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Arquivos da Categoria: Espiritualidade
JESUS MENINO TOMA SOBRE SI TODOS OS PECADOS DOS HOMENS
TERCEIRO DOMINGO DO ADVENTO: O TESTEMUNHO DE SÃO JOÃO BATISTA E A MODÉSTIA CRISTÃ
APRENDA A PERDOAR
Nosso Senhor nos deixou o preceito de perdoar nossos inimigos. Mas a importância do insulto ou da incômoda memória que dele guardamos muitas vezes nos bloqueia: medo de ser considerado ingênuo, sentir-se incapaz de dar seu perdão. Como aprender a perdoar?
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
São Paulo, repetidas vezes, convida o cristão a se “revestir de sentimentos de misericórdia, de benignidade, de humildade, de mansidão, de paciência,” (Col. 3, 12). Essas virtudes, por sua dimensão social, geram paz nas famílias, paz nas comunidades. Com efeito, São Paulo conclui: “Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, a qual fostes chamados, para (formar) um só corpo.” (Col. 3, 15). Mas, infelizmente, essa paz com os outros é sempre frágil aqui embaixo, muitas vezes ferida. Assim, São Paulo nos pede que “perdoando-vos mutuamente, se algum tem razão de queixa contra o outro.” (Col. 3, 13). Este ponto é tão importante quanto delicado.
“Algumas pessoas ficam anos com o coração fechado por feridas e rancores. Como se apresentarão diante de Deus?”
É importante, porque do perdão que concedemos aos outros depende do perdão que Deus nos concede. É o Pai Nosso: “Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos os nossos devedores”. Recuperar a paz com Deus, a paz profunda da alma, não é possível enquanto não tivermos, por mais que dependa de nós, recuperado a paz com os nossos irmãos (cf. Rom 12,18). E alguns, infelizmente, permanecem anos com o coração fechado, fechado por feridas e ressentimentos. Pior ainda, alguns morrem sem terem se reconciliado. Como eles se apresentarão diante de Deus? Lá não haverá mais fingimento, nem poderemos mais dizer a Deus, com mais ou menos hipocrisia: “Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos os nossos devedores” (Mt 6,12). A medida do perdão que não demos será a medida do perdão que não receberemos! Este ponto de perdão é, portanto, importante. Continuar lendo
MARIA SANTÍSSIMA, MODELO DE PACIÊNCIA
NA CRUZ ACHA-SE A NOSSA SALVAÇÃO
JESUS, HOMEM DE DORES DESDE O SEIO DE SUA MÃE
AMOR QUE O FILHO DE DEUS NOS MOSTROU NA REDENÇÃO
RETRATO DE UM HOMEM QUE ACABA DE PASSAR À OUTRA VIDA
8 DE DEZEMBRO: FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA
Clique na imagem acima para ler a Bula Ineffabilis Deus, de S.S. Pio IX, que definiu em 8 de dezembro de 1854, o Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.
E abaixo colocamos dois sermões: um do do Pe. Carlos Mestre, FSSPX, por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição, em 2018 e outro do Pe. Samuel Bon, FSSPX, pela mesma Festa em 2019.
DEUS ENTREGA O PRÓPRIO FILHO À MORTE PARA NOS DAR A VIDA
SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO: O ENCARCERAMENTO DE JOÃO E A UTILIDADE DAS TRIBULAÇÕES
A SUBORDINAÇÃO DA ORDEM TEMPORAL À ESPIRITUAL SEGUNDO SÃO TOMÁS
Rev. Pe. Álvaro Calderón, FSSPX
A relação dos poderes espiritual e temporal na Igreja pode ilustrar-se mediante a analogia:
O espiritual está para o temporal na Igreja como a alma está para o corpo no homem
A analogia com a alma e o corpo
Quando São Tomás tem que explicar a intervenção do poder espiritual nos assuntos temporais, recorre à analogia da alma e do corpo. À objeção que diz: “a potestade espiritual é distinta da temporal, mas, às vezes, os prelados, que têm potestade espiritual, se intrometem nas coisas que pertencem ao poder temporal”; responde: “a potestade secular se submete à espiritual como o corpo à alma; e por isto não há juízo usurpado se um prelado espiritual se intromete nas coisas temporais com respeito àqueles assuntos nos quais a potestade secular lhe está submetida, ou que a potestade secular deixa a seu cuidado”[1].
As coisas análogas certamente não são iguais em tudo, mas todas as analogias acima consideradas não são metafóricas, senão próprias, pelo que valem naquilo que têm de mais caraterístico. Ao comparar a constituição do espiritual e do temporal na Igreja com a alma e o corpo no homem, quer-se afirmar, primeiro e principalmente, que:
- Não são duas realidades completas na sua ordem, senão dois co-princípios que constituem um todo único. Assim como o corpo e a alma não são duas substâncias que existem de modo separado, senão que são dois princípios que se complementam para que exista a única substância composta que é o homem, assim também a ordem espiritual e a temporal não são duas sociedades que possam existir de modo separado como realidades completas, senão que são dois elementos complementares da única e mesma realidade social: A Igreja.
- À objeção que diz que a Igreja e o Estado são duas sociedades perfeitas responde-se que são sociedades perfeitas no aspecto jurídico, no sentido em que ambas as potestades são supremas na sua ordem, mas ambos ordenamentos jurídicos têm por sujeitos os mesmos homens e ambos são necessários para alcançar o mesmo e único fim último sobrenatural.
- No segundo lugar, afirma-se que são princípios realmente distintos, com origem distinta e capazes de se separarem: Assim como a alma tem sua origem em Deus e o corpo nos pais, e depois de unidos poderiam separar-se, deixando a alma a sua condição de temporal e passando o corpo a cadáver, assim também o poder espiritual vem de cima e o poder temporal tem suas raízes na história pátria e poderiam separar-se, ficando no Céu a Igreja triunfante e na terra cadáveres de cidades. Mas, assim como a separação total do corpo e da alma implica a morte do homem, também a separação completa do poder espiritual de toda sociedade temporal implicaria a morte da Igreja militante, o que Cristo prometeu que não iria acontecer.
Não é fácil compreender este duplo aspecto aparentemente contraditório pelo qual se tem uma realidade única mas ao mesmo tempo uma distinção real, e só o gênio de Aristóteles pode expressá-lo com as noções de matéria e forma (potência e ato). Para compreender melhor de que modo podem constituir uma mesma coisa, temos que considerar como estes dois princípios se abraçam em mútua causalidade. Temos então que: Continuar lendo
INEFÁVEL DIGNIDADE DE MARIA SANTÍSSIMA
“TENHO ORGULHO DE VOCÊ”
“Senta direito! Guarde os sapatos! Faça menos barulho! Quieto! Você é incorrigível! Vem aqui, agora! Não mexa nisso! Presta atenção!” Uma ladainha assim, de censuras repetidas ao longo do dia pode quebrar até mesmo as vontades mais firmes. Sem dúvida, os pais estão obrigados a advertir, admoestar e castigar os filhos. Mas é também importante encorajá-los — e ainda mais do que censurá-los — e, para isso, é preciso saber elogiar com discernimento. Qual a maneira mais apta de estimulá-los: “Se não me aparecer aqui com nota boa, você me paga!” ou “Estuda, meu filho, você vai conseguir. Tenho certeza de que não me decepcionará”?
O otimismo é uma grande qualidade do educador. Ele permite enxergar as aptidões da criança (sempre existem algumas), ter esperança no seu progresso apesar das dificuldades, não se desencorajar diante do tamanho da tarefa. O otimismo, por sua vez, faz com que a criança adquira confiança em si mesma, o que é indispensável para toda empreitada.
Alain é bagunceiro: o seu quarto nunca está arrumado, os sapatos sujos estão misturados com o Playmobil. Devemos gritar, chamar-lhe de imprestável, reclamar que já mandamos cinquenta vezes que ele arrume aquela bagunça? Claro que não! Isso só fará enraizar no seu espírito a idéia de que ele não mudará nunca. É preciso de início fixar um objetivo simples, concreto, acessível. O sucesso nesse ponto particular servirá de encorajamento para lhe fazer progredir para uma tarefa mais árdua: “Para aprender a arrumar o seu quarto, você vai começar dobrando suas roupas toda noite. Não é difícil, você é capaz e eu vou te mostrar como fazer”. Durante um tempo suficientemente longo (um mês, um trimestre…), nós o ajudamos a cumprir essa tarefa, fechando os olhos para o resto, que virá a seu tempo. “Bravo, vejo que você é capaz de ser um rapaz ordeiro, passou uma semana arrumando as roupas sem que eu tivesse de te mandar fazer. Parabéns! Agora que já sabe fazer isso, você vai começar a pôr os cadernos em ordem depois de terminar a lição. Papai vai colocar uma prateleira para que seja mais fácil.” Continuar lendo
QUAIS SEJAM OS QUE EM VERDADE SEGUEM A JESUS CRISTO
JESUS ILUMINA O MUNDO E GLORIFICA A DEUS
O VERBO SE FAZ HOMEM NA PLENITUDE DOS TEMPOS
O DECRETO DA ENCARNAÇÃO DO VERBO
ESPECIAL CORONAVÍRUS: SERMÕES DA FSSPX COSTA RICA
- A PROVIDÊNCIA DE DEUS NOS PROTEGE
- A PROVIDÊNCIA DIVINA NÃO NOS ABANDONA
- CONVERTAM-SE, CUMPRAM OS MANDAMENTOS E DEUS OS AJUDARÁ
- CONVERTAM-SE E DEUS OS AJUDARÁ
- CONVERTAM-SE ENQUANTO É TEMPO (1)
- CONVERTAM-SE ENQUANTO É TEMPO (2)
- CONVERSÃO E ORAÇÃO
- A PESTE DO CORONAVIRUS, SUAS CAUSAS RELIGIOSAS E REMÉDIOS
- PURIFIQUEM-SE DO VELHO FERMENTO
- CONVERTER-SE E REPARAR O MAL ATRAI O PERDÃO DO SENHOR
- CONFIANÇA! O CORONAVÍRUS ESTÁ SUBMETIDO À PROVIDÊNCIA DE DEUS (1)
- CONFIANÇA! O CORONAVÍRUS ESTÁ SUBMETIDO À PROVIDÊNCIA DE DEUS (2)
- O SOFRIMENTO É FRUTO DO PECADO ORIGINAL E DOS PECADOS PESSOAIS
- DEUS CASTIGA PARA SALVAR
- DA PESTE, DA FOME E DA GUERRA, LIVRAI-NOS SENHOR
- A PESTE E OS DEFUNTOS
- CRISTÃMENTE FALANDO: O QUE FAZER EM TEMPOS DE PESTE?
- MARIA, SAÚDE DOS ENFERMOS, ROGAI POR NÓS
- A DOR É PURIFICADORA E MERITÓRIA
- O ERRO É UM CORONAVÍRUS ESPIRITUAL
- A ESPERANÇA CRISTÃ DEVE FORTALECER-NOS
- A PACIÊNCIA É MERITÓRIA E AJUDA A AGUENTAR AS PENAS E DORES
- DEIXEMOS DE PECAR E A PESTE SE AFSTARÁ DE NÓS
- CORONAVIRUS E O SANTO ROSÁRIO
O PECADO DE ADÃO E O AMOR DE DEUS PARA COM OS HOMENS
PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO: A TEMERIDADE DO PECADOR E O DIA DO JUÍZO
SÃO JOÃO BOSCO E A MAÇONARIA
Fonte: Rivista La Tradizione Cattolica (FSSPX Itália) – Tradução: Dominus Est
“O Piemonte, naquela época, era um dos reinos mais católicos do mundo em sua legislação. Os liberais, porém, reivindicavam de tempos em tempos novos direitos do Estado, que prejudicavam a Igreja, na qual, como mãe piedosa, por vezes condescendia em algum ponto disciplinar para prevenir males piores (1)”(2).
Estamos no século XIX, quando os efeitos da Revolução Francesa não apenas sobreviverão na Europa, mas se desenvolverão a ponto de contaminar a cultura cristã do Continente. A “Restauração”, após o Império napoleônico, foi um parênteses histórico ilusório: os soberanos, caídos de seus tronos sob a guilhotina ou levados ao exílio, de fato retornaram aos Estados, mas foram gradualmente encurralados pelo pensamento dominante: o liberalismo, apoiado cada vez mais por intelectuais, políticos, homens de governos constitucionalizados e parlamentarizados. A França de Voltaire e a Inglaterra do maçom Henry John Temple, terceiro visconde Palmerston (1784-1865) impuseram suas ideias a todo o continente, substituindo gradualmente o pensamento católico. E a Igreja se tornou o verdadeiro inimigo a ser abatido.
Do estado confessional à liberdade religiosa
O primeiro artigo do Estatuto Albertino (4 de março de 1848), composto por 84 artigos, dizia: “A Religião Católica, Apostólica e Romana é a única religião do Estado. Os outros cultos já existentes são tolerados”. O sentimento profundamente católico do Rei Carlo Alberto (1798-1849) entrou em conflito com os interesses políticos que o levaram a simpatizar com o Conde Ilarione Petitti di Roreto (1790-1850), Conde Federico Sclopis di Salerano (1798-1878), Conde Stefano Gallina (1802-1867) e o Marquês Roberto Taparelli d’Azeglio (1790-1862), partidários das ideias liberais. Os chefes das sociedades secretas e carbonários da península italiana, ligadas a Paris e Bruxelas, vieram em segredo a Turim para se encontrar com o rei saboiano e lançar as bases da liberdade religiosa.
É de grande interesse o que escreveu o primeiro biógrafo de Dom Bosco (1815-1888), Giovanni Battista Lemoyne, SDB (1839-1916), muito bem informado sobre os fatos de seu tempo:
“O Rei [Carlo Alberto] queria libertar a Itália para fazer florescerem a religião e a justiça por lá; e certamente se tivesse sucesso, após a vitória ele converteria ou extinguiria o liberalismo, que agora ele apreciava como um meio. Continuar lendo
MARIA SANTÍSSIMA CONDUZ OS SEUS SERVOS AO PARAÍSO
A PAIXÃO DE JESUS CRISTO, NOSSA CONSOLAÇÃO
DA ASSISTÊNCIA À SANTA MISSA
O CASAMENTO PARA OS INDIVIDUALISTAS E PARA OS CATÓLICOS
“Para os individualistas, o casamento é o epílogo de uma história de amor; para nós é o prólogo de uma história de amor. No primeiro caso o amor é exigente e se acerca do guichê nupcial para receber os juros; no segundo caso o amor é paciente e fecundo, e não procura o seu próprio interesse.
Para os individualistas o casamento é uma empresa que visa primordialmente o lucro; para nós é empresa que visa primordialmente a produção. O individualista sonha em obter no casamento um fruto e um descanso. Nós outros, na medida em que bem servimos nosso ideal, queremos a aventura fecunda dos grandes descobridores: os noivos partem juntos numa nau armada para descobrir, colonizar e cristalizar terras desconhecidas. Com uma diferença, enquanto os outros tiveram de batizar e de alfabetizar silvícolas que o acaso lhes entregara, os noivos terão de cuidar, lá para onde vão, dos ferozes aborígenes que eles mesmos geraram.
Ao contrário do que pretendem os individualistas, o casamento para nós é a fundação de uma pequenina pátria, cristal formador da pátria maior e comum. E se todos concordam que valha a pena dar a vida pela Pátria comum, em que por acaso nascemos, por que não haveremos de dar a vida pela pátria pequenina que nós mesmos fundamos?”
Claro e Escuro – Gustavo Corção