A dama patrícia da Campânia que fazia exibição das suas jóias respondia Cornélia designando os filhos: “São estas as minhas jóias e os meus adornos”. Aspirava à hitória menos pelo facto de ser filha de Cipião o Africano do que por ser mãe dos Gracos.
Com a graça de Cristo a mais, e orgulho pagão a menos, é ou não um sentimento análogo o que inspira a Senhora Martin? A filha mais velha conta a este respeito um episódio significativo:
“Eu tinha então sete anos: um dia em que estreávamos vestidos de setim de lã azul-escuro, a minha mãe mandou-nos chamar todas quatro, às minhas irmãzinhas e a mim, para nos ver antes do passeio que íamos dar. Olhou para nós demoradamente, com enternecida complacência, e depois disse-nos: ‘Vão agora, minhas filhinhas’. Mas evitou fazer algum elogio aos nossos vestidos, que eu achava tão bonitos, para não nos provocar qualquer sentimento de vaidade”.
Aquela mãe tão despreocupada de aparecer, que com grande desespero da Maria, detestava qualquer requinte no próprio trajar e troçava sem dó nem piedade do que ela denominava “a escravidão da moda”, cuidava gostosamente do vestuário das filhas, sem todavia se afastar da simplicidade. As mães não serão insensíveis a este delicioso esboço da Celina aos dezesseis meses: Continuar lendo