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A crise histórica que vivemos, que deslegitimou o Pai e eliminou a complementaridade do masculino e do feminino, mostra uma evidente devirilização que informa todas as esferas de nosso ser-no-mundo. Apesar disso, temos a tomada de consciência daqueles que ainda mantêm um espírito crítico e um senso de realidade que está intimamente ligado à verdadeira fé.
Fonte: Chiesa e Post Concilio – Tradução: Dominus Est
Muitos homens vivem suas vidas evitando responsabilidades, trabalhos e esforços. Muitos não têm ideia do propósito de suas vidas ou para onde querem ir. Outros ainda recuam diante de uma cultura que interpreta qualquer movimento em direção ao desenvolvimento do caráter ou à liderança masculina como odioso e opressivo. Todas essas figuras masculinas estão perdendo um ingrediente vital: a virilidade. Eles precisam dela com urgência.
Finalmente alguém se manifesta
A virilidade não se resume a ter certos cromossomos. O senador americano Josh Hawley (Republicano do Missouri) descreve suas características em seu novo livro, “Manhood: The Masculine Virtues America Needs” (Masculinidade: As Virtudes Masculinas que a América Precisa). Ao ler esse livro, respiramos aliviados porque finalmente alguém está dizendo o que precisa ser dito: a virilidade é boa, necessária e alcançável.
O livro do senador Hawley combina vários estilos para expressar seu ponto de vista. É, em parte, um livro de memórias, com relatos de como seus familiares e antepassados vivenciaram sua masculinidade. Em parte, é um estudo bíblico que reúne histórias, lições e passagens das escrituras que apontam para o propósito da masculinidade dado por Deus. Por fim, é um comentário social sobre o desejo da pós-modernidade de destruir a masculinidade e o que precisa ser feito para recuperá-la. Continuar lendo
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no XIII Domingo depois de Pentecostes, sobre a Ordem Terceira da FSSPX.
São Pio X – Patrono da Fraternidade
Proferido na Missa do domingo, 07/09 (09:00h), no Priorado Padre Anchieta, em São Paulo/SP.
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In festo Sancti Pii Decimi, Papae et Confessoris[1]
Patroni principalis Fraternitatis Sacerdotalis Sancti Pii X
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Amadíssimos irmãos,
Antes de tudo, gostaria de agradecer ao Padre Prior por me haver dado a honra de celebrar neste ano a solenidade do Patrono da nossa Fraternidade, o grande Papa São Pio X! Além disso, festejamos os vinte anos de fundação do nosso Priorado de São Paulo. Portanto, hoje, queridos amigos, é verdadeiramente um dia de ação de graças! Todavia, se temos muitos motivos para comemorar, caríssimos irmãos, temo-los também não poucos para nos preocupar.
Vivemos uma grande crise, que foi declarada, assinalada e até vislumbrada em seu desenvolvimento futuro por São Pio X. Podemos dizer que ele morreu de tristeza diante dos acontecimentos que se aproximavam. Não se tratava apenas da Primeira Guerra Mundial. O que ele via era algo ainda maior: toda essa sombra que adentrou a Igreja.
Sim, vivemos em densas trevas, mas o olhar cristão, quanto mais sombras enxerga, mais descobre nelas os sinais da Divina Providência. São tempos de grandes graças, pois o céu jamais permitiria uma crise tão profunda em sua Igreja sem preparar, digamos assim, “uma revanche”. São Pio X previu essa crise, e em seu pontificado, em sua pessoa, em suas ações, manifestam-se claramente dois princípios em combate: o modernismo, que ele condena, e o Papado, que ele representa. Esses são os dois princípios em confronto; combate terrível, que ainda hoje vivemos em episódios dramáticos. Continuar lendo
Por Dardo Juán Calderón
Fonte: In Exspectatione – Tradução: Dominus Est
Parece ser Gabriel Tarde quem descobriu este assunto da Micropolítica, que trata de que, pelo fato de vivermos em sociedade, nós, os homens comuns – que não participamos da Alta Política ou Macropolítica – mesmo assim “fazemos política” desde as estruturas básicas da sociedade; e que essa atividade é muito mais influente na macropolítica do que se pensa levianamente.
Essa influência faz com que os manipuladores modernos da política, depois de seguir os sábios conselhos de Maquiavel, tenham dado grande importância à manipulação da “micropolítica”. Tarde discutiu com os outros gênios da sociologia que diziam que esses fenômenos básicos não são políticos, mas psicológicos, mas o fato é que ganhou Tarde; que mais vale tarde do que nunca, porque isso havia sido dito por Aristóteles, e foi a principal atividade política da Igreja católica – fazer famílias cristãs – por séculos. Mas a questão é que os sociólogos descobriram esse campo de estudo e escreveram enormes monsergas sobre o assunto, sendo um dos mais destacados e usados na atualidade a obra de Gilles Deleuze, bibliografia obrigatória há muitos anos na formação dos licenciados em Ciências Políticas.
O assunto da lei do aborto em nosso país torna atual uma reflexão sobre o tema; as estruturas básicas de uma sociedade parecem, em tais circunstâncias, influenciar os caminhos da Macropolítica, mas cabe discerni-lo à luz dessas considerações se influenciaram para cima ou se foram manipuladas por cima. Reflexão também necessária pelo fato de que as famílias católicas – e se ainda há algumas estruturas um pouco mais complexas que podem ser chamadas católicas – têm como única possibilidade de influenciar na alta política a ação, através de estruturas e condutas de base, já que o Estado laico não permite chegar a seus mais altos escalões professando uma religião. Pode chegar um católico em seu foro íntimo, mas não se pode exercer a função enquanto tal, pois deve reconhecer o caráter estritamente laico de sua função, a liberdade de cultos e outras lindezas que são incompatíveis com a condição de católico íntegro – mas compatíveis com a de católico modernista. E o pior é que a “função” se exerce desligada de toda representação real de interesses; como membro de uma burocracia cujo objetivo final se desconhece – se é que existe um (como veremos). Continuar lendo
O Superior Geral da FSSPX, D. Davide Pagliarani, proferiu um sermão no Colle Oppio, composto por cinco partes, cada uma em um idioma diferente: francês, inglês, alemão, espanhol e italiano. O texto aqui apresentado contém a tradução completa.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Excelências Reverendíssimas, caríssimos confrades, caras irmãs, caros fiéis,
Que graça estar aqui hoje, e que alegria para todos nós!
Inicialmente, devo agradecer particularmente a todos aqueles que colaboraram, de um modo ou de outro, com a organização desta peregrinação. Não posso agradecê-los todos, mas ninguém será esquecido na Missa, tanto os leigos quanto os padres.
Também devo agradecer as famílias, que vieram de longe com crianças pequenas, por sua coragem. Deus não vai esquecê-los. Há uma graça especial ligada ao jubileu que vai marcar vossos filhos para sempre.
Roma, cidade dos mártires!
Por que nossa presença em Roma hoje é particularmente importante? Por qual razão?
Roma é, antes de tudo, a cidade dos mártires. Continuar lendo
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Em mais uma Operação Memória de nosso Blog, listamos aqui uma série de Especiais e alguns textos variados que estamos publicando já há vários anos.
Como os ataques à FSSPX aqui no Brasil se intensificaram nos últimos tempos, por pessoas que claramente não sabem praticamente nada sobre os assuntos relacionados a ela, nada melhor que disponibilizarmos alguns estudos sobre os mais diversos temas “da moda”.
Para quem ainda não sabe, tais ataques são de assuntos “requentados“, “batidos”, já usados pelo conservadorismo de certos Institutos europeus e já refutados pelos Padres da FSSPX dos Distritos de lá.
De tempos em tempos a onda passa por aqui. Anos atrás foram uns dois sites conciliares famosos no meio modernista que passaram a atacar D. Lefebvre e a FSSPX. O efeito foi contrário, a Fraternidade recebeu um número ainda maior de pessoas.
Hoje, por aqui, repetem-se as mesmíssimas coisas, porém com “ares de novidade”, como algo “descoberto e nunca falado”, como algo “acusatório, incriminatório e sem escapatória“.
Uau!!
De certa forma, os doutos brasileiros atuais estão um pouco atrasados nessa empreitada.
Prezados amigos, leitores e benfeitores, os padres da FSSPX no Brasil não tem tempo para discussões, ainda mais para assuntos já batidos. Nossos poucos padres têm como prioridades no apostolado: a oração, a Missa, a confissão, os Retiros, a Formação e salvação das almas de seu rebanho. Assim, aproveitem as leituras daqui mesmo do Dominus Est, para não caírem nas trapaças de continuístas e afins que não se importam em se expor à vergonha, de rifar toda a credibilidade que supostamente tem, para assim tentar salvar alguma coisa daquilo que recentemente perderam (entendedores sabem o que há por trás de tudo isso).
Como pedido pelo Pe. Mouroux no BOLETIM DE SETEMBRO, rezemos por eles.
Rezemos mesmo, porque está sendo muito fácil se exporem ao ridículo, falhando em premissas básicas, mas posando de gurus das supostas novidades.
Aproveitem….
ESPECIAIS DO BLOG: OBEDIÊNCIA E DESOBEDIÊNCIA
ESPECIAIS DO BLOG: A MISSA NOVA
ESPECIAIS DO BLOG: ALGUMAS RESPOSTAS A ARGUMENTOS CONSERVADORES
ESPECIAIS DO BLOG: BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO
ESPECIAIS DO BLOG: AS SAGRAÇÕES NA FSSPX
ESPECIAIS DO BLOG: PAPAS JOÃO PAULO II, PAULO VI E JOÃO XXIII
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BREVE CRÔNICA DA OCUPAÇÃO NEO-MODERNISTA NA IGREJA CATÓLICA
CISMÁTICOS E HEREGES? PELO PE. JEAN MICHEL GLEIZE, FSSPX – PARTE 1/2
CISMÁTICOS E HEREGES? PELO PE. JEAN MICHEL GLEIZE, FSSPX – PARTE 2/2
AUSÊNCIA DE REGULARIDADE CANÔNICA? – PELO PE. JEAN-MICHEL GLEIZE, FSSPX
D. LEFEBVRE, CAUSA DA CRISE NA IGREJA? – PELO PE. JEAN-MICHEL GLEIZE, FSSPX
SEJAM RACIONAIS: TORNEM-SE PROTESTANTES!
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Para acessar a Parte 1, CLIQUE AQUI
Tradivacantismo?
I – Da obediência bem compreendida
1. A obediência — fosse ela devida ao Vigário de Cristo — é uma virtude moral, parte da justiça, e, como tal, situa-se em um justo meio (14). Com efeito, a virtude moral está no princípio de uma ação propriamente humana, realizada de acordo com toda a perfeição exigida, perfeição de um ser dotado de razão – e sabemos que “a razão perfeita foge de todos os extremos”. A obediência ocupa, portanto, o equilíbrio, diz o Aquinate, “entre o excesso e a falta”. Seu objeto é nada mais nada menos do que o preceito (ou mandamento) legítimo de um superior humano(15). Esse preceito exige a obediência como algo que lhe é devido – e a obediência cumpre, a partir de então, uma obra de justiça – na medida exata em que é legítimo, ou seja, na medida exata em que é a expressão do governo de Deus, que governa as criaturas inferiores não imediatamente por Si mesmo, mas por intermédio das criaturas superiores(16). Assim que o preceito deixa de ser a expressão exata desse governo divino, a obediência cessa, por falta de objeto. Exigir ou impor a submissão da vontade a tal preceito constituiria, então, uma atitude viciosa, oposta, por excesso, ao bem da verdadeira obediência.
2. A obediência bem compreendida, a obediência virtuosa, exclui, portanto, por si mesma, como escreve o Pe. Hilaire Vernier(17), “a submissão aos abusos de poder”, ainda que proviessem da hierarquia eclesiástica. Abusos de poder que, como explica Santo Tomás, podem ocorrer de duas maneiras(18). Primeiro, quando o preceito de um superior humano contradiz um preceito de um superior de ordem mais elevada, por exemplo, quando o comando do homem contradiz o de Deus: assim, não há obediência possível em relação a um governo que legitimasse atos contrários à lei divina natural do Decálogo, por exemplo, a eutanásia ou o aborto. Segundo, quando o preceito do superior humano aborda um domínio que não lhe pertence, pois atentaria à esfera privada e a autonomia física ou moral do indivíduo: assim, não há obediência possível em relação a um governo que pretendesse impor às famílias um limite de nascimentos a um número específico de filhos, ou o controle de sua vida privada pela instalação de câmeras em suas casas (incluindo nos banheiros). Aqui, Santo Tomás recorre, com Sêneca, à autoridade do senso comum: “Errat si quis existimat servitutem in totum hominem descendere – Seria um erro querer fazer com que o peso de sua autoridade recaísse sobre o homem todo”, sobre todos os domínios e todas as áreas da vida do indivíduo. Continuar lendo
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. José Maria, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no XII Domingo depois de Pentecostes.
Surpreendente efeito colateral da Traditionis Custodes: alguns continuístas brasileiros o site Claves, da Fraternidade São Pedro, parece estar tomado por um novo zelo antilefebvrista. Sob risco de “tradivacantismo”?
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Cismáticos e hereges? Uma acusação contra a Fraternidade São Pio X
I – Atestado de procedência
1. A certidão de nascimento da Fraternidade São Pedro – e, de modo geral, das comunidades do chamado “movimento tradicional”– está registrada no Motu Proprio Ecclesia Dei afflicta,de 2 de julho de 1988, que declara o cisma de D. Lefebvre e o condena por ter criado “uma noção incompleta e contraditória da Tradição”(1), por ter se recusado a reconhecer “a continuidade do Concílio Vaticano II com a Tradição”(2). Logo, as ditas comunidades estão congenitamente destinadas a denunciar o mesmo suposto cisma e a condenar a mesma noção supostamente incompleta e contraditória da Tradição. Elas estão destinadas a isso de forma inerente, em razão de sua própria fundação, sob pena de deixarem de ser o que são, e enquanto se reivindicarem como resultado das medidas tomadas por João Paulo II no Motu Proprio que lhes deu o nome. Outrossim, também estão destinadas, de forma igualmente inerente, a “evidenciar a continuidade do Concílio com a Tradição”(3).
II – Um predeterminismo teológico?
2. Portanto, não é de se surpreender que, nesses últimos tempos, o site “Claves” da Fraternidade São Pedro tenha se empenhado em denunciar uma suposta falta de eclesialidade na Fraternidade São Pio X. Nos últimos tempos, ou seja, há quase três anos, após a publicação do Motu Próprio Traditionis custodes. A manutenção dos privilégios concedidos por João Paulo II exigiria um renovado protesto de não-lefebvrismo? De qualquer forma, vemos que o Pe. de Blignières se esforçou para demonstrar que o episcopado dos bispos da Fraternidade não era católico, insistindo na acusação de cisma(4). E eis que, no verão passado(5), o Pe. Hilaire Vernier, da Fraternidade São Pedro, pretende denunciar, por sua vez, “o impasse do sedevacantismo”, com uma crítica implícita dirigida à Fraternidade São Pio X. A conclusão do artigo assume a franca aparência de um clichê: a atitude de Dom Lefebvre e seus sucessores, implicitamente estigmatizada como um “sedevacantismo oculto, teórico ou prático”,levaria, inevitavelmente, a “um verdadeiro eclesiovacantismo”. De fato, “não é apenas a sé de Pedro que estaria vaga há mais de 50 anos, mas é a Igreja Católica que teria deixado de ser o que essencialmente é desde sua fundação!” Um clichê, no sentido de que a violência exagerada da expressão mal esconde a inconsistência dos argumentos que pretendem sustentá-la. Antes de avaliar sua consistência, comecemos – e esse será o objetivo do presente artigo – examinando os argumentos por si mesmos. Continuar lendo
Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que já postamos sobre o Santo:
Com as especulações atuais sobre se, e quando, a FSSPX irá sagrar novos bispos, todos podemos concordar em uma coisa: são necessárias.
Fonte: Rorate Caeli – Tradução: Dominus Est
Uma característica extraordinária da história da Fraternidade São Pio X é que, sempre que há algum contato com Roma, um grupo de padres e leigos nas capelas se revolta e a abandona. Ofendidinhos, eles fogem irritados e acusam os que ficaram de “trair” o legado de D. Lefebvre. Todos os grandes acontecimentos na Fraternidade nos últimos 50 anos são, em certo grau, resultado de conflitos internos, seguidos pelo êxodo.
As sagrações episcopais em junho de 1988 foram um choque terrível para muitas pessoas que, até então, alegremente apoiavam a Fraternidade. Para aqueles que gostavam da solenidade, as sagrações foram choque brutal com a realidade. Nossa pequena congregação em uma igreja anglicana abandonada em Bath, no Reino Unido, viu-se subitamente reduzida pela metade. Ao observar os remanescentes no primeiro domingo de julho de 1988, com muitos rostos familiares desaparecidos e que nunca mais seriam vistos, foi minha mãe quem me sussurrou de sua cadeira de rodas: “os que ficaram tomaram posição”. De repente, o Vaticano empunhou suas enferrujadas espadas de penalidades eclesiásticas, incluindo a excomunhão latae sententiae. Quem em sã consciência não correria para se proteger? A última excomunhão no Reino Unido havia sido em 1907.
Para os padres e leigos ligados à FSSPX, esses foram tempos assustadores, pois foram acusados de heresia e cisma. Muitos bispos, abades e clérigos que, até o momento, haviam apoiado publicamente o Arcebispo, sumiram de cena ou se tornaram abertamente hostis. No fim das contas, pode-se argumentar que Deus permitiu esses eventos para afastar os obstáculos da Fraternidade. Dito de outro modo, todos aqueles que pensavam que poderiam ter as aparências da tradição católica e, ao mesmo tempo, a aprovação de Roma, foram enganados. O que restou foi um grupo mais enxuto, preparado e perseguido; fortificado para enfrentar o avanço da crise na Igreja Católica – embora, olhando para nossa própria congregação em Bath, poucos de nós estávamos preparados! Continuar lendo
“…Meu amigo não me explicou se se tratava do Homo Sapiens, do Everlasting Man – de Chesterton, ou do HOMO POSTCONCILIARIUS…”
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Um amigo que se julga ateu ou não-católico telefonou-me outro dia, e logo me atirou pelos fios esta pergunta aflita: “Meu caro C. me diga uma coisa: a Igreja antigamente era ou não era uma coisa muito inteligente?“
Ia responder-lhe com ênfase: “Era!” Mas enquanto vacilei alguns segundos meu amigo desenvolveu a idéia: “Olhe aqui. Eu bem sei que antigamente existiam padres simplórios, freiras tapadíssimas, leigos ainda mais simplórios e tapados. A burrice não é novidade, é antiqüíssima. Garanto-lhe que ao lado do artista genial que pintava touros nas cavernas de Espanha, anunciando há quarenta mil anos a brava raça de toureiros, havia dois ou três idiotas a acharem mal feita a pintura.
— Mas, calavam-se, disse eu.
E logo o meu amigo uivou uma exclamação que trazia na composição harmônica de suas vibrações todas as explosões da alma: a alegria, a angústia, a aflição de convencer, a tristeza de um bem perdido e até a cólera…
— Pois é! CALAAAVAM-SE!!!
Contei-lhe então uma história de antigamente. Teria eu dezoito ou dezenove anos, e meu heróis dezessete ou dezoito. Ele era o aluno repetente de uma escola qualquer, e eu seu “explicador” de matemática. Eu sentia a resistência tenaz que, dentro dele, se opunha às generalizações matemáticas. Ficava rubro, vexado e alagado de suor. Continuar lendo
O especialista americano em bioética, Charles Camosy, Ph.D., alerta para a combinação da inteligência artificial (IA) com a fertilização in vitro (FIV), que poderia levar a uma seleção em massa de embriões, criando uma “casta biológica“. Ele denuncia o “neopaganismo consumista” na medicina reprodutiva e apela à resistência cristã.
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Em um artigo publicado pelo The Catholic Herald, o bioeticista observa “os rápidos avanços na tecnologia de IA, associados à sua aplicação à FIV”, que, segundo ele, poderiam “levar a uma situação distópica” pelo uso de milhares de embriões “em um único ciclo de tratamento”.
O professor Camosy vê isso como uma forma moderna de infanticídio influenciada “pelo ressurgimento de práticas culturais pagãs pré-cristãs“. Ele ressalta que “os pagãos gregos e romanos não hesitavam em desumanizar os recém-nascidos e não viam nenhum problema em decidir quais bebês deveriam viver e quais deveriam morrer, de acordo com suas próprias necessidades e desejos”.
Essa visão está de volta hoje: “ela manipula de forma irresponsável o poder de vida e morte sobre as crianças, de acordo com a vontade dos pais“. Mas “hoje, ela o faz de maneira muito mais sofisticada e em escala potencialmente industrial”, permitindo uma seleção com base na inteligência e outras características. Continuar lendo
Caros fiéis,
Os padres da Fraternidade já têm trabalho suficiente para se envolver nas polêmicas que mais frequentemente surgem nas redes sociais. No entanto, às vezes é aconselhável reagir e impor limites a quem exagera.
Nos últimos meses, um padre de Osasco encheu-se de coragem para denunciar um dos maiores perigos da Igreja: abusos litúrgicos? Não! Imoralidade (nos seminários, por exemplo)? Não! Perda da fé? Não! O valente Padre José Eduardo embarcou em uma cruzada contra a Fraternidade (16 padres e aproximadamente 5.000 fiéis no Brasil). Nessa batalha, ele não arrisca nada, exceto uma promoção. O padre doutor rasga sua batina, revelando ao mundo inteiro uma realidade insuportável que abala os alicerces da Igreja: a Fraternidade não está em plena comunhão! A Fraternidade não obedece ao Papa! Incrível! Ele compartilhou suas valiosas descobertas com a Cúria Romana e a CNBB?
Todos os que lêem estas linhas testemunharam vários escândalos em suas paróquias; escândalos sistêmicos, não de poucos, perpetrados por pessoas “em plena comunhão” e que obedecem ao Papa, especialmente quando seu nome era Francisco e muito menos quando se chamava Bento.
O Padre José Eduardo conhece a Fraternidade, tendo conhecido seus padres, inclusive seu superior, Padre Pagliarani, na Itália e no Brasil. Ele foi bem recebido. No fundo, este Padre foi, talvez, um daqueles padres em cima do muro. Se defendem demais a Tradição, são punidos. Se não a defendem suficientemente, sua consciência os repreende. Conhecemos esses padres que sofrem, mas não têm a coragem ou a capacidade de se engajar mais na luta. Rezamos por eles e os acompanhamos da melhor maneira possível. Poucos ousam deixar um cargo bem remunerado como pároco ou vigário, com inúmeros benefícios. Eles merecem nossa admiração e apoio.
Mas nosso padre atingiu outro nível. Tendo perdido a decência do silêncio, ele agora uiva com os lobos. Na verdade, ele busca desacreditar o que, para ele, é uma reprovação. Sim, a Fraternidade é uma reprovação para os falsos conservadores que desesperadamente justificar seu liberalismo. Continuar lendo
Por Dardo J. Calderón
Fonte: Argentinidad – Tradução: Dominus Est
Do recente intercâmbio epistolar com D. Mário Caponnetto, surgiu a dúvida sobre o uso desses rótulos. Quem é tradicionalista e quem é conservador? A bronca que tomei me fez compreender que, bem ou mal, estou usando os termos em sentido denigrativo, já que em português claro, ser católico é ser tradicionalista, e ser conservador, no fundo, é não ser católico.
Aqueles que puramente nos acusam de “tradicionalistas” colocam-se no ponto que queremos. Declaram-se, com franqueza, que não são católicos, já que a tradição é a fonte essencial pela qual conhecemos a revelação, inclusive acima da Bíblia, que somente é interpretada pela tradição apostólica e pelo magistério tradicional da Igreja. Aqui não há rancor.
Publicamos, agora, um livro de Calderón Bouchet [1] que define, com bastante precisão, o que é o pensamento conservador e o aproxima com o pensamento cantante da Igreja Conciliar. Disso se segue que todos aqueles que querem salvar certa continuidade entre o pensamento do Concílio e a tradição caem, sem dúvidas, nos “pecados” do conservadorismo. Mas, em suma, o que é o conservadorismo? A chave do dilema está na frase do autor destacada pelo prólogo: “O conselho de Jesus: ‘Buscai o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo’, sofrerá nas mentes conservadoras uma transposição que invalida totalmente sua eficácia redentora. O conservador parece aconselhar que, para salvar os acréscimos, é conveniente buscar o Reino de Deus e sua justiça”. Continuar lendo
AO CARDEAL ADOLFO BERTRAM, BISPO DE BRESLAU: SOBRE OS PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS GERAIS DA AÇÃO CATÓLICA.
Diletíssimo filho Nosso, saudações e bênção apostólica.
Grande foi Nossa alegria pela notícia que Nos comunicastes acerca de vossas iniciativas em ordem a promover o crescimento da Ação Católica entre os vossos fiéis, mostrando assim vosso respeito à Sé Apostólica, ao desejar que em carta aos queridos filhos da vossa diocese indicássemos o método mais acertado de progredir no caminho empreendido e déssemos novos encorajamentos para maiores progressos.
A causa em questão não era desconhecida da própria era apostólica, visto que o Apóstolo São Paulo, em sua carta aos Filipenses (cap. IV, v. 3), menciona “seus cooperadores” e fala daquelas “que combateram” com ele no Evangelho. Mas mais do que nunca em nossos tempos, quando a integridade da fé e da moral está em perigo cada vez maior e a escassez de padres é, infelizmente, tão extremada que eles são completamente incapazes de atender às necessidades das almas, devemos ter maior confiança na Ação Católica para ajudar e, com numerosos colaboradores leigos do poder temporal, suprir essa considerável escassez de clérigos.
É evidente que Nossos predecessores aprovaram e aplicaram este método de cuidar da causa católica, os quais, à medida que os tempos se tornavam mais difíceis para a Igreja e para a sociedade dos homens, exortavam todos os fiéis com ainda mais fervor, em uníssono, a se empenharem, sob a liderança dos Bispos, em lutas santas e a proverem a salvação eterna de seus semelhantes da melhor maneira possível. Não foi pouca nossa preocupação com o crescimento da Ação Católica desde o início do nosso pontificado, pois, na Encíclica “Ubi arcano Dei”, declaramos publicamente que ela não estava de modo algum separada do ministério pastoral e da vida cristã, e depois explicamos sua natureza e finalidade, que, se forem devidamente consideradas, não têm outro objetivo senão o de que os leigos participem de certo modo do apostolado hierárquico.
Continue lendo essa Carta, no excelente Verbum Fidelis, CLICANDO AQUI
Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX
Fonte: Courrier de Rome n° 687 – Tradução: Dominus Est
Esse artigo é uma continuação do UMA LEITURA CUIDADOSA? SOBRE AS FUTURAS SAGRAÇÕES NA FSSPX
1 – Direito Divino e Direito Eclesiástico
1. Em todos os textos em que Pio XII fala da sagração episcopal realizada sem mandato apostólico,(1) é tratado da sagração conferida com jurisdição. Ora, a sagração conferida com jurisdição só constitui uma violação ao direito divino quando é conferida sem mandato apostólico e contra a vontade do Papa. A passagem da Encíclica Ad Apostolorum Principisem que Pio XII caracteriza essa violação do direito divino utiliza a expressão “contra jus fasque“, que designa tanto o direito humano (“jus”)quanto o divino (“fas”). Aqui, mais uma vez, é importante ter uma compreensão bastante clara do que esses conceitos implicam.
2. O direito divino é o objeto da lei divina, imediatamente promulgada por Deus. É costume distinguir entre direito divino natural e direito divino positivo. O direito divino natural equivale à lei natural, isto é, a expressão da ordem moral estabelecida por Deus, autor da ordem natural por meio de sua criação, expressão presente para todos os homens. O direito divino positivo é o objeto de uma lei da qual Deus é o autor e que Ele promulgou por meio de sua Revelação sobrenatural (em oposição à lei divina natural). O direito eclesiástico é o objeto da lei humana promulgada pela Igreja para o bem comum de toda a sociedade eclesiástica e que obriga todos os fiéis batizados a partir dos 7 anos de idade.
3. Pode-se dizer que um poder é de direito divino ou de direito eclesiástico em três sentidos diferentes. Continuar lendo
Irmãs da Fraternidade São Pio X
As flores, para desabrocharem, precisam dos raios quentes do sol. E no jardim das almas, é a alegria que proporciona a atmosfera necessária para os corações se expandirem.
Não deixemos as crianças se fecharem em si mesmas
Há temperamentos alegres, otimistas, que nunca se mostram apáticos ou abatidos; sabem ser gratos ao bom Deus, e isso é um dom precioso.
Ao lidarmos com crianças mal-humoradas, emburradas, ranzinzas e tristes (e que acabam por se afastar de todos), precisamos ensiná-las a serem alegres. Que saibamos apontar o lado bom das coisas — porque sempre há um. O tempo está ruim? A chuva nutre a Terra e ajuda as plantações a crescer. Se um motivo de aborrecimento se apresenta, encaremo-lo como uma oportunidade de oferecer um sacrifício ao Bom Deus! Recebi um pedaço menor de bolo que o meu irmão? Fico feliz por ele!
Não deixemos que as crianças fiquem ensimesmadas em seu mal-humor. Tão logo isso se apresente, devemos aliviar as tensões com uma piada ou um gracejo como “Cuidado, seu beicinho está crescendo! Vamos, tire rápido um sorriso do bolso!”, ou algo do tipo. Crianças irritadiças, que nunca estão satisfeitas, devem ser interrompidas com comentários do tipo: “Pare de reclamar. Você reclama tanto do que não tem, que esquece de perceber o que tem!”. Continuar lendo
Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX
Fonte: Courrier de Rome n° 687 – Tradução: Dominus Est
DA ENDOXA À CIÊNCIA.
1. A endoxa(1) equivale somente a uma probabilidade, que normalmente fornece a presunção necessária em favor da verdade declarada. O fato é que ela não passa, nem mais nem menos, de uma opinião seriamente fundamentada. Ela difere, como tal, da ciência, que sozinha pode fornecer uma verdadeira certeza. Essa certeza da ciência se baseia na evidência fornecida por argumentos verdadeiramente demonstrativos, que diferem, como tal, do simples sinal que advém da adesão quase unânime da grande maioria das pessoas à verdade em questão. Para ir além da endoxa, é necessário, portanto, recorrer a uma demonstração científica e, neste caso, em matéria teológica, esta nasce no argumento de autoridade que representa o ensinamento do Magistério.
2. A compreensão adequada disso requer certo domínio. E isso deve ser alcançado particularmente em uma matéria como a eclesiologia, cujos dados essenciais estão diretamente envolvidos na solução das graves dificuldades da atualidade. O autor do panfleto publicado na edição de 27 de março de 2025 do site da revista La Nef reconhece isso, afinal: “Alguns defensores da FSSPX sustentam que D. Lefebvre não cometeu um ato cismático, pois, de acordo com eles, a prerrogativa de escolher os bispos não seria uma prerrogativa que pertence ao Papa por direito divino, mas apenas por direito eclesiástico. No entanto, o direito eclesiástico pode reconhecer exceções em casos de estado de necessidade, o que permite a justificação das sagrações. O Pe. Gleize, teólogo oficial da FSSPX, resume bem essa posição em seus escritos. No entanto, ele reconhece que, se sagrar um bispo contra a vontade do Papa for proibido por direito divino, logo, as sagrações de 1988 seriam cismáticas. Portanto, essa é única premissa que deve ser examinada. E isso se dá por meio de uma leitura diligente do Magistério”. Continuar lendo
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