Fonte: Corrispondenza Romana – Tradução: Dominus Est
Na história da Igreja houveram numerosos Papas “reformadores”, mas ao que parece Bergoglio pertence a outra categoria, inédito até agora entre os pontífices romanos: aquela dos revolucionários.
Os Reformadores se propunham a restituir na doutrina e na moral a pureza e integridade original e neste ponto de vista, podem ser chamados também de tradicionalistas.
Tais foram, por exemplo, Pio IX e Pio X. Os revolucionários, ao contrário, são aqueles que querem fazer uma cisão entre o passado e o presente, colocando em um futuro utópico o ideal que aspiram. A ruptura do Papa Francisco com o passado é mais de ordem linguística do que doutrinal, mas em uma época em que imperam os meios de comunicação, a linguagem possui uma capacidade transformadora superior a todas as ideias que necessariamente veicula. Não é por acaso que, na conferência do anuncio da exortação pontifícia Amoris laetitia, o cardeal Schönborn mesmo a definiu como “um evento linguístico“.
A escolha de um determinado estilo de linguagem, expresso através de palavras, gestos e também omissões, implica um modo de pensar e transmite implicitamente uma nova doutrina. Agora, a pretensão de operar uma revolução linguística negando que seja também uma revolução doutrinária leva necessariamente à confusão. E a confusão, a desorientação e certa esquizofrenia, parecem ser a marca do atual pontificado. Continuar lendo