UMA AJUDA ESSE MÊS!

Resultado de imagem para caridadePrezados amigos, prezados leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Vocês que acessam e gostam de nosso blog, vocês que acompanham as ações da FSSPX pelo mundo, vocês que lutam pelo Reinado Social de Nosso Senhor, vocês que sabem que a Tradição é a única solução para a restauração a Igreja… AJUDE-NOS! 

Estamos, mais uma vez, pedindo vossa ajuda nessa campanha em prol da compra de um terreno e futura construção de mais uma Capela para a Tradição e para a Santa Igreja. Sabemos que o caminho é longo e árduo, por isso, toda ajuda é importante.

CLIQUE AQUI E SAIBA COMO!

Faça um gesto nobre de caridade, por amor à Santa Igreja!!

Ad Majorem Dei Gloriam

Aproveitamos para agradecer a todos que nos ajudam ou ajudaram em algum momento nessa campanha, mesmo de forma anônima. Contem com nossas orações.

Que Nossa Senhora os conduza ao caminho da santidade.

OUTRAS BELÍSSIMAS FOTOS DAS ORDENAÇÕES EM ECÔNE – 2017

Além das daquelas que já postamos, publicamos agora outras belíssimas fotos das ordenações de 12 padres e elevação de 6 diáconos ocorridas no Seminário Internacional da FSSPX, em Ecône, dia 29 de junho de 2017.

PROCISSÃO DE ENTRADA

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PROSTRAÇÃO DOS ORDENANDOS

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IMPOSIÇÃO DAS MÃOS

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O SACRAMENTO DA ORDEM

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AS PRIMEIRAS BÊNÇÃOS

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – QUINTA CARTA – PARTE 1

Resultado de imagem para céu catolicoReconhecimento dos amigos ou a amizade no Céu

Todos os santos se têm comprazido no pensamento de reconhecer e amar ainda no Céu os seus amigos. – Sentimentos do B. Etelredo. – Palavras do P. Rapin. – Santo Ambrósio. – O Santo Cura d’Ars. 

SENHORA,

Além do estreito círculo da família, pode a amizade estender a vasta esfera das nossas afeições.

O Homem-Deus quis ter amigos na terra, e dignou-se reuni-los em volta de Si no Céu. A Seu exemplo, os mais santos personagens deixaram dilatar o amor de seu coração; todos tiveram amigos escolhidos entre mil, e todos se têm regozijado com o pensamento de os reconhecerem e amarem ainda na eterna glória.

Também escreveram admiráveis páginas a respeito da verdadeira e perfeita amizade, que é toda espiritual. 

Apenas vos citarei uma que diz particular respeito ao nosso assunto. É do bem-aventurado Etelredo ou Aelredo, contemporâneo de S. Bernardo e abade da ordem dos Cistercienses, na Inglaterra. É uma conversa com um amigo.

Aelredo. Suponhamos que não haja neste mundo pessoa alguma além de vós, e que todas as delícias, com todas as riquezas do universo, estejam à vossa disposição, ouro, prata, pedras preciosas, cidades muradas, acampamentos fortificados por torres, grandes edifícios, esculturas e pinturas. Suponhamos ainda que estejais restabelecido no antigo estado, e que todas as criaturas vos sejam submissas como ao primeiro homem. Pergunto-vos: Todas estas coisas poderiam ser-vos agradáveis sem um companheiro?

Gualter. Não, por certo.

Aelredo. Mas se tivésseis somente um companheiro cuja língua ignorásseis, cujos costumes desconhecêsseis, e cujo coração e espírito vos fossem ocultos? Continuar lendo

CRUZADA DE ROSÁRIOS – JULHO 2017

Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aos que estão em oração conosco na NOVA CRUZADA DE ROSÁRIOS DA FSSPX, segue abaixo a planilha para acompanhamento em JULHO.

Julho

Os que quiserem informar a quantidade de terços e sacrifícios oferecidos em junho podem nos enviar pelo gespiox@yahoo.com.br que repassaremos ao Priorado de São Paulo para a contabilização.

Que Nossa Senhora nos mantenha fiel na verdadeira Fé.

BREVE CRÔNICA DA OCUPAÇÃO NEO-MODERNISTA NA IGREJA CATÓLICA – PARTE 6

Para ler a Primeira Parte clique aqui.

Para ler a Segunda Parte clique aqui.

Para ler a Terceira Parte clique aqui.

Para ler a Quarta Parte clique aqui.

Para ler a Quinta Parte clique aqui.

AS “NOVIDADES CONCILIARES”, QUINTESSÊNCIA DA NOVA TEOLOGIA

Vamos nos debruçar aqui sobre as “novidades conciliares” em suas grandes linhas, examinando somente alguns textos do Vaticano II, a saber: Lumen Gentium nº 8; Unitatis Redintegratio c. I nº 3; Nostra Aetate;Dignitatis Humanae; Gaudium et Spes e Lumen Gentium c. III. 

Temos de deixar de lado, por razões de concisão, outros documentos importantes do Vaticano II, como por exemplo, Dei Verbum e outros acontecimentos graves decisivos, como as tratativas informais da Santa Sé, por intermédio do cardeal Bea, com os representantes do judaísmo mundial a fim de chegar a uma representação favorável ao judaísmo no documento Nostra Aetate; ou ainda a escandalosa e deliberada ausência de condenação do comunismo (por razões ecumênicas): era a condição posta pelo governo soviético para a presença de representantes do patriarcado ortodoxo de Moscou no Vaticano II como “observadores”, com o abandono da petição apresentada pelos 450 padres conciliares…

Lumen Gentium

A constituição dogmática Lumen Gentium afirma: “… a única Igreja de Cristo […], constituída e organizada neste mundo como uma comunidade subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e os bispos em comunhão com ele”.[1]

Trata-se de uma única palavra: “subsiste”, mas de uma palavra sustentada por uma questão de fé, e uma das mais graves.

A doutrina católica, na verdade, sempre identificou a única, verdadeira Igreja de Cristo com a única Igreja católica romana, excluindo a diversas seitas heréticas e cismáticas que se separaram dela ao longo dos séculos. Trata-se, em última análise, da questão mais importante na vida de cada homem, a da verdadeira religião e da verdadeira Igreja na qual poderemos encontrar a vida eterna. A voz da Tradição e dos Padres da Igreja sempre foi unânime neste assunto.

“O homem não pode se salvar senão na Igreja Católica”. Lembrava Santo Agostinho de Hipona, enquanto que “fora da Igreja Católica ele consegue tudo, menos se salvar. Ele consegue cargos, ele pode receber os sacramentos, pode cantar ‘aleluia’ e responder ‘Amem’, pode ter o Evangelho, ter fé e pregar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas em nenhum lugar além da Igreja Católica ele poderá obter a salvação”[2].

O esquema da Comissão preparatória do Concílio tinha afirmado com clareza a doutrina eterna, reafirmando que “a Igreja de Cristo é a Igreja Católica”[3]. Os neo-modernistas, ao contrário, conseguiram introduzir no novo texto conciliar o “subsiste” (subsistir), abrindo assim as portas para a demolição da Igreja e a ruína eterna de todos, católicos e não-católicos, através do ecumenismo atual, que considera todas as confissões cristãs heréticas e cismáticas — “ortodoxas”, anglicanas, luteranas, etc. — como já fazendo parte, se bem que não plenamente, da única Igreja de Cristo, na qual a Igreja Católica limitar-se-ia justamente a “subsistir”, sem se identificar com ela de modo exclusivo. Continuar lendo

FOTOS DA TOMADA DE HÁBITO E PRIMEIROS VOTOS DAS IRMÃS CONSOLADORAS DO SAGRADO CORAÇÃO

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Na sexta-feira, 23 de junho de 2017, Festa do Sagrado Coração de Jesus, foi realizada em Vigne di Narni, no Distrito da FSSPX na Itália, a cerimônia de tomada de hábito e profissão religiosa dos primeiros votos para, respectivamente, 2 postulantes e 3 noviças da comunidade Irmãs Consoladoras do Sagrado coração .

Duas novas noviças tomaram o hábito e receberam como nome: Irmã Maria Madelena do Amor Misericordioso e Irmã Maria Bernadette de Jesus Crucificado. Ao lado delas a irmã Marie Catherineirmã Claire e Irmã Marie Véronique fizeram seus primeiros votos.

Foi o Padre Emmanuel du Chalard, sacerdote da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Assistente do Superior do Distrito da Itália e Capelão Geral das Irmãs Consoladoras do Sagrado Coração de Jesus (que cuidam de um orfanato e uma escola na Índia) quem oficiou a cerimônia. Estavam juntos a ele uma dúzia de confrades, incluindo Pe. Alain-Marc Nély, Segundo Assistente do Superior Geral da FSSPX e Pe. Robert Brucciani, Superior do Distrito do Reino Unido .

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Há 21 anos, em 1996, quando a cooperação entre comunidade das Irmãs Consoladoras do Sagrado Coração e a Fraternidade São Pio X começou, elas eram 6 religiosas professas. No final de 2016 já eram 16 professas, 5 noviças e 2 postulantes.

– Na Casa Mãe de Vigne di Narni (Itália): 7 professas, 3 noviças e 2 postulantes.

– No Priorado de Montalenghe (Itália): 4 professas.

– No orfanato que mantém na Índia: 5 professas e 2 noviças são dedicam a 70 meninas e 10 idosos ou enfermos.

Elas são ajudadas por voluntários – muitos jovens ocidentais que oferecem vários meses de serviços no orfanato – além dos responsáveis pela cozinha e casa de manutenção, sem contar o motorista, o segurança e o responsável por cuidar de 10 vacas.

FOTOS DAS ORDENAÇÕES EM ECÔNE 2017: 12 SACERDOTES E 6 DIÁCONOS

Seis novos diáconos e doze novos padres para transmitirem a herança de Mons. Marcel Lefebvre

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

No dia 29 junho de 2017, na festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, no seminário de Ecône (Suíça), D. Alfonso de Galarreta, ordenou 12 novos sacerdotes da Fraternidade Sacerdotal São Pio X: 11 franceses e 1 espanhol.

Ele também elevou ao diaconato 6 alunos do quinto ano: 5 franceses, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X e das comunidades amiga, e 1 inglês.

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Dirigindo-se aos ordenandos, Mons. de Galarreta disse:

“Esta fé que os senhores devem ensinar, é a verdade de Cristo, de seu evangelho, da Tradição, do magistério de sempre, da Fé de sempre. Esta é a doutrina de Cristo transmitida pela Tradição e pela Santa Igreja, e é isso que deve ensinar o padre.

O que é exigido dele é que seja fiel e ensine pura e fielmente esta doutrina de Cristo e nada mais. Sem essa fé, não podemos agradar a Deus. E qualquer coisa que não proceda dessa fé é pecado e cisma e está fora da unidade da igreja. Onde não há conhecimento da verdade imutável e eterna, há apenas falsa virtude. […]

A situação atual é de uma crise fé na Santa Igreja. Monsenhor Lefebvre dizia que este espírito liberal e modernista do Concílio Vaticano II triunfou e penetrou até o mais alto ponto da Igreja. Mistério da iniqüidade … “

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Em seguida, eles encontraram seus parentes e amigos, a quem deram suas primeiras bênçãos, com grande emoção, que era nítida em seus rostos.

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Estes jovens sacerdotes receberam, durante a missa, a imposição das mãos de 3 bispos e 143 sacerdotes que estiveram presentes na cerimônia, onde viram crescer o futuro da Tradição. Os fiéis vieram em grande número para comungarem desta alegria inexplicável. 

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

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NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – QUARTA CARTA – PARTE 3

Resultado de imagem para céu catolicoConformidade de sentimento e de linguagem em todos os lugares. – S. Cipriano. – S. Teodoro Estudita. – Elogio que faz de sua mãe. – Cartas de consolação que ele escreve. – Pura alegria dos esposos no Céu. – Santa Francisca Romana e seu filho Evangelista. – Alegria dos pais e dos filhos no Paraíso.

Mas esquecia-me de que prometera percorrer todo o horizonte da Igreja, para vos mostrar a sua conformidade de sentimentos e de linguagem sobre todos os pontos.

Na África, eis S. Cipriano que foi educado no paganismo, e só abraçou a continência depois da sua conversão. Eleito Bispo de Cartago e condenado ao martírio, consolou os fiéis por ocasião duma epidemia que então grassava e que os ameaçava de morte. Que lhes disse ele? Dirigiu-lhes palavras que a Santa Igreja recorda aos seus sacerdotes, na oitava da festa de Todos os Santos. Ei-las:

“Visto que vivemos na terra como estrangeiros e viajantes, suspiremos pelo dia que nos conduzirá à nossa habitação e nos reintegrará no Reino dos Céus. Qual é aquele que, estando exilado, não se apressaria a voltar à sua pátria?

Qual é aquele que, obrigado a regressar por mar aos lares pátrios, não desejaria ardentemente um vento favorável, a fim de poder mais cedo abraçar aqueles que lhe são queridos?

A nossa pátria é o Paraíso, e os patriarcas, nossos antepassados, já aí nos precederam. Apressemo-nos, pois, e corramos para ver a nossa pátria e saudar os nossos maiores! Somos esperados por um grande número de pessoas que nos são queridas; somos desejados por uma grande multidão de parentes, de irmãos e de filhos que, seguros da sua imortalidade, se conservam ainda solícitos pela nossa salvação. Ir vê-los, ir abraçá-los, ah! que alegria para nós e para eles![67]”

Entre os gregos, em Constantinopla, um dos campeões mais intrépidos da ortodoxia contra os iconoclastas do Oriente, S. Teodoro Estudita, tinha entrado em religião na idade de vinte e dois anos, sob a direção dum tio materno, a quem sucedeu no governo. Teve a ventura de fazer, na presença de todos os religiosos, o elogio fúnebre de sua mãe, panegírico que o cardeal Mai traduziu e publicou, elogio que um coração amoroso não pode ler sem uma profunda comoção. Apenas soube que a sua enfermidade era mortal, escreveu-lhe uma carta afetuosa e consoladora, em que chegou a dizer: Continuar lendo

A REVOLUÇÃO DAS ÁRVORES

Imagem relacionadaEm sutil alegoria de Joergensen, um altaneiro jequitibá concebeu um plano arrojado: “Irmãs, disse ele às árvores da selva, deveis saber que a terra nos pertence: pois vede, tanto o homem como os animais de nós dependem; sem nós não podem existir. Alimentamos as vacas, as ovelhas, as aves, as abelhas, tudo enfim de nós vive, somos o centro de tudo, o próprio humus da floresta é formado por nossas folhas caídas e decompostas. Só um poder há acima de nós: é o sol. Verdade é que dizem depender dele nossa vida. Contudo, irmãs, reparai bem, estou convencido que isso não passa de fábula para meter-nos medo. Qual! Não podermos viver sem o sol? Antiquada lenda supersticiosa, indigna de plantas modernas e esclarecidas…”

O jequitibá interrompeu-se por um momento. Umas figueiras seculares e um cedro majestoso, de idade avançada, meneavam suas copas em sinal de desaprovação, mas as árvores novas aplaudiam animadamente de todos os lados.

O jequitibá retomou o lanço e continuou:

“Bem sei que há entre vós uma facção de ignorantes e atrasadas, o partido das velhas que ainda acredita em fábulas. Eu, entretanto, ponho minha esperança no sentimento de autonomia e independência da nova geração vegetal. É tempo de sacudirmos o jugo do sol. Então surgirá uma descendência livre, uma linhagem nova de maior nobreza. Eia! vamos à luta pela liberdade! Ah! velho lampião do céu, teu reino findou!”

As últimas palavras do agitador perderam-se na tempestade de aplausos que estrugiam de todos os lados; o entusiasmo juvenil, manifestado com turbulência desusada, abafou também as censuras e protestos das árvores velhas.

“Comecemos pois a luta contra o sol”, comandou o jequitibá. Continuar lendo

DO HOMEM BOM E PACÍFICO

Resultado de imagem para homem olhando para o horizontePrimeiro conserva-te em paz, e depois poderás pacificar os outros. O homem apaixonado, até o bem converte em mal e facilmente acredita no mal; o homem bom e pacífico, pelo contrário, faz com que tudo se converta em bem. Quem está em boa paz de ninguém desconfia; o descontente e perturbado, porém, é combatido de várias suspeitas e não sossega, nem deixa os outros sossegarem. Diz muitas vezes o que não devia dizer, e deixa de fazer o que mais lhe conviria. Atende às obrigações alheias, e descuida-se das próprias. Tem, pois, principalmente zelo de ti, e depois o terás, com direito, do teu próximo.

Bem sabes desculpar e cobrir tuas faltas, e não queres aceitar as desculpas dos outros! Mais justo fora que te acusasses a ti e escusasses o teu irmão. Suporta os outros, se queres que te suportem a ti. Nota quão longe estás ainda da verdadeira caridade e humildade, que não sabe irar-se ou indignar-se senão contra si própria. Não é grande coisa conviver com homens bons e mansos, porque isso, naturalmente, agrada a todos; e cada um gosta de viver em paz e ama os que são de seu parecer. Viver, porém, em paz com pessoas ásperas, perversas e mal educadas que nos contrariam, é grande graça e ação louvável e varonil.

Uns há que têm paz consigo e com os mais; outros que não têm paz nem a deixam aos demais; são insuportáveis aos outros, e ainda mais o são a si mesmos. E há outros que têm paz consigo e procuram-na para os demais. Toda a nossa paz, porém, nesta vida miserável, consiste mais na humilde resignação, que em não sentir as contrariedades. Quem melhor sabe sofrer maior paz terá. Esse é vencedor de si mesmo e senhor do mundo, amigo de Cristo e herdeiro do céu.

Imitação de Cristo – Tomás de Kempis

A IMAGEM VIVA

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Fonte: SSPX District of Great Britain – Tradução: Dominus Est

O JOVEM REI

Era uma vez um jovem rei. Ninguém sabia que ele era um rei porque seus antepassados ​​tinham sido derrotados em batalha e o reino havia passado para outras mãos. No entanto, o jovem ainda era legitimamente um rei e tinha autoridade natural e sabedoria, além de cuidar daqueles ao seu redor como se fossem seus súditos. 

Caminhando por uma estreita rua lateral da capital do reino, na parte pobre da cidade, o rei avistou uma criança chorando. A criança não tinha pais e foi abandonada nas ruas para encontrar comida e abrigo. O rei parou, sorriu e deu à criança uma sacola de frutas e iguarias que tinha acabado de comprar em um mercado próximo. Mas tão rápido quanto chegou, o rei desapareceu novamente, deixando a criança admirada e feliz, e perguntando quem era o homem misterioso que tinha sido tão gentil. 

Poucos meses depois, o mesmo aconteceu novamente – quando a criança já tinha perdido a esperança, o rei apareceu do nada e deu à criança uma sacola contendo roupas, um pouco de sabão e muita comida. Desta vez, porém, o rei parou para conversar. A primeira coisa que ele disse foi: “Não tenha medo”. 

Com o passar dos meses, os encontros se tornaram mais frequentes – primeiro quinzenalmente, depois uma vez por semana e então quase todos os dias. O rei trazia tudo o que era bom para a criança – não somente coisas materiais, mas amizade e amor paternal. A vida da criança foi transformada por esses encontros; todos os dias, cada momento ocioso, a criança costumava pensar com felicidade no jovem rei … Continuar lendo

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – QUARTA CARTA – PARTE 2

Resultado de imagem para céu catolicoA segurança de se reconhecerem os parentes no Céu tem consolado todos os santos. – O B. Henrique Suso. – S. Tomás de Aquino. – S. Francisco Xavier. – Santa Tereza. – O seu pensar a respeito da felicidade de uma mãe. – Felizes as pais que têm filhos religiosos. 

Esta certeza de uma especial união com os nossos parentes na eterna bem-aventurança, é uma consolação tão pura e tão doce que tem chegado a fazer as delícias dos próprios santos. Por todos os ventos do Céu, do Oriente, do meio dia, do Ocidente e do Setentrião, nos chegam vozes que testemunham esta verdade.

A Alemanha apresenta-nos, entre muitos outros, o B. Henrique Suso, religioso da Ordem de S. Domingos. O seu nome era Henrique Besg, mas preferiu o nome de Suso, que era o de sua mãe, para honrar a sua piedade e recordar-se dela incessantemente[59].

Esta virtuosa mãe morreu numa Sexta-feira Santa, à mesma hora em que Nosso Senhor foi crucificado. Henrique estudava então em Colônia. Ela apareceu-lhe durante a noite, toda resplandecente de glória:

“Meu filho, lhe disse, ama com todas as tuas forças o Deus onipotente, e fica bem persuadido de que Ele nunca te abandonará em teus trabalhos e aflições. Deixei o mundo; mas isto não é morrer, pois que vivo feliz no Paraíso, onde a misericórdia divina recompensou o imenso amor que eu tinha à Paixão de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

– Ó minha santa mãe, ó minha terna mãe, exclamou Henrique, amai-me sempre no Céu, como fizestes na Terra, e não me abandoneis jamais nas minhas aflições!”

A bem-aventurada desapareceu, mas seu filho ficou inundado de consolação[60].

Em outra ocasião viu a alma de seu pai, que tinha vivido muito apegado ao mundo. Apareceu-lhe cheia de sofrimentos e aflições, fazendo-lhe assim compreender os tormentos que sofria no Purgatório, e pedindo-lhe o socorro das suas orações. Continuar lendo

O TRABALHO

Resultado de imagem para mulher do lar“Ora et labora – Reza e trabalha!” Era esta a divisa usada por uma antiga Ordem. Quanto mais fielmente os membros daquela Ordem se apegavam a esta divisa, tanto melhor se tornava para a sua virtude e perfeição, para a sua alegria e felicidade, para o bom êxito e prosperidade de seu trabalho. Mas, isto que com proveito se aplica aos habitantes do claustro, tem também a sua repercussão para as pessoas do mundo, e para estas, talvez, com mais vantagens do que para as primeiras. Como já incuti em teu coração o amor à oração, quero agora recomendar-te o trabalho.

1º- Trabalha com fidelidade e diligência; pois o trabalho é um dever.

Já no paraíso o homem devia trabalhar, segundo a vontade de Deus. Está escrito no Gênesis (2,15): Deus, o Senhor, tomou o homem e o colocou no paraíso, para que ele o cultivasse. Aliás, o trabalho, era para o homem uma distração doce e suave. Depois da queda, Deus renovou a ordem, o preceito do trabalho. Dirigindo-se a Adão, que representava toda a humanidade, disse: Comerás o pão no suor da tua face, até que tornes a terra, donde foste tirado. (Gênesis 3, 19). Homem algum está isento da lei do trabalho, nem o rico, nem pobre, nem o rei, nem a mocidade (esta principalmente) que é a primavera da vida, o tempo da semeadura.

Na mocidade é que se deve preparar a terra, para que há seu tempo, se logre colher, com abundância: a mocidade é a quadra em que se deve cuidar da árvore, para que mais tarde não produza frutos amargos, insípidos e envenenados. Na mocidade é que se hão de aprender os meios de ganhar a vida e sustentar-se na idade futura. Se a mocidade transcorre-se na vadiagem, então está perdida, e esta perda é, na maioria dos casos irreparável, irremediável. De modo que, justamente para ti, na tua mocidade, a obrigação de trabalhar é muito séria e importante, e deverás cumpri-la conscienciosamente.

Trabalha com fidelidade e diligência, pois o trabalho é uma honra. Não é de fato uma honra o tornar-se semelhante ao divino Salvador, trabalhar, como Ele o fez? Como Jesus trabalhava com diligência e boa vontade! Na oficina de Nazaré, no decorrer de muitos anos, dia a dia, o suor Lhe gotejou de face, quando com a enxó na mão, desbastava a madeira. Continuar lendo

AS VIRTUDES MORAIS NA VIDA INTERIOR

Resultado de imagem para garrigou lagrangePara compreender como deve ser o funcionamento do organismo espiritual, é importante saber distinguir, sob as virtudes teologais, as virtudes morais adquiridas, já descritas pelos moralistas da antigüidade pagã e que podem existir sem o estado de graça, das virtudes morais infusas, ignoradas dos moralistas pagãos e descritas no Evangelho. As primeiras, como seu nome indica, adquirem-se pela repetição dos atos sob a direção da razão natural mais ou menos desenvolvida. As segundas são ditas infusas, porque somente Deus pode produzi-las em nós; não são o resultado da repetição de nossos atos: recebemo-las no batismo, como partes do organismo espiritual e, se tivermos a infelicidade de perdê-las, a absolvição no-las restitui. As virtudes morais adquiridas, conhecidas dos pagãos, possuem um objeto acessível à razão natural; as virtudes morais infusas possuem um objeto essencialmente sobrenatural, proporcionado ao nosso fim sobrenatural, que seria inacessível sem a fé infusa na vida eterna, na gravidade do pecado, no valor redentor da Paixão do Salvador, no penhor da graça e dos sacramentos1. 

Com relação à vida interior, falaremos primeiramente das virtudes morais adquiridas, depois das virtudes morais infusas e, enfim, das relações de umas com outras.

As virtudes morais adquiridas 

Elevemo-nos progressivamente dos graus inferiores da moralidade natural àqueles da moralidade sobrenatural. Notemos de início, com Santo Tomás, que no homem em estado de pecado mortal costumamos encontrar falsas virtudes, como a temperança no avaro; ele a pratica não por amor do bem honesto e razoável, não para viver segundo a reta razão, mas por amor deste bem útil que é o dinheiro. Do mesmo modo, se paga suas dívidas, é antes para evitar os aborrecimentos dum processo do que por amor à justiça. 

Acima dessas falsas virtudes, não é impossível encontrar, mesmo no homem em estado de pecado mortal, verdadeiras virtudes morais adquiridas. Muitos praticam a sobriedade para viver razoavelmente e, pelo mesmo motivo, pagam suas dívidas e fornecem alguns bons princípios aos seus filhos. 

Mas, enquanto o homem permanece em estado de pecado mortal, as verdadeiras virtudes encontram-se em estado de disposição pouco estável (in statu dispositionis facile mobilis), não estão ainda em estado de sólida virtude (difficile mobilis). Por que? Porque enquanto o homem estiver em estado de pecado mortal, sua vontade está habitualmente desviada de Deus; em vez de amá-lO acima de tudo, o pecador se ama a si mais que a Deus, donde a grande fraqueza para realizar o bem moral, mesmo o de ordem natural.  Continuar lendo

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – QUARTA CARTA – PARTE 1

Resultado de imagem para céu catolicoReconhecimento dos parentes ou a família no Céu

Reflexo dos três principais mistérios da nossa religião na família cristã. – A família recomposta no Céu. – Palavras de Tertuliano. – Exemplo de Nosso Senhor. – Tocante espetáculo que oferecerá o Paraíso. – Jesus e Maria reconhecem-Se. – Maria tem cuidado de Jesus no Sacramento do Seu amor. – Ela conserva sobre o Seu Coração um soberano poder.

SENHORA,

Desejaríeis saber, particularmente, o que acontece à família no Céu, isto é, se Deus ali a recompõe, e se a esperança de possuir vossos parentes na pátria celeste é uma consolação de que possais gozar sem receio, sem escrúpulo e sem imperfeição. Podereis duvidá-lo, quando tantos santos personagens vo-lo afirmam, tanto por seus exemplos como por suas palavras?

Deus coroou de glória e honra a família cristã, e faz brilhar em sua fronte o reflexo dos três principais mistérios da nossa religião. Vede por onde ela começa: – Por um Sacramento que é o sinal sagrado da união do Verbo de Deus com a natureza humana, da união de Jesus Cristo com a sua Igreja, e da união do mesmo Deus com a alma justa.

Quem o disse? Um grande Papa, Inocêncio III[54]. Vede por onde continua: “Maridos, amai vossas mulheres como Jesus Cristo amou a sua Igreja e se entregou por ela; mulheres, amai vossos maridos como a igreja ama a Jesus Cristo e se entrega por Ele”.

Quem o disse? O grande apóstolo S. Paulo (Eph., V, 25).

Vede por onde acaba:  – Pelas relações de origem que os anjos nos enviam, tanto elas nos recordam as da Trindade e nos procuram alegrias; porque o homem é do homem como Deus é de Deus. Homo est de homine, sicut Deus de Deo. Assim o disse um grande doutor, S. Tomás de Aquino[55].

Mas teria mais poder o sopro da morte para destruir esta obra prima, do que a virtude força para lhe conservar o esplendor? E visto que o amor é forte como a morte (Cant., VIII, 6), dar-se-á que a caridade de Deus, que criou a família, que a caridade do homem que lhe santifica o uso, não queira ou não possa refazer eternamente no Céu o que a morte desfez temporariamente na terra? Continuar lendo

E O RAIO NÃO O MATOU…

Resultado de imagem para raios casaQueriolet, inimigo de Deus, vivia cheio de pecados e vícios.

Numa viagem, durante uma terrível tempestade, raios e trovões, aborreceram-no de tal sorte que, chegando a casa, tomou uma espingarda e disparou-a contra o Céu, ameaçando a Nosso Senhor. (Coisa horrível!!)

Orgulhoso por essa desforra, foi deitar-se. Mas a ira de Deus fez-se logo sentir. Um raio fende os ares e penetra no quarto do ímpio blasfemo, derretendo uma das barras da cama.

Tendo depois pegado no sono, viu em sonho o lugar no inferno a ele reservado. Tão impressionado ficou, que pediu ingresso no convento dos religiosos para fazer penitência. Mas as dificuldades e as tentações foram tantas que, saltando os muros do mosteiro, fugiu para o mundo, continuando em seus pecados.

Uma qualidade boa ele tinha. Rezava todos os dias a Ave-Maria.

Certo dia entrou numa Igreja, em que um Padre estava procurando expulsar o demônio de um possesso. Apenas chegara perto, o inimigo infernal o descobriu dentre a multidão e gritou:

“Eis um dos meus! Eis um dos meus!” Queriolet, vendo-se condenado ao inferno por testemunho do próprio demônio, resolveu mudar, de vez, de vida. Aproveitando a ocasião, perguntou ao possesso por que não o fulminara o raio que caíra no seu quarto e fundira a barra de sua cama, deixando a ele ileso.

– O que te valeu, respondeu o diabo, foi a recitação da Ave-Maria. Não fosse isso, estarias a tempo comigo no inferno.

De quantos perigos nos preservam as orações bem feitas à mãe de Jesus!

Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri C. F. M.

O ECUMENISMO MODERNO E SEUS ESCÂNDALOS – LITURGIA LUTERANO-CATÓLICA EM SALAMANCA

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

Foi presidida sobre pelo bispo Brian Farrell, secretário do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, e por Martin Junge, secretário-geral da Federação Luterana Mundial. O ato contou, entre os pregadores, com cardeal Ricardo Blázquez, arcebispo de Valladolid e presidente da Conferência Episcopal Espanhola e Pedro Zamora, pastor da Igreja Evangélica Espanhola.

O ato consistiu, informa a Universidade Pontifícia de Salamanca, em “uma comemoração ecumênica, entre luteranos e católicos, que reflete em sua estrutura litúrgica básica o tema da ação de graças, da confissão e do arrependimento, e o testemunho e compromisso comum” .

É chamativa a referência à confissão, detestada pelos protestantes na medida que exige a mediação do sacerdote para o perdão dos pecados e rompe a ideia de Lutero da salvação pela sola fide [somente a fé]. Este ato parece desprovido de toda condição sacramental.

Se começa a perder (e, felizmente, diríamos) uma referência à Eucaristia e ao sacramento ordenado a ela, que é da Ordem Sacerdotal. Foram excluídos dessa relação porque, de acordo com Martin Junge, “seu caráter sacramental e a definição teológica do ministério e sua publicação dentro do contexto eclesial não oferece, até o momento, uma base comum com a suficiente convergência para seguir avançando nos processos de unidade“.

E essa realidade é pertinaz: ou os luteranos aceitam a teologia católica da Santa Missa, e então já não serão luteranos ou católicos a abandonam, e, então, já não serão católicos. O que não haverá nunca é uma liturgia luterano-católica, e tampouco foi essa de Salamanca. Foi uma liturgia luterana, embora participando dela um bispo da Cúria e um cardeal.

A dita cerimônia encerrava um congresso de Teologia Ecumênica por ocasião do quinto centenário da Reforma, celebrado sob o título Do conflito à comunhão.

Nela se produziam algumas das vazias declarações que são frequentes no campo ecumênico: “Nossos diferentes tradições teológicas, litúrgicas, espirituais e canônicas são uma variedade de dons que temos de cuidar, compartilhar e apresentar, e dessas legítimas diferenças, aprofundar e lutar pela unidade” disse a reitora da Universidade Pontifícia de Salamanca, Mirian de las Mercedes Cortes Dieguez. Se católicos e protestantes tem apenas “tradições” distintas (de modo que pode ser entendidos os ritos católicos orientais e o latino), se ademais essas tradições são “dons” (entende-se que do Espírito Santo) e se as diferenças que nos separam são “legítimas” … o que detém esse movimento ecumênico oficialista de chegar até as últimas consequências? Se é “legítimo” e é um “dom” que os luteranos celebrem uma “ceia” sem consagração sacramental nem transubstanciação, para que continuar dialogando sobre o tema? Vamos nos unir em um sincretismo absoluto que tolere os opostos e esquecer o princípio da contradição, e pronto!

Tanto mais, como apontou o decano da Faculdade de Teologia, Gonzalo Tejerina Arias, “a unidade não tem marcha à ré, é o futuro do cristianismo: a unidade dos crentes é o único horizonte do futuro do cristianismo“. Dizer que a “unidade” é o futuro é esquecer de que a “unidade” é uma das notas essenciais atuais (não futuras) da verdadeira Igreja. O futuro desejável é que regressem a ela quem delas se separou. Dessa forma, apontar como “único horizonte de futuro” do cristianismo uma união de compromisso entre católicos, hereges e cismáticos é um verdadeiro insulto à virtude teologal da Esperança e uma falta de caridade para com os errantes. É assinalar  que, sem o ecumenismo, a Igreja morreria, contra a promessa de Nosso Senhor da sua sobrevivência até o fim dos tempos.

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Nota do Blog: sobre o verdadeiro ecumenismo, indicamos a leitura da Encíclica Mortalium Animos, de Pio XI

CONVENIÊNCIA DAS HERESIAS

Resultado de imagem para santo agostinhoMas porque é dito com grande verdade: É preciso que haja até mesmo cisões entre vós, a fim de que se tornem manifestos, entre vós, aqueles que são comprovados (1Cor 11,19), aproveitemos também nós desse benefício da divina Providência. Porque os que se tornam hereges são desses homens que mesmo estando dentro da Igreja, errariam igualmente. Mas por estarem fora, aproveitam-nos muito — não por ensinarem a doutrina da verdade a qual ignoram — mas por estimularem os católicos carnais a procurá-la, e os católicos espirituais a encontrá-la. Pois existem na santa Igreja de Deus inumeráveis varões de comprovada virtude que de outro modo permaneceriam ocultos entre nós. Isso porque preferimos estar entregues ao prazer do sono nas trevas da imperícia, a contemplar de frente a luz da verdade. Portanto, se muitos têm a alegria de ver o dia do Senhor é graças aos hereges que os despertaram. Utilizemo-nos, pois, dos hereges, não para aceitar os seus erros, mas para nos confirmar na disciplina católica contra os seus ataques. E sejamos mais cautelosos e vigilantes, já que não conseguimos fazê-los voltar ao caminho da salvação

Métodos de autodefesa. 

Pode-se defender de muitas maneiras a religião cristã contra os disputadores e abrir caminho aos que a buscam. O mesmo Deus onipotente manifesta sempre a verdade por si mesma. Aos que têm boa vontade para percebê-la e adotá-la, Deus faz-se ajudar por bons anjos e alguns homens escolhidos. Cada qual empregue, para defender a sua religião, o método que lhe parecer conveniente, conforme as pessoas com quem estiver tratando. De minha parte, depois de examinar com exame prolongado, a índole dos que combatem a verdade e a dos que a investigam; depois de constatar o que eu mesmo fui, quer no tempo em que a combatia, quer quando a procurava, eu julgo ser razoável seguir este método: tudo o que reconheceres como verdadeiro, conservar e atribuir à Igreja católica; o falso deixar, e (perdoa-me a mim que sou homem) o duvidoso admiti-lo, até que ou a reflexão te esclarecer ou a autoridade te ensinar, quer a rejeitar, quer a reconhecer a evidência, ou seja ainda, a perseverar naquilo que deve ser acreditado.

(Ó Romaniano), atende, pois, aos raciocínios que seguem, com zelo e piedade, quanto fores capaz, porque Deus vem em ajuda de tais esforços

A Verdeira Religião – Santo Agostinho

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – TERCEIRA CARTA – APÊNDICE

Resultado de imagem para céu catolicoOremos pelos pecadores mesmo depois da sua triste morte

I

Mistérios da graça por ocasião da morte. – Como se podem explicar. – Eficácia das orações feitas pelos pecadores depois do seu falecimento, segundo a opinião do P. de Ravignam. – Testemunho de S. João Crisóstomo. 

SENHORA,

A Igreja não condena pessoa alguma. Publica os seus decretos em que nos declara que esta ou aquela pessoa está no Céu, o que nunca fez a respeito dos condenados.

Tenho a satisfação de saber que lendo vós uma obra que merece toda a consideração, notastes particularmente estas linhas:

“O Padre de Ravignam gostava de falar dos mistérios da graça, que cria passarem-se no momento da morte, e parece ter sido o seu sentimento de que um grande número de pecadores se convertem nos seus últimos momentos, e expiram reconciliados com Deus.

Há, em certas mortes, mistérios de misericórdia e rasgos de graça em que os olhos humanos só vêem golpes de justiça. À luz dum último raio, Deus revela-se algumas vezes a certas almas cuja maior desgraça fora ignorá-lo; o último suspiro, compreendido por Aquele que sonda os corações, pode ser um gemido que implore o perdão”.

O marechal Exelmans, a quem uma queda do cavalo subitamente precipitou no túmulo, não praticava a religião. Tinha prometido confessar-se, mas não teve tempo. Todavia, no mesmo dia da morte, uma pessoa habituada às celestes comunicações acreditou ouvir uma voz interior que lhe dizia:

“Quem conhece a extensão da minha misericórdia? Sabe-se porventura a profundeza do mar e as águas que encerra? Muito será perdoado a certas pessoas que muito ignoram”. Continuar lendo

DO CATECISMO

Resultado de imagem para mãe filhos catolicosQuando a inteligência da criança está desen­volvida, o sacerdote encarrega-se de completar, pelo catecismo, a educação religiosa. As mulheres verdadeiramente cristãs dão-se por felizes, vendo ter­minar a sua obra, por um mestre mais hábil e mais experimentado que elas. As mães, que pelo con­trário, deixaram os seus filhos submersos na igno­rância das coisas mais necessárias, são as que menos empenho mostram, em lhes fazer seguir as instruções familiares do catecismo. É todavia para toda a mãe, e principalmente para uma mãe negligente, uma obrigação rigorosa mandar ao catecismo os seus filhinhos. E que pretextos plausíveis poderão alegar, para deixarem de cum­prir este imperioso dever? Precisais do vosso filho? Não importa. Sois pobre e é preciso que ele tra­balhe para ganhar o pão de cada dia? Não importa também. Em qualquer dos casos, deveis mandá-lo ensinar, e reservar-lhe alguns instantes para isso. Tendo obrigação de prover às necessidades do seu corpo, porque haveis de desprezar o cuidado da sua alma, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo? Uma mãe que tem fé sincera, encontra sempre tempo para mandar um filho ao catecismo e ao trabalho.

«O catecismo não é só a instrução; é, segundo o pensamento do ilustre bispo de Orleans, a educação religiosa do homem, durante os anos da sua infância e da sua mocidade; e ensinar o catecismo, não é só ensinar às crianças o cristianismo, é educá-las no cristianismo.» E nunca a criança teve mais imperiosa necessidade das exortações paternas, do pastor ou do sacerdote, do que depois da sua primeira comu­nhão. Para convencer as nossas leitoras, basta que leiam o seguinte trecho extraído dum breve de Sua Santidade Pio IX a Mgr. Dupanloup.

«Por mais perfeito que fosse o ensino feito à criança, dos elementos da doutrina cristã e das máximas de piedade, se mais tarde, quando os «sentidos fazem sentir o seu império, os negócios temporais a sua tirania, os erros o seu sopro funesto, não vierem novos ensinos confirmar essas crianças nos seus bons princípios, formá-las na «prática das virtudes, inspirar-lhes o amor do que aprenderam, só a custo se pode esperar algum bom «resultado dos primeiros trabalhos, de que todo o fruto será perdido… Exortamos todos aqueles a «quem está confiado o cuidado dos povos, a que não se contentem em lançar as sementes da fé e «das virtudes na alma das crianças, mas em cultivar, tanto quanto possível, esses germens nos adolescentes, e nas crianças.» Continuar lendo

DA COMUNHÃO ESPIRITUAL

Resultado de imagem para comunhão espiritualQuanto à maneira de fazer a Comunhão espiritual de que falei antes, é preciso conhecer a doutrina do santo Concílio de Trento, o qual ensina que se pode receber o Santíssimo Sacramento de três modos: sacramentalmente, espiritualmente, ou sacramentalmente e espiritualmente ao mesmo tempo.

Não se fala aqui do primeiro modo, que se verifica também nos que comungam em estado de pecado mortal, como fez Judas; nem do terceiro, comum a todos os que comungam em estado de graça; mas trata-se aqui e do segundo, adequado àqueles que, tomando as palavras do santo Concílio, impossibilitados de receber sacramentalmente o Corpo de Nosso Senhor, “o recebem em espírito, fazendo atos de fé viva e ardente caridade, e com um grande desejo de se unirem ao soberano Bem, e, por meio disto, se põem em estado de obter os frutos do Divino Sacramento”. – “Qui voto propositum illum caslestem panem edentes fide viva quae per dilectionem operatur, fructum ejus et utilitatem sentium” (Sess. XIII, c.8.).

Para facilitar-vos prática tão excelente, pesai bem o que vou dizer-vos. No momento em que o sacerdote se dispõe a comungar, na Santa Missa, recolhei-vos no vosso íntimo, tomando a mais modesta posição; formulai em seguida, em vosso coração, um ato de sincera contrição e, batendo humildemente no peito, em sinal de que vos reconheceis indignos de tão grande graça, fazei todos os atos de amor, oferecimento, humildade e os demais que costumais fazer quando comungais sacramentalmente: Desejai, então, vivamente receber o adorável JESUS, oculto por vosso amor, no Santíssimo Sacramento.

Para excitar em vós o fervor, imaginai que a Santíssima Virgem ou um de vossos santos padroeiros vos dá a santa comunhão: suponde recebê-la realmente e, estreitando JESUS em vosso coração, repeti-Lhe muitas e muitas vezes com ardente amor: “Vinde, JESUS adorável, vinde ao meu pobre coração; vinde saciar meu desejo; vinde meu adorado JESUS, vinde ó dulcíssimo JESUS!” E depois ficai em silêncio, contemplando vosso DEUS dentro de vós, e, como se tivésseis todos os atos que habitualmente fazeis depois da Comunhão sacramental. Continuar lendo

FOTOS DA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI NA MISSÃO DE CAMPINAS

Seguem abaixo algumas fotos da Solenidade de Corpus Christi, conduzida pelo Pe. Áureo, na Missão da FSSPX em Campinas.

Felicitações aos nossos amigos da cidade pela organização e piedade e claro, ao Pe. Áureo, por ter proporcionado tão bela e devota solenidade.

Os créditos das imagens são dos nossos amigos Neto, Celia Mattos e  Natalia Prado.

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Dois vídeos dessa solenidade podem ser vistos aqui e aqui.

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – TERCEIRA CARTA – PARTE 4

Resultado de imagem para céu catolicoNo Céu, os bem-aventurados não se afligem pela condenação de pessoa alguma. – Não têm já afeição alguma por um condenado. – Ele não conserva um só elemento de amabilidade. – A vontade dos bem-aventurados é inteiramente conforme à de Deus, mesmo para a reprovação dum amigo, como diz Santa Catarina de Sena, Honório e os teólogos. 

O Céu é amor e luz; não digais, pois: –Imensa será a aflição dum santo ao lembrar-se do parente ou do amigo que jamais irá reunir-se-lhe.

Das sublimidades da glória descobre-se melhor o horror e a justiça de sua condenação.

Sol do mundo moral, Deus é o centro cuja atração livremente sujeita mantém nossa alma na órbita da salvação, apesar das paixões que sempre nos impelem a afastar-nos dela.

Das eternas colinas, os santos seguem atentamente as vicissitudes desta luta, cujos resultados devem ocasionar às pessoas que lhes são queridas, o Céu ou o Inferno. Vêem, desde há muito tempo, a divina atração, que é a mesma força da misericórdia, obrar sobre o pecador e vencer resistências insensatas ou culpadas.

Mas, enfim, vêem este pródigo obstinado, este homem que segunda vez crucifica a Jesus Cristo, ceder voluntariamente às seduções do pecado e ao ímpeto das paixões, e sair inteiramente da órbita da salvação. Como um astro extinto ou quebrado, projetado no espaço, corre veloz, afastando-se cada vez mais do seu centro, e chega assim, pela condenação, a uma infinita distância de Deus. Continuar lendo