Eu creio: isto é, estou firmemente convencido das verdades que vou professar. Estou certo de que não erro, crendo-as, porque me foram ensinadas por Jesus Cristo, o Filho de Deus, que não pode enganar-Se, nem enganar-nos; porque a razão nos faz compreender, e o próprio Deus nos ensinou, que é a perfeição infinita. Estas verdades foram depois ensinadas pelos apóstolos, os amigos de Jesus Cristo, que receberam de Deus o privilégio de não poderem nem enganar-se, nem enganar os homens, privilégio de que goza hoje, e de que gozará até à consumação dos séculos a santa Igreja Romana, isto é o Papa, e os Bispos conjuntamente com ele, porque Jesus Cristo prometeu estar com eles até ao fim do mundo, afim de os preservar de todo o erro.
A divindade de Jesus Cristo, e da Sua Igreja, têm afinal sido demonstradas pelos maiores milagres, atestados pela história mais certa, e tem convertido os maiores incrédulos; também todos os apóstolos e os santos mártires acreditaram e acreditam o que Deus revelou e a Igreja ensina.
Creio em Deus: isto é, estou certo que Deus existe, que há um só Deus, e que este Deus é o fim de toda a criatura.
Creio em Deus Padre, a primeira pessoa da Santíssima Trindade. O Seu poder não tem limites. Fez do nada, por Sua única vontade, o Céu, a terra, e tudo quanto existe.
Creio em Jesus Cristo, como creio em Deus Padre. Creio que é Filho verdadeiro de Deus, a segunda pessoa da adorável Trindade, o mesmo Deus que o Pai. É o nosso soberano Senhor, e o Seu poder estende-se sobre todas as criaturas.
Sei e creio que o mesmo Filho de Deus Se fez homem, tomou um corpo e uma alma como nós, sem deixar de ser Deus. Não nasceu à maneira dos outros homens, porque não teve, como homem, pai verdadeiro. Por obra do Espírito Santo, o Seu corpo foi formado no seio de Maria, a mais pura das virgens, que o deu à luz, sem dor, duma forma milagrosa. Continuar lendo
Dar à criança a instrução religiosa, é no sentido lato que damos a esta palavra: 1.° instruir ou fazer instruir essa criança nas verdades, que todo o cristão deve saber e acreditar; 2.° exercitá-la na prática das virtudes cristãs; 3.° formá-la para usar dos meios de salvação com que Jesus Cristo engradeceu a Sua Igreja.
Fonte: 
Dom Lourenço Fleichman OSB
A violeta, flor tão apreciada e procurada, não apresenta, nas cores de suas pétalas, beleza singular que nos impressione a vista. Possui apenas uma vestimenta simples e completamente lisa. Não procura, por meio de beleza cintilante atrair sobre si os olhos dos homens, mas parece comprazer-se na sua forma pequena e pouco vistosa. Não cresce, por via de regra, nas praças públicas, onde poderia ser divisada por todos, mas de preferência em lugares escondidos, nas orlas silenciosas das matas e ao longo de cercas espinhosas; e ainda nesses lugares procura com suas folhas formar uma espécie de esconderijo, para se furtar as vistas dos transeuntes, e ocultar as suas próprias flores.
No meio de tudo guarde a cristã seu bom humor e calma! – Faltando esse bom humor, os menores desacordos avolumam-se em conflitos e choques. Morre então a união, esfria o mútuo amor. Mau humor só presta para contagiar os outros: marido, filhos e até os animais domésticos. Gato atropelado pela manhã, devido ao mau humor da patroa, anda arredio o resto do dia. Esse “nervo” é mais contagioso do que caxumba e gripe. É belicioso, compra as briguinhas e brigonas, altera o sossego dos pacíficos, espanta o riso e provoca a solidão. Cada um procura um canto seguro dos raios, com receio das descargas elétricas do mau humor.
Nada mais acrescentamos acerca da instrução intelectual, porque não é essa a que hoje mais escasseia. Os pais que a não receberam na sua mocidade, lamentam vivamente essa falta; os que a receberam, por sua própria experiência lhe reconhecem as vantagens, e todos à porfia a querem procurar para seus filhos.
Havia em Tolosa (França) uma família pouco religiosa. Como o colégio dos Jesuítas era sem dúvida o melhor da cidade, os pais resolveram internar nele seu primeiro filho.
Conforme a vontade de Deus deve antes de tudo dedicar aos teus pais amor e fidelidade. São Jerônimo refere-se um belo exemplo desta fidelidade na vida da Santa Eustáquia, filha de Santa Paula, notável dama romana. Segundo conta, ela portou-se em tudo, como boa filha, ternamente amorosa para com a sua mãe. Amava a mãe de todo o coração e se empenhava por imitá-la em todo o bem.
Distinta e rica dama desejava adotar uma filha de Maria, cujo procedimento lhe agradava sobremaneira. Mas estabeleceu como condição que se retirasse da associação mariana e depusesse a medalha da Mãe de Deus. Firme e resoluta, embora gentil e cortês, respondeu a donzela que a esta exigência não satisfaria por nenhum preço: preferia ser filha de Maria, a se tornar rica e notável. 
O conhecido jesuíta Alexandre Baumgartner viajava certa vez com dois companheiros pela Islândia. De uma feita tiveram de pernoitar numa quinta, pertencente a uma família protestante, onde foram servidos de maneira modesta e simples, mas sincera e leal. No momento de separação, o Pe. Geyer, um dos companheiros de Baumgartner, convidou a senhora da casa a escolher como lembrança uma das três imagenzinhas que lhe foram apresentadas: a de Cristo, a da Mãe de Deus, e a do Anjo da guarda. A senhora fixou bem as três imagens e escolheu a da Mãe de Deus. Perguntou-lhe então o Pe. Geyer se ela venerava também a Maria. Sem delongas respondeu a protestante: “Certamente, pois Ela é a Mãe de Nosso Senhor!”
a) Lê-se na biografia do Cardeal Newman um episódio edificante. Ele, antes de se tornar católico, era protestante e alto dignatário da Igreja anglicana com um vultuoso estipêndio anual, pago pelo governo inglês.
O trabalho e a aplicação das crianças devem ser interrompidos por meio de recreios, e animados por meio de recompensas.
Passemos agora das considerações gerais, que acabamos de fazer, aos diversos ramos de educação, que são: a instrução, a vigilância, a correção, o bom exemplo, e a oração.
«Os cuidados, as solicitudes paternas e maternas não devem cessar, nem mesmo afrouxar, quando está prestes a findar a educação; porque a missão do pai e da mãe está longe de findar neste momento; é mesmo então que começa para ambos o mais sério dos deveres, o que é ao mesmo tempo o mais difícil, e o mais necessário para cumprir. E todavia sob a influência das preocupações mundanas, e também não sei porque temor pusilânime, porque triste sentimento da sua fraqueza, a maior parte dos pais imaginam ter terminado o seu dever; depois costumam dizer de si para si que a educação acaba com o colégio, que um jovem de dezoito anos ou já está educado, ou nunca o estará, que não se pode já obrigá-lo, nem constrangê-lo, que seria fazer mais mal, do que bem, etc., etc. Quem não tem ouvido dizer tudo isto? E é sobre todos estes belos pretextos, que eles abdicam definitivamente toda a sua autoridade paterna!» [1]

«Entre todos os deveres que a autoridade paterna impõe a um pai e a uma mãe, nenhum conheço mais grave, escreve Mgr. Dupanloup, que o de escolher – os mestres a quem deve ser confiada uma parte desta santa autoridade.»
A luta da esquerda para destruir a família é sobretudo a luta para destruir e/ou diminuir a figura masculina, infantilizando-a. O socialismo é uma forma eminentemente feminina de organizar a sociedade.
Os deveres do pai, para com seu filho são os mesmos que os da mãe. Como a mãe deve possuir a ciência da educação, e como ela deve pôr ele todos os seus cuidados a cultivar o espírito e o coração dos entes que lhe devem a vida. Se neste pequeno livro nos dirigimos unicamente à mulher, é porque as mais das vezes, preocupado pelos interesses materiais, o pai esquece o que deve à cultura moral e religiosa dos seus filhos. Entendemos do nosso dever, que o melhor meio de fazer chegar ate si o conhecimento dos seus deveres, era instruir desses mesmos deveres a mãe de família.
Regenerada pelas águas do batismo, a criança cresce pouco a pouco, e bem depressa começa, pelo seu sorriso, a dar o primeiro indício de inteligência. Então nascem novos deveres para a mãe; é mister que desde então se aplique com zelo à grande obra da educação. Educar a criança é cultivar o seu espírito, e o seu coração: o espírito enriquecendo-o com os conhecimentos necessários ou úteis: o coração, sufocando nele o gérmen das paixões e dos vícios, que crescem conosco, e implantando nele o amor do bem e da virtude.

Jorge era um verdadeiro anjinho que a todos edificava por suas virtudes. Fez a primeira comunhão num colégio de Rouen.