NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – 3° DIA
PANGE LINGUA GLORIOSI
Canta, minha língua
Este mistério do corpo glorioso,
E do sangue precioso,
Que, do fruto de um ventre generoso
O rei das nações derramou
Como preço da redenção do mundo.
Dado a nós, por nós nascido
De uma intacta virgem,
E no mundo vivendo,
Espalhando a semente da palavra,
O tempo certo da sua permanência
Encerrou no rito admirável.
Na ceia da última noite
Reclinando-se com seus irmãos
Tendo observado plenamente
A lei da festa prescrita,
Deu a si mesmo com as suas mãos
Somo alimento ao grupo de doze
O verbo encarnado, o pão real
Com sua palavra muda em carne:
O vinho torna-se o sangue de cristo,
E como os sentidos falham,
Para firmar um coração sincero
Apenas a fé é eficaz.
O sacramento tão grande
Veneremos curvados:
E a antiga lei
Dê lugar ao novo rito:
A fé venha suprir
A fraqueza dos sentidos.
Ao pai e ao filho
Saudemos com brados de alegria,
Louvando-os, honrando-os, dando-lhes
Graças e bendizendo-os:
Ao espírito que procede de ambos
Demos os mesmos louvores.
Amém. Continuar lendo
DONS DO CORAÇÃO
A castidade das jovens é de capital importância para a conservação dos bons costumes na sociedade. Se as moças guardarem, rigorosamente no trajar e em todo o proceder, decoro e modéstia, será este o melhor impulso para a moralidade. Sendo, portanto a pureza de coração do sexo feminino de tamanha importância para a moralização da sociedade, deverás gravar bem, no espírito e no coração, e seguir fielmente as normas expostas neste capítulo.
Tem sempre, em alta estima e grande amor, a castidade; pois ela comunicará à tua alma, antes de tudo, particular beleza e graça. “É, sem dúvida a castidade – como diz São Cipriano – a mais formosa flor no jardim da Igreja, o ornamento da beleza, o encanto da graça e a característica da virgem cristã. É por ela que se produzem, na Igreja, os mais deliciosos frutos, e quanto maior for o número das donzelas puras, tanto mais crescerá a alegria desta mãe espiritual”.
São Francisco de Sales escreve: “A castidade é o lírio entre as virtudes; torna os homens semelhantes aos anjos. Nada há belo que não seja puro, e a beleza do homem é a castidade”.
Muitas vezes nas agradáveis manhãs primaveris és arrebatada pelos encantos da natureza. Para onde quer que teus olhos se dirijam, alegram-se com a vida mais luxuriante; montes e vales atapetados de relva fresca banhadas pelos raios dourados do sol. A pomposa florescência das árvores de cujos galhos, cantores alados lançam no espaço, suas canções argentinas. Milhares e milhares de flores abrem as mimosas corolas, exalando suave perfume. Sim, magnífica e admirável é a terra, com seu ornato da primavera.
No entanto muito mais, bela e mais formosa é a alma juvenil que se apresenta pura aos olhos perscrutadores de Deus, não profanada pelo sopro do pecado, espargindo os fúlgidos raios da graça santificante. É tão bela, que os anjos do céu, com grande prazer, a contemplam, e o próprio Deus que com sua bondade onipotente, criou tudo o que há de belo, no céu e na terra, como que encantado com sua magnificência, exclama: “Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Imortal é a sua memória e é louvada diante de Deus e diante dos homens” (Sab, 4.1). Continuar lendo
NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – 2° DIA
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NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – TERCEIRA CARTA – PARTE 3
Não haverá necessidade de desviar os olhos do Criador para ver as criaturas – O Céu não é um êxtase onde se esquecem os parentes e os amigos. – A natureza, no que tem de bom, existirá sempre. – A graça não a repele, mesmo na terra.
O Céu é luz; não digais pois: –Encontrando-se em Deus em toda a Sua plenitude a perfeição que nos torna amável um ser criado, poder-se-á desviar os olhos do centro dos eternos esplendores e do oceano das perfeições infinitas, para seguir com a vista um raio separado, um pequeno regato?
Os bem-aventurados nunca têm necessidade de desviar os olhos do Criador para reconhecerem uma criatura. É n’Ele, é no Verbo que contemplam ao mesmo tempo o centro luminoso e os raios, o fecundo manancial e os arroios.
“É no Verbo divino, escrevia o autor da Vida dos predestinados, que se verá a verdade claramente, e sem estes véus que nos não deixam vê-la neste mundo em toda a sua pureza e a descoberto.
No Céu já não haverá dúvida, ou incerteza. É neste Verbo que o predestinado verá, como num admirável espelho, este espetáculo do mundo desenvolver-se na mais pequena circunstância de cada sucesso. Será n’Ele que aprenderá a série dos eternos conselhos de Deus nos interesses da Sua glória. Aí divisaremos ao mesmo tempo o presente, o pretérito e o futuro, e marcharemos, com a graça desta luz, nos imensos caminhos da eternidade, sem nos perdermos nem ainda nos afastarmos deles. Continuar lendo
NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – 1° DIA
USURPADORAS DE AUTORIDADE
– Escute, meu bem: eu obedecerei a você, unicamente, nas coisas que forem razoáveis e aprovadas por Deus…. – Assim me dizia minha ilustre esposa. Mas porque, ao mesmo tempo, se julgava árbitra do que era razoável e permitido por Deus, ficou minha autoridade reduzida a figura de retórica. De resto, porém, tenho uma mulherzinha adorável. Assim vem classificada por um marido a usurpadora da autoridade na família.
De fato, esta senhora achou uma boa saída para seguir a própria cabeça. Digamos, porém, que o fez para seu juízo e desdouro da sujeição cristã na família. Se os filhos a imitassem, ela veria a autoridade materna reduzida a zero. Será, por ventura, o marido incapaz de saber o que é razoável e lícito aos olhos de Deus?
Outra sorte de esposas há que usurpam a autoridade à força de meiguices e carinhos e até de caretas. Desarmam proibições, arrancam licenças, impedem ordens, porque o esposo se vende por pouca coisa.Essa abdicação feita pelo marido deixa a família à mercê de muita coisa incoveniente. Não faltam as que, de armas na mão, conquistam a autoridade. Para cada exercício de autoridade travam uma escaramuça, discutem, tomam ares de vítima, alegam a independência de outras, têm crises de nervos. Desejoso de se ver livre desses conflitos permanentes, o marido renuncia ao mando, fonte de discórdia. Prefere fechar os olhos e deixar a revoltosa seguir seus caminhos e por eles levar os filhos. Continuar lendo
DEUS PAI FALA SOBRE A FUNÇÃO DAS FACULDADES NA VIDA ESPIRITUAL
AS FACULDADES COMO DEGRAUS COMUNS
Então Deus Pai, cheio de bondade, olhou para o desejo santo e a fome daquela serva e lhe disse:
– Filha querida, não desprezo os santos desejos dos homens; gosto até de realiza-los. Vou mostrar e explicar quanto pedes. Queres que eu te fale detalhadamente sobre os três degraus e diga-te como hão de agir os pecadores para abandonar o rio do pecado e atingir a ponte. Já me ocupei deste assunto antes quando falei da ilusão e cegueira dos maus, esses “mártires” do demônio que vivem na certeza do inferno. Mostrei que recompensa recebem por suas más ações (14.5) e fiz ver como deveriam comportar-se (14.14). Todavia, para atender ao teu pedido, vou dar maiores explicações.
Já sabes que todos os males procedem do egoísmo (2.7); é ele que obscurece a razão, na qual se encontra a iluminação da fé. Quem perde uma dessas duas luzes, perde ambas. Ao criar o homem à minha imagem e semelhança, dei-lhe a memória, a inteligência e a vontade. Entre elas, a mais nobre é a inteligência. Embora seja movida pela vontade, é a inteligência que alimenta a vontade. Por sua vez, a vontade fornece à memória a recordação de mim e de meus favores. Essa recordação dará à pessoa solicitude e gratidão. Como vês, uma faculdade reabastece a outra, nutrindo o homem na vida da graça.
Não vive o homem sem amor; ele sempre procura algo para amar. Criei por amor, criei-o no amor. Assim, a vontade move a inteligência, quase dizendo-lhe: “Quero amar; o amor é meu sustento”. Desperta-se então a inteligência e responde: ” Se queres amar, vou dar-te o bem para que o ames”! Reflete ela sobre a dignidade humana e sobre a indignidade proveniente do pecado. Na dignidade enxerga a bondade e o amor com que criei o homem; na indignidade percebe a misericórdia, graças à qual dou-lhe o tempo (de arrepender-se) e o liberto do mal. Diante dessas realidades, a vontade se alimenta de amor: sente o desejo santo, despreza a sensualidade, torna-se humilde e paciente, concebe interiormente as virtudes, pratica-as mais ou menos perfeitamente no próximo, de acordo com a perfeição atingida. Mas disso falarei depois (18).
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NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – TERCEIRA CARTA – PARTE 2
II
Com a ciência cresce no Céu o amor. – Aumento deste mesmo amor. – Palavras de S. Bernardo em diferentes ocasiões. – Doutrina de S. Tomás de Aquino. – Revelação feita a Santa Catarina de Sena. – Harmonia do conhecimento e do amor. – Nem inveja nem ciúme, mas completa resignação.
Ora, no Céu, com a ciência cresce a caridade, o amor.
Assim como o Sol nos envia num só e mesmo raio duas coisas ao mesmo tempo: a luz e o calor; assim também este mútuo conhecimento que Deus permite aos seus escolhidos, é sempre acompanhado de amor. E da mesma forma que se tornariam mais abrasados, à medida que se aproximassem da chama; assim também, quanto mais se aproximam deste grande Deus que é um fogo consumidor (Deut., IV, 24), tanto mais amam e são amados.
A caridade nunca se extingue, diz o Apóstolo, (I Cor., XIII, 8); e este amor infinito, abraça a Deus em sua unidade, a nós mesmos e ao próximo.
E efetivamente não existem duas ou três virtudes da caridade, mas só uma. Se, pois, o amor do justo sobe com ele ao Céu depois da sua morte, se brilha mesmo com um esplendor mais radioso sobre o imaculado horizonte da bem-aventurada eternidade, como um astro que, elevando-se, aumenta os seus esplendores, por que razão deixaria este justo de inflamar-se também em caridade para com todos aqueles que amou santamente na terra? Por que motivo, quando é maior o seu amor para com Deus, e para consigo mesmo, não seria maior também para com o seu próximo?
O santo abade de Claraval chorou a perda de seu irmão Gerardo com uma ternura maravilhosa. Um de seus sermões sobre o Cântico dos Cânticos, não é mais do que uma oração fúnebre a respeito deste irmão querido. Que diz ele sobre este ponto? Atendei e consolai-vos: Continuar lendo
INDICAÇÃO DE LEITURA: GARCIA MORENO – PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO EQUADOR
Filósofo de uma lógica de ferro, dotado de bom senso admirável, iniciado em todos os segredos das ciências históricas, naturais e físicas, sentia-se antes movido à compaixão, quando lia ou ouvia as discussões absurdas e afirmações infundadas de certos jornais e livros inimigos do catolicismo. Quando alguém se atrevia a repetir diante dele aquelas objeções, que apenas servem a muitos de pretexto, para não cumprirem os seus deveres de cristãos, ele as pulverizava com tanta erudição e lógica, que até os mais ilustrados ficavam atônitos.
Ao ouvir certos católicos, que ousavam atacar o syllabus, mal podia conter a sua indignação. “O SYLLABUS, dizia ele, DEVE SER O CREDO DOS POVOS, QUE NÃO QUEREM PERECER”. E, com efeito, poderá haver erros mais perniciosos para a sociedade do que o panteísmo, a liberdade absoluta de pensar e escrever, o naturalismo, o socialismo, etc.!
Não era, porém, só com as luzes da ciência e da razão que Garcia Moreno procurava fortalecer em sua alma o dom preciosíssimo da fé; era mais ainda recorrendo à fonte das luzes sobrenaturais: à oração e a meditação.
“Se os reis, dizia Santa Teresa, fizessem todos os dias meia hora de oração, quão depressa seria transformada a face da terra!”. Garcia Moreno realizou o desejo da grande Santa, e daí lhe veio sem dúvida a inspiração das suas empresas tão bem sucedidas pela regeneração da Pátria.
Fossem quais fossem as suas ocupações, fazia todos os dias meia hora de meditação nos seus livros de predileção: o Evangelho e a Imitação de Cristo. Nos seus últimos anos nunca deixou de fazer retiro espiritual.
Concebeu assim tão grande ideia da Majestade divina e seus atributos que, em todas as dificuldades, repetia a sua divisa familiar,que também havia de ser a sua última palavra neste mundo: DEUS NÃO MORRE!
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SOBRE A NECESSIDADE DE UMA FÉ MAIS PROFUNDA

DUAS VERDADES QUE SE DEVEM ENSINAR ÀS CRIANÇAS – PARTE 2
Eu creio: isto é, estou firmemente convencido das verdades que vou professar. Estou certo de que não erro, crendo-as, porque me foram ensinadas por Jesus Cristo, o Filho de Deus, que não pode enganar-Se, nem enganar-nos; porque a razão nos faz compreender, e o próprio Deus nos ensinou, que é a perfeição infinita. Estas verdades foram depois ensinadas pelos apóstolos, os amigos de Jesus Cristo, que receberam de Deus o privilégio de não poderem nem enganar-se, nem enganar os homens, privilégio de que goza hoje, e de que gozará até à consumação dos séculos a santa Igreja Romana, isto é o Papa, e os Bispos conjuntamente com ele, porque Jesus Cristo prometeu estar com eles até ao fim do mundo, afim de os preservar de todo o erro.
A divindade de Jesus Cristo, e da Sua Igreja, têm afinal sido demonstradas pelos maiores milagres, atestados pela história mais certa, e tem convertido os maiores incrédulos; também todos os apóstolos e os santos mártires acreditaram e acreditam o que Deus revelou e a Igreja ensina.
Creio em Deus: isto é, estou certo que Deus existe, que há um só Deus, e que este Deus é o fim de toda a criatura.
Creio em Deus Padre, a primeira pessoa da Santíssima Trindade. O Seu poder não tem limites. Fez do nada, por Sua única vontade, o Céu, a terra, e tudo quanto existe.
Creio em Jesus Cristo, como creio em Deus Padre. Creio que é Filho verdadeiro de Deus, a segunda pessoa da adorável Trindade, o mesmo Deus que o Pai. É o nosso soberano Senhor, e o Seu poder estende-se sobre todas as criaturas.
Sei e creio que o mesmo Filho de Deus Se fez homem, tomou um corpo e uma alma como nós, sem deixar de ser Deus. Não nasceu à maneira dos outros homens, porque não teve, como homem, pai verdadeiro. Por obra do Espírito Santo, o Seu corpo foi formado no seio de Maria, a mais pura das virgens, que o deu à luz, sem dor, duma forma milagrosa. Continuar lendo
NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – TERCEIRA CARTA – PARTE 1
Resposta a algumas objeções
I
É perigoso não responder às objeções. – As de que falamos, resultam da idéia falsa ou acanhada que se faz do Céu – O pensamento católico exprimido com felicidade por Dante. – Luzes que os bem-aventurados têm. – Eles não ignoram as nossas necessidades. – Desejo que têm de nos socorrer. – A sua lembrança de tudo.
SENHORA,
Nenhuma das verdades solidamente estabelecidas na Igreja deve ser abalada em nossas almas, por uma ou muitas objeções, cuja solução nos escapa.
“A verdade é do Senhor e permanecerá eternamente”, diz a Escritura (Ps. CXVI, 2); as objeções são do homem, o tempo muda-as, e o sopro da ciência as dissipa.
Todavia, acontece que uma verdade claramente demonstrada, não penetra profundamente em nossa alma, enquanto tivermos uma dificuldade a que não achemos resposta. Algumas vezes mesmo a objeção apodera-se de tal modo do nosso espírito, que chega a expelir dele a verdade.
É o que se deu em muitas pessoas a respeito do objeto de que nos ocupamos. Não sabendo como rasgar o véu de algumas dificuldades que lhes ocultava esta luz tão consoladora, têm dito que não nos reconheceremos no Céu. A sua imprudência poderia comparar-se à dum menino que, não podendo dissipar o espesso nevoeiro, negasse a existência do Sol.
As objeções que vos têm feito, e que me haveis transmitido, resultam de se não formar uma idéia assaz justa e grande do Céu. Continuar lendo
NECESSIDADE ABSOLUTA DA RELIGIÃO CRISTÃ CATÓLICA PARA A SALVAÇÃO E PARA A SANTIDADE
Fonte: FSSPX Itália – Tradução: Dominus Est
A procura da santidade cristã em Jesus Cristo e por meio de Jesus Cristo não é facultativa. «Elegit nos, in Ipso ante mundi constitutionem. ut essemus sancti» (Ef.I,4) – Ele nos escolheu nEle, antes da criação do mundo, para que fossemos santos.
Nenhuma criatura humana pode escapar dessa necessidade absoluta para alcançar a salvação. Toda a Escritura testemunha isso. E Nosso Senhor, por quem todas as coisas foram criado, instituiu a Igreja, o Estado e a família para contribuírem, cada um segundo sua natureza, à santificação das almas por meio de Jesus Cristo.
A liberdade que Deus nos dá é essencialmente direcionada à Verdade e ao Bem, mediante a lei da caridade. Não somos livres para amar ou não amar a Deus, à Santíssima Trindade e o nosso próximo. A liberdade está relacionada à Lei do amor e da caridade.
Deus cuidou de nos dar suas leis por meio de seu Verbo, leis divinas inspiradas pelo Espírito de caridade, pelo Espírito Santo. As leis da Igreja, do Estado e da família devem estar de acordo com estas leis divinas e vir assim em socorro das almas atraídas pelo erro e pelo pecado, e ajudá-las a se converter ao único médico: Jesus Cristo, Verdade e Santidade.
(Dissolver as almas pela obediência as leis da sociedade civil, que são aplicações das leis divinas, e fazer desta liberação um direito natural, é um crime de rebelião contra Deus, contra Nosso Senhor. A laicização dos Estados católicos e sua liberação de toda religião constituem crime de apostasia que clama por vingança, quando se calculam as consequências pela perdição das almas. A liberdade dos cultos e o ecumenismo que o encoraja são um «delírio», como disse Gregório XVI na sua encíclica Mirari vos).
Trecho do Itinerário espiritual, segundo São Tomás de Aquino em sua Summa Teológica – Mons. Marcel Lefebvre
DUAS VERDADES QUE SE DEVEM ENSINAR ÀS CRIANÇAS – PARTE 1
Dar à criança a instrução religiosa, é no sentido lato que damos a esta palavra: 1.° instruir ou fazer instruir essa criança nas verdades, que todo o cristão deve saber e acreditar; 2.° exercitá-la na prática das virtudes cristãs; 3.° formá-la para usar dos meios de salvação com que Jesus Cristo engradeceu a Sua Igreja.
Entre as verdades da nossa augusta religião, há algumas, cujo conhecimento é tão necessário, que é absolutamente impossível a qualquer homem, que tem uso de razão, ser salvo, ignorando-as. Estas verdades são: em primeiro lugar a existência de um Deus, que recompensa os bons, deixando-Se ver, e possuir por sua alma, tal qual é; e que castiga os maus, governando tudo por Sua Providência; e depois, segundo a opinião mais provável dos doutores, os mistérios da Santíssima Trindade de um só Deus, em três Pessoas; da Encarnação ou do Filho de Deus feito homem; da Redenção, ou de Jesus Cristo morto na cruz, para resgatar todos os homens. Todos devem saber também a necessidade da graça e da oração, e a imortalidade da alma.
Estas primeiras verdades devem ser ensinadas à criança logo após as primeiras manifestações da sua inteligência; porque, ai dela, se, tendo já uso de razão, viesse a morrer, antes de ter adquirido estes conhecimentos, tão necessários à salvação! Ah! quantas crianças, por culpa de suas mães, chegam aos sete anos, e mesmo até mais tarde, sem saberem os principais mistérios da fé, e sem conhecerem, por conseguinte, a grande misericórdia que Deus testemunhou aos homens, enviando-lhes o Seu divino Filho, para os resgatar, por Seus sofrimentos, morte e paixão! Pobres crianças! No momento em que estas grandes verdades se imprimiriam profundamente no seu espírito, e no sou coração, são condenadas a ignorá-las, enquanto que tudo o que as cerca, conspira a ensinar-lhes o mal.
Não será inútil traçar aos nossos leitores um método fácil de ensinar às crianças a doutrina cristã. Continuar lendo
SANTA MISSA EM RIBEIRÃO – 11 E 12 DE JUNHO
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FOTOS DA TRADICIONAL PEREGRINAÇÃO DE PENTECOSTES (FSSPX) – DE CHARTRES A PARIS – 2017
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
PRIMEIRO DIA – MISSA DO SÁBADO (03/JUN)
Foi o Pe. Bertrand Labouche, padre da FSSPX quem teve a honra de celebrar a primeira, das três Missas da Peregrinação de Chartres a Paris 2017 perante cerca de 3000 fiéis reunidos nos jardins da catedral de Chartres.
Em seu sermão, ele enfatizou sobre a mensagem de Fátima que é “a manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo atual para obter reparação das ofensas que são feitas a ele e para salvação dos pobres pecadores”.
PRIMEIRO DIA – PARTIDA E CAMINHADA DAS CRIANÇAS NO SÁBADO
Foi sob a benevolente liderança do Pe. Xavier Lefebvre, padre da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que centenas de pequenos participantes começaram a peregrinação pelos caminhos de Chartres a Paris.
Não há dúvida que Nossa Senhora de Fátima se deixará mover pelas súplicas desses jovens peregrinos que rezam pelas intenções da Santa Igreja e pela conversão do nosso querido país.
SEGUNDO DIA – CAMINHADA DA MANHÃ DO DOMINGO (04/JUN)
A primeira missa pela manhã, foi celebrada por um capuchinho de Morgon, por questões de logística. Merecem todo reconhecimento esses corajosos, sem a qual a peregrinação seria impossível ser realizada com uma máxima segurança e uma ordem estrita … catolicamente aceita por todos!
O despertar foi difícil: é nesse momento, pelos 40 quilômetros realizados no dia anterior, de Chartres a Rambuillet, que os peregrinos são os mais afetados. No entanto, devem se levantar sem hesitação. Os sinos tocam em alto e bom som, enquanto o microfone das instruções começa a ressoar. Olhos e tendas se abrem, as pernas descansadas se erguem e as ruas da cidade ganham vida. Alguns minutos mais tarde, todos se encontram em marcha.
A luz desse Domingo de Pentecostes atravessa aqui e alí as copas das árvores e faz clarear com um brilho suave os caminhos da floresta de Rambouillet, estendendo-se a perder de vista. Ela não faz mais que recordar a luz bendita do Espírito Santo, na qual rezamos para vir preencher o íntimo do coração de todos os fiéis:
“O lux beatissima,
Reple cordis intima
fidelium tuorum. “
Não podemos deixar jamais de agradecer as religiosas que, quando não estão rezando para a nossa salvação, se ocupam ativamente nas “pequenas enfermidades” inerentes a toda peregrinação digna desse nome.
SEGUNDO DIA – MISSA PONTIFICAL DO DOMINGO
Sob um céu claro que D. Alfonso de Galarreta celebrou a missa diante de milhares de peregrinos que viajaram mais de 80 km nos dois dias.
O padre assistente dessa magnífica cerimônia pontifical foi o Pe. Christian Bouchacourt , Superior do Distrito da França da FSSPX .
Os outros ministros foram:
- Diácono assistente: Pe. Bernard Lacoste Lareymondie, professor do Seminário Internacional de São Pio X – Ecône ,
- Diácono assistente: Pe. Bento Joseph Villemagne, Diretor de Escola de São Michel de Martinerie,
- Diácono: Pe. Florent Marignolt , seminarista de Ecône,
- Subdiácono: Pe. Rupert Bevan , seminarista de Ecône,
- Subdiácono portador da cruz: Pe. Rapahaël Tassot , seminarista de Ecône.
O serviço da missa foi feito por alunos da escola L’Etoile du Matin d’Eguelshardt (A Estrela da Manhã de Éguelshardt) que vieram em grande número com seu diretor Pe. Louis-Edouard Meugniot.
O sermão do D. Galarreta focou no fato de que Nosso Senhor veio ao mundo para trazer o fogo, esse é Seu propósito. E precisamente Fátima, esse é o designo de Deus: “Eu vim ao mundo para estabelecer o reino do Coração imaculado“. Este fogo que é o amor do Sagrado Coração de Maria. Este fogo que deve primeiro incendiar nossos corações e nossas almas.
TERCEIRO DIA – CAMINHADA DA SEGUNDA FEIRA (05/06) COM O CAPÍTULO DAS CRIANÇAS
No comecinho da manhã que as cozinheiras, ditas de Santa Martha, se aprontaram para que as crianças pudessem desfrutar de um café da manhã antes de partir para Paris.
Durante o intervalo, o P. Christian Bouchacourt, Superior do Distrito da França da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, como todos os anos, contou uma pequena história para as crianças. Ele narrou as aventuras de um pequeno alemão, chamado Joseph, que parte em uma aventura para aperfeiçoar seu trabalho. Esta história pode ser ouvida aqui .. .
CHEGADA EM PARIS – SEGUNDA-FEIRA (05/06)
A entrada em Paris é sempre um grande momento tanto para os “franceses” como para os capítulos estrangeiros, que descobrem a beleza da capital francesa. Esta é uma real e legal tomada de posse da capital, em nome de Deus e Sua Santa Mãe.
Na passagem de milhares de peregrinos as janelas se abriam, os parisienses inclinavam suas cabeças em suas varandas. Os caminhantes mais jovens estavam bem conscientes de se mostrarem exemplares. Sua fé e alegria não podiam deixar os corações indiferentes.
MISSA EM PARIS – SEGUNDA-FEIRA (05/06)
Atrás do Palácio dos Inválidos, a praça Vauban forma uma série de elegantes avenidas simétricas cujas perspectivas são interrompidas pelo olhar das estátuas de marechais franceses.
É neste belo cenário que vários milhares de fiéis participaram da missa solene da segunda de Pentecostes celebrada pelo Pe. Christian Bouchacourt, Superior do Distrito da França da Fraternidade Sacerdotal São Pio X .
Em seu sermão, o padre insistiu sobre a proteção da Nossa Senhora de Fátima que cuida de França e da Igreja. “A mensagem de Fátima é um apelo ao arrependimento e à conversão, e também de exaltação à devoção do Imaculado Coração de Maria querida por Nosso Senhor.”
A SANTIDADE DA IGREJA
Fonte: FSSPX Sudamerica – Tradução: Dominus Est
Perante o aumento da criminalidade entre os jovens, os juízes tendem a condenar os pais…É razoável? Muitas vezes, sim, mas razoável é julgar sempre em cada caso quem e até que ponto são culpados.
É da responsabilidade dos pais, mas também do jovem, da escola, da rua. Se os pais e a escola fizeram o possível e o jovem se corrompe pelo que encontra na rua, a culpa poderia ser do presidente.
Mas não se pode acusar de forma rápida, pois também há de se julgar -de cima para baixo- quem cumpriu mal sua função: se o presidente ou o governador, o prefeito, a polícia ou simplesmente o vizinho desonesto. E se a culpa é do presidente, a pátria é culpada? Talvez sim, talvez não; não seria se o governante agiu contra as leis e costumes e do consentimento geral.
Suponhamos um caso em que a culpa era do jovem, mas houve negligência do governador. Quem pode, então, pedir perdão? Evidentemente, se perdoa os culpados e não aqueles que não são; e podem aqueles pedir perdão sob duas condições: mostrar sincero arrependimento e oferecer a devida reparação, pois são metafisicamente incapazes do perdão as más vontades.
Mas também podem pedir perdão – ainda de modo e razão muito diferente – os ofendidos: os pais ou o presidente; e fazem com mais argumento, porque merece mais ser ouvido pela nação e por Deus o pedido de perdão daqueles que foram capazes de perdoar os seus devedores.
Mas aqui há outra condição: que eles sejam completamente inocentes, pois bem podem pedir perdão os meritórios pais que fizeram tudo o que podiam para dar bons filhos à pátria, mas não cabe que peçam perdão por outros: o governador negligente quando tem sua parte a expiar. Continuar lendo
NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – SEGUNDA CARTA – PARTE 2
I I
Provas da tradição: o fato simplesmente afirmado por Santo Atanásio, S. Paulino, Santo Agostinho, Honório e Berti – As consolações tiradas deste fato, por Santo Ambrósio para os irmãos; por Fócio para os parentes; por S. Jerônimo, Santo Agostinho e, mais ainda, S. João Crisóstomo, para as viúvas.
A luz despedida sobre este objeto pela tradição católica é tão viva e constante que passa através de todas as nuvens dos sofismas e da preocupação.
Os testemunhos podem dividir-se em duas classes: os que afirmam simplesmente o fato, e os que dele tiram uma consolação.
Entre as obras muitas vezes atribuídas a Santo Atanásio, esta glória tão pura do IV século, encontra-se uma que tem por título: Questões necessárias que nenhum cristão deve ignorar. Ora, na resposta à XXII questão lê-se: “Deus concede às almas justas, no Céu, um grande bem, o de se conhecerem mutuamente”.[1]
No fim do mesmo século, S. Paulino, que mais tarde foi Bispo de Nola, escrevia ao seu antigo preceptor, o poeta Ausónio:
“A alma sobrevive ao corpo, e é necessário que ela guarde os seus sentimentos e as suas afeições, tanto quanto a sua vida. Ela não pode esquecer que é imortal. Para qualquer lugar que Nosso Senhor me mande depois da minha morte, levar-vos-ei em meu coração, e o fatal golpe que me separar do meu corpo não porá termo ao amor que vos consagro”.[2]
No século V, o grande Bispo de Hipona dizia a seu auditório: “Conhecer-nos-emos todos no Céu. Pensais vós que me conhecereis, por me haverdes conhecido na terra, mas não conhecereis meu pai, porque nunca o vistes? Repito-vos, conhecereis todos os santos. Eles se conhecerão, não porque vejam a face uns dos outros, mas verão como os profetas costumam ver na terra; ou ainda dum modo bem mais excelente. Verão divinamente. Por isso que estarão cheias de Deus”[3].
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O QUE É O VERDADEIRO DOM DE LÍNGUAS?
Nesse domingo de Pentecostes, aproveitando a leitura do dia (At. 2, 1-11) nada melhor que saber o que é o verdadeiro Dom de Línguas, qual seu significado segundo a Tradição da Igreja, os Santos, Papas e Padres da Igreja. Dom tão confundido com o “chinelohavaianaschupabalahalls” protestante.
Clique na imagem para acessar o texto.
QUE TAL UM GESTO DE CARIDADE NESSE MÊS?
Prezados amigos, prezados leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vocês que acessam e gostam de nosso blog, vocês que acompanham as ações da FSSPX pelo mundo, vocês que lutam pelo Reinado Social de Nosso Senhor, vocês que sabem que a Tradição é a única solução para a restauração a Igreja… AJUDE-NOS!
Estamos, mais uma vez, pedindo vossa ajuda nessa campanha em prol da compra de um terreno e futura construção de mais uma Capela para a Tradição e para a Santa Igreja. Sabemos que o caminho é longo e árduo, por isso, toda ajuda é importante.
Faça um gesto nobre de caridade, por amor à Santa Igreja!!
Ad Majorem Dei Gloriam
Aproveitamos para agradecer a todos que nos ajudam ou ajudaram em algum momento nessa campanha, mesmo de forma anônima. Contem com nossas orações.
Que Nossa Senhora os conduza ao caminho da santidade.
AMOR DE DEUS PARA COM OS HOMENS NA MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO
Et repleti sunt omnes Spirit Sancto, et coeperunt loqui variis linguis – “E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em várias línguas” (Act. 2, 4).
Sumário. No sacramento da Confirmação todos nós recebemos o mesmo Espírito Santo que Maria Santíssima e os apóstolos receberam hoje tão abundantemente. Consideremos o amor que neste sublime mistério nos mostraram as três Pessoas divinas apesar dos maus tratos que o mundo infligiu a Jesus Cristo. Já que o amor se paga com amor, roguemos ao Espírito divino, que nos abrase o coração com suas felizes chamas, e nos conceda que com a língua louvemos a Deus e o façamos louvar pelos outros.
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I. Antes de partir desta terra, o divino Redentor prometeu várias vezes aos apóstolos, que, uma vez voltado para o céu, havia de pedir ao Pai lhes mandasse outro Consolador, o Espírito de verdade, que ficaria sempre com eles. Eis que hoje Jesus cumpre fielmente a sua promessa.
Refere São Lucas que “quando se completaram os dias de Pentecostes, todos os discípulos estavam juntos no mesmo lugar e perseveravam unanimamente na oração com as mulheres e Maria, a Mãe de Jesus. E veio de repente do céu um ruído, como de vento que soprasse com ímpeto e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram repartidas umas como que línguas de fogo que repousaram sobre cada um deles. E foram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em várias línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”.
Consideremos aqui o amor que Deus nos mostrou em tão sublime mistério, porquanto no sacramento da Confirmação nós temos recebido o mesmo Espírito Santo, o Consolador, que Maria Santíssima e os apóstolos receberam hoje tão abundantemente e de um modo tão admirável. O Pai Eterno, não satisfeito de nos ter dado seu Filho divino, quis ainda dar-nos o Espírito Santo afim de que habitasse sempre em nossas almas e conservasse nelas aceso o fogo sagrado do amor. O mesmo faz o Filho Eterno, não obstante os maus tratos que os homens lhe infligiram na terra. Continuar lendo
MAIS 23 SACERDOTES PARA A FSSPX – ORDENAÇÕES NO HEMISFÉRIO NORTE
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
No dia 29 junho de 2017, na festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, no seminário de Ecône, na Suíça), D. Alfonso de Galarreta, ordenará 12 novos sacerdotes para a Fraternidade Sacerdotal São Pio X: 11 franceses e 1 espanhol. Serão também ordenados diáconos outros 4 franceses (2 para a FSSPX e 2 para os capuchinhos de Morgon) e 1 inglês.
Em 1 de Julho de 2017, no Seminário do Sagrado Coração de Jesus (Priesterseminar Herz Jesu, em Zaitzkofen, na Alemanha) – será D. Bernard Tissier de Mallerais quem conferirá o sacerdócio a 2 outros sacerdotes.
Finalmente, em 7 de julho de 2017, D. Bernard Fellay, Superior Geral da Fraternidade São Pio X, ordenará 9 novos sacerdotes e 6 diáconos no Seminário São Tomás de Aquino, em Dyllwin, EUA.
No total, portanto, 23 novos padres serão ordenados em junho e julho de 2017 para a FSSPX, que contará, então, com 635 sacerdotes, ajudados por 116 Irmãos e 79 Irmãs Oblatas.
Em seus seis seminários pelo mundo são 204 jovens e 36 pré-seminaristas que foram inscritos no início do ano acadêmico.
Em junho/julho são realizadas as ordenações nos seminários do hemisfério norte (EUA, França, Suiça e Alemanha) e em dezembro nos seminários do hemisfério sul (Argentina e Austrália)
Rezemos por esses jovens, para que se mantenham firmes na verdadeira fé católica.
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“Senhor, dai-nos sacerdotes,
Senhor, dai-nos santos sacerdotes,
Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,
Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,
Senhor, dai-nos famílias católicas,
São Pio X, rogai por nós”
CAMINHOS DA CONVERSÃO
Passo a falar-te agora dos pecadores que, forçados pelos sofrimentos da vida e medo dos castigos futuros, procuram livrar-se do egoísmo. Envio-lhes contrariedades, para que compreendam que esta vida não constitui a meta final, que as realidades terrenas são imperfeitas e passageiras, que eu sou o fim último. Por medo da punição, tais pessoas saem do rio do pecado, “vomitando” (na confissão) o “veneno” que o “escorpião” neles injetara em forma de “ouro”. Haviam sido iludidos, mas ao perceber o engano, aos poucos elas se erguem e, dirigindo-se para a margem, agarram-se à ponte.
Mas o temor servil (medo de castigos), sozinhos, não é suficiente para fazer o pecador progredir, limpar sua casa e afastar-se dos pecados mortais. É preciso encher a alma de virtudes, sob o alicerce da caridade. Por si mesmo o temor servil não dá a vida (da graça); o pecador há de coloca-lo no primeiro degrau da ponte (v. 12.1) os dois pés do amor 58 que conduzem até Cristo. É o primeiro degrau da escada do seu corpo. Tal é o primeiro acordar dos escravos do pecado que se convertem: o medo dos castigos! Muitas vezes, os próprios sofrimentos causados pela vida pecaminosa produzem tédio e repulsa. Quando o temor servil é acompanhado pela iluminação da fé, os pecadores passam do mal para o bem. Infelizmente, muitos deles passam a viver em tal tibieza que com facilidade retrocedem, após ter atingido as margens do rio do pecado; ventos contrários obrigam-nos a retornar às ondas no caudal tenebroso do pecado.
Umas vezes, é o vento da prosperidade. Sem ter atingido o primeiro degrau por negligência, ainda sem amor à virtude, o homem retorna aos prazeres desordenados. Outras vezes, é o vento da adversidade. Então, retrocedem por impaciência. Tendo deixado o pecado só por medo das penas e não porque se trata de uma ofensa contra mim, retorna a ele. Em matéria de virtudes, necessita-se da perseverança. Quem não persevera, jamais realiza seus desejos, levando a termo o que começou. Sem perseverança, nada se faz; a força de vontade no cumprimento de um ideal supõe esta virtude.
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NOVENA DO ESPÍRITO SANTO – NONO DIA
NO CÉU NOS RECONHECEREMOS – SEGUNDA CARTA – PARTE 1
No Céu todos se conhecem
I
Provas da Sagrada Escritura: a parábola do rico avarento, explicada por Santo Irineu, e sobretudo por S. Gregório Magno. – Fato que ele cita em apoio. O juízo final, base da argumentação de S. Teodoro Studita.
SENHORA,
Todos os bem-aventurados admitidos no Céu conhecem-se perfeitamente, antes mesmo da ressurreição geral. Provam-no tanto a Sagrada Escritura como a Tradição.
Limitar-me-ei a citar-vos o Novo Testamento, tomando apenas dele a parábola do rico avarento e algumas palavras que se referem ao juízo final.
Está parábola é tão bela que não posso resistir ao desejo de apresentar a vossos olhos as suas passagens principais:
Havia um homem rico que trajava esplendidamente e se banqueteava com magnificência, todos os dias.
Havia também ao mesmo tempo um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, que desejava ardentemente saciar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico, mas ninguém lhas dava, e os cães vinham lamber as suas feridas.
Ora, aconteceu morrer este pobre, e foi transportado pelos anjos ao seio de Abraão. O rico morreu também e teve por túmulo o Inferno. E quando estava em tormentos, levantou os olhos para o Céu e viu, ao longe, Abraão e Lázaro em seu seio; e, exclamando, diz estas palavras:
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NOVENA DO ESPÍRITO SANTO – OITAVO DIA
CRUZADA DE ROSÁRIOS – JUNHO 2017
Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Aos que estão em oração conosco na NOVA CRUZADA DE ROSÁRIOS DA FSSPX, segue abaixo a planilha para acompanhamento em JUNHO.
Os que quiserem informar a quantidade de terços e sacrifícios oferecidos em maio podem nos enviar pelo gespiox@yahoo.com.br que repassaremos ao Priorado de São Paulo para a contabilização.
Que Nossa Senhora nos mantenha fiel na verdadeira Fé.
SE NÃO FOSSE NOSSA SENHORA!
Conta o grande doutor da Igreja, Santo Afonso de Ligório, o fato seguinte que nos mostra como Nossa Senhora é boa para todos os que a invocam e lhe tem alguma devoção.
Em 1604 viviam em Flandres dois estudantes que, desleixando os estudos, se entregavam a jogos, a extravagâncias e graves pecados.
Uma noite eles foram a certo lugar de pecados. Um deles, chamado Ricardo, depois de algum tempo, retirou-se para casa. Cansado, jogou-se logo na cama. Lembrou-se, porém, que ainda não rezara uma Ave-Maria que costumava dizer todas as noites, levantou-se e recitou-as. (E foi sua grande sorte!)
Não pegara ainda no sono, quando alguém lhe bate fortemente na porta. E antes de levantar-se, para abrir, ali estava seu companheiro de farra todo desfigurado.
– Quem és tu? Perguntou aterrorizado.
– Não me conheces? Respondeu o outro.
– Mas como mudaste? Parece um demônio!
– Ai de mim! Exclamou o infeliz, ao sair daquela casa infame, veio o diabo e me sufocou. Meu corpo ficou na rua e minha alma está no inferno. Sabes, acrescentou, a mesma sorte cabia a ti. Mas, porque rezaste aquelas Ave-Marias, a Virgem Santa te protegeu. A Ela deves a Salvação.
E desapareceu. Continuar lendo