TRATADO DO MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO

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TRATADO DO MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO (escrito em 1863)

Padre Emmanuel Marie André (Abade do Mosteiro de Nossa Senhora da Santa Esperança)

Mesnil-Saint Loup — França

[Nota da Permanência: O Padre Emmanuel-André já é conhecido dos nossos leitores e fiéis, pelos livros editados pela nossa editora. Agora apresentamos um curto, porém denso Tratado sobre a vida sacerdotal, seu fundamento, sua santidade, e também seus desvios. Que todos os nossos leitores possam aproveitar de tão belo texto e pedir muito à Virgem Maria que nos envie muitos santos padres, fiéis à Tradição, fiéis à Santa Igreja, fiéis ao Sangue derramado por Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a Cruz.]

FESTA DE SÃO JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM MARIA

abcAcesse a leitura da Festa de São José, por Santo Afonso de Ligório, clicando na imagem acima.

Outras excelentes leituras sobre São José são:

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A ESPADA DE DOR NAS MÃOS DE SÃO JOSÉ

A Fuga para o Egito. Virtudes de São José - Instituto Hesed

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

“Levante-se, pegue o Menino e sua mãe, fuja para o Egito e fique lá até que Eu avise;  porque Herodes vai procurar o menino para o matar ”(Mt 2, 13). Esta mensagem do anjo, no meio da noite, muitos meses após o nascimento do Menino Jesus, foi um grande tormento para São José.

Essa notícia acabou com as alegrias do Natal e tornou-se o começo do cumprimento da profecia de Simeão: “E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este (Menino) está posto para ruína e para ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de muitos.” (Lc 2, 34-35).

Maria, vítima toda pura, não podia se sacrificar, se imolar sozinha mais do que o próprio Cristo. Era-lhe necessário um sacrificador, alguém que os enviasse, por assim dizer, à morte. O Pai que enviou seu Filho único para ser sacrificado, enviou José para transpassar o Coração de Maria com esta dura notícia. É assim que começa uma longa série de sofrimentos. São José sabia o que estava fazendo quando acordou Maria e seu filho. Ele já podia imaginar a dor agonizante da espada que ele teria que penetrar em seu Coração Imaculado. São José não poderia fazer o contrário, porque Deus o havia ordenado dessa forma, pela voz do anjo. O tempo também estava acabando pois os homens de Herodes iam partir ao amanhecer. Continuar lendo

CARTA DO SUPERIOR GERAL AOS FIÉIS EM TEMPOS DE EPIDEMIA

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Carta do Pe. Davide Pagliarani, Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, dirigida a todos os fiéis confinados em seus lares e que não têm mais acesso à Santa Eucaristia, devido à epidemia do coronavírus.

Caríssimos fiéis,

Neste momento de provação, certamente difícil para todos vós, gostaria de vos dirigir algumas reflexões.

Não sabemos quanto tempo durará a situação atual, nem, sobretudo, como as coisas evoluirão nas próximas semanas. Diante dessa incerteza, a tentação mais natural é buscar desesperadamente garantias e explicações nos comentários e hipóteses dos mais instruídos “especialistas”. Muitas vezes, no entanto, essas hipóteses – atualmente abundante por todos os lados – se contradizem e aumentam a confusão, em vez de trazer um pouco de serenidade. Sem dúvida, a incerteza é parte integrante desta prova. Cabe a nós saber como tirar proveito disso.

Se a Providência permite uma calamidade ou um mal, sempre o faz para obter um bem maior que, direta ou indiretamente, incide sempre  em nossas almas. Sem essa premissa essencial, corremos o risco de nos desesperar, porque uma epidemia, uma outra calamidade ou qualquer provação sempre nos acharão insuficientemente preparados.

Neste ponto, o que Deus quer que entendamos? O que Ele espera de nós nesta Quaresma em particular, quando Ele parece ter decidido quais sacrifícios devemos fazer?

Um simples micróbio é capaz de colocar a humanidade de joelhos. Na era das grandes conquistas tecnológicas e científicas, é, sobretudo, o orgulho humano que ele coloca de joelhos. O homem moderno, tão orgulhoso de suas realizações, que instala cabos de fibra ótica no fundo dos oceanos, constrói porta-aviões, usinas nucleares, arranha-céus e computadores, que depois de pisar a lua continua sua conquista até Marte, este homem é impotente diante de um micróbio invisível. O alvoroço midiático nos últimos dias e o medo que podemos ter disso não devem nos fazer perder esta lição profunda e fácil de entender, para os corações simples e puros que examinam com fé os dias atuais. A Providência ainda hoje ensina por meio de eventos. A humanidade – e cada um de nós – tem a oportunidade histórica de retornar à realidade, à realidade e não ao virtual, composto de sonhos, mitos e ilusões.

Traduzida em termos evangélicos, esta mensagem corresponde às palavras de Jesus que nos pede para permanecermos unidos, o mais próximo possível, a Ele, porque sem Ele nada podemos fazer ou resolver, qualquer problema que seja (cf. Jo 15, 5). Nossos tempos incertos, a expectativa de uma solução, o sentimento de nosso desamparo e de nossa fragilidade devem nos encorajar a buscar Nosso Senhor, implorar-Lhe, pedir Seu perdão, rezar a Ele com mais fervor e, acima de tudo, abandonar-nos a Sua Providência.

A isto se acrescenta a dificuldade, ou mesmo, a impossibilidade de participar livremente da Santa Missa, o que aumenta a dureza dessa provação. Mas resta, em nossas mãos, um meio privilegiado e uma arma mais poderosa que a ansiedade, a incerteza ou o pânico que podem causar a crise do coronavírus: trata-se do Santo Rosário, que nos liga à Santíssima Virgem e ao céu.

Chegou a hora de rezar o rosário em nossas casas de forma mais sistemática e com mais fervor do que o habitual. Não percamos nosso tempo diante das telas e não se deixemos dominar pela febre midiática. Se tivermos que observar o confinamento, aproveitemos a oportunidade para transformar nossa “prisão domiciliar” em uma espécie de feliz retiro familiar, durante o qual a oração encontre seu lugar, seu tempo e a importância que merece. Leiamos os Evangelhos por completo, meditemo-los calmamente, escutemo-los em paz: as palavras do Mestre são as mais eficazes, porque alcançam facilmente a inteligência e o coração.

Agora não é o momento de deixar o mundo adentrar nossos lares, agora que as circunstâncias e as ações das autoridades nos separam do mundo! Tiremos proveito dessa situação. Demos prioridade aos bens espirituais que nenhum germe pode atacar: acumulemos tesouros no céu, onde nem os vermes nem a ferrugem nos destroem. Pois onde está nosso tesouro, alí está também nosso coração (cf. Mt 6, 20-21).

Aproveitemos a oportunidade de mudar nossas vidas, conscientes de como nos abandonar à Providência divina. E não nos esqueçamos de rezar por aqueles que estão sofrendo nesse momento. Devemos recomendar ao Senhor todos aqueles a quem o dia do julgamento se aproxima, e pedir-Lhe que tenha misericórdia de tantos contemporâneos nossos que permanecem incapazes de tirar boas lições dos acontecimentos atuais para suas almas. Rezemos para que, uma vez superada as provações, eles não voltem à sua vida anterior, sem mudar nada. As epidemias sempre serviram para trazer os tíbios à prática religiosa, ao pensamento de Deus, à detestação do pecado. Temos o dever de pedir essa graça a cada um de nossos conterrâneos, sem exceção, incluindo – e acima de tudo – aos pastores que não têm espírito de fé e que não sabem mais discernir a vontade de Deus.

Não desanimemos: Deus nunca nos abandona. Saibamos meditar nas palavras cheias de confiança que nossa Santa Madre Igreja coloca nos lábios do sacerdote em tempos de epidemia: “Ó Deus que não quereis a morte, mas a conversão dos pecadores, volvei com bondade ao vosso povo que se volta para Vós e, enquanto fiel a Vós, livrai-o com misericórdia do flagelo de Vossa cólera ”.

Recomendo a todos ante o Altar e à paternal proteção de São José. Que Deus vos abençoe!

Pe. Davide Pagliarani +

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Leiam também o post do Sermão do Pe. Puga: CORONAVÍRUS: UMA VISÃO SOBRENATURAL

 

NOSSA SENHORA, TESOURO DE SÃO JOSÉ

São José, o maior devoto da Virgem Santíssima

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Quando o rei Salomão subiu ao trono, Deus lhe prometeu, em sonho, que lhe daria o que quisesse. Salomão pediu “um coração dócil, para poder julgar seu povo e discernir entre o bem e o mal; pois quem pode fazer justiça ao seu povo, a esse povo tão numeroso? ”(3 Reis 3, 9).

Diante da humildade dessa resposta, Deus concedeu ao rei riqueza, longevidade e vitória sobre seus inimigos, além da sabedoria que ele desejava. Precisamente porque ele havia mostrado que preferia ser justo do que gozar dos bens que não eram necessários à sua salvação, Deus lhe cobriu de todos os bens.

De fato, certos dons de Deus não são essenciais e Ele, às vezes, não os concede a nós, a menos que estejamos desapegados deles. O patriarca Abraão teve uma dolorosa experiência no momento do sacrifício de “seu filho, seu único filho, o objeto de sua afeição” por ordem de Deus, antes que o anjo o impedisse, pois seu temor a Deus havia sido suficientemente comprovado.

Ser casado com Nossa Senhora não era necessário à salvação de José. E, no entanto, ele certamente não deixou de saber, em sua alma já tão profunda, que o tesouro que havia lhe sido confiado não tinha preço. Esse tesouro, a Providência exigiu primeiramente que o abandonasse. Vendo que Maria esperava um filho e que ele não participaria desse mistério, para observar a lei sem prejudicar sua noiva que ele sabia ser pura, resolveu deixá-la secretamente (Mt 1,19), e foi somente depois de tomar essa decisão que Deus lhe confiara expressamente Maria e o filho. Sua afeição já tão profunda foi assim purificada por um corajoso sacrifício.

Da mesma forma, Nossa Senhora renunciou à alegria e ao orgulho da maternidade dedicando sua virgindade a Deus. E Deus, que não se deixa vencer em generosidade, honrou esse propósito, concedendo milagrosamente que ele fosse mãe, e mãe de Seu Filho!

Maria era o tesouro de José, Jesus o de Maria. Mas tanto Maria como José buscaram primeiro o reino de Deus e sua justiça, e a plenitude deles era superabundante. Que eles se dignem a transformar nossos corações em bens verdadeiros!

SÃO JOSÉ, SEGUNDO SANTA TERESA DE JESUS

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

Santa Teresa de Jesus sempre se encomendou a São José, e por isso falou muito do Santo Padroeiro da Igreja Universal, e foi grande devota dele.

1 – E tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e me encomendei muito a ele. Vi com clareza que, tanto desta necessidade como de outras maiores, de perder a fama e a alma, esse pai e senhor meu me livrou melhor do que aquilo que eu sabia pedir. Não me lembro até hoje de haver-lhe suplicado nada que não me tenha concedido (V 6, 6).

É coisa que espanta as grandes mercês que me fez Deus por meio deste bem-aventurado santo, e dos perigos de que me livrou, tanto de corpo como de alma; que a outros santos parece que lhes deu o Senhor graça para socorrer em uma necessidade; mas a este glorioso santo tenho experiência de que socorre em todas, e quer o Senhor nos dar a entender, que assim como a ele esteve submetido na terra, pois como tinha nome de pai, sendo guardião, nele podia mandar, assim no céu faz o quanto lhe pede.

2.- E isso comprovaram algumas pessoas, às quais eu dizia que se encomendassem a ele, também por experiência; e ainda há muitas que começaram a ter-lhe devoção, havendo experimentado esta verdade (V 6, 6).

3.- Procurava eu celebrar a sua festa com toda a solenidade que podia, mais cheia de vaidade que de espírito, querendo que se o fizesse bem e com muitos detalhes, ainda que com boa intenção (V 6, 7).

4.- Queria eu persuadir a todos que fossem devotos desse glorioso santo, pela grande experiência que tenho dos bens que alcança de Deus. Não conheci ninguém que lhe tenha verdadeira devoção e lhe faça serviços especiais, que não se veja mais beneficiado na virtude; pois ajuda muito às almas que a ele se encomendam (V 6, 7). Continuar lendo

A TODAS AS MULHERES…

que em todos os dias do ano se espelham “na Mulher” abaixo e A tem como exemplo de conduta de vida, nossos sinceros votos de crescimento espiritual e santificação.nossa-senhora-do-bom-conselhoAssim, parabenizamos a vocês, mulheres católicas, que no seu dia a dia (todos os dias do ano), como filhas de Nossa Senhora:

  • Buscam incansavelmente sua santificação e a santificação de sua família;
  • Que não se importam com comemorações liberais e pagãs;
  • Não se deixam levar por ideologias feministas, esquerdistas e pela moda reinante;
  • Que não querem essa “liberdade” anti-cristã para si e para suas filhas;
  • Que não querem outro espaço a conquistar que não seja o coração do marido;
  • Que sabem, como católicas, que homens e mulheres não são iguais em direitos e deveres;
  • Que sabem, como solteiras, de seus direitos e deveres para com seu estado;
  • Que sabem, como casadas, que não tem os mesmos direitos e deveres de seus maridos (e conhecem seus direitos e deveres para com o marido);
  • Que sabem, como viúvas, de seus direitos e deveres para com seu estado;

Parabenizamos a vocês, mulheres católicas, que todos os dias, como filhas de Nossa Senhora:

  • São virtuosas;
  • São humildes;
  • São generosas;
  • São amáveis;
  • São fiéis;
  • São exemplo de caridade;
  • São benevolentes;
  • São exemplo de modéstia e pudor;
  • Aceitam santamente o sofrimento;
  • Aceitam com paciência todos os filhos que Deus envia;
  • Se entregam à Providência;
  • Que não colocam os bens materiais acima dos bens espirituais;
  • Sabem o que é o verdadeiro amor cristão para com sua família e ao próximo; 
  • Concedem uma educação sobrenatural a seus filhos;
  • São “o sol” de sua casa, iluminando e irradiando alegria, ternura, carinho e amor cristão aos filhos e ao marido;

woman-veil-churchFaçamos hoje pequenos atos de desagravo ao Coração Imaculado de Maria, ao longo do dia. Façamos uma pequena penitência e ofereçamos à Mãe de Deus, pelos muitos membros do clero e pelos muitos católicos leigos que se atrevem a comemorar este dia que é fruto do liberalismo (o tal “Dia internacional da Mulher”).

Doce coração de Maria, sede nossa salvação.

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Para saber mais sobre a origem do Dia Internacional das Mulheres e o Feminismo, clique aqui

UTILIDADE DAS TENTAÇÕES

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

Excelente artigo escrito pelo Revmo. Pe. José María Mestre, da FSSPX, onde ele nos explica o que são as tentações, por onde elas chegam até nós e como vencê-las.

O tempo sagrado da Quaresma representa a vida do cristão sobre a terra, vida que assume o papel de uma guerra constante contra inimigos tenazes que buscam nossa perdição eterna. É verdade que, assim como a Quaresma nos leva à glória da luminosa manhã de Páscoa, da mesma maneira os sofrimentos e lutas desta vida, cristianamente aceitos, nos levam à possessão eterna da bem-aventurança. Mas, enquanto isso, devemos lutar, sofrer. A Quaresma é, então, um tempo de renúncia e dor. É um tempo de tentações por parte de Satanás, do mundo e da carne. A tentação, a prova, é a condição constante do homem que quer ganhar o céu. O próprio Cristo, nossa Cabeça, nosso Modelo, quis ser tentado, para nos ensinar:

  1. Que seremos tentados.
  2. Por onde seremos tentados.
  3. Que armas devemos usar para vencer a tentação.

1º Ao longo de nossas vidas, seremos tentados

A partir do exemplo de Nosso Senhor, que, sendo nossa Cabeça, desejou suportar a tentação do demônio, deduzimos, antes de tudo, que também seremos continuamente tentados. E então podemos nos perguntar: Por que Deus permite que o demônio nos tente? Em outras palavras, que vantagens obtemos da tentação?

Na vida de Santa Catarina de Siena, lê-se que uma vez ela se viu envolvida em um combate espiritual muito prolongado e horrível. Representações torpes, provocadas pelo demônio, desfilavam uma após a outra por sua imaginação. E quanto mais ela as descartava, mais fortemente atacavam. Parecia-lhe que uma água suja a envolvia e que ela estava totalmente submersa nela; apenas sua vontade, que não consentia, permanecia à tona. A prova durou vários dias, no final dos quais o Senhor lhe apareceu:
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