Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Pe. Frédéric Weil, FSSPX
Os tempos não são mais de festa. Há alguns anos, o medo invadiu nossas sociedades. A esperança está desaparecendo do nossos horizontes em favor de um mundo de incertezas. O católico deve se juntar ao terror que o cerca?
Terror ambiente
Terrorismo, aquecimento global, tensões sociais e raciais, censura, confrontos urbanos, fluxos migratórios e ainda por cima o famoso vírus: estes são os novos avatares do terror contemporâneo que pairam sobre este mundo como pássaros de mau agouro. De novembro de 2015 a 2017, a França passou 2 anos em “estado de emergência” através de 6 prorrogações devido aos atentados. Em janeiro de 2019, a jovem Greta Thunberg falou na cúpula de Davos sobre o aquecimento global: “Quero que entrem em pânico, quero que sintam o medo que sinto todos os dias“, como uma profetisa de um apocalipse sem revelação divina. Mais recentemente o jornal Liberation, em sua edição de 4 de outubro de 2020, publicou um artigo sobre o perigo dos “tranquilizadores” que erraram ao quebrar o consenso do medo. “Eles me assustam muito“, disse um médico sobre essas pessoas. Era preciso temer quem tranquilizava.
As posições se invertem quando se fala em vacina. O campo do medo então se torna o de “tranquilidade” e vice-versa, de modo que não podemos designar de maneira unívoca um campo do medo. Um medo é correlativo a um outro: uma pessoa que não teme o vírus pode temer medidas governamentais, anátemas jornalísticos, crítica de colegas, discussões acaloradas, denúncias da vizinhança, multa ou mesmo a perda de um trabalho.
O que varia é o que tememos: o objeto de nossos medos é um indicativo de quem somos. Continuar lendo