Sermão proferido pelo Revmo. Pe. José Maria, no Priorado S. Pio X de Lisboa. no V Domingo depois da Epifania.
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DA ACUSAÇÃO DOS PECADOS DA ABSOLVIÇÃO E PENITÊNCIA
DISCÍPULO — Padre, em quê consiste a confissão?
MESTRE — A confissão, diz o catecismo, consiste na acusação distinta dos pecados feita ao Confessor para receber a absolvição e a penitência.
DISCÍPULO — O quê significa a palavra distinta?
MESTRE — Quer dizer que acusar os pecados em geral não é o suficiente, como por exemplo: eu pequei contra a lei de Deus e da Igreja… Pequei por blasfêmia, por furto, por impureza, etc… Devemos acusá-los distintamente, como violações, mais ou menos graves, deste ou daquele mandamento, manifestando o número deles, e além disso as circunstâncias que lhes mudam a espécie.
DISCÍPULO — Padre, deve-se também dizer o nome das pessoas companheiras de pecado?
MESTRE — Não, a confissão deve ser prudente; não devo dar a conhecer os pecados dos outros; não se diga o nome do cúmplice, porque nunca é lícito desonrar alguéMestre
DISCÍPULO — Nesse caso como é que se pode manifestar certos pecados e as circunstâncias que lhes mudam a espécie?
MESTRE — No caso disso não ser possível sem indicar as pessoas com quem se pecou, deve-se manifestar não o nome, mas a qualidade, ou o grau de qualidade, ou o grau de parentesco que se tem com as mesmas. Diga-se por exemplo: irmão, irmã, primo, um parente próximo, uma pessoa religiosa, etc… E se o Confessor fizer perguntas, o penitente deve responder com toda a sinceridade, pois que ele interroga justamente para suprir a algum esquecimento da parte do penitente, para conhecer melhor a espécie, o número, e as circunstâncias dos pecados. Todavia, a regra é sempre a mesma: que nunca seja revelado o nome do cúmplice do pecado.
DISCÍPULO — O quê diz dessas mulheres que confessam as culpas do marido e dos filhos? Continuar lendo
CINCO SINAIS DE UMA VOCAÇÃO
Por que não eu?
Fonte: L’Acampado n°211 – Tradução: Dominus Est
Cinco sinais permitem ao candidato à perfeição saber que ele pode seguir esta vocação com a consciência tranquila.
1. Compreender que em tal vocação, servirei melhor o Senhor, santificar-me-ei melhor, trabalharei melhor por minha salvação e para a salvação das almas, glorificarei melhor a Deus na terra e no céu.
Falando daqueles que permanecem virgens pelo Reino dos Céus, Nosso Senhor nos diz que não se pode compreender isto sem uma graça especial: “Nem todos compreendem esta palavra, mas somente aqueles aos quais ela foi dada” (Mt 19).
Não se trata de saber que, teoricamente, a vocação religiosa é mais elevada que o caminho comum, mas se eu, com minhas qualidades concretas, servirei melhor o Senhor dessa forma.
Logo, se compreendo isto, já tenho uma primeira indicação divina.
2. Ter as disposições requeridas.
Na XV anotação, Santo Inácio nos diz que, além dos Exercícios, é “lícito e meritório” incitar, não todo mundo, mas “todos aqueles que têm as disposições requeridas” a escolher virgindade, a vida religiosa e todas as formas de perfeição evangélica.
Há aqui um elemento indicador muito precioso. Pode-se concluir que todo aquele que não tem as disposições requeridas, normalmente (exceto por milagre), não foi chamado por Deus. Atenção! Deus o chama, talvez, a uma outra vocação. Porém, normalmente, não àquela pela qual ele não está vocacionado. Continuar lendo
DOMINGO DA SEPTUAGÉSIMA: A PARÁBOLA DOS OPERÁRIOS E A RECOMPENSA DIVINA
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SOBRE O USO DO VÉU
O abandono de um costume antigo (o de usar um véu ou uma mantilha) favorece uma liberdade dificilmente conciliável com a verdadeira piedade.
Fonte: L’acampado n°211 – Tradução: Dominus Est
Mulheres e meninas devem usar véu na igreja, e é bom que as mães habituem as filhas a essa disciplina, porque ela favorece o recolhimento individual e geral.
É tão evidente que as freiras usam véus permanentemente.
O cabelo bonito de uma mulher certamente não é pecado, mas em uma igreja devemos favorecer tudo o que promova humildade, o recolhimento e o respeito ao que sempre foi recomendado pela Igreja.
Desde o início do cristianismo, o apóstolo São Paulo, que, no entanto, tinha o sentido das coisas de Deus, pedia que as mulheres cobrissem a cabeça.
Certamente, uma mulher que procura chamar a atenção não cobre a cabeça.
Seria errado, é claro, concluir precipitadamente que todas as mulheres que não usam o véu na igreja estão tentando atrair a atenção. Continuar lendo
OS VÁRIOS ESTÁGIOS DO PURGATÓRIO
Fonte: Bulletin Hóstia (SSPX Great Britain) – Tradução: Dominus Est
Para se ter uma ideia de como o Purgatório é organizado, podemos vislumbrá-lo por meio de uma freira francesa que morreu em 22 de fevereiro de 1871 aos 36 anos, e 2 anos depois (em novembro de 1873) ela começou a aparecer do Purgatório para uma colega freira em seu convento. Ela disse: “Posso lhe contar sobre os diferentes graus do Purgatório porque passei por eles. No grande Purgatório, há vários estágios. No mais baixo e doloroso, é como um inferno temporário, e lá estão os pecadores que cometeram crimes terríveis durante a vida e cuja morte os surpreendeu naquele estado. Foi quase um milagre o fato de terem sido salvos, e muitas vezes pelas orações de pais santos ou outras pessoas piedosas. Às vezes, eles nem tiveram tempo para confessar seus pecados e o mundo os considerava perdidos, mas Deus, cuja misericórdia é infinita, deu a eles no momento da morte a contrição necessária para sua salvação por conta de uma ou mais boas ações que realizaram durante a vida. Para essas almas, o Purgatório é terrível.É um verdadeiro inferno, com a diferença de que no inferno eles amaldiçoam a Deus, enquanto nós O abençoamos e agradecemos por ter nos salvado. Aqui, os grandes pecadores que eram indiferentes a Deus, e os religiosos que não eram o que deveriam ter sido estão neste estágio mais baixo do Purgatório. Enquanto eles estão lá [nos reinos mais baixos do Purgatório], as orações oferecidas por eles não os são aplicadas. Por terem ignorado Deus durante a vida, Ele agora, por Sua vez, deixa-os abandonados [sem a ajuda das orações de outros] para que possam reparar suas vidas negligentes e sem valor”.
“Enquanto na terra, não se pode realmente imaginar ou retratar o que Deus realmente é, mas nós (no Purgatório) O conhecemos e O entendemos pelo que Ele é, porque nossas almas estão livres de todos os laços que as prendiam e as impediam de perceber a santidade e majestade de Deus e Sua grande misericórdia. Somos mártires, consumidos, por assim dizer, pelo amor. Uma força irresistível nos atrai para Deus, que é o nosso centro, mas, ao mesmo tempo, outra força nos empurra de volta ao nosso lugar de expiação.” Continuar lendo
QUINTO DOMINGO DEPOIS DA EPIFANIA: A PARÁBOLA DO JOIO E A CONDUTA DE DEUS PARA COM OS PECADORES
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CONTEMPLANDO UMA VIRGEM E O MENINO
Quer seja esculpida ou pintada, a Virgem com o Menino sempre deslumbra. Três motivos levam a isso, enquanto o quarto, mais surpreendente, é carregado de lições.
Fonte: Lou Pescadou n° 251 – Tradução: Dominus Est
Naturalmente, toda mãe que carrega seu recém-nascido canta por si só o magnífico mistério da vida, ao qual ninguém pode permanecer insensível. Nela se cumpre a missão primordial e fundamental confiada à natureza do homem: transmitir a tão bela chama da vida. Eis aí a primeira alegria, perfeitamente natural, enquanto as demais são acessíveis apenas pela fé. Estas últimas são descobertas olhando, alternadamente, a mãe, depois o filho, e, enfim, o olhar que os une.
Sabemos que esta mãe é uma Virgem. Este imenso mistério só pode proporcionar uma grande alegria, aquela que produz esperança (Rm 12, 12). Maria, que sabemos ser imaculada, deu a vida, ainda que sempre virgem! No seio de um mundo universalmente manchado pelo pecado, uma nova Eva então se levanta, verdadeira mãe dos vivos (Cf. Gn 3, 20). Dela nascerá uma nova descendência (Cf. Gn 3, 15), livre do pecado. Mãe da esperança, aurora da salvação, essa Virgem mãe é verdadeiramente a causa de nossa alegria. Continuar lendo
A CASA DE JOSÉ
Esta casa de Nazaré, templo de paz e do amor reabilitado, mostra-nos a forma mais pura de amor.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Tudo começou com a Luz de Deus na alma deste grande Patriarca: José, filho de Davi, não tenhais medo de levar consigo Maria, tua mulher, porque o que nela nasce vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de todos os seus pecados.
Que as luzes de Deus, quer sejam dadas no sono extático ou na vigília, iluminem até o âmago da alma, produzindo, ali, a certeza. A profecia de Isaías ilumina como uma paisagem escura atingida pelo sol.
José obedece sem hesitar. Acolhe Maria em sua casa, dando ao noivado, assim, a sanção definitiva do casamento. Exteriormente semelhante a todos os outros, o casamento acontece nas vielas de Nazaré. Ao cair da noite, com lâmpadas acesas e ramos de murta, o cortejo de jovens chega para buscar Maria da casa da Anunciação e conduzi-la, cem passos adiante, até a casa de José.
Semelhante à casa de Maria, esta inclui uma gruta em calcário, com uma janela de sótão com vista para o jardim – será a cela de Maria – e um anexo de alvenaria, utilizado como cozinha e oficina. Ao lado da bancada de trabalho havia uma esteira onde José descansava. Continuar lendo
FESTA DA PURIFICAÇÃO DE MARIA E DA APRESENTAÇÃO DE JESUS
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BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – FEVEREIRO/25
Caros fiéis,
Nas missas de casamento, as feministas pulam em seus bancos quando ouvem a carta de São Paulo aos Efésios: “Mulheres, sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu corpo místico, cuja também é o Salvador”. Mas não devemos nos esquecer de meditar no que vem a seguir: “Maridos, amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela”. São Paulo estabelece um padrão muito alto para os esposos. Nosso Senhor morreu nos piores sofrimentos para salvar sua Igreja. Que esposa não gostaria de ser submissa a um marido assim?
O termo submissão é muitas vezes mal interpretado, como se fosse um tipo de escravidão. Nada poderia estar mais longe da verdade! Nosso Senhor é a cabeça; em outras palavras, aquele que dá a direção e os meios de salvação. Ninguém exerce sua autoridade legitimamente a menos que seja para o bem de seus subordinados.
A autoridade não pode ser inventada. Ela é recebida. O Filho é enviado pelo Pai. Os Apóstolos são enviados por Nosso Senhor. Os filhos recebem seus pais da Providência. Eles não os escolhem. Continuar lendo
31 DE JANEIRO – SÃO JOÃO BOSCO
No dia dessa grande Santo, colocamos um link para todos os post publicados aqui no blog.
NUNCA FALTARÁ ÀQUELE QUE É GENEROSO, PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, do Priorado S. Pio X de Lisboa, no III Domingo depois da Epifania.
PELAS SANTAS FAMÍLIAS – PE. CARLOS MESTRE, FSSPX
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, np Priorado S. Pio X de Lisboa, na Festa da Sagrada Família (12/01/25).
A IGREJA, MESTRA DA FÉ E DA LITURGIA
A liturgia não é uma questão de gosto pessoal. Nossas razões para amar a Missa de sempre são eminentemente mais profundas.
Fonte: L’Aigle de Lyon n° 377 – Tradução: Dominus Est
Existe uma relação necessária entre o culto e fé. A liturgia traduz o dogma em fórmulas, em gestos. Santo Agostinho afirma que a liturgia é a expressão pública de nossa fé. As festas litúrgicas são, de certa forma, um Credo recitado em um ano: a Natividade, a Paixão, a Santíssima Trindade, a Eucaristia… É através da liturgia que nos elevamos a Deus e que professamos a fé católica. A forma como rezamos diz muito sobre nossa fé. O Cardeal Journet disse: ” A liturgia e a catequese são as duas mandíbulas da tenacidade com que se arranca a fé”.
Não basta professar sua fé de forma privada. Nas palavras do Papa Pio XII: “ A liturgia é o culto público que o nosso Redentor presta ao Pai como chefe da Igreja. É também o culto prestado pela sociedade dos fiéis ao seu fundador e, através dele, ao Pai Eterno: é, numa palavra, o culto integral do Corpo Místico de Jesus Cristo, isto é, da Cabeça e seus membros. (1). A liturgia constitui uma função vital de toda a Igreja e não apenas de um determinado grupo ou movimento. A Igreja, como sociedade, presta o culto devido a Deus. Com efeito, o homem não é um elétron livre, nem os movimentos existentes nas paróquias são independentes. Pertencemos à Igreja e, por conseguinte, devemos rezar e professar nossa fé como membros desta sociedade que é a Igreja.
Por conseguinte, as regras litúrgicas só podem depender da autoridade da Igreja. Ela é a guardiã da fé. A Igreja recebe, então, a tarefa de zelar pela santidade do culto divino. As cerimônias, os ritos, os textos, os cantos estão sujeitos à autoridade da Santa Sé. Assim, os papas sempre acompanharam de perto os diferentes ritos, proibindo uns e permitindo outros. Entre os vários Dicastérios da Cúria Romana, existe um que rege a liturgia desde 1588: a Sagrada Congregação dos Ritos. Ela está envolvida na publicação de livros litúrgicos e na preocupação com a unidade litúrgica. Daí a sua vigilância atenta que evita abusos e desvios. Que nossos leitores fiquem tranquilos, uma reforma só é legítima na medida em que conduz ao bem comum. O Papa não pode fazer o que quiser com a liturgia. Continuar lendo
TERCEIRO DOMINGO DEPOIS DA EPIFANIA: O CENTURIÃO E OS HOMENS DE MEIA FÉ
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VER DEUS?
Os discípulos ouviram Jesus e seguiram-no.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Simples assim… seguiram Jesus. Aliás, tão fácil quanto os outros, que posteriormente seguirão Jesus ao abandonar seus barcos, seus livros contábeis, suas vidas. O que viram, então, estes que O seguiram, para segui-Lo tão facilmente? Há apenas uma única resposta possível, que somente aqueles que não têm hesitado em seguir Jesus compreendem: “O Senhor está aqui, Ele te chama”.
No livro do Êxodo, nesse diálogo inaudito com o Eterno, Moisés procurou inverter a ordem da iniciativa divina pedindo permissão para vê-Lo face a face. Esse pedido foi recusado: “Não poderás, porém, ver a minha face, porque o homem não pode ver-me e viver.” Contudo, diante da insistência de Moisés, o Eterno aceitou uma espécie de acordo. “Eis um lugar junto de mim, tu estarás sobre aquela pedra. Quando passar a minha glória, eu te meterei na concavidade da pedra, e te cobrirei com a minha mão, até que tenha passado. Depois tirarei a minha mão e tu me verás pelas costas; o meu rosto não o poderás ver”. Moisés viu Deus, mas de costas, no exato momento em que Ele desaparecia atrás da montanha.
Às margens do Rio Jordão, Jesus sabe para onde vai. Ele se detém e se volta para André e João… “Todos nos participamos da sua plenitude, e recebemos graça sobre graça”, dirá o último. Moisés não pôde ver a glória de Deus senão de costas, e eis que, quanto a estes homens, Deus se mostra pelo rosto de seu Filho. O rosto de Jesus não os matará, senão de amor. Continuar lendo
EXORCISTAS LANÇAM UM GRITO DE ALERTA
A Associação Internacional de Exorcistas, Associação fundada em 1994 e reconhecida em 2014 como Associação privada de fiéis de direito pontifício, tem como objetivo principal servir aos sacerdotes que exercem o Ministério de Exorcista na Igreja Católica. Ela reúne mais de 900 exorcistas e 130 auxiliares.
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Em 6 de janeiro de 2025, a Associação publicou um documento propondo “algumas observações sobre certas práticas pastorais equivocadas”, que distorcem ou desconsideram as instruções da Igreja e os elementos de prudência que devem cercar o exercício do delicado ministério de exorcista.
O aumento da demanda
O texto constata o aumento de pedidos de pessoas “convencidas de serem vítimas de uma ação extraordinária do demônio, em uma das suas diversas formas”. Às vezes, porém, a intervenção de terceiros, incompetentes e sem discernimento, interfere no exame regular do caso. É por isso que os exorcistas fornecem dez esclarecimentos “para lançar luz sobre certas situações repreensíveis”.
1. Advertência contra a improvisação e o sensacionalismo
Certos sacerdotes, pessoas consagradas e leigos utilizam meios arbitrários, não autorizados pela autoridade eclesiástica competente. Mais grave ainda, eles dissuadem os fiéis de recorrer ao exorcista oficial de sua diocese, sugerindo que recorram a outros exorcistas “mais poderosos” ou apoiem a ideia de uma presença demoníaca que eles identificam erroneamente. Continuar lendo
SEGUNDO DOMINGO DEPOIS DA EPIFANIA: DESEJO QUE JESUS TEVE DE SOFRER POR NÓS
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PROVAÇÕES NO CASAMENTO
Aceitas em um espírito de fé e acolhida das graças atuais, estas experiências dolorosas levam os esposos a perceber que o “julgo do Salvador é doce e seu fardo é leve”. (Mt 11, 30)
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
O apoio mútuo no casamento é uma das mais belas realizações da caridade fraterna descrita por São Paulo ao longo de suas epístolas. Conhecedor dos diversos destinos, seja de ordem natural ou de ordem sobrenatural, tanto das alegrias quanto dos sofrimentos, ele encontra uma aplicação particular quando o sofrimento comum se refere ao fim original do matrimônio (procriação e educação dos filhos), seja pela esterilidade, seja pela malformação, seja, enfim, pela morte de uma criança de tenra idade. No espírito de fé e acolhida das graças atuais concedidas, os lares atingidos por uma ou outra destas três provações sentirão que “o julgo do Salvador é doce e seu fardo é leve” (Mt 11, 30). É a esta dupla percepção que o presente artigo deseja contribuir.
Aqui, a nossa abordagem da esterilidade não será, evidentemente, médica, mas teológica e espiritual.
Hoje, os maiores afastamentos em relação à moral são vistos mesmo entre os batizados. Sem falar do aborto decidido depois que uma anomalia fetal grave foi identificada, deploram, por exemplo, que algumas pessoas casadas na Igreja se separem porque não conseguem conceber e vão tentar a sorte em outro lugar. Continuar lendo
A CONVERSÃO DE NOSSOS PRÓXIMOS
Hoje em dia Satanás exerce sobre nós um poder sedutor, não similar, mas sim infinitamente mais poderoso. Suas “sereias” são numerosas: a televisão, os filmes, internet, a educação, os governos, a falsa espiritualidade … e nos cantam continuamente “venha, venha conosco fazer o que todos fazem e serás feliz”. No seu conjunto é um rolo compressor que é muito difícil escapar, e como se estivéssemos no barco de Ulisses sem tampões ou nós, vamos vendo com horror como a grande maioria dos nossos entes queridos vão caindo lentamente em seus braços.
Clique na imagem para ler o texto completo.
FESTAS DE “DESPEDIDA” ORGANIZADAS NOS EUA PARA BANALIZAR O “SUICÍDIO ASSISTIDO”
Iniciativas mortais estão contaminando cada vez mais a sociedade ocidental. Eis uma nova e assustadora ilustração que surgiu nos Estados Unidos.
Fonte: Médias-Presse-Info – Tradução: Dominus Est
Organizações mortais
No início da década de 1990, uma senhora idosa gravemente doente organizou o que foi chamado de “festa suicida” em seu apartamento. O evento, que deveria consistir em se despedir de seus amigos antes de tirar a própria vida, terminou com a intervenção de seus parentes, levando-a a abandonar temporariamente sua decisão. Entretanto, uma vez influenciada pela literatura pró-suicídio da Hemlock Society, a mulher infelizmente tirou a própria vida.
Hoje, o que antes era impensável está se tornando normal. Festas e cerimônias suicidas, promovidas pelo movimento do suicídio assistido, são cada vez mais comuns e noticiadas na mídia americana. Um caso recente, relatado pela publicação Reasons to Be Cheerful, conta a história de uma enfermeira que, sofrendo de esclerose lateral amiotrófica, realizou a sua própria cerimónia de fim de vida em sua casa. Na cerimônia, ela foi acompanhada por seus entes queridos e por uma “mulher especializada em apoio ao fim da vida”.
“Cafés da Morte”
As organizações que promovem o suicídio assistido usam uma variedade de meios para influenciar a opinião pública e provocar uma mudança cultural significativa que rejeita todo o sofrimento, mas banaliza a morte. Os “cafés da morte”, espaços destinados a discutir a morte, tornaram-se até populares em algumas cidades americanas. Continuar lendo
A SAGRADA FAMÍLIA, MODELO PARA TODAS AS FAMÍLIAS DO MUNDO
Fonte: Blog de Aldo Maria Valli – Tradução: Dominus Est
Não sabeis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai? (Lc 2, 41-52)
Hoje celebramos o Domingo da Sagrada Família, modelo para todas as famílias do mundo.
Nunca antes a família foi submetida a ataques tão violentos. O demônio sabe muito bem que lhe resta pouco tempo e tenta, de todas as maneiras, lançar ataques terríveis à instituição divina da família. Ataques vindos de todos os lados, muitas vezes até mesmo do clero. Falamos, evidentemente, da família instituída por Deus, composta por pai, mãe e filhos. Porém, é verdade, há casais que não podem ter filhos por mil razões, mas também essa é uma família quando marido e mulher selaram sua união com o sacramento do matrimônio.
Inversamente, nem tudo o que o mundo hoje quer fazer passar por “família” o é. Hoje em dia já não se contam os divórcios, separações ou as chamadas famílias alargadas e alternativas. Já houve, inclusive, quem quisesse colocar duas estátuas de São José, ou duas estátuas de Nossa Senhora no presépio, para acompanhar os tempos, para se passar por transgressor. O problema é que estas mensagens distorcidas, muitas vezes, vêm do ambiente de uma Igreja que perdeu completamente seu rumo, mesmo com a aprovação dos bispos responsáveis. Continuar lendo
PRIMEIRO DOMINGO DEPOIS DA EPIFANIA: PERDA DE JESUS NO TEMPLO (FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA)
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NÃO COLOQUE SUAS ORAÇÕES DE FÉRIAS
Com as férias, às vezes é difícil cumprir os horários, e a vida de oração pode ser prejudicada.
Fonte: Lou Pescadou n° 201 – Tradução: Dominus Est
Quando estávamos no primeiro ano do seminário, e as férias em família se aproximavam, nossos professores nos advertiam: as férias são um bom teste para mensurar o fervor. Longe da vida comunitária, sem parte dos serviços em comum, pode ser difícil manter uma vida de oração tão fervorosa como no seminário. Esta observação também pode ser feita a vocês, queridos fiéis. Com as férias, às vezes é difícil cumprir os horários, e a vida de oração pode ser prejudicada. Assim, para ajudá-lo a não colocar a oração de férias, gostaríamos de relembrar algumas verdades sobre essa “elevação de nossa alma a Deus”.
A primeira coisa a se convencer é que a oração é necessária. Em outras palavras: não pode não ser. É a respiração da alma. Respiramos para nos mantermos vivos. Rezamos para permanecermos unidos ao Autor da Vida. Entrentanto, uma objeção pode surgir na cabeça das pessoas: mas por que rezar, falar com Deus, fazer pedidos a Ele, já que Ele conhece tudo? O catecismo do Concílio de Trento responde. Ele diz que não somos animais sem razão, e que Deus não é uma abstração, um ser imaginário. É uma Pessoa, é nosso Pai. Portanto, é normal que seus filhos conversem com Ele. É claro que Deus poderia nos atender sem nenhum pedido, sem nenhuma oração. Mas se obtivéssemos tudo sem pedir, acabaríamos nos esquecendo do Deus para o qual fomos feitos. É por isso que Nosso Senhor Jesus Cristo diz: Devemos sempre orar (Lc 18, 1). E acrescenta um argumento decisivo, o da nossa fraqueza: Sem mim nada podeis fazer (Jo 15,5); vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26,41).
O Papa Pio XII, em um discurso aos pregadores da Quaresma, disse em 1943: Ninguém pode, sem oração, guardar a lei divina por muito tempo e evitar uma falta grave. Porque a oração, diz o teólogo Garrigou-Lagrange, é o meio normal, universal e eficaz pelo qual Deus deseja que obtenhamos todas as graças atuais de que necessitamos. Lembremos que essas graças atuais são ajudas temporárias de Deus, para fazer o bem e evitar o mal. Continuar lendo
OS REIS MAGOS, MESTRES DA VIDA ESPIRITUAL
Assim como eles, sigamos a estrela da nossa fé.
Se a perdermos de vista, mantenhamos sempre o mesmo caminho.
Fonte: La lettre de saint Florent n° 301 – Tradução: Dominus Est
A chegada dos Magos ao presépio (Mt 2,1-12) inspirou numerosos pregadores. Em um sermão sobre a Epifania, o jesuíta Louis Bourdaloue (1632-1704) evoca a verdadeira sabedoria “que consiste em procurar e encontrar Deus”. No início, no progresso e no aperfeiçoamento de sua fé, os Magos encorajam-nos a acolher a graça e a perseverar, deixando-nos guiar pela sabedoria divina.
Responder ao chamado da graça
O Evangelho observa: “Vimos a sua estrela e viemos”. Assim que discerniram o chamado de Deus, os Magos puseram-se a caminho. “Enquanto uma nova estrela brilhava externamente em seus olhos”, uma “luz secreta” entrava em seus corações. Movidos pela graça, estes sábios respondem ao seu Deus que espera “louvores de todas as nações”.
A disposição desses homens contrasta com a falta de entusiasmo que manifestamos quando o Espírito Santo nos sugere um bom projeto, cuja realização atrapalharia nossos planos. A prontidão dos Magos em seguir a estrela destaca os atrasos “imprudentes e insensatos que levamos todos os dias no cumprimento das ordens de Deus e em fazer o que a graça nos inspira“ Continuar lendo
EPIFANIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
FESTA DO SANTÍSSIMO NOME DE JESUS
Clique na imagem acima e acesse a leitura da Meditação de Santo Afonso para essa Festa.
E leia também:
A INFÂNCIA ESPIRITUAL – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no Domingo dentro da Oitava do Natal.
TEMPO, UM PRESENTE DE DEUS
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Enquanto Deus parece nos conceder mais tempo, peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a usar sabiamente os dias desse novo ano, segundo o conselho de São Paulo: “Façamos o bem enquanto temos tempo” (Gal 6, 10). A vida na terra prepara para a eternidade. Longe de desperdiçar nosso tempo, é importante que façamos bom uso dele para crescer em Cristo.
Dois olhares no tempo
As Sagradas Escrituras dissertam com lucidez sobre a brevidade da vida. O homem apenas passa pela terra, onde as provas o aguardam. “O homem nascido de mulher vive pouco tempo e está cheio de misérias. Como uma flor nasce e é logo cortada e foge como uma sombra e jamais permanece num mesmo estado” (Jó 14, 1-2).
Na realidade, como explica Bossuet, o tempo pode ser considerado de duas maneiras [1] . Em si mesmo, o tempo “não é nada, porque não tem forma nem substância “. Ele “desvanece em um movimento sempre progressivo, que nunca regride“. Ele não faz nada além de “passar” e ” perecer “. Mas se o homem prende ao tempo “algo mais imutável do que ele mesmo “, então esse tempo se torna “uma passagem para a eternidade que permanece “.
Além disso, continua o Bispo de Meaux, um “homem que teria envelhecido nas vaidades da terra ” não viveu realmente, porque “todos os seus anos foram perdidos“. Mas uma vida cheia de boas obras, por mais curta que seja, é eternamente benéfica. A riqueza de uma vida é medida não por sua longevidade, mas pelo valor de suas ações. A Igreja que honra a virtude do velho Simeão celebra também o martírio dos santos inocentes.
O tempo é precioso, conclui Bourdaloue, porque “é o preço da eternidade”. A salvação depende do tempo. Além disso, “não é somente para nós, mas ainda mais para Ele mesmo e para Sua glória, que Deus nos deu o tempo. Ele quer que o usemos para servi-lo e glorificá-lo” [2] . Continuar lendo