Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Desde 8 de outubro de 2019, uma organização que reinvindica abertamente valores satânicos pode fazer uso, pela primeira vez, de um espaço dedicado pela Marinha dos EUA, para fazer proselitismo entre os cadetes. A organização obteve esse benefício em nome da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que proclama a liberdade religiosa e seu exercício no país.
Fundada em 2013 por Lucien Greaves e Malcolm Jarry, a organização “Templo satanico” rende culto à contradição: de um lado, reinvindica um ateísmo militante ao afirmar que não é teísta e expressar seu desejo de lutar contra os cristãos conservadores, mas, por outro lado, não hesita em proclamar-se como uma religião, a fim de se beneficiar da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos que defende a liberdade religiosa.
O Templo Satânico é, segundo seus fundadores, uma nova expressão da “Igreja de Satanás”, outra seita que mostra seu satanismo de uma maneira mais fanática, o que assusta um pouco os seguidores. No entanto, não deixa de ser uma organização anticristã que adora aquele contra quem Cristo lutou na terra, o príncipe deste mundo.
Liberdade religiosa para os satanistas!
Em 8 de outubro de 2019, os cadetes da Marinha dos EUA com sede em Annapolis, Maryland, foram informados pelos diretores que os fiéis do Templo Satânico poderão se reunir, a partir de agora, dentro da escola militar a fim de “promover um pensamento e um debate crítico sobre valores satânicos”.
O porta-voz da Academia Naval americana, Alana Garas, declarou que: “recentemente, vários cadetes que professam as crenças do Templo Satânico se uniram a fim de exigir um espaço de reunião, com o objetivo de discutir suas crenças e compartilhá-las”. E acrescentou, maliciosamente que: “é apenas um espaço dedicado ao estudo, e não à organização de um ritual satânico“. Isso significa que não haverá missas satânicas no recinto militar … mas será pregado sobre a besta da terra e do mar (Ap 13).
Atualmente, o Templo Satânico tem cerca de 100.000 seguidores nos Estados Unidos e no Canadá. Desde abril de 2019, a seita conseguiu obter o cobiçado status de “religião” nos Estados Unidos.
Um lamentável caso da aplicação da liberdade religiosa, que permeia a história e a cultura americanas. Essa liberdade foi incluída no Concílio Vaticano II pelo jesuíta americano John Courtney Murray, um dos redatores da Declaração Dignitatis humanae (7 de dezembro de 1965). De acordo com a letra e o espírito deste documento que agora permeia os discursos das autoridades da Igreja, ninguém pode negar esse suposto direito a nenhum grupo de poder, em privado ou em público, para difundir seus erros e práticas.
Gens humana ruit per vetitum, a raça humana corre em direção à impiedade defendida, escreveu Horacio em seu Odes, denunciando a orgulhosa audácia dos homens que se rebelam contra os deuses. Uma máxima em que os oficiais da Marinha dos EUA deveriam meditar, correndo o risco de sofrer um terrível naufrágio … espiritual.
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