Caros fiéis,
Uma de nossas fiéis era muito ativa em sua paróquia. Quando ela deixou de vir, o pároco lhe perguntou para onde estava indo. “Para a Missa Tridentina”. O padre respondeu: “Não, você tem que vir à missa humana”. Ele provavelmente estava se referindo a uma missa que estivesse próxima das pessoas. Mas sua expressão descreve perfeitamente a situação. A Missa Nova é a Missa do homem que quer se tornar Deus. A Missa Tridentina é a Missa de Deus feito homem. Essa realidade é óbvia quando se entra em uma igreja pós-conciliar: no centro do santuário, não é mais o tabernáculo que contém a Presença Real que está entronizado, mas o assento do celebrante (veja o artigo A igreja da nova liturgia, do Padre Grégoire Celier, fsspx; em nosso site).
O Padre Celier escreve: “Uma igreja, como qualquer outro edifício, reflete em sua arquitetura as ideias daqueles que a construíram. Construída para uma determinada liturgia, um determinado cerimonial, uma determinada teologia, ela necessariamente expressa esses valores. Por meio da sua organização, cria um clima particular, favorável à implantação da forma de expressão religiosa que presidiu sua concepção”. Essas considerações condenam a prática de uma “nova missa bem celebrada” atrás da qual alguns conservadores se refugiam.
O problema da nova missa não é apenas litúrgico. É um problema doutrinário. Por que a arquitetura das igrejas modernas é diferente das igrejas antigas? Porque a liturgia mudou. Por que a liturgia mudou? Porque a doutrina mudou. E qual é a doutrina por trás da nova missa? A doutrina ecumênica do Vaticano II. Paulo VI queria remover da missa tudo o que pudesse desagradar aos protestantes. Assim, a natureza sacrificial da missa e as referências à Presença Real foram removidas e, consequentemente, o papel do sacerdote – oferecer o sacrifício – foi apagado. Continuar lendo