ADVERSIDADE!
ANGÚSTIAS DA ALMA DESCUIDADA NA HORA DA MORTE
NECESSIDADE DA MANSIDÃO E DA HUMILDADE PARA O RELIGIOSO
SANTO AGOSTINHO: OS GOVERNANTES DEVEM SERVIR A DEUS, DEFENDER A VERDADEIRA RELIGIÃO E PUNIR OS HEREGES
Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est
Na coletânea de textos do magistério ordinário infalível sobre a necessária ordenação do poder temporal ao espiritual (Unam Sanctam, Immortale Dei, Vehementer nos e Quas Primas) vimos a Igreja Católica, antes da desastrosa revolução do Concílio Vaticano II, condenar o princípio da dita laicidade do Estado (separação entre Estado e Igreja e sua indiferença quanto à Religião). Junto dessas condenações, acompanhava-se sempre a condenação da liberdade de cultos acatólicos.
O Papa Bento XVI, para explicar a ruptura entre o ensinamento tradicional e as inovações conciliares, várias vezes sustentou (como no famigerado discurso de 2005 à Cúria romana sobre a hermenêutica da continuidade) que tais condenações diziam respeito ao liberalismo do século XIX.
Tese infundada. Santo Agostinho, que escreveu as linhas a seguir, viveu bem antes dos papas do séculos XIX, mas disse as mesmas coisas:
Epístola 185 (Tratado da correção dos donatistas) a Bonifácio
[…]
8. Disse o Apóstolo: “Enquanto temos tempo, façamos bem a todos” (Gal. 6, 10). Por isso, segundo as possibilidades de cada um, seja por meio dos sermões dos pregadores católicos, seja por meio das leis dos imperadores católicos, ou seja, por meio não só daqueles que obedecem às inspirações divinas, mas também daqueles que executam as leis, convidemos todos à salvação e fujamos da perdição eterna. Se os imperadores promulgam más leis contra a verdade e em favor da falsidade, são provados aqueles que creem retamente e são coroados os perseverantes. Mas se os imperadores dão boas leis em favor da verdade e contra a falsidade, são afugentados os violentos e são convertidos os inteligentes. Continuar lendo
XII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O BOM SAMARITANO E O DIVINO REDENTOR
GRANDEZAS INEFÁVEIS DE MARIA SANTÍSSIMA
GRANDES PENAS DE JESUS SOBRE A CRUZ
A SANTÍSSIMA EUCARISTIA É UMA FORNALHA DE AMOR
OS BENS DO CÉU SÃO INEFÁVEIS
O PENSAMENTO DA MORTE FAZ PERDER O APEGO AOS BENS DO MUNDO
NÃO SE PERDOA A TODOS O MESMO NÚMERO DE PECADOS
OUTRA MEDITAÇÃO PARA O XI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES:O SURDO-MUDO E AS CONFISSÕES SACRÍLEGAS
XI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O MILAGRE DO SURDO-MUDO E OS ESPIRITUALMENTE MUDOS
A OBRIGAÇÃO DE BUSCAR A PERFEIÇÃO DA CARIDADE
Estado e dificuldade da questão: não se está tratando da perfeição ínfima, que exclui apenas os pecados mortais, nem tão-somente da perfeição média, que exclui os mortais e os veniais plenamente deliberados, mas da perfeição propriamente dita, que exclui imperfeições deliberadas e atos imperfeitos; logo, não é meramente o convite à perfeição propriamente dita pois, quanto a isso, não há dúvida: todos homens estão convidados à perfeição propriamente dita.
A questão versa sobre a existência de uma obrigação geral de todos católicos tenderem à perfeição da caridade. Não é, contudo, uma obrigação especial, cuja violação seria um pecado especial, como no estado religioso, mas de uma obrigação geral.
A dificuldade surge quando queremos conciliar certas sentenças de Nosso Senhor que, num primeiro momento, parecem contradizer-se.
Por um lado, Cristo aconselha o adolescente rico (Mt 19, 21): “Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá aos pobres… e vem e segue-me”. Estas palavras – “Se queres ser perfeito” – parecem exprimir um conselho, não uma obrigação. Logo, todos os católicos não estão obrigados a buscar a perfeição; aparentemente, somente aqueles que já prometeram seguir os conselhos evangélicos estariam obrigados a buscar a perfeição (1).
Por outro lado, declara Cristo a todos (Mt 5, 48): “Sede pois perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito”. (continue a ler)
No Comentário a S. Mateus, São Tomás de Aquino explica essas palavras do Senhor dizendo: “à perfeição da excelência da vida estão mais obrigados os clérigos do que os leigos; à perfeição da caridade, porém, todos estão obrigados”, ou seja, estamos todos obrigados a buscá-la.
Além disso, na Suma Teológica (2), São Tomás de Aquino prova que, essencialmente, a perfeição consiste não nos conselhos evangélicos, mas nos Mandamentos, uma vez que o primeiro mandamento não tem medida: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças, e com todo o teu entendimento” (Lc 10, 27). E assim, segundo São Tomás, a perfeição da caridade recai sob o Mandamento como a um fim que se deve perseguir. Continuar lendo