CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS PRECEITOS DA IGREJA – PARTE 3

§ 5º – Do quarto preceito da Igreja

493) Que nos manda o quarto preceito da Igreja com as palavras jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre Igreja?

O quarto preceito da Igreja: jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre Igreja, manda-nos que jejuemos e nos abstenhamos de carne na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa; e que nos abstenhamos de carne em todas as sextas-feiras do ano. Esta abstinência pode ser comutada por outra obra pia, a juízo do Bispo Diocesano.

494) Em que consiste o jejum?

O jejum consiste em tomar uma só refeição, durante o dia, e em não comer coisas proibidas.

495) Nos dias de jejum, além da única refeição, é proibido tomar qualquer outro alimento?

Nos dias de jejum, a Igreja permite uma pequena parva pela manhã, e uma ligeira refeição à noite, ou, então, cerca do meio-dia, quando se deixa para a tarde a refeição maior.

496) Para que serve o jejum?

O jejum serve para nos dispor melhor para a oração, para fazer penitência dos pecados cometidos, e para nos preservar de cometer outros novos. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS PRECEITOS DA IGREJA – PARTE 2

§ 3º – Do segundo preceito da Igreja

483) Que nos manda a Igreja com as palavras do segundo preceito: confessar-se ao menos uma vez cada ano?

Com as palavras do segundo preceito: confessar-se ao menos uma vez cada ano, a Igreja obriga todos os cristãos que chegaram ao uso da razão, a receber, uma vez ao menos em cada ano, o Sacramento da Penitência.

484) Qual é o tempo mais próprio para cumprir o preceito da confissão anual?

O tempo mais próprio para cumprir o preceito da confissão anual é a Quaresma, segundo o uso introduzido e aprovado ein toda a Igreja.

485) Por que diz a Igreja que nos confessemos ao menos uma vez cada ano?

A Igreja diz ao menos, para dar a conhecer o seu desejo de que nos aproximemos deste Sacramento com mais freqüência.

486) É pois útil confessar-nos com freqüência?

É muito útil confessar-nos com freqüência, sobretudo porque é difícil que se confesse bem e se conserve isento de pecado mortal, quem se confessa raras vezes. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS PRECEITOS DA IGREJA – PARTE 1

§ 1º – Dos preceitos da Igreja em geral

469) Além dos Mandamentos da Lei de Deus, que mais coisas somos nós obrigados a observar?

Além dos Mandamentos da Lei de Deus, somos obrigados a observar os mandamentos ou preceitos da Igreja.

470) Somos obrigados a obedecer à Igreja?

Sem dúvida, somos obrigados a obedecer à Igreja, porque o próprio Jesus Cristo no-lo ordena, e porque os preceitos da Igreja facilitam a observância dos Mandamentos de Deus.

471) Quando começa a obrigação de observar os preceitos da Igreja?

A obrigação de observar os preceitos da Igreja começa geralmente com o uso da razão.

472) É pecado transgredir um preceito da Igreja?

Transgredir com advertência um preceito da Igreja em matéria grave é pecado grave. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM AO PRÓXIMO – PARTE 3

cat§ 5º – Do oitavo Mandamento da Lei de Deus

450) Que nos proíbe o oitavo Mandamento: não levantar falso testemunho?

O oitavo Mandamento: não levantar falso testemunho, proíbe-nos atestar falsidade em juízo; proíbe também a detração ou murmuração, a calúnia, a adulação, o juízo e a suspeita temerários, e toda espécie de mentiras.

451) Que é a detração ou murmuração?

A detração ou murmuração é um pecado que consiste em manifestar, sem justo motivo, os pecados ou defeitos alheios.

452) Que é a calúnia?

A calúnia é um pecado que consiste em atribuir maliciosamente ao próximo culpas e defeitos que não tem.

453) Que é a adulação?

A adulação é um pecado que consiste em enganar urna pessoa, dizendo-lhe falsamente bem dela mesma ou de outra, com o fim de tirar daí algum proveito. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM AO PRÓXIMO – PARTE 2

cat§ 3º – Do 6º e do 9º Mandamentos da Lei de Deus

423) Que nos proíbe o sexto Mandamento: não pecar contra a castidade?

O sexto Mandamento: não pecar contra a castidade, proíbe qualquer ação, palavra ou olhar contrários à santa pureza, e a infidelidade no matrimônio.

424) Que nos proíbe o nono Mandamento?

O nono Mandamento proíbe expressamente todo o desejo contrário à fidelidade que os cônjuges se juraram ao contrair matrimônio; e proíbe também todo o pensamento culpável e todo desejo de ação proibida pelo sexto Mandamento.

425) É um grande pecado a impureza?

É um pecado gravíssimo e abominável diante de Deus e dos homens; rebaixa o homem à condição dos irracionais, arrasta-o a muitos outros pecados e vícios, e provoca o, mais terríveis castigos de Deus nesta vida e na outra.

426) São pecados todos os pensamentos que nos vêm ao espírito contra a pureza?

Os pensamentos que nos vêm ao espírito contra ti pureza, por si mesmos não são pecados, mas antes tentações e incentivos ao pecado.

427) Quando são pecados os maus pensamentos?

Os maus pensamentos, ainda que não sejam seguidos de ação, são pecados, quando culpavelmente lhes damos motivo, ou neles consentimos, ou nos expomos ao perigo próximo de neles consentir. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM AO PRÓXIMO – PARTE 1

cat§ 1º – Do quarto Mandamento da Lei de Deus

399) Que nos ordena o quarto Mandamento: honrar pai e mãe?

O quarto Mandamento: honrar pai e mãe, ordena-nos respeitar o pai e a mãe, obedecer- lhes em tudo o que não é pecado, e auxiliá-los em suas necessidades espirituais e temporais.

400) Que nos proíbe o quarto Mandamento?

O quarto Mandamento proíbe-nos ofender os nossos pais com palavras, obras, ou de qualquer outra maneira.

401) Debaixo do nome de pai e de mãe, que mais pessoas compreende este Mandamento?

Debaixo do nome de pai e de mãe, este Mandamento também compreende todos os legítimos superiores tanto eclesiásticos como seculares, aos quais portanto devemos obedecer e respeitar.

402) De onde vem aos pais a autoridade demandar nos filhos, e aos filhos a obrigação de lhes obedecer?

A autoridade que os pais têm de mandar nos filhos, e a obrigação que têm os filhosde obedecer, vêm-lhes de Deus que constituiu e ordenou a família, a fim de que nela o homem encontre os primeiros meios necessários para o seu aperfeiçoamento material e espiritual. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM A DEUS – PARTE 2

cat§ 2° Do segundo Mandamento da Lei de Deus

  1. Que nos proíbe o segundo Mandamento: Não tomar seu Santo Nome em vão?

O segundo Mandamento: Não tomar seu Santo Nome em vão, proíbe-nos: 1.° Pronunciar o nome de Deus sem respeito. 2° Blasfemar contra Deus, contra a Santíssima Virgem ou contra os Santos. 3. ° Fazer juramentos falsos ou desnecessários ou proibidos desta ou daquela maneira. 

  1. Que quer dizer pronunciar o Nome de Deus sem respeito?

Pronunciar o Nome de Deus sem respeito quer dizer: pronunciar este Santo Nome e tudo o que se refere de modo especial ao próprio Deus, como o Nome de Jesus Cristo, de Maria e dos Santos, com ira, por escárnio ou de outro modo pouco reverente. 

  1. Que é a blasfêmia?

A blasfêmia é um pecado horrível que consiste em palavras ou atos de desprezo ou maldição contra Deus, contra a Virgem, contra os Santos ou contra as coisas santas. 

  1. Há diferença entre a blasfêmia e a imprecação ou praga?

Há diferença, porque com a blasfêmia se amaldiçoa ou se deseja mal a Deus, a Nossa Senhora e aos Santos; ao passo que, com a imprecação ou praga, se amaldiçoa ou se deseja mal a si mesmo ou ao próximo.  Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS QUE SE REFEREM A DEUS – PARTE 1

§ 1º Do primeiro Mandamento da Lei de Deus

  1. Por que disse o Senhor antes de ditar os Mandamentos: “Eu sou o Senhor teu Deus”?

Antes de promulgar os seus Mandamentos, Deus disse: “Eu sou o Senhor teu Deus”, para que saibamos que Deus, sendo o nosso Criador e Senhor, pode mandar o que quiser, e nós, criaturas suas, somos obrigados a obedecer-Lhe.

  1. Que nos ordena Deus com as palavras do primeiro Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas?

Com as palavras do primeiro Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas, Deus nos ordena que o reconheçamos, adoremos, amemos e sirvamos a Ele só, como a nosso Soberano Senhor.

  1. Como se cumpre o primeiro Manda­mento?

Cumpre-se o primeiro Mandamento com o exercício do culto interno e externo.

  1. Que é o culto interno?

O culto interno é a honra que se presta a Deus só com as faculdades da alma, isto é, com a inteligência e com a vontade.

  1. Que é o culto externo?

O culto externo é a homenagem que se presta a Deus por meio de atos exteriores e de objetos sensíveis.  Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DOS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS EM GERAL

pio x342)     De que trata a terceira parte da Doutrina Cristã? 

A terceira parte da Doutrina Cristã trata dos Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja.

343)     Quantos são os Mandamentos da Lei de Deus? 

Os Mandamentos da Lei de Deus são dez:

1o  Amar a Deus sobre todas as coisas.

2o  Não tomar seu Santo Nome em vão.

3o  Guardar domingos e festas.

4o  Honrar pai e mãe.

5o  Não matar.

6o  Não pecar contra a castidade.

7o  Não furtar.

8o  Não levantar falso testemunho.

9o  Não desejar a mulher do próximo.

10º Não cobiçar as coisas alheias.

344)     Por que têm esse nome os Mandamentos da Lei de Deus?

Os Mandamentos da Lei de Deus têm esse nome porque foi o próprio Deus que os gravou na alma de todo o homem, os promulgou no monte Sinai, na antiga Lei, esculpidos em duas tábuas de pedra, e Jesus Cristo os confirmou na Lei nova. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA INVOCAÇÃO DOS SANTOS

pio x339)     É coisa boa e útil recorrer à intercessão dos Santos? 

É  coisa utilíssima invocar os Santos, e todo o Cristão o deve fazer. Devemos invocar particularmente nossos Anjos da Guarda, São José, protetor da Igreja, os Santos Apóstolos, o Santo do nosso nome e os Santos protetores da diocese e da paróquia.

 340)      Que diferença há entre as orações que fazemos a Deus e as que fazemos aos Santos?

Entre as orações que fazemos a Deus e as que fazemos aos Santos, há esta diferença: que a Deus, invocamo-Lo a fim de que, como autor das graças, nos dê os bens e nos livre dos males, e aos Santos, invocamo-los para que, como advogados junto de Deus, intercedam por nós.

 341)     Que queremos dizer, quando dizemos que um Santo concedeu uma graça?

Quando dizemos que um Santo concedeu uma graça, queremos dizer que esse Santo obteve de Deus aquela graça.

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA AVE-MARIA

pio x324)     Que oração costumamos rezar depois do Pai Nosso?

Depois do Pai Nosso rezamos a saudação angélica, isto é, a Ave-Maria, por meio da qual recorremos à Santíssima Virgem.

683)     Por que é a Ave-Maria chamada saudação angélica?

Chama-se a Ave-Maria saudação angélica, porque principia com a saudação que dirigiu à Virgem Maria o Arcanjo São Gabriel.

326)     De quem são as palavras da Ave-Maria?

As palavras da Ave-Maria são, em parte do Arcanjo São Gabriel, em parte de Santa Isabel e em parte da Igreja.

327)     Quais são as palavras do Arcanjo São Gabriel?

As palavras do Arcanjo São Gabriel são: “Ave, cheia de graça; o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres”. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA ORAÇÃO DOMINICAL

pio x1o– Da oração dominical em geral

278)     Qual é a oração vocal mais excelente?

A oração vocal mais excelente é aquela que o próprio . o Jesus Cristo nos ensinou, isto é, o Pai-Nosso.

279)     Por que é o Pai-Nosso a oração mais excelente?

O Pai-Nosso é a oração mais excelente porque foi o próprio Jesus Cristo que a compôs e no-la ensinou,- porque contém claramente, em poucas palavras, tudo o que podemos esperar de Deus; e porque é a regra e o modelo de todas as outras orações.

 280)  É também o Pai-Nosso a oração mais eficaz?

O Pai-Nosso é também a oração mais eficaz, porque é a mais agradável a Deus, porque é feita com as mesmas palavras que nos ditou o seu Divino Filho.

281)  Por que se chama o Pai-Nosso oração dominical?

Chama-se o Pai-Nosso oração dominical, que quer dizer oração do Senhor, precisamente porque nos ensinou Jesus Cristo por sua própria boca. Continuar lendo

CATECISMO DE SÃO PIO X – DA ORAÇÃO EM GERAL

pio x252)     De que trata a segunda parte da Doutrina Cristã?

A segunda parte da Doutrina Cristã trata da oração em geral, e do Pai Nosso em particular.

 253)     Que é a oração?

A oração é uma elevação da alma a Deus, para adora-Lo, para Lhe dar graças e para Lhe pedir aquilo de que precisamos.

 254)  Como se divide a oração?
A oração divide-se em mental e vocal. Oração mental é a que se faz só com a alma; oração vocal a que se faz com as palavras acompanhadas da atenção do espírito e da devoção do coração.

255)     Pode dividir-se de outra maneira a oração?

A oração pode também dividir-se em particular e pública.

256)     Que é a oração particular?

A oração particular é a que faz cada um em particular, por si ou pelos outros. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO XIII

pio xDo duodécimo artigo do “Credo”

245)     Que nos ensina o último artigo do Credo: na vida eterna?

O último artigo do Credo ensina-nos que depois da vida presente há outra, ou eternamente feliz para os eleitos no Paraíso, ou eternamente desgraçada para os condenados no Inferno. 

246)     Podemos compreender a felicidade do Paraíso?

Não. Não podemos compreender a felicidade do Paraíso, porque excede os conhecimentos da nossa inteligência limitada, e porque os bens ao Céu não podem comparar-se aos bens deste mundo. 

247)     Em que consiste a felicidade dos eleitos?

A felicidade dos eleitos consiste em ver, amar e possuir para sempre a Deus,fonte de todo o bem. 

248)     Em que consiste a desgraça dos condenados?

A desgraça dos condenados consiste em serem para sempre privados da vista de Deus, e punidos com tormentos eternos no Inferno. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO XII

pio xDo undécimo artigo do “Credo”

238)     Que nos ensina o undécimo artigo do Credo: na ressurreição da carne?

O undécimo artigo do Credo ensina-nos que todos os homens hão de ressuscitar, retomando cada alma o corpo que teve nesta vida. 

239)     Como se fará a ressurreição dos mortos?

A ressurreição dos mortos realizar-se-á por virtude de Deus Onipotente, a Quem nada é impossível. 

240)     Quando será a ressurreição dos mortos?

A ressurreição de todos os mortos será no fim do inundo, e depois seguir-se-á o Juízo universal. 

241)     Por que quer Deus a ressurreição dos corpos?

Deus quer a ressurreição dos corpos para que a nossa alma, tendo feito o bem ou o final unida ao corpo, receba juntamente com ele o prêmio ou o castigo.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO XI

pio xDo décimo artigo do “Credo”

 234)     Que nos ensina o décimo artigo do Credo: na remissão dos pecados ?

O décimo artigo do Credo ensina-nos que Jesus Cristo deixou à sua Igreja o poder de perdoar os pecados.

235)     Pode a Igreja perdoar toda a espécie de pecados ?

Sim, a Igreja pode perdoar todos os pecados, por numerosos e graves que sejam, porque Jesus Cristo Lhe concedeu pleno poder de ligar e desligar. 

236)     Quem são os que na Igreja exercem este poder de perdoar os pecados ?

Os que na Igreja exercem o poder de perdoar os pecados são, em primeiro lugar, o Papa que é o único que possui a plenitude de tal poder; depois os Bispos e, sob a dependência dos Bispos, os Sacerdotes.

237)     Como perdoa a Igreja os pecados ?

A Igreja perdoa os pecados pelos merecimentos de Jesus Cristo, administrando os Sacramentos por Ele instituídos para esse fim, especialmente o Batismo e a Penitência

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 6

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 6o – Daqueles que estão fora da Igreja 

223)     Quem são os que não participam da comunhão dos Santos ?

Aqueles que não participam da comunhão dos Santos são, na outra vida, os condenados, e nesta vida aqueles que não pertencem nem à alma nem ao corpo da Igreja, quer dizer, aqueles que estão em estado de pecado mortal e se encontram fora da verdadeira Igreja. 

224)  Quem são os que se encontram fora da verdadeira Igreja ?

Encontram-se fora da verdadeira Igreja os infiéis, os judeus, os hereges, os apóstatas, os cismáticos e os excomungados. 

225)     Quem são os infiéis ?

Os infiéis são aqueles que não foram batizados e não crêem em Jesus Cristo, seja porque crêem e adoram falsas divindades, como os idólatras; seja porque, embora admitam o único Deus verdadeiro, não crêem em Cristo Messias, nem como vindo na pessoa de Jesus Cristo, nem como havendo de vir ainda: tais são os maometanos e outros semelhantes. 

226)     Quem são os judeus ?

Os judeus são aqueles que professam a lei de Moisés, não receberam o batismo, nem crêem em Jesus Cristo.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 5

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 5o – Da comunhão dos Santos

214) Que nos ensina o nono artigo do Credo com aquelas palavras: na comunhão dos Santos ?

Com as palavras: na comunhão dos Santos, o nono artigo do Credo ensina nos que na Igreja, pela íntima união que existe entre todos os seus membros, são comuns os bens espirituais, assim internos Como externos, que lhe pertencem. 

215)     Quais são na Igreja os bens comuns internos ?

Os bens comuns internos na Igreja são: a graça que se recebe nos Sacramentos, a Fé, a Esperança, a Caridade, os merecimentos infinitos de Jesus Cristo, os merecimentos superabundantes da Santíssima Virgem e dos Santos, e o fruto de todas as boas obras que na mesma Igreja se fazem. 

216)     Quais são os bens externos comuns na Igreja ?

Os bens externos comuns na Igreja são: os sacramentos, o Santo Sacrifício da Missa, as orações públicas, as funções religiosas, e todas as outras práticas exteriores que unem entre si os fiéis.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 4

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 4o – Do Papa e dos Bispos

191)     Quem é o Papa?

O Papa, a quem chamamos também Sumo Pontífice ou Romano Pontífice, é o sucessor de São Pedro na Sede de Roma, o Vigário de Jesus Cristo na terra, e o chefe visível da Igreja. 

192)     Por que o Romano Pontífice é o sucessor de São Pedro?

O Romano Pontífice é o sucessor de São Pedro, porque São Pedro reuniu na sua pessoa a dignidade de Bispo de Roma e de chefe da Igreja e porque, por disposição divina, estabeleceu em Roma a sua sede, e aí morreu. Por isso quem é eleito Bispo de Roma, é também herdeiro de toda a sua autoridade. 

193)     Por que o Romano Pontífice é o Vigário de Jesus Cristo?

O Romano Pontífice é o Vigário de Jesus Cristo porque ele O representa na terra, e faz as suas vezes no governo da Igreja.

194)     Por que o Romano Pontífice é o Chefe visível da Igreja?

O Romano Pontífice é o Chefe visível da Igreja porque a dirige visivelmente com a mesma autoridade de Jesus Cristo, que é a cabeça invisível da Igreja.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 3

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 3o – Da Igreja docente e da Igreja discente

 

179)     Há alguma distinção entre os membros que compõem a Igreja?

Entre os membros que compõem a Igreja há distinção muito importante, porque há uns que mandam, outros que obedecem, uns que ensinam, outros que são ensinados. 

180)     Como se chama a parte da Igreja que ensina?

A parte da Igreja que ensina chama-se docente, ou ensinante. 

181)     E a parte da Igreja que é ensinada, como se chama?

A parte da Igreja que é ensinada chama-se discente. 

182)     Quem estabeleceu esta distinção na Igreja?

Esta distinção na Igreja estabeleceu-a o próprio Jesus Cristo. 

183)     A Igreja docente e a Igreja discente são, pois, duas Igrejas distintas?

A Igreja docente e a Igreja discente são duas partes distintas de uma só e mesma Igreja, como no corpo humano a cabeça é distinta dos outros membros, e, não obstante, forma com eles um corpo só.  Continuar lendo

31 MAIO – FESTA DE NOSSA SENHORA RAINHA (MARIA RAINHA)

CARTA ENCÍCLICA AD CAELI REGINAM
DO SUMO PONTÍFICE PAPA PIO XII

SOBRE A REALEZA DE MARIA  E A INSTITUIÇÃO DA SUA FESTA

AOS VENERÁVEIS IRMÃOS
PATRIARCAS, PRIMAZES,
ARCEBISPOS E BISPOS
E OUTROS ORDINÁRIOS DO LUGAR 
EM PAZ E COMUNHÃO
COM A SÉ APOSTÓLICA

INTRODUÇÃO

Desde os primeiros séculos da Igreja católica, elevou o povo cristão orações e cânticos de louvor e de devoção à Rainha do céu tanto nos momentos de alegria, como sobretudo quando se via ameaçado por graves perigos; e nunca foi frustrada a esperança posta na Mãe do Rei divino, Jesus Cristo, nem se enfraqueceu a fé, que nos ensina reinar com materno coração no universo inteiro a Virgem Maria, Mãe de Deus, assim como está coroada de glória na bem-aventurança celeste.

Ora, depois das grandes calamidades que, mesmo à nossa vista, destruíram horrivelmente florescentes cidades, vilas e aldeias; diante do doloroso espetáculo de tantos e tão grandes males morais, que transbordam em temeroso aluvião; quando vacila às vezes a justiça e triunfa com freqüência a corrupção; neste incerto e temeroso estado de coisas, sentimos nós a maior dor; mas ao mesmo tempo recorremos confiantes à nossa rainha, Maria santíssima, e patenteamos-lhe não só os nossos devotos sentimentos mas também os de todos os fiéis cristãos.

É grato e útil recordar que nós próprios – no dia 1° de novembro do ano santo de 1950, diante de grande multidão formada de cardeais, bispos, sacerdotes e simples cristãos, vindos de toda a parte do mundo – definimos o dogma da assunção da bem-aventurada virgem Maria ao céu(1), a qual presente em alma e corpo, reina entre os coros dos anjos e santos, juntamente com o seu unigênito Filho. Além disso – ocorrendo o primeiro centenário da definição dogmática do nosso predecessor de imortal memória Pio IX, que proclamou ter sido a Mãe de Deus concebida sem qualquer mancha do pecado original – promulgamos,(2) com grande alegria do nosso coração paterno, o presente ano mariano; e vemos com satisfação que não só nesta augusta cidade – especialmente na Basílica Liberiana, onde inumeráveis multidões vão testemunhando bem claramente a sua fé e ardente amor a Mãe do céu – mas em todas as partes do mundo a devoção à virgem Mãe de Deus refloresce cada vez mais, ocorrendo grandes peregrinações aos principais santuários de Maria. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 2

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 2o – Da Igreja em particular

149)     Que é a Igreja Católica?

A Igreja Católica é a sociedade ou reunião de todas as pessoas batizadas que, vivendo na terra, professam a mesma fé e a mesma lei de Cristo, participam dos mesmos Sacramentos, e obedecem aos legítimos Pastores, principalmente ao Papa. 

150)     Dizei precisamente o que é necessário para alguém ser membro da Igreja. 

Para alguém ser membro da Igreja, é necessário estar batizado, crer e professar a doutrina de Jesus Cristo, participar dos mesmos Sacramentos, reconhecer o Papa e os outros legítimos Pastores da Igreja. 

151)     Quem são os legítimos Pastores da Igreja? 

Os legítimos Pastores da Igreja são o Pontífice Romano, isto é, o Papa, que é o 1o Pastor universal, e os Bispos. Além disso, sob a dependência dos Bispos e do Papa, têm parte no oficio de Pastores os outros Sacerdotes e especialmente os párocos. 

152)     Por que dizeis que o Pontífice Romano é o Pastor Universal da Igreja? 

Porque Jesus Cristo disse a São Pedro, primeiro Papa: 

“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e dar-te-ei as chaves ao reino dos Céus, e tudo o que ligares na terra, será ligado no Céu; e tudo o que desligares na terra, será desligado também no Céu”

 E disse-lhe mais: Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 1

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 1o – Da Igreja em geral

142) Que nos ensina o nono artigo do Credo: creio na Santa Igreja Católica; na Comunhão dos Santos?

O nono artigo do Credo ensina-nos que Jesus Cristo fundou sobre a terra uma sociedade visível, a qual se chama Igreja Católica, e que todas as pessoas que fazem parte desta Igreja estão em comunhão entre si. 

143) Por que, depois do artigo que trata do Espírito Santo, fala-se imediatamente da Igreja Católica?

Depois do artigo que trata do Espírito Santo, fala-se imediatamente da Igreja Católica, para indicar que toda a santidade da mesma Igreja procede do Espírito Santo, que é o autor de toda a santidade. 

144)  Que quer dizer esta palavra Igreja?

A palavra Igreja quer dizer convocação ou reunião de muitas pessoas.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO IX

pio xDo oitavo artigo do “Credo”

130)  Que nos ensina o oitavo artigo do Credo: creio no Espírito Santo?

O  oitavo artigo elo Credo ensina-nos que existe o Espírito Santo, terceira Pessoa da Santíssima Trindade, e que Ele é Deus eterno, infinito, onipotente, Criador e Senhor de todas as coisas, como o Pai e o Filho. 

131)     De quem procede o Espírito Santo?

O  Espírito Santo procede do Pai e do Filho como de um só princípio, por via de vontade e de amor. 

132)      Se o Filho procede do Pai, e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, parece que o Pai e o Filho existem antes do Espírito Santo. Como então se diz que são eternas todas as três Pessoas divinas?

Diz-se que são eternas todas as três Pessoas divinas, porque o Pai gerou o Filho desde toda a eternidade, e do Pai e do Filho procede o Espírito Santo, também desde toda a eternidade. 

133)      Por que a terceira Pessoa da Santíssima Trindade se designa particularmente com o nome de Espírito Santo ?
Designa-se a terceira Pessoa da Santíssima Trindade particularmente com o nome de Espírito Santo, porque procede do Pai e do Filho por meio de expiração e de amor. 
Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO VIII

pio xDo sétimo artigo do “Credo”

124)      Que nos ensina o sétimo artigo do Credo: de onde ha de vir a julgar os vivos e os mortos?

O sétimo artigo do Credo ensina-nos que no fim do mundo Jesus Cristo cheio de glória e de majestade, há de vir do Céu para julgar todos os homens, bons e maus, e para dar a cada um o prêmio ou o castigo que tiver merecido. 

125)      Se cada um, logo depois da morte há de ser julgado por Jesus Cristo no juízo particular, por que havemos de ser julgados todos no Juízo universal?

Havemos de ser julgados todos no Juízo universal por várias razões:

1)   para glória de Deus;

2)   para glória de Jesus Cristo;

3)   para glória dos Santos;

4)   para confusão dos maus;

5)   finalmente para que o corpo, depois da ressurreição universal, tenha juntamente com a alma a sua sentença de prêmio ou de castigo. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO VII

pio xDo sexto artigo do “Credo”

119)      Que nos ensina o sexto artigo do Credo: subiu ao Céu, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso?

O sexto artigo do Credo ensina-nos que Jesus quarenta dias depois da sua ressurreição na presença dos seus discípulos, subiu por Si mesmo ao Céu e que sendo, enquanto Deus, igual ao Pai Eterno na Glória, enquanto homem, foi elevado acima de todos os Anjos e de todos os Santos, e constituído Senhor de todas as coisas.

120)      Por que Jesus Cristo, depois da sua ressurreição, esteve quarenta dias na terra, antes de subir ao Céu?

Jesus Cristo, depois da sua ressurreição, esteve quarenta dias na terra, antes de subir ao Céu, para provar, com várias aparições, que ressuscitara verdadeiramente, e para instruir melhor os Apóstolos e confirmá-los nas verdades da fé. 

121)     Por que Jesus Cristo subiu ao Céu?

Jesus Cristo subiu tio Céu:

1)   para tomar posse do seu reino, que havia merecido com sua morte;

2)   para preparar o nosso lugar na glória, e para ser nosso Mediador e Advogado junto do Pai Eterno;

3)   para enviar o Espírito Santo aos seus Apóstolos.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO VI

pio xDo quinto artigo do “Credo”

114) Que nos ensina o quinto artigo do Credo: desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos?

O quinto artigo do Credo ensina-nos que a alma de Jesus Cristo, assim que se separou do corpo, foi ao Limbo e que, ao terceiro dia, se uniu de novo ao corpo, para nunca mais dele se separar.

115)     Que se entende aqui por inferno?

Por inferno entende-se aqui o Limbo, isto é, aquele lugar onde estavam as almas dos justos, esperando a redenção de Jesus Cristo. 

116) Por que as almas dos justos não foram introduzidas no Paraíso antes da morte de Jesus Cristo?

As almas dos justos não foram introduzidas no Paraíso antes da morte de Jesus Cristo, porque pelo pecado de Adão o Paraíso estava fechado; e convinha que Jesus Cristo, cuja morte o reabriu, fosse o primeiro a entrar nele.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO V

pio xDo quarto artigo do “Credo”

95) Que nos ensina o quarto artigo do Credo: padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado?

O quarto artigo do Credo ensina-nos que Jesus Cristo, para remir o mundo com o seu precioso Sangue, padeceu sob Pôncio Pilatos, governador da Judéia, e morreu no madeiro da Cruz, da qual foi descido, e no fim sepultado. 

96) Que quer dizer a palavra padeceu?

A palavra padeceu exprime todos os sofrimentos suportados por Jesus Cristo na sua Paixão. 

97) Padeceu Jesus Cristo enquanto Deus ou enquanto homem?

Jesus Cristo padeceu enquanto homem somente, porque enquanto Deus não podia padecer nem morrer. 

98) Que espécie de suplício era o da cruz? 

O suplício da cruz era, naqueles tempos, o mais cruel e ignominioso de todos os suplícios.

99) Quem foi que condenou Jesus Cristo a ser crucificado?

Quem condenou Jesus Cristo a ser crucificado foi Pôncio Pilatos, governador da Judéia, o qual no entanto reconhecera a sua inocência; mas cedeu covardemente às ameaças dos judeus. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO IV

pio xDo terceiro artigo do “Credo”

82) Que nos ensina o terceiro artigo do Credo: o qual foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria?

O terceiro artigo do Credo ensinam-nos que o Filho de Deus tomou um corpo e uma alma, como nós temos, no seio puríssimo de Maria Santíssima, Pelo poder do Espírito Santo, e que nasceu desta Virgem.

83) Concorreram o Pai e o Filho também para formar o corpo e para criar a alma de Jesus Cristo?

Sim, para formar o corpo e para criar a alma de Jesus Cristo, concorreram todas as três Pessoas divinas.

84) Por que se diz só: foi concebido pelo poder do Espírito Santo?

Diz-se só: foi concebido pelo poder do Espírito Santo, porque a Encarnação do Filho de Deus é obra de bondade e de amor, e as obras de bondade e de amor atribuem-se ao Espírito Santo.

85) Fazendo-se homem, deixou o Filho de ser Deus?

O Filho de Deus, fazendo-se homem, não deixou de ser Deus.
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DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO III

pio xDo segundo artigo do “Credo”

68) Que nos ensina o segundo artigo do Credo: e em Jesus Cristo, Seu único Filho, Nosso Senhor?

O segundo artigo do Credo ensina-nos que o Filho de Deus é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade; que Ele é Deus eterno, todo-poderoso, Criador e Senhor, como o Pai; que se fez homem par nos salvar; e que o Filho, de Deus feito homem se chama Jesus Cristo.

 69) Por que se chama Filho a segunda Pessoa?

A segunda Pessoa chama-se Filho porque é gerada pelo Pai por via de inteligência, desde toda a eternidade; e por este motivo se chama também Verbo eterno do Pai.

70) Sendo também nós filhos de Deus, por que Jesus Cristo se chama Filho único de Deus Pai?

Jesus Cristo chama-se Filho único de Deus porque só Ele é por natureza seu Filho, e nós seus filhos por criação e por adoção.

71) Por que Jesus Cristo se chama Nosso Senhor?

Chama-se Jesus Cristo Nosso Senhor não se porque, enquanto Deus, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, nos criou, como também porque, em enquanto Deus e homem nos remiu com seu Sangue.
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