Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
“ECCE AGNUS DEI”
A estas palavras, diz-nos São João, eles o seguiram. Contudo, ele nos comunica apenas um nome, André. Porém, ao lermos os detalhes, compreendemos que São João fazia parte da aventura. E, pela primeira vez, aquele que Jesus mais amava esconde sua identidade.
O que se passa em uma alma apaixonada é muito misterioso. As lembranças do primeiro encontro com o amado são episódicas, mas muito precisas. É uma lembrança que marca definitivamente, uma atitude, um lugar, uma palavra… é um momento. É o que encontramos na narração, tão simples e tão detalhada, do Evangelho, onde acontece o abalo de um primeiro encontro com alguém que faz vossa vida mudar de rumo: era neste lugar, às margens do Jordão, na segunda hora, que Jesus passava. Temos a impressão de ver sua silhueta, ouvimos o Batista falar. João se lembra de tudo. Como não poderia se lembrar de todos estes detalhes aquele que Jesus mais amava?
Não se tratava de um amor humano, como aquele de um simples discípulo que se afeiçoa ao seu mestre, ou como aquele do esposo que encontra pela primeira vez sua esposa. O amor humano nasce da bondade de uma pessoa, de um objeto. Essa bondade é a expressão de uma certa semelhança, de uma certa proporção. Aquele que ama se encontra naquele que ele ama, e sai de si mesmo para se ligar a este outro que o eleva, o completa. Continuar lendo