MAU HUMOR – ISSO NÃO É CATÓLICO!

Resultado de imagem para mal humorNo meio de tudo guarde a cristã seu bom humor e calma! – Faltando esse bom humor, os menores desacordos avolumam-se em conflitos e choques. Morre então a união, esfria o mútuo amor. Mau humor só presta para contagiar os outros: marido, filhos e até os animais domésticos. Gato atropelado pela manhã, devido ao mau humor da patroa, anda arredio o resto do dia. Esse “nervo” é mais contagioso do que caxumba e gripe. É belicioso, compra as briguinhas e brigonas, altera o sossego dos pacíficos, espanta o riso e provoca a solidão. Cada um procura um canto seguro dos raios, com receio das descargas elétricas do mau humor. 

O marido vai para a rua, batendo a porta quando é malcriado, ou inventando um pretexto quando é delicado. E lá na rua vai invejar os outros, que têm “esposas mansas e delicadas”. Que perigo há nessa inveja! A criançada cala-se e espia de soslaio a cara feia da mãezinha. Parece uma ninhada … orfã.

E Deus? e a sua benção e os seus anjos da paz?

Explode a força do bom humor! – eis o princípio. É ele uma chave misteriosa que abre todos os corações. Nem o pequeno amuado, nem o marido casmurro, nem a filha grevista, nem a criada vingativa resiste ao invencível bom humor da mãe e esposa e dona de casa. 

Torna-se qual ave cantora ou raio de sol espantando a solidão e as sombras. Logo a criançada interessa-se pela ave cantora, compra esse bom humor e espalha-o pela casa no sorriso barulhento das almas inocentes. Até a graça de Deus conta com esse ambiente. Bom humor, ou paciência sorridente, leitora, custe o que custar! É ele o pão de cada dia que a todo preço precisa ser quebrado para os famintos da alegria de teu lar. É moeda a ser trocada em troco miudo o dia inteiro.

As três chamas do lar – Pe. Geraldo Pires de Souza

INSTRUÇÃO RELIGIOSA DOS FILHOS – SUA NECESSIDADE

Resultado de imagem para mãe ensinando filhaNada mais acrescentamos acerca da instrução intelectual, porque não é essa a que hoje mais escasseia. Os pais que a não receberam na sua mo­cidade, lamentam vivamente essa falta; os que a receberam, por sua própria experiência lhe reconhe­cem as vantagens, e todos à porfia a querem procu­rar para seus filhos.

Mas há uma outra espécie de instrução, sobre que devemos mais insistir, porque é mais necessária, e mais desprezada que a instrução intelectual: que­remos falar da instrução religiosa.

É a mãe obrigada em consciência a dar ou a mandar dar a seu filho uma instrução cristã? Não hesitamos em responder: É; é a isso obrigada, é esse um dos mais graves e dos mais sagrados dos seus deveres. Em quantas passagens dos nossos san­tos Livros, reitera Deus aos pais a ordem de instruir os seus filhos nas verdades e nas práticas da reli­gião? «Instruí vosso filho para que ele vos não leve ao desespero» está escrito no livro dos Provérbios. E noutra parte: «Instruí vosso filho, e educai-o com cuidado, afim de que vos não cubra de confusão». E ainda num outro sítio: «Instruí vossos filhos, e desde a sua mais tenra idade, vergai-o sob o jugo da lei de Deus». Os santos doutores, intérpretes da palavra divina, dizem aos pais, com S. João Crisóstomo: «Não te esforces em fazer do teu filho um sábio, mas fá-lo instruir, de forma a fazer dele um cristão. Vós sois, ó pais, os apóstolos de vossas famílias, perten­ce-vos governá-los e instruí-los». Os vossos lábios são os livros onde os vossos filhos devem encontrar o conhecimento dos seus deveres de cristãos.

«Sem a fé, disse o grande Apóstolo, é impossí­vel agradar a Deus» e, por conseguinte, sem ela, é impossível à criança viver da vida da graça. Mas como terá fé essa criança, se não foi instruída nas verdades reveladas? Além disso, a fé sem as obras, é morta, e incapaz, por conseguinte, de abrir o Céu a ninguém. É pois necessário que a criança, ao mesmo tempo que aprende as verdades da fé, seja formada na prática dos deveres, que ela impõe. Continuar lendo

NÃO OS AFASTEIS DOS SACRAMENTOS

Resultado de imagem para jovem desanimadoHavia em Tolosa (França) uma família pouco religiosa. Como o colégio dos Jesuítas era sem dúvida o melhor da cidade, os pais resolveram internar nele seu primeiro filho.

O menino, mais dado à piedade que seus pais, começou a frequentar os sacramentos e disso tirava grande proveito espiritual.

Tendo notícia desse fato, correu a mãe do menino no Diretor do colégio e disse-lhe:

– Padre, o Sr. está fazendo de meu filho um beato, um carola. Saiba que não quero que ele seja um frade ou um vigário.

Não contente com isso, e para vigiá-lo melhor, mudou-se para a cidade e pôs o filho no colégio como externo. Assim poderia impedir as comunhões frequentes.

Pobre mãe! Tinha medo que o menino se desse todo a Deus e que fosse um cristão fervoroso.

Que é, porém que aconteceu? Eis: pouco a pouco as comunhões do jovem foram sendo mais raras… até que, afinal, nem uma por ano, nem pela Páscoa… O mais se adivinha facilmente. A corrupção invadira o coração do rapaz e tomara o lugar da virtude e da piedade.

Quando o percebeu a infeliz mãe, correu alvoroçada a suplicar ao Diretor que fizesse seu filho voltar à comunhão e à moral cristã. Mas o Padre deu-lhe uma resposta:

– Minha senhora, é demasiado tarde; seu filho está perdido. Cumpri com o meu dever; era preciso que a senhora cumprisse com o seu.

E o Padre tinha razão. Não levou muito tempo o desgraçado jovem morreu consumido de vícios horrendos e vergonhosos.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

A FIDELIDADE AOS PAIS

Resultado de imagem para mães e filhas modestiaConforme a vontade de Deus deve antes de tudo dedicar aos teus pais amor e fidelidade. São Jerônimo refere-se um belo exemplo desta fidelidade na vida da Santa Eustáquia, filha de Santa Paula, notável dama romana. Segundo conta, ela portou-se em tudo, como boa filha, ternamente amorosa para com a sua mãe. Amava a mãe de todo o coração e se empenhava por imitá-la em todo o bem.

Assinalavam-se, constantemente, por uma voluntária e pontual obediência, e cumpria-lhe prazerosa os menores desejos. Sempre ficava satisfeita, quando podia proporcionar-lhe alguma alegria. Seu maior gosto era permanecer em sua presença e assisti-la, com incansável dedicação e ilimitada diligência, tanto nos dias de saúde, como nos de doença, até o derradeiro momento de sua existência. Tais foram às disposições e o procedimento de uma filha verdadeiramente boa, que tu, donzela cristã, deverás ternamente imitar.

Sim, cumpre com absoluta fidelidade, os teus deveres para com teus pais que, segundo a determinação de Deus são os teus maiores benfeitores. Lembra-te, por um instante que tudo deve agradecer a teus pais. Vê quanto por ti se afadigou teu pai, no decorrer de muitos anos. Todos os dias, pela manhã, erguia-se do leito e, depois de curta oração, encaminhava-se para os duros trabalhos de sua profissão. Quantas pesadas gotas de suor derramou para satisfazer às suas obrigações! Quantas vezes sentia que as forças ameaçavam abandoná-lo, e as mãos denunciavam cansaço! Sem embargo, o pensamento em ti, o amor por ti, estimulava-o sempre a continuar o trabalho, não obstante toda a fadiga.

Enumera, se puderes, os penosos passos que deu por ti, as muitas alegrias e prazeres de que se privou para que nada te faltasse, os gastos incalculáveis que fez para que tivesses o necessário e te instruísses convenientemente. Contempla os duros calos de suas mãos, os sulcos de sua fronte, a gravidade que lhe transparece na face e em todo o ser – tudo isso te fará lembrar uma infinidade de incômodos e cuidados que teu pai suportou por tua causa. Interpela, depois tua mãe, sobre o que tem feito. Responder-te-á: Minha filha, não te posso narrar, é impossível. Horas e dias consecutivos trouxe-te em meus braços, acalentei-te ao meu coração e velei-te no berço; cumulei-te de carícias, antes que tu as pudesses compreender. Tu me fatigaste, muitas vezes; longas horas me roubaste ao repouso noturno pelo qual suspirava e do sono de que eu tanto necessitava. Sustentei a tua fraca vida, alimentei-te e tanta coisa suportei, até que pudesses falar, andar e de algum modo agir por ti mesma. E, que de cuidados eu não sentia por tua vida, quando ela de qualquer modo corria perigo! Como eu oscilava entre a angústia e a esperança, esquecendo o comer e o beber, quando alguma doença te retinha no pequeno leito.
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O RESPEITO HUMANO

Resultado de imagem para filhas de mariaDistinta e rica dama desejava adotar uma filha de Maria, cujo procedimento lhe agradava sobremaneira. Mas estabeleceu como condição que se retirasse da associação mariana e depusesse a medalha da Mãe de Deus. Firme e resoluta, embora gentil e cortês, respondeu a donzela que a esta exigência não satisfaria por nenhum preço: preferia ser filha de Maria, a se tornar rica e notável.

A dama encontrou nesta franqueza e firmeza tanta satisfação, que tomou consigo a jovem e – o que é mais notável – adotou-a para sua própria santificação. O bom exemplo da moça reconduziu-a a piedade e à virtude. Se esta filha de Maria, no seu covarde respeito humano, tivesse satisfeito à exigência da rica dama, mui provavelmente, não voltaria esta para Deus, mas cairia na indiferença religiosa.

Eu desejaria animar-te, jovem cristã, a imitares a firmeza desta filha de Maria, e a jamais te tornares infiel a Deus e aos teus deveres, por causa do respeito humano.

1º – Contentar a Deus, há de ser sempre tua principal preocupação.

“Teme a Deus e observa os seus mandamentos, porque nisto está o homem todo” (Ecl. 12,13). Lembra-te de que Deus é Teu soberano Senhor, a quem tudo deves agradecer e de quem dependes em qualquer circunstância; reflete que dentre poucos anos deverás comparecer perante Ele, que será Teu reto Juiz, a fim de lhe prestar contas de toda a tua vida, e que da Sua sentença dependerá a tua eternidade.

Pondera, ainda mais, que os homens são criaturas frágeis, as quais hoje possuem a vida e amanhã desaparecerão no túmulo, e que da grandeza e fausto do homem mais rico, mais honrado e mais célebre, nada mais restará, senão um punhado de terra e pó. O Padre Clemente Hoffbauer, a um senhor importante, que se ufanava da sua distinta posição, quis um dia fazer-lhe ver o que é o homem. Curvando-se para o chão, tomou um pouco de pó na mão e mostrou-lho com as seguintes palavras: “Vede, isto é o homem, uma mão cheia de pó!” Continuar lendo

NOVIDADE: PALESTRAS DOS PADRES DA FSSPX EM DVD

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Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Como sabem, infelizmente, o apostolado da FSSPX no Brasil ainda é pequeno. São apenas 9 sacerdotes para atender 19 missões.

Porém, há planos de expansão das Missões e Priorados.

Em 2016 foi ordenado mais um brasileiro e em 2017/2018 serão mais 5 sacerdotes de nosso país.

Agora em março será inaugurada a Casa Autônoma da FSSPX no Brasil, mostrando a estruturação e organização para seu devido crescimento.

Quem é atendido pela FSSPX conhece o trabalho incansável dos padres, veem como  prezam pela santificação dos fiéis (acima de tudo), e como são frutuosos seus incessantes trabalhos. Só não fazem mais porque, humanamente, não há condições para tal.

Sabendo disso, os padres do Priorado de Santa Maria/RS gravaram várias aulas/palestras sobre assuntos diversos (que são dadas aos fiéis do local) e que agora disponibilizaremos àqueles que querem se aprofundar no aprendizado da verdadeira Doutrina Católica.

Abaixo colocamos uma lista das palestras disponíveis, nesse começo. Os valores já estão com o frete incluso (envio PAC).

ATENÇÃO: Como temos pouquíssimas unidades, infelizmente venderemos aos que mais rápido fizerem seus pedidos pelo email: gespiox@yahoo.com.br

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AS COROAS DE NOSSA SENHORA (R$25,00) – (ESGOTADO)

  • A Predestinação de Nossa Senhora e a Maternidade Divina
  • A Virgindade Perpétua de Nossa Senhora
  • A Imaculada Conceição
  • Assunção de Nossa Senhora e a Coroação de seus Privilégio

A FAMILIA CATÓLICA (R$25,00) – (ESGOTADO)

Na primeira desta série de palestras é exposto o modelo de família católica tal como sempre se entendeu e depois esse modelo é contrastado com o degenerado modelo liberal dos dias de hoje. Em seguida é feita uma exposição sobre a encíclica de Pio XI que trata da santidade do casamento, controle de natalidade e aborto. Por fim é feita uma exposição acerca dos princípios e práticas aplicáveis à educação dos filhos.

  • Família Católica e a Liberal
  • Comentários à Casti Connubii
  • Educação Católica dos Filhos
  • Manual de Sobrevivência para Pais Católicos

SANTO TOMÁS DE AQUINO (R$35,00) (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Boecio & Cassiodoro
  • São Bernardo e Abelardo
  • Fé e Razão
  • Hugo de São Vitor
  • Sto. Alberto Magno
  • Origens de Santo Tomás
  • Começo da vida intelectual e religiosa
  • Da ordenação sacerdotal até Colônia
  • Fim de sua vida. Seu papel na Igrela

A SANTA MISSA (R$25,00) – (ESGOTADO)

Passando pelo Concílio de Trento e pelas explicações de cada parte da Missa de sempre, fica explicado neste ciclo de palestras aquilo que o fiel precisa saber do essencial no assunto. Logo após são apresentados os problemas encontrados na missa nova promulgada por Paulo VI e os demais perigos a que o fiel católico está exposto nos dias de hoje.

  • Trento e a Missa
  • As Partes da Missa
  • Os Problemas da Missa Nova
  • Os Santos e a Missa
  • Conclusão

O LEÃO DE SÃO MARCOS (R$30,00) – (ESGOTADO)

  • A história do Liberalismo e a ação de São Pio X
  • Introdução Geral
  • História do Liberalismo
  • Liberalismo Católico
  • Noção de Liberdade
  • Liberdade e Autoridade
  • Giuseppe Sarto
  • Ação de São Pio X

MESTRE DE ABISMOS – GUSTAVO CORÇÃO (R$30,00) – (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Descoberta do Outro
  • Os Conversos
  • O Polemista
  • Lições de Abismo
  • A Outra
  • Abismos e Conclusão

A CONVERSÃO DE UM INTELECTUAL – SANTO AGOSTINHO (R$35,00)- (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Império Romano
  • A Conversão do Império
  • A Formação de Santo Agostinho
  • A Formação de Santo Agostinho
  • De Caída em Caída
  • Nas Vias  do Retorno
  • Conversão
  • Sacerdote e Bispo
  • Luta contra os Maniqueus e Donatistas
  • Consideração Doutrinal: a Verdade e o Sujeito. Crise Pelagiana
  • Subjetivismo. O Mal, a Liberdade e a Graça
  • Ação Infatigável – Visão de Conjunto de sua Obra Literária
  • Resenha de “A Cidade de Deus”
  • Amante da Beleza – Resenha de “Confissões e Retratações”

OS CINCO SEPTENÁRIOS DE HUGO DE SÃO VÍTOR (R$25,00) – (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Os Vícios
  • Organismo Espiritual
  • Falsa Dialéticas dos Saberes

CHESTERTON – APÓSTOLO DO BOM SENSO (R$25,00) – (ESGOTADO)

  • Introdução Geral
  • Movimento de Oxford
  • Anti-Pessimismo
  • Resenha das Obras
  • E o Verbo de fez Carne: Conversão ao Catolicismo
  • Roma e Romance: Uma Tentativa de Conclusão

A RETÓRICA (R$25,00) – (ESGOTADO)

  • A Retórica Verbal
  • A Retórica Musical no Barroco Alemão

AMA A TUA MÃE

Resultado de imagem para nossa senhora menino jesusO conhecido jesuíta Alexandre Baumgartner viajava certa vez com dois companheiros pela Islândia. De uma feita tiveram de pernoitar numa quinta, pertencente a uma família protestante, onde foram servidos de maneira modesta e simples, mas sincera e leal. No momento de separação, o Pe. Geyer, um dos companheiros de Baumgartner, convidou a senhora da casa a escolher como lembrança uma das três imagenzinhas que lhe foram apresentadas: a de Cristo, a da Mãe de Deus, e a do Anjo da guarda. A senhora fixou bem as três imagens e escolheu a da Mãe de Deus. Perguntou-lhe então o Pe. Geyer se ela venerava também a Maria. Sem delongas respondeu a protestante: “Certamente, pois Ela é a Mãe de Nosso Senhor!”

Se essa mulher que não tinha a felicidade de pertencer à nossa Igreja Católica, possuía tais sentimentos para com a Bem-aventurada Virgem Maria, não se esforçará uma boa católica, muito mais ainda, em honrá-lA fielmente e com todo o zelo? Faze-o também e alcançarás muitas bênçãos.

1º- Venera, fielmente, a Bem-aventurada Virgem Maria, por Sua relação íntima com o Salvador.

Nenhum homem, por mais perfeito, nenhum anjo, ainda o mais puro e mais elevado, esteve em relação tão intima e tão estreita com Deus como a Virgem Maria. O Filho Eterno e consubstancial de Deus, quando assumiu no tempo a natureza humana para nossa salvação, A escolheu para Sua verdadeira Mãe carnal. Ela trouxe, portanto, em Seu seio virginal Aquele que o Céu dos céus não pode conter; deu à luz, no tempo, Aquele que desde toda a eternidade foi gerado pelo Pai Celeste; recebeu diariamente em Nazaré provas de reverência e obediência Daquele cujo aceno obedecem os anjos do céu.

Ela se acha numa relação toda singular e extraordinária para com o Divino Salvador; criatura alguma pode nisto equipar-se a Ela. Se amamos a Jesus Cristo sobre todas as coisas, se Ele é nosso tudo, como realmente deve ser, porventura não será também Maria digna de veneração toda particular? Objetos que se relacionam com o Divino Salvador apenas de modo extrínseco e transitório têmo-lo nós os cristãos por santificados; pensamos, com amor e veneração na Sua Gruta; na Sua Cruz e no Seu Sepulcro. Maria, que conviveu com Ele, na mais íntima relação que podemos imaginar, não será mil vezes mais digna da nossa veneração?
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O VALOR DA COMUNHÃO

Resultado de imagem para menino comungandoa) Lê-se na biografia do Cardeal Newman um episódio edificante. Ele, antes de se tornar católico, era protestante e alto dignatário da Igreja anglicana com um vultuoso estipêndio anual, pago pelo governo inglês.

Mesmo nessa condição quis estudar as razões e fundamentos da Igreja Católica; e, conhecida a verdade, abraçou-a prontamente. Como se sabe, tornou-se um católico fervorosíssimo; preparou-se, fez-se sacerdote e foi um apóstolo da Eucaristia.

Antes da conversão procurou-o um amigo e disse-lhe:

– Pense sériamente no passo que vai dar; saiba que, fazendo-se católico, o governo não lhe dará mais nada e lhe retirará a prebenda.

Newman pôs-se em pé e exclamou com ar de desprezo:

– Que é um punhado de ouro, em confronto com uma comunhão?

E logo depois fez-se católico.

Aquelas palavras merecem ser meditadas.

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Resultado de imagem para menino comungandob) Luísa compreende o valor da comunhão. Tem apenas nove anos e não pode ir comungar senão aos domingos na missa, às dez horas. Sua mãe, temendo que ela adoeça por ter de ficar tanto tempo em jejum, proíbe-lhe a comunhão. Luísa, usando de esperteza, finge quebrar o jejum, mas durante a semana inteira, não come nem bebe antes do almoço.

– Mamãe, a Sra. me dá licença de comungar amanhã?

– Não, filhinha; a comunhão é muito tarde… você ficaria doente.

– Mas, mamãe, eu passei toda a semana em jejum até o almoço e não me sinto mal…

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

NOVO JUDAS

meninoUm menino, chamado Fúlvio, fazia seus estudos num dos principais colégios da França. Enquanto a mãe o conservou sob suas vistas, foi o menino preservado dos graves perigos que ameaçam os pequenos; mas no colégio apegou-se Fúlvio a dois colegas maus e corrompidos com os quais vivia em estreita amizade.

Bem depressa, por causa deles, perdeu a inocência e com ela a paz do coração. Alguns livros imorais, que lhe deram os companheiros, acabaram de perdê-lo.

Aos doze anos foi admitido à primeira comunhão; infelizmente não a fez por devoção, mas apenas para obedecer à mãe, sem propósito de mudar de vida nem de abandonar as más companhias. Confessou-se sacrílegamente, calando certos pecados vergonhosos e, assim, com o demônio no coração, com o pecado mortal na alma, teve a temeridade de receber a comunhão.

Os pais, enganados pelas aparências, julgaram-no bem comportado e mandaram-no de novo ao colégio. Fúlvio, porém, por sua indisciplina e preguiça nos estudos, teve um dia de ser severamente castigado pelo diretor e encerrado por algumas horas na prisão do colégio.

Chegada a hora de o pôr em liberdade, vão ao quarto que servia de prisão e, antes de abrir a porta, escutam do lado de fora… Não ouvem nada… nenhum movimento… Bate-se à porta, e ninguém responde. Abre-se, afinal, a porta, e que é que se vê? Ai! que horror! O infeliz rapaz enforcara-se: estava morto!

Imaginem-se os gritos e gemidos no colégio.

Sobre a mesa foi encontrada uma carta, na qual estavam expressos os sentimentos de uma alma ímpia, desesperada, sacrílega.

Tal foi o fim do desditoso rapaz, vítima de maus companheiro, e que, tendo pecado como Judas, teve também a morte de Judas.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

DOS RECREIOS

Resultado de imagem para recreio criançasO trabalho e a aplicação das crianças devem ser interrompidos por meio de recreios, e animados por meio de recompensas.

Não pode o arco conservar-se sempre retezado, dizia S. João ao caçador, que parecia censurar-lhe a sua distração, quando caçava uma perdiz. Mas é principalmente às crianças que uma longa tensão de espírito é funesta ou impossível; é preciso, pois, procurar-lhes momentos de descanço, que ao mesmo tempo que recreiam o espírito, fortificam e avigoram o corpo. — «Afinal, o cuidado que se tomar em mes­clar de prazer as ocupações sérias, servirá de muito para afrouxar o ardor da mocidade pelos divertimentos perigosos. A sujeição demasiada é que ori­gina a impaciência pelos divertimentos, disse Fénelon. Se uma menina se não enfastiasse de estar junto de sua mãe, não teria tanta vontade de lhe fugir, para ir procurar companhias que lhe podem ser prejudiciais.» Todavia nada seria mais perigoso para a criança do que um descanço ocioso e sem vida; longe daí encontrar a alegria e o ardor para o estudo, apenas conseguiria ganhar costumes impróprios, e talvez mesmo viciosos. 

— «É ordinariamente um mau indício, quando uma criança não folga, ou não gosta de brincar», diz Mgr. Dupanloup. Mas um recreio bem escolhido, um exercício mode­rado do corpo aumenta a atividade do espírito, e preserva das incitações para o vício. Mas os recreios só produzem estes resultados, quando não são demasiadamente prolongados. O nosso corpo, se lhe con­cedemos algum descanso no trabalho, torna-se mais vigoroso, e mais bem disposto, enquanto que um longo descanso apenas o torna fraco e preguiçoso. O mesmo sucede ao espírito: uma curta recriação excita-o, e uma longa inação fá-lo cair no torpor. «Nos divertimentos, é conveniente evitar as socie­dades suspeitas; nada de rapazes juntos com rapa­rigas» disse sem rodeios Fénelon. Já muito tempo antes dele, dizia S. Jerônimo, escrevendo a Gaudêncio: «Não permitais que Pacatula brinque senão com meninas como ela, de forma que nunca saiba brincar com crianças doutro sexo, nem mesmo que assista aos seus divertimentos.» Como já acima dis­semos, Pacatula apenas tinha sete anos. Continuar lendo

SEU PEDESTAL

Resultado de imagem para MÃE CATOLICANão é qualquer eminência que serve para destacar uma mulher sobre as outras. O Criador já lhe deu um pedestal, o quase único que a realça e celebriza. Queres conhecê-lo?

O valor de uma mulher, desde a origem da humanidade até ao seu desaparecimento, mede-se e medir-se-á sempre, não pela classe social a que pertence, ou pela riqueza e elegância, ou pelos vestidos e beleza, nem mesmo pelos produtos literários, mas pela maneira com que desempenha a quádrupla missão de esposa, mãe de família, educadora e dona de casa.

Eis aí sua missão essencial, natural, divina. O resto é supérfluo. Há hoje em dia uma aberração dos espíritos, que antepõe o supérfluo ao essencial. Daí vem na sociedade moderna essa inversão: a mulher em vez de ser esposa torna-se associada; em vez de mãe muda-se em intelectual; em vez de educadora arnora-se em partidária política. Nefastos e patentes são os resultados sociais de tal transtorno…”

Leitora, não se muda o pedestal de uma estátua imponente e orientada, com a mesma facilidade com que se troca a forma de um chapéu.

Estás criando em tua casa umas filhas mimosas em vez de boas donas de casa, devotadas e carinhosas? Crias umas bonecas enfeitadas e inúteis? Então és responsável por um crime contra a família e a sociedade. Pois tuas filhas serão nulidades sociais…

As três chamas do lar – Pe. Geraldo Pires de Souza

DA INSTRUÇÃO INTELECTUAL

Resultado de imagem para george dunlop leslie alice in wonderlandPassemos agora das considerações gerais, que acabamos de fazer, aos diversos ramos de educação, que são: a instrução, a vigilância, a correção, o bom exemplo, e a oração.

A instrução intelectual faz muita diferença da instrução religiosa. Falemos primeiramente da ins­trução intelectual.

Quem poderá contestar-lhe as preciosas vanta­gens? A criança sem educação é muito difícil ensi­nar, de modo a ficar compreendendo, as verdades que deve saber, como cristão. Também a ignorância de tudo quanto diz respeito a salvação, acompanha ordinariamente, sobretudo no campo, a falta de ins­trução. Além disso, quantas carreiras ficarão para sempre fechadas a criança, de quantos empregos será ela excluída, se não for instruída! A ilustração enfim torna o estudo possível e fácil, e adiante tra­taremos das vantagens de que o estudo é fecundíssima origem.

Como, pois, desculpar essas mulheres negligentes, que longe de darem a seus filhos uma instrução de harmonia com a sua condição, deixam a sua inteligência sem cultura, e condenam-nos a mirrar-se toda a vida na ignorância? Se se trata de mandar os filhos; para as escolas, não sabem impôr-se nenhuma pri­vação, e recuam diante dos mais insignificantes sacrifícios. Não julgam necessário dar ao filho senão os conhecimentos indispensáveis para a profissão, que mais tarde hão de abraçar. É certo que não simpatizamos com esses pseudo-sábios, que tendo uma instrução medíocre, ostentam um louco orgu­lho; mas quereríamos que todos os filhos do povo, sem excluir as raparigas, aprendessem a ler e a es­crever corretamente e as operações elementares de aritmética. Era para eles o necessário.

Nas famílias mais elevadas, os pais gostam de ornar o espírito dos filhos de todos os conhecimen­tos úteis. Não contestamos esse zelo. Quem quiser saber o que a este respeito pensava Mgr. Dupanloup, leia a sua obra acerca da Educação. Continuar lendo

A PENITÊNCIA

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Foi uma palavra da onipotência divina a que o Divino Salvador pronunciou: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados e àqueles a quem retiverdes, ser-lhe-ão retidos”. (Jô. 20,23). Contra esta palavra, pela qual Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Penitência, levantou-se uma oposição multissecular; todas as paixões se insurgiram contra ela. No entanto, para o Divino Salvador e Sua palavra nenhum obstáculo existe. É assim que, a despeito do mais encarniçado ataque dos inimigos de Cristo, em todo o mundo, aí permanece o Instituto da Penitência. Ainda hoje, milhares de cristãos confessam humildemente seus pecados no Tribunal da Penitência e se fortalecem por meio deste sacramento, contra a tentação e más inclinações. Também tu, donzela cristã, faze por que nada te embarace de freqüentar o tribunal da penitência. Confessa-te muitas vezes, pois, isto te será sumamente salutar.

1º- A confissão freqüente levar-te-á ao conhecimento de ti mesma.

Sem o conhecimento de si próprio, não há regeneração, não há combate às más inclinações. Eis porque é muito triste que tantíssimas almas não se conheçam a si mesmas. Conhecem os personagens e os acontecimentos da história dos povos; sabem descrever as montanhas e os rios dos países estrangeiros; todavia, o seu próprio interior é para elas uma região estranha, da qual não possuem nenhum conhecimento. Se alguém lhes chama a atenção para alguma falta, logo se mostram admiradas, agastadas de que se faça delas tal conceito; enquanto outras, que muitas vezes se deixaram arrastar para essa falta, dela não têm absolutamente nenhuma idéia ou lembrança.

A confissão freqüente, portanto, facilita-nos sobremodo, o tão importante conhecimento de nós mesmos. Se cada vez, por ocasião da confissão freqüente, diriges a teu coração um olhar sério, não verás acaso, as profundezas e não se tornarão os olhos de teu espírito penetrantes, de tal modo, que muitas coisas, as quais à primeira vista permaneciam ocultas, pouco a pouco se manifestam no seu verdadeiro aspecto? Continuar lendo

DA DURAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Resultado de imagem para escola catolica«Os cuidados, as solicitudes paternas e maternas não devem cessar, nem mesmo afrouxar, quando está prestes a findar a educação; porque a missão do pai e da mãe está longe de findar neste momento; é mesmo então que começa para ambos o mais sério dos deveres, o que é ao mesmo tempo o mais difícil, e o mais necessário para cumprir. E todavia sob a influência das preocupações mundanas, e também não sei porque temor pusilânime, porque triste sen­timento da sua fraqueza, a maior parte dos pais imaginam ter terminado o seu dever; depois costu­mam dizer de si para si que a educação acaba com o colégio, que um jovem de dezoito anos ou já está educado, ou nunca o estará, que não se pode já obrigá-lo, nem constrangê-lo, que seria fazer mais mal, do que bem, etc., etc. Quem não tem ouvido dizer tudo isto? E é sobre todos estes belos pretextos, que eles abdicam definitivamente toda a sua autori­dade paterna!» [1]

O filho do povo é quase totalmente subtraído à influência materna, desde que completa os qua­torze anos; mandam-no para a cidade, ou aprender algum ofício, e ninguém mais se ocupa dele. Ou então, se fica sob o teto paterno, é inteiramente senhor das suas ações, e a mãe não se atreve nem a repreendê-lo nem a instrui-lo. Insensatos pais! Aban­donais a si próprios os vossos filhos, no momento em que as paixões começam a fazer-lhes sentir o seu tirânico império, e quando por conseguinte mais precisavam de serem retidos por uma mão firme e segura! — «Não é nesta idade que deveríeis firmar a vossa autoridade com nova força e carinho, para acabardes uma educação que os perigos do mundo, a mocidade e as paixões tornam mais necessária que nunca? Dizem muitas vezes para se consolarem: Deixem passar os verdores da mocidade! Pois bem, eu, exclama o ilustre bispo de Orleans, nunca o pude assim pensar, e nada me parece mais doloroso que as loucuras da mocidade, nem entre as coisas tristes, que nos fazem muitas vezes chorar, sei de nada que despedace mais o coração»[2].

Pouco importa começar bem, o que tem de acabar mal. O campo cultivado com cuidado, torna-se estéril, se lhe desprezarem depois a cultura. É em vão que se lança à terra uma boa semente, embora ela depois germine, se antes da ceifa, a zizania abafar o grão. Se deixais secar, pelo sopro ardente das paixões, o gérmen de salvação, deposto na alma de vosso filho, tereis perdido, ó mãe, a vossa primeira solicitude e os vossos primeiros tra­balhos; e conceder-vos-á Deus a recompensa, Ele que não promete a coroa, senão a quem combate até ao fim? Continuar lendo

O DESAPARECIMENTO DOS ADULTOS

Fonte: Modéstia Masculina

Uma sociedade de eternos adolescentes?

Giovanni Cucci S.I.[i]

Continua-se a estar sempre mais atingido pelo nivelamento das gerações que se vê em rapazes e moças, jovens e adultos unidos por uma mesma dinâmica: no modo de vestir, falar, se comportar, mas, sobretudo, nas relações e na afetividade revelam-se muitas vezes as mesmas dificuldades, até o ponto em que se torna difícil entender quem desses é realmente o adulto. Ao mesmo tempo, preocupa a sempre maior difundida fuga da responsabilidade, que leva a procrastinar indefinidamente as escolhas de vida, iludindo-se de ter sempre intactos, diante de si, todas as possibilidades.
Uma pesquisa da Istat[ii], realizada em 2008 (e, por conseguinte, anterior à grave crise que infelizmente levou ao desemprego milhares de jovens e de adultos), revelava que mais de 70% das pessoas com idade entre 19 e 39 anos vivem ainda com os pais. O motivo é também, mas não somente, econômico, já que nessa faixa há pessoas com trabalho estável e uma renda que permitiria viver de maneira independente.
As mesmas pesquisas mostram, além disso, que na Itália, mas também em outros países da Europa, há um aumento preocupante de jovens/adultos que pararam numa espécie de “limbo”, sem escolhas e sem perspectivas. Essa situação abarca uma faixa etária sempre maior, ao ponto de ser agora classificada como categoria sociológica, “a geração nem-nem[iii]. Mas, principalmente, tal condição, não é vista como problemática pela maioria das pessoas: “Há 270 mil jovens entre 15 e 19 anos que não estudam e não trabalham (9%): a maior parte porque não encontra trabalho; 50 mil porque fizeram de sua inatividade uma escolha; há ainda 11 mil que não querem saber de trabalhar ou estudar (“não me interessa”, “não preciso”, dizem). A mesma tendência ocorre nos dados relativos aos jovens entre 25 e 35 anos: um milhão e noventa mil não estudam e não trabalham; ou seja, quase um quarto deles (25%). Um milhão e duzentos mil desses gravitam no desemprego (mas entre estes últimos há quem diga que não procura bem porque está “desanimado” ou porque “de qualquer modo, o emprego não existe mesmo”). Setecentos mil são, ao contrário, os “inativos convictos”: não procuram trabalho e não estão dispostos a procurá-lo […]. Uma pesquisa espanhola recente, assinada pela sociedade Metroscopia, revela que 54% dos jovens da idade dos 18 aos 35 anos declara “não haver nenhum projeto sobre o qual desenvolver o próprio interesse ou os próprios sonhos”[iv].

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A EDUCAÇÃO MODERNA CRIOU ADULTOS QUE SE COMPORTAM COMO BEBÊS

Fonte: Modéstia Masculina

A educação moderna exagerou no culto à autoestima – e produziu adultos que se comportam como crianças. Como enfrentar esse problema é o tema da reportagem a seguir, publicada na revista Época.

Os alunos do 3º ano de uma das melhores escolas de ensino médio dos Estados Unidos, a Wellesley High School, em Massachusetts, estavam reunidos numa tarde ensolarada para o momento mais especial de sua vida escolar: a formatura. Com seus chapéus e becas coloridos e pais orgulhosos na plateia, todos se preparavam para ouvir o discurso do professor de inglês David McCullough Jr. Esperavam, como sempre nessas ocasiões, uma ode a seus feitos acadêmicos, esportivos e sociais. O que ouviram do professor, porém, pode ser resumido em quatro palavras: vocês não são especiais. Elas foram repetidas nove vezes em 13 minutos. “Ao contrário do que seus troféus de futebol e seus boletins sugerem, vocês não são especiais”, disse McCullough logo no começo. “Adultos ocupados mimam vocês, os beijam, os confortam, os ensinam, os treinam, os ouvem, os aconselham, os encorajam, os consolam e os encorajam de novo. (…) Assistimos a todos os seus jogos, seus recitais, suas feiras de ciências. Sorrimos quando vocês entram na sala e nos deliciamos a cada tweet seus. Mas não tenham a ideia errada de que vocês são especiais. Porque vocês não são”.

O que aconteceu nos dias seguintes deixou McCullough atônito. Ao chegar para trabalhar na segunda-feira, notou que havia o dobro da quantidade de e-mails que costumava receber em sua caixa de entrada. Paravam na rua para cumprimentá-lo. Seu telefone não parava de tocar. Dezenas de repórteres de jornais, revistas, TV e rádio queriam entrevistá-lo. Todos queriam saber mais sobre o professor que teve a coragem de esclarecer que seus alunos não eram o centro do universo. Sem querer, ele tocara num tema que a sociedade estava louca para discutir – mas não tinha coragem. Menos de uma semana depois, McCullough fez a primeira aparição na TV. Teve de explicar que não menosprezava seus jovens alunos, mas julgava necessário alertá-los. “Em 26 anos ensinando adolescentes, pude ver como eles crescem cercados por adultos que os tratam como preciosidades”, disse ele à revista Época. “Mas, para se dar bem daqui para a frente, eles precisam saber que agora estão todos na mesma linha, que nenhum é mais importante que o outro”. Continuar lendo

DAS CASAS DE EDUCAÇÃO

Resultado de imagem para escola catolica«Entre todos os deveres que a autoridade pa­terna impõe a um pai e a uma mãe, nenhum co­nheço mais grave, escreve Mgr. Dupanloup, que o de escolher – os mestres a quem deve ser confiada uma parte desta santa autoridade.»

A mulher do povo, especialmente a que habita nas aldeias, não pode ordinariamente enviar o seu filho senão à escola paroquial; as mais das vezes é difícil mandá-lo a outra freguesia vizinha. Como apreciar devidamente os serviços prestados à Igreja e à sociedade, por religiosos e religiosas, que con­sagram a sua vida a instruir o filho do povo, e a educá-lo no amor, e no temor de Deus? Que mulher cristã não seria feliz, confiando-lhe o seu filho ou filha? E onde poderia ela encontrar uma dedicação mais desinteressada e mais sincera?—«Para ser professor de instrução primária, disse o grande his­toriador Thiers, é necessária uma humildade e uma abnegação, de que um leigo raras vezes é capaz: é preciso o padre, o religioso; o espírito, a dedicação leiga não são suficientes!» Se acontecesse, — o que Deus não permita —, que uma criança não pudesse ir à escola, sem expor a sua fé, e a sua inocência, seria infinitamente melhor que ela não abandonasse o teto da sua choupana. 

As próprias escolas, onde se não ensina a religião, nem as virtudes cristãs, não podem bas­tar à educação da infância. Toda a escola mista de crianças de ambos os sexos oferece perigos que uma mãe deve temer. E é por ventura necessário que o agricultor mande o seu filho para o colégio? Essa criança não deixará daí encontrar a saudade da vida dos campos, e depois de acostumado, vol­tará com ares de gran-senhor. Achamos natural e necessário que o vosso filho aprenda a ler, a escre­ver e a contar, e é isso mesmo que ele aprenderá na escola da sua aldeia; mas que fique cultivador, como seu pai, que é o melhor partido que pode tomar. Também achavamos razoável que as mães de família do campo não mandassem a suas filhas como pensionistas, para estabelecimentos, donde elas voltam, falando francês, usando chapéu, sabendo bordar a ouro, a canotilho e a cabelo, mas despro­vidas dos conhecimentos usuais mais necessários. Longe de nós, todavia, censurar as mães que confiam os filhos a um colégio, dirigido por religiosos ou religiosas, onde essas crianças estão ao abrigo dos perigos do mundo. Continuar lendo

A FIGURA DO PAI

A luta da esquerda para destruir a família é sobretudo a luta para destruir e/ou diminuir a figura masculina, infantilizando-a. O socialismo é uma forma eminentemente feminina de organizar a sociedade.

Fonte: Modéstia Masculina

Fui ver o filme O Regresso, do diretor mexicano Alejandro Iñarritu, um belo filme que é narrado desde a perspectiva masculina. Não à toa está indicado para uma dúzia de estatuetas do Oscar. Merecido de tão bom. É uma história de superação, de coragem e de resistência diante de intempéries, feras selvagens e inimigos. O filme se passa na segunda metade do século XIX, portanto não faz muito tempo, e se reporta a fatos ocorridos na vida real.

O que me chamou à atenção é a quase total ausência de mulheres, isso porque o filme é ambientado em uma situação de extrema dureza e em ambiente bastante inóspito. A única mulher que aparece é uma índia, filha de chefe, que foi raptada e abusada e salva pelo herói da película. A outra mulher, a esposa, é ausente e vem como lembrança do herói nos momentos mais difíceis. Há sempre uma presença feminina a velar na alma do homem. O filme é o retrato do que foi em todos os tempos: a figura heroica do homem é que garante a segurança, a sobrevivência e a inviolabilidade dos seus. Não ao acaso a virtude mais valorizada nos homens é a coragem, sem a qual o sujeito não teria condições de ser o defensor dos seus.

Certo, no século XX tivemos o esplendor do uso do ar comprimido e da energia elétrica e as armas são cada vez mais brinquedos de videogame, que uma mulher pode perfeitamente portar/usar. A força física do homem ficou secundária, mas essa é uma verdade sempre parcial. Vimos o que houve na Alemanha recentemente, com milhares de mulheres estupradas e abusadas por imigrantes islâmicos em face da ausência de qualquer elemento masculino que as pudesse defender. Sem seus homens, o feminino sempre fica vulnerável ao homem desconhecido, parece uma verdade evidente.

Quem acompanha o noticiário policial também pode ver que a maior parte das mulheres assassinadas por namorados ou companheiros se dá quando não há a presença de um homem forte na família. Este seria a garantia da inviolabilidade. No passado sempre foi assim, não se matava à toa a filha de um homem dominante, ou irmã. A vingança era imediata. Continuar lendo

DO CONCURSO DO PAI, NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Resultado de imagem para familia numerosaOs deveres do pai, para com seu filho são os mesmos que os da mãe. Como a mãe deve possuir a ciência da educação, e como ela deve pôr ele todos os seus cuidados a cultivar o espírito e o coração dos entes que lhe devem a vida. Se neste pequeno livro nos dirigimos unicamente à mulher, é porque as mais das vezes, preocupado pelos interesses mate­riais, o pai esquece o que deve à cultura moral e religiosa dos seus filhos. Entendemos do nosso dever, que o melhor meio de fazer chegar ate si o conhe­cimento dos seus deveres, era instruir desses mesmos deveres a mãe de família.

Deveremos ao vosso zelo, mulher cristã, o não nos enganarmos na nossa espectativa, porque não contente por sentirdes vós mesma a soberana impor­tância duma boa educação, a fareis compreender a vosso marido. O amor que lhe tendes, deve forne­cer-vos meios para empreenderdes essa grande obra, porque se ele se conserva estranho e pior do que isso, rebelde, atrai sobre a sua cabeça a des­graça de Deus, tornando a vossa missão mais do que difícil, impossível. «Como falta o coração e a vida, diz Mgr. Dupanloup, numa educação em que a mãe não toma parte! E também que hesitações e fraquezas numa educação, de que o pai está muito ausente!

É necessário fazer compreender ao marido esta linguagem comovente: — «Deus confiou-nos, a ambos nós o dever de elevar para o Céu os frutos da nossa união; há de pedir-nos contas destes talentos que nos confiou; nós lhe restituiremos alma por alma, sem deixarmos perder os que Ele cometeu à nossa guarda.» Se o vosso marido não tiver fé, para apro­var estas considerações, que todavia são graves e cheias de verdade, fazei-lhe pelo menos compreen­der que só a educação cristã é que nos pode fazer felizes neste mundo. Citai-lhe, se ainda reagir, os exemplos infelizmente numerosíssimos de crianças que uma educação pouco cristã levou à libertinagem, e daí à desonra, à miséria, e tudo isso apesar da vergonha e da confusão dos próprios pais negli­gentes. Mostrai-lhe esses velhos esmagados pelo des­prezo daqueles a quem não ensinaram a respeitar Deus e a religião, com os deveres que ela impõe. Continuar lendo

DA EDUCAÇÃO, SUA NECESSIDADE

Resultado de imagem para batismoRegenerada pelas águas do batismo, a criança cresce pouco a pouco, e bem depressa começa, pelo seu sorriso, a dar o primeiro indício de inteligência. Então nascem novos deveres para a mãe; é mister que desde então se aplique com zelo à grande obra da educação. Educar a criança é cultivar o seu espírito, e o seu coração: o espírito enriquecendo-o com os conhecimentos necessários ou úteis: o cora­ção, sufocando nele o gérmen das paixões e dos vícios, que crescem conosco, e implantando nele o amor do bem e da virtude.

Em grande número dos nossos Livros canônicos a obrigação que Deus deu à mãe de bem educar os seus filhos, é expressa com tanta clareza, como força; e acerca deste assunto, os mais sagrados interesses das crianças, os dos pais e os da própria sociedade, se unem à voz de Deus, para repetir a todas as mães, pela boca do grande Apóstolo: — «Educai os vossos filhos segundo a lei, e no temor do Senhor» (S. Paulo ad Eph. VI, 4.)

O homem não abandonará na velhice o ca­minho que tiver seguido na adolescência; e é isso o que faz a desgraça quase irreparável de quem tiver recebido dos pais uma má educação ou sim­plesmente nula.

Infeliz! privado muito novo de sua mãe, ou tendo uma mãe negligente, sem ter ninguém que lance no seu espírito a semente da divina palavra não sendo instruído nos seus deveres de cristão; sem ninguém para vigiar pela sua inocência; sem ter quem lhe arranque do coração os primeiros ger­mens das paixões nascentes, e cultivar as flores das virtudes cristãs. Que pode ser uma criança nestas condições? Crescem as más ervas na terra inculta da alma, e o mal desenvolve-se, sufocando todos os germens de bem. Fortificando-se nele diariamente, as tendências perversas, deixam acrescer raízes cada vez mais profundas. Como é possível deter os des­troços desta torrente devastadora, que têm origem numa educação má, ou simplesmente desprezada? Onde arrastarão a sua vítima? Talvez à condenação eterna, porque a árvore cai para onde pendia. É, pois, bem de recear que o mau, avergado sob o peso do pecado para os abismos do inferno, aí vã precipitar-se. Continuar lendo

AMOR DE DEUS

mocaMuitas jovens cristãs se têm distinguido por uma grande piedade, que consiste no amor de Deus e na fidelidade ao Divino Salvador. Estavam resolvidas a sofrer tudo de boa vontade, a sacrificar até a própria vida, para não ofenderem a Deus e se não tornarem infiéis ao Seu Salvador. A mártir Santa Susana brilhava em Roma pela alta nobreza do seu nascimento e pelos dotes excepcionais de espírito e de corpo. O Imperador Diocleciano desejava, então dá-la por esposa a seu cor-regente Galério Maximiano, e para este fim pediu-a ao pai. Dirigiu-se este imediatamente, à casa da filha e assim lhe falou:

– “Minha filha, compreendeste bem o valor e a superioridade de ser esposa de Cristo?”

– “Eu o conheço tão bem – replicou Susana – que em minha opinião, todas as coroas deste mundo nada são comparadas com Ele”.

Instou Gabino? “Julgas retamente. Mas, se o Imperador te destinasse para esposa de Galério, a dignidade de imperatriz não venceria o teu amor ao Salvador Crucificado? Serás, acaso, bastante forte, para preferir, por amor de Cristo, morte cruel a cingir a

coroa de Imperatriz?” Radiante de júbilo, respondeu Susana: – “Ah! meu querido pai, quanto não me sentiria feliz, se me fosse concedido sacrificar a vida por amor ao divino esposo, que derramou Seu sangue pela minha salvação! Nenhuma púrpura seduz-me, nenhum martírio me atemoriza!”

– “É o que provarás dentro em breve”, respondeu comovido o pai cristão, animando a filha, para o combate iminente. A todos os engodos e adulações, como também as ameaças e injúrias, Susana opôs inabalável firmeza. Os mais cruéis martírios, nem sequer um instante a fizeram vacilar no seu amor ao Divino Salvador. Não precisas, leitora cristã, sofrer pelo teu Divino Salvador, a morte violenta pelo martírio doloroso: deves, todavia oferecer-Lhe o primeiro lugar no teu coração juvenil; quer te chame Deus para o matrimônio, quer para o estado religioso ou para uma constante vida de solteira no mundo. Continuar lendo

SANTIFICAR A MOCIDADE

donz1º- Orna, donzela cristã, de virtudes a tua mocidade.

Para isto, deve o teu pensamento, antes de tudo, incitar-te para Deus. Quando desejas mimosear tua amiga com uma rosa, certamente, não lhe envias uma flor sem viço, cujas pétalas caíram em parte, antes escolhe a rosa mais fresca, mais viçosa e mais olorosa do teu jardim; pois, somente esta será recebida com gratidão, enquanto a primeira será desdenhosamente rejeitada. Do mesmo modo deverá proceder, donzela cristã, para com teu Deus. A mocidade é o tempo mais belo, mais florescente mais alegre de tua vida. Assemelha-se à primavera, na qual, por toda parte, na natureza, se agita uma juventude forte e fresca; inúmeras flores abrem a doce corola, o céu azul sorri por cima de nossas cabeças e uma exalação aromática nos envolve. Assim sucede agora contigo.

Como corre fresco e forte o sangue em tuas veias, como teus olhos cheios de esperança fitam o futuro, e como são elásticas as forças do teu espírito! Teu coração ainda não está dominado pelas paixões e se entusiasma por tudo quanto é elevado e bom. Na tua força juvenil e na tua inocência, tu és mil vezes mais bela que a mais formosa flor, de cujas pétalas pende uma gota de orvalho, onde brilha maravilhosa a imagem do sol.

Este tempo mais belo de tua vida não o deves negar a Deus, a quem tudo tens que agradecer, até a última gota de sangue de tuas veias e a menor fibra de teu coração; a Deus, para cujo serviço fosse criada e perante cujo tribunal hás de comparecer um dia, a fim de lhe prestar contas de toda tua vida, como também de tua mocidade; a Deus que te ama infinitamente e que encontra o Seu maior prazer nos serviços que lhe prestas na tua mocidade, e por isto Se inclina para ti cheio de graças e pede o teu amor sincero: “Minha filha, dá-me o teu coração”. (Prov. 23,26). Este teu nobre coração não o deves negar a Deus, para dá-lo ao mundo, que aproveita de ti e por fim te ilude; nem a uma paixão que te escraviza, cega e conduz ao caminho de perdição. Não, não! Tal coisa não pode, nem deves querer. Tem sempre em vista a admoestação do Espírito Santo: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade” (Ecl. 12,1). Alegremente e com entusiasmo deves consagrar-lhe o mais belo tempo de tua vida. De fato: somente aquilo que é mais belo, melhor e mais excelente é digno de Deus. Continuar lendo

A GRAVATA BRANCA

Resultado de imagem para GRAVATA BRANCA CRIANÇAJorge era um verdadeiro anjinho que a todos edificava por suas virtudes. Fez a primeira comunhão num colégio de Rouen.

Entre outros fez o seguinte propósito: “Levarei comigo a gravata branca da minha primeira comunhão até o dia em que, por suma desventura, venha a perder a graça de que ela é símbolo”.

Jorge crescera… conservando sempre a gravata branca. Quando rebentou a guerra franco-prussiana, alistou-se como voluntário entre os zuavos do general De Charette. Em janeiro de 1871, por ocasião da vitória de Mans, foi ferido mortalmente. O capelão aproximou-se dêle imediatamente. “Obrigado, Sr. capelão… confessei-me há dois ou três dias; nada me pesa na consciência; estendei-me sobre um pouco de palha e trazei-me o santo Viático, porque vou morrer”.
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PERIGOS DO MUNDO – TEATRO

Resultado de imagem para teatro pinturaGeralmente é imoral

Mesmo quando ele não fosse (e o é com freqüência) o acionamento de uma tese contrário aos princípios de uma santa moralidade, ainda quando não se achasse nele senão a pintura viva de costumes condenáveis, o jogo dramático das paixões humanas mais arrastadoras, nem por isso o teatro deixaria de ser um divertimento dos mais perigosos para uma jovem cuidosa de não criar de propósito, para a honestidade de sua vida, perigos e inextricáveis dificuldades.

As máximas mais falsas são nele correntemente aplaudidas, as paixões mais baixas são exaltadas, todas as desordens são pintadas e todas as fraquezas desculpadas. Nele ridiculariza-se por vezes a virtude ou procura-se torná-la odiosa; em compensação, o vício muitas vezes é coberto de flores. As instituições mais santas, os deveres mais sagrados da família e da sociedade são nele tratados com uma leviandade voluntária e um escandaloso desprezo. Como não haveriam tais espetáculos de ser condenados pela moral?

É uma ocasião de pecado

Tudo o que nele se vê e tudo o que nele se ouve é de natureza a leval ao mal. Os assuntos que nele se tratam são, muitas vezes, arriscados, os costumes que nele se vêem, a sociedade que nele se acotovela, aqueles cenários, aquelas luzes, aquela música, aqueles relatos apaixonados, aqueles enredos amorosos, tudo isso produz na imaginação de um jovem, no seu organismo sensível e nervoso, uma superexitação que cedo triunfará da sua consciência.
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DOIS LINDOS EXEMPLOS

Resultado de imagem para comunhão criança tridentinaa) O AMOR DOS PEQUENINOS

Perguntaram a uma piedosa jovenzinha:

– Que é a Primeira Comunhão?

– É um dia de céu na terra.

Perguntaram-lhe em seguida:

– E que é o céu?

– É uma Primeira Comunhão que nunca terá fim – respondeu ela graciosamente.

E respondeu muito bem, porque a felicidade dos Anjos e Santos no céu consiste em possuir a Deus eternamente. Ora, não é justamente a Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que possuímos na Santa Comunhão?

b) DENTES DE LEITE

Escrevia em 1915 um missionário: Uma orfãzinha do Orfanato de Trichinopoli, que poderia ter dois palmos de altura, veio um dia suplicar-me que a admitisse à Primeira Comunhão.

– Que idade tens? perguntei-lhe.

– Ah! isso não sei.

Recolhida de lugar desconhecido, não pode saber quantos anos tem; nem as Irmãs o puderam descobrir.

– Mostra-me os dentes – disse.

Com um sorriso gracioso descobre a inocentinha duas filas de alvíssimos dentinhos.

– Oh! exclamei; os teus dentes de leite dizem-me que não tens nem sete anos. Portanto, este ano não farás a Primeira Comunhão.

Meu Deus! quem o acreditaria? tendo ouvido aquelas palavras, a menina, sem dizer a ninguém, corre ao quintal, toma uma pedra e, intrepidamente, faz saltar da boca todos os dentinhos. Depois, com a bocaensanguentada, mas com ar de triunfo, volta e diz-me:

– Padre, não tenho mais nem um dente de leite. Dai-me, oh! dai-me Jesus! Eu o quero muito bem!…

Chorando de comoção – diz o missionário – tomei-a em meus braços e segredei-lhe ao ouvido:

– Filha, amanhã te darei Jesus…

Sim, não podia deixar de atendê-la.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

PERIGOS DO MUNDO – A DANÇA

Resultado de imagem para dançaO que ela é do ponto de vista filosófico

Um prelado assim se exprime:

O Espírito Santo falou justo quando chamou à dança “uma vertigem, uma loucura”. Para apreciar bem essas pessoas que têm a paixão de rodopiarem e de fazerem momices compassadas, há só que as olhar tampando os ouvidos. Lord Byron compara os valsantes a “dois besouros enfiados no mesmo alfinete, em torno do qual giram, giram, giram”. Nunca, a não ser por motivos pouco definíveis, poderá a razão explicar-se que vantagem acha uma mulher sensata em fazer o exercício de uma enceradora de assoalhos, nos braços de um valsante que não é seu marido nem seu irmão.”

O que ela é do ponto de vista moral

Continua ele:

Sabereis, jovens, como proceder quando vós mesmas tiverdes filhas grandes a vigiar. Enquanto isso, deixai-me lembrar-vos a palavra de Job: “Os filhos dos homens gostam de saltar para se alegrarem ao som dos tamborins. E, enquanto se entregam aos transportes da sua alegria, descem ao inferno.” O texto original não diz precisamente “descer”, mas “escorregam e caem de repente”. De fato, embora não se cometa necessariamente um pecado mortal por dançar, o diabo que marca o compasso bem sabe aonde quer conduzir os dançarinos. Esses assoalhos encerados sobre os quais desliza facilmente são a imagem fiel do terreno perigoso em que a pessoa se acha.” Continuar lendo

A GRANDE OBRA DA MÃE

maeUma mulher da Ionia, mostrando um dia, com orgulho, os ricos tecidos que tinha bordado, viu que uma lacedemónia lhe mostrava seus quatro filhos todos bem educados, dizendo-lhe:— «Eis no que uma mulher sensata se ocupa; é aqui que ela põe toda a sua glória.» Haverá, por ventura, arte mais nobre que a da educação, diz S. Crisóstomo? Os pintores e os escultores apenas fazem estátuas inanimadas; mas o que educa bem uma criança, produz uma obra prima, que encantará os olhos de Deus e os dos homens.

A mulher, que assim o compreende, não consen­tirá em se desencarregar sobre outros, do cuidado de educar os seus filhos. A primeira educação deve ser efetivamente obra sua; ninguém pode substituir uma mãe, tratando-se de um filho de tenra idade. «Aos lábios duma mãe, que cobrem de carícias estas fontes tão puras, é que compete ensinar as primeiras lições de piedade, diz Mgr. Dupanloup; à mãe é que compete despertar no filho os primeiros clarões da inteligência, e o primeiro amor do bem, colocar nos seus lábios as primeiras palavras da fé e da virtude, e ensiná-los a olhar pela primeira vez para o Céu. É à mãe, numa palavra, que com­pete dotar o seu filho de uma alma cristã, como já o tinha dotado de um corpo humano».

*A própria mulher pobre, que é obrigada a deixar a família, para ir ganhar o pão cotidiano com um penoso trabalho, não se poderia desculpar, se dei­xasse de se ocupar dos seus filhinhos. Se habita nas cidades, conduza-os às creches, aos recolhimentos próprios, mas nunca os perca de vista! Quando os vir reunidos em volta do lar doméstico, trate de lhes incutir o amor e o respeito pelas coisas do Senhor, e reprima os seus defeitos nascentes. Se não houver meio de confiar a estabelecimentos caridosos o cui­dado de guardar seus filhos, por não os haver no local em que habita, mais adiante lhe diremos o que deva fazer; mas nada a pode dispensar de tomar cuidado na educação de seus filhos. Continuar lendo

O FILHO ÚNICO E A FAMÍLIA NUMEROSA

Os esposos que reduzem o número de filhos, sob pretexto de melhor pertencerem-se um ao outro, pretexto e restrição baseados no egoísmo, cria um ambiente familiar susceptível de prejudicar, grandemente, o desabrochar das qualidades morais infantis.

Não se pode comparar a influência espiritual, da casa do filho único, com a do que vive no meio de numerosos irmãos. As condições necessárias, à formação do caráter, são desfavoráveis quando o educando é sozinho a aproveitar os benefícios da vida do lar. Facilmente, ele é levado a crer que tudo lhe é devido, pois, sempre recebe, sem jamais partilhar. Torna-se, exageradamente, mimado por seus pais, que não repartem com outros seus cuidados e suas ternuras.

É da mais alta importância que o ambiente onde evolui a criança, permita a eclosão das boas e das más inclinações, a fim de que, conhecidas desde os primeiros anos, elas possam ser, facilmente, orientadas ou reprimidas. Numa família onde os filhos são numerosos, os caracteres manifestam, desde cedo, suas secretas tendências e cada um acha-se na obrigação de adaptar-se, corrigindo ou dominando seus defeitos. Se não o faz de moto próprio, as reações dos irmãos infligem-se, por bem ou por mal, lições salutares. Continuar lendo

REMÉDIOS PARA AS TENTAÇÕES CONTRA A PUREZA

Resultado de imagem para tentaçãoOs Santos foram tentados e não se queixavam. Resistiam. Se, após algumas escaramuças, vos declarais fatigada, achando a luta dura demais e demasiado longa, é que nunca compreendestes esta palavra tão enérgica do apóstolo: “Na vossa luta contra o pecado ainda não resististes até o sangue!”

Sob a dentada das tentações, sabeis o que faziam os santos? Flagelavam-se, dilaceravam-se com cilícios e pontas de ferro, mergulhavam-se em tanques gelados, rolavam-se nos espinhos ou em carvões ardentes!

Eis aí, consoante a história, a que grau de heroísmo levavam eles a luta contra tentações terríveis. Deus não pede mortificações semelhantes. 

Pelo menos podeis reconhecer que o que Ele reclama da vossa fidelidade é bem pouca coisa em face de tais combates. Sucede, ainda, que esse pouco não se deve regateá-lo, e que o perigo aí está sempre para exigi-lo. Se importa não aumentá-loexagerando-o, também não se deve desconhecê-lo ao ponto de descurar os meios de vencê-lo.

O inimigo aí está; ronda incessantemente para empolgar a presa que ele cobiça. O esforço humano é insuficiente para triunfar dele sozinho, a vitória só de Deus pode vir.

Quais são, pois, nessa luta, os meios a que devereis recorrer e que, como auxílio divino sempre oferecido, assegurarão a derrota do inimigo?
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DEPLORÁVEL ILUSÃO

maeÉ um fenômeno da psicologia humana o exagero em questões afetiva. Tendo de amar seus filhos, não escapam as mães a esse fato. Ter uma bondade indulgente, paciente, inesgotável para com os filhos, é exigência de toda afeição verdadeira e profunda.

Mas a semelhança bondade não exclui a clarividência. Facilmente o amor materno converte a bondade em fraqueza, que desculpa o indesculpável e o prejudicial. Nem é raro ver-se uma mãe, num feroz egoísmo, sacrificar tudo e todos pelo filho.

Dizem as mães: somos assim porque queremos ver nossos filhos felizes. Poupamos a eles todo sofrimento e toda tristeza, porque terão tudo isso de sobra no correr da vida. Justamente isso é uma grande ilusão, leitora. Hoje querem as mães poupar os filhos pequenos padecimentos e diárias renúncias, para depois lhes multiplicarem os sofrimentos que fazem o quinhão da vida para todos.

Suprimindo as duras e pequeninas dolorosas realidades na vida infantil, formam um meio fictício e irreal para a criança. Ninguém aprova o jardineiro que, tendo de plantar uma árvore para ser sacudida pelas tempestades, a cria primeiramente dentro de uma estufa. Continuar lendo