RELIGIÃO E CARÁTER

Resultado de imagem para moço catolicoCaráter varonil! A jóia mais bela e mais preciosa do mundo! Um homem que descortina claramente seu fim, que sabe vencer as tentações, que não se desvia do caminho nem para a direita nem para a esquerda, que conserva puro seu coração, que é amável e delicado para com seu próximo, mas que permanece firme e fiel às suas convicções — eis um caráter varonil! Coisa rara, hoje em dia…

Mas não o queres ser?

Sabes que é a verdadeira e profunda religiosidade que, sobretudo, te ajudará a consegui-lo?

O jovem religioso preza o seu valor. Saber que somos filhos de Deus é fonte de justificada ufania no conceito próprio. Prezo minha alma conservo-a isenta de culpa, adorno-a com boas obras, porque sei que ela é um bem mais precioso do que a natureza inteira. Cuido porém, igualmente do meu corpo, não permito que se rebaixe ao serviço die hábitos pecaminosos, porque sei que é templo do Espírito Santo, ao qual devo preservar da profanação.

Elevado conceito de si mesmo, só o pode ter o homem religioso. Somente aquele que sabe inclinar-se diante de Deus, pode andar de cabeça erguida. A religiosidade e a boa consciência não nos tornam orgulhosos e impertinentes, mas dão-nos firmeza inquebrantável, em face da moral inconsistente de hoje. Olha em derredor: os que se manifestam estouvadamente contra Deus e a religião, dobram-se, geralmente, submissos ante interesses materiais e fins egoísticos. A religiosidade nos dá confiança em nós mesmos, não permite que consideremos timidamente a opinião dos outros, para regular segundo ela as nossas ações. O moço religioso sabe dominar com mão firme o fluxo da vida exterior, tão bem como sabe ser o senhor absoluto de sua vida interior, de seus desejos, inclinações e aspirações.

O jovem religioso não é oportunista. Nunca há de renegar covardemente seus princípios e convicções, embora esteja entre pessoas de parecer diferente. Não compartilha os conceitos dos libertinos, não adota o modo de ver dos motejadores, não duvida com os incrédulos, só “para que não sorriam compadecidos de mim”. Ademais, não é escravo de caprichos: ora todo bondade, ora como se tivesse “pulado da: cama com o pé esquerdo”: não, ele obra e fala sempre dignamente, como homem, refletida e sensatamente. Continuar lendo

A EDUCAÇÃO MODERNA CRIOU ADULTOS QUE SE COMPORTAM COMO BEBÊS

Fonte: Modéstia Masculina

A educação moderna exagerou no culto à autoestima – e produziu adultos que se comportam como crianças. Como enfrentar esse problema é o tema da reportagem a seguir, publicada na revista Época.

Os alunos do 3º ano de uma das melhores escolas de ensino médio dos Estados Unidos, a Wellesley High School, em Massachusetts, estavam reunidos numa tarde ensolarada para o momento mais especial de sua vida escolar: a formatura. Com seus chapéus e becas coloridos e pais orgulhosos na plateia, todos se preparavam para ouvir o discurso do professor de inglês David McCullough Jr. Esperavam, como sempre nessas ocasiões, uma ode a seus feitos acadêmicos, esportivos e sociais. O que ouviram do professor, porém, pode ser resumido em quatro palavras: vocês não são especiais. Elas foram repetidas nove vezes em 13 minutos. “Ao contrário do que seus troféus de futebol e seus boletins sugerem, vocês não são especiais”, disse McCullough logo no começo. “Adultos ocupados mimam vocês, os beijam, os confortam, os ensinam, os treinam, os ouvem, os aconselham, os encorajam, os consolam e os encorajam de novo. (…) Assistimos a todos os seus jogos, seus recitais, suas feiras de ciências. Sorrimos quando vocês entram na sala e nos deliciamos a cada tweet seus. Mas não tenham a ideia errada de que vocês são especiais. Porque vocês não são”.

O que aconteceu nos dias seguintes deixou McCullough atônito. Ao chegar para trabalhar na segunda-feira, notou que havia o dobro da quantidade de e-mails que costumava receber em sua caixa de entrada. Paravam na rua para cumprimentá-lo. Seu telefone não parava de tocar. Dezenas de repórteres de jornais, revistas, TV e rádio queriam entrevistá-lo. Todos queriam saber mais sobre o professor que teve a coragem de esclarecer que seus alunos não eram o centro do universo. Sem querer, ele tocara num tema que a sociedade estava louca para discutir – mas não tinha coragem. Menos de uma semana depois, McCullough fez a primeira aparição na TV. Teve de explicar que não menosprezava seus jovens alunos, mas julgava necessário alertá-los. “Em 26 anos ensinando adolescentes, pude ver como eles crescem cercados por adultos que os tratam como preciosidades”, disse ele à revista Época. “Mas, para se dar bem daqui para a frente, eles precisam saber que agora estão todos na mesma linha, que nenhum é mais importante que o outro”. Continuar lendo

A SIMPLICIDADE

Resultado de imagem para moça modestaUm dia os Apóstolos discutiam para saber qual deles teria o primeiro lugar no reino dos céus. Tomando então uma criança, Nosso Senhor colocou-a no meio deles, e depois disse: “Em verdade vos digo, se não vos fizerdes semelhantes a esta criança, não entrareis no reino dos céus!”

Que é que mais notamos na criança? Não é a candura, a simplicidade? Ela não tem nenhuma astúcia, diz o que pensa, acredita o que lhe dizem, anda simplesmente, francamente, direitinho. Eis aí o vosso moldelo.

1º – O que é a simplicidade

Poder-se-ia defini-la: uma virtude pela qual se vai direito a Deus, direto à verdade, direto ao dever.

a)Ir direto a Deus

Quer dizer não ver em tudo senão a Sua santa vontade, sem se preocupar com o juízo dos homens. Tudo por Deus! Ele é o princípio e o fim das nossas ações; deve-se viver como se houvesse só Ele e nós neste mundo. A alma simples vai a Deus “direto como uma bala de canhão“.

b)Ir direto à verdade

Como Nosso Senhor nos ensina quando nos recomenda falarmos assim: “Isto é, isto não é, tudo o que se acrescenta bem do Mau”, deveríeis ter a tal ponto essa franqueza, que a vossa palavra equivalesse a um juramento! É tão belo achar uma pessoa bem franca e ler-lhe toda a alma no olhar claro e límpido!

c) Ir direto ao dever

É sacrificar tudo por Ele. O dever é uma coisa sagrada, é a senha! Deve-se ir a ele através de tudo, e lançar-se nele com toda a alma, com todo o coração, mesmo se o sofrimento ou a dor deverem achar-se no caminho. Continuar lendo

DAS CASAS DE EDUCAÇÃO

Resultado de imagem para escola catolica«Entre todos os deveres que a autoridade pa­terna impõe a um pai e a uma mãe, nenhum co­nheço mais grave, escreve Mgr. Dupanloup, que o de escolher – os mestres a quem deve ser confiada uma parte desta santa autoridade.»

A mulher do povo, especialmente a que habita nas aldeias, não pode ordinariamente enviar o seu filho senão à escola paroquial; as mais das vezes é difícil mandá-lo a outra freguesia vizinha. Como apreciar devidamente os serviços prestados à Igreja e à sociedade, por religiosos e religiosas, que con­sagram a sua vida a instruir o filho do povo, e a educá-lo no amor, e no temor de Deus? Que mulher cristã não seria feliz, confiando-lhe o seu filho ou filha? E onde poderia ela encontrar uma dedicação mais desinteressada e mais sincera?—«Para ser professor de instrução primária, disse o grande his­toriador Thiers, é necessária uma humildade e uma abnegação, de que um leigo raras vezes é capaz: é preciso o padre, o religioso; o espírito, a dedicação leiga não são suficientes!» Se acontecesse, — o que Deus não permita —, que uma criança não pudesse ir à escola, sem expor a sua fé, e a sua inocência, seria infinitamente melhor que ela não abandonasse o teto da sua choupana. 

As próprias escolas, onde se não ensina a religião, nem as virtudes cristãs, não podem bas­tar à educação da infância. Toda a escola mista de crianças de ambos os sexos oferece perigos que uma mãe deve temer. E é por ventura necessário que o agricultor mande o seu filho para o colégio? Essa criança não deixará daí encontrar a saudade da vida dos campos, e depois de acostumado, vol­tará com ares de gran-senhor. Achamos natural e necessário que o vosso filho aprenda a ler, a escre­ver e a contar, e é isso mesmo que ele aprenderá na escola da sua aldeia; mas que fique cultivador, como seu pai, que é o melhor partido que pode tomar. Também achavamos razoável que as mães de família do campo não mandassem a suas filhas como pensionistas, para estabelecimentos, donde elas voltam, falando francês, usando chapéu, sabendo bordar a ouro, a canotilho e a cabelo, mas despro­vidas dos conhecimentos usuais mais necessários. Longe de nós, todavia, censurar as mães que confiam os filhos a um colégio, dirigido por religiosos ou religiosas, onde essas crianças estão ao abrigo dos perigos do mundo. Continuar lendo

A FIGURA DO PAI

A luta da esquerda para destruir a família é sobretudo a luta para destruir e/ou diminuir a figura masculina, infantilizando-a. O socialismo é uma forma eminentemente feminina de organizar a sociedade.

Fonte: Modéstia Masculina

Fui ver o filme O Regresso, do diretor mexicano Alejandro Iñarritu, um belo filme que é narrado desde a perspectiva masculina. Não à toa está indicado para uma dúzia de estatuetas do Oscar. Merecido de tão bom. É uma história de superação, de coragem e de resistência diante de intempéries, feras selvagens e inimigos. O filme se passa na segunda metade do século XIX, portanto não faz muito tempo, e se reporta a fatos ocorridos na vida real.

O que me chamou à atenção é a quase total ausência de mulheres, isso porque o filme é ambientado em uma situação de extrema dureza e em ambiente bastante inóspito. A única mulher que aparece é uma índia, filha de chefe, que foi raptada e abusada e salva pelo herói da película. A outra mulher, a esposa, é ausente e vem como lembrança do herói nos momentos mais difíceis. Há sempre uma presença feminina a velar na alma do homem. O filme é o retrato do que foi em todos os tempos: a figura heroica do homem é que garante a segurança, a sobrevivência e a inviolabilidade dos seus. Não ao acaso a virtude mais valorizada nos homens é a coragem, sem a qual o sujeito não teria condições de ser o defensor dos seus.

Certo, no século XX tivemos o esplendor do uso do ar comprimido e da energia elétrica e as armas são cada vez mais brinquedos de videogame, que uma mulher pode perfeitamente portar/usar. A força física do homem ficou secundária, mas essa é uma verdade sempre parcial. Vimos o que houve na Alemanha recentemente, com milhares de mulheres estupradas e abusadas por imigrantes islâmicos em face da ausência de qualquer elemento masculino que as pudesse defender. Sem seus homens, o feminino sempre fica vulnerável ao homem desconhecido, parece uma verdade evidente.

Quem acompanha o noticiário policial também pode ver que a maior parte das mulheres assassinadas por namorados ou companheiros se dá quando não há a presença de um homem forte na família. Este seria a garantia da inviolabilidade. No passado sempre foi assim, não se matava à toa a filha de um homem dominante, ou irmã. A vingança era imediata. Continuar lendo

O DIA DO SENHOR

Resultado de imagem para moça modestaUm dos Santos Padres da Igreja denominou o domingo:“Rei e Príncipe de todos os dias”. Outro opina que a vida sem domingo seria um grande deserto sem oásis. Certamente seria uma vida triste. Pode-se dizer que o domingo é como que a raiz da semana. De uma raiz boa e sã, brotam também galhos, folhas, flores e frutos sãos e bons. De modo análogo, a um domingo cristãmente festejado, sucede uma semana inteira de cunho cristão. Consiste a vida do homem em certo número de semanas, as quais trazem impresso o selo do valor que lhes comunica o domingo, por onde começam. Com muita razão se poderia dizer: assim como for o teu domingo, assim será também toda a tua vida. De que modo deverá, então passar o domingo, para que se torne uma fonte de bênçãos para a tua vida e para a eternidade futura? Eis uma pergunta de grande importância para ti.

1º – O domingo deve ser, antes de mais nada, dia de descanso.

O descanso dominical é uma necessidade para o corpo e para a alma. Poderá alguém trabalhar ininterruptamente, todos os dias, nos domingos e dias úteis, por um lapso do tempo; poderá fazê-lo mesmo durante alguns anos; mas, chegará com certeza o tempo em que as forças constantemente ativas entrarão a adormecer, ou se quebrarão de súbito.

O descanso que, à tarde se desfruta, após o trabalho diário, e um bom sono pela noite adentro, são de grande proveito para o corpo; mas, quanto à duração não bastam para estabelecer o necessário equilíbrio das forças. Os médicos sustentam mui judiciosamente que, para se manter em pleno vigor, além do pequeno descanso diário, de tempo a tempo, necessita o corpo humano de uma pausa e folga mais longa, um maior relaxamento das forças. Isto se aplica, sobretudo, aos tempos atuais, que, pela crescente concorrência em todos os domínios, despertam em quase todos os homens, até mesmo nos rapazes e nas moças, maior dedicação ao trabalho. Com seu descanso maior e mais longo repouso, é, portanto, o domingo uma verdadeira bênção para a nossa vida corporal. Lord Palmerston, conhecido estadista inglês, conservava ainda, na velhice, grande atividade e vigor, que ele principalmente atribuía ao fato de se haver sistematicamente abstido do trabalho dominical, em todo o percurso de sua longa vida. Continuar lendo

DO CONCURSO DO PAI, NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Resultado de imagem para familia numerosaOs deveres do pai, para com seu filho são os mesmos que os da mãe. Como a mãe deve possuir a ciência da educação, e como ela deve pôr ele todos os seus cuidados a cultivar o espírito e o coração dos entes que lhe devem a vida. Se neste pequeno livro nos dirigimos unicamente à mulher, é porque as mais das vezes, preocupado pelos interesses mate­riais, o pai esquece o que deve à cultura moral e religiosa dos seus filhos. Entendemos do nosso dever, que o melhor meio de fazer chegar ate si o conhe­cimento dos seus deveres, era instruir desses mesmos deveres a mãe de família.

Deveremos ao vosso zelo, mulher cristã, o não nos enganarmos na nossa espectativa, porque não contente por sentirdes vós mesma a soberana impor­tância duma boa educação, a fareis compreender a vosso marido. O amor que lhe tendes, deve forne­cer-vos meios para empreenderdes essa grande obra, porque se ele se conserva estranho e pior do que isso, rebelde, atrai sobre a sua cabeça a des­graça de Deus, tornando a vossa missão mais do que difícil, impossível. «Como falta o coração e a vida, diz Mgr. Dupanloup, numa educação em que a mãe não toma parte! E também que hesitações e fraquezas numa educação, de que o pai está muito ausente!

É necessário fazer compreender ao marido esta linguagem comovente: — «Deus confiou-nos, a ambos nós o dever de elevar para o Céu os frutos da nossa união; há de pedir-nos contas destes talentos que nos confiou; nós lhe restituiremos alma por alma, sem deixarmos perder os que Ele cometeu à nossa guarda.» Se o vosso marido não tiver fé, para apro­var estas considerações, que todavia são graves e cheias de verdade, fazei-lhe pelo menos compreen­der que só a educação cristã é que nos pode fazer felizes neste mundo. Citai-lhe, se ainda reagir, os exemplos infelizmente numerosíssimos de crianças que uma educação pouco cristã levou à libertinagem, e daí à desonra, à miséria, e tudo isso apesar da vergonha e da confusão dos próprios pais negli­gentes. Mostrai-lhe esses velhos esmagados pelo des­prezo daqueles a quem não ensinaram a respeitar Deus e a religião, com os deveres que ela impõe. Continuar lendo

DO PRECEPTOR

Resultado de imagem para modestia pinturaA educação que se faz inteiramente no seio da família, será preferível à que, tendo começado sob a inspeção materna, vai terminar num pensio­nado? Não ousamos responder a esta questão. O ilustre bispo de Orleans, a quem a grande expe­riência dá tanta autoridade sobre o que diz res­peito à mocidade, não quer que a educação pública comece muito cedo, mas julga-a preferível à edu­cação privada.

Digamos todavia algumas palavras, acerca do preceptor, porque um certo número de mulheres cristãs, não querendo ver seus filhos subtraídos à sua solicitude, ou querendo a todo o transe sub­traí-los às escolas sem Deus, os confiam a um pre­ceptor encarregado de os instruir, e de os educar, sob os olhos de seus pais. Entre as crianças, que, durante o ano escolar, seguem o curso dum pen­sionado, um grande número são confiadas, durante as férias à vigilância dum mestre, que lhes repete as lições do colégio. Não é, pois, inútil dizer à mãe quais devem ser as qualidades do preceptor de seu filho.

A fé, tal é a primeira e a mais essencial das con­dições a exigir dum mestre. Não é a fé efetivamente o que um homem tem de mais precioso neste mundo, visto que sem ela é impossível agradar a Deus, e esperar os bens eternos? E não é tão necessária esta virtude, visto que a mulher cristã deve pri­meiro que tudo conservá-la intacta no coração de seus filhos? Mas quem o não vê? Um preceptor incrédulo roubaria tanto mais facilmente a fé a um jovem, quanto maior influência tivesse sobre ele. Não ousaria de certo professar a impiedade, ou o racionalismo, numa casa, onde se conservam, como o mais sagrado depósito, as tradições religiosas dos antepas­sados; mas de quando em quando deixaria escorre­gar algumas palavras de dúvida ou de desprezo; deporia dessa forma no coração dos seus discípulos algum germem fatal de incredulidade, e a increduli­dade é um vento ardente que seca quanto de virtude possa existir num coração de criança. Continuar lendo

DA EDUCAÇÃO, SUA NECESSIDADE

Resultado de imagem para batismoRegenerada pelas águas do batismo, a criança cresce pouco a pouco, e bem depressa começa, pelo seu sorriso, a dar o primeiro indício de inteligência. Então nascem novos deveres para a mãe; é mister que desde então se aplique com zelo à grande obra da educação. Educar a criança é cultivar o seu espírito, e o seu coração: o espírito enriquecendo-o com os conhecimentos necessários ou úteis: o cora­ção, sufocando nele o gérmen das paixões e dos vícios, que crescem conosco, e implantando nele o amor do bem e da virtude.

Em grande número dos nossos Livros canônicos a obrigação que Deus deu à mãe de bem educar os seus filhos, é expressa com tanta clareza, como força; e acerca deste assunto, os mais sagrados interesses das crianças, os dos pais e os da própria sociedade, se unem à voz de Deus, para repetir a todas as mães, pela boca do grande Apóstolo: — «Educai os vossos filhos segundo a lei, e no temor do Senhor» (S. Paulo ad Eph. VI, 4.)

O homem não abandonará na velhice o ca­minho que tiver seguido na adolescência; e é isso o que faz a desgraça quase irreparável de quem tiver recebido dos pais uma má educação ou sim­plesmente nula.

Infeliz! privado muito novo de sua mãe, ou tendo uma mãe negligente, sem ter ninguém que lance no seu espírito a semente da divina palavra não sendo instruído nos seus deveres de cristão; sem ninguém para vigiar pela sua inocência; sem ter quem lhe arranque do coração os primeiros ger­mens das paixões nascentes, e cultivar as flores das virtudes cristãs. Que pode ser uma criança nestas condições? Crescem as más ervas na terra inculta da alma, e o mal desenvolve-se, sufocando todos os germens de bem. Fortificando-se nele diariamente, as tendências perversas, deixam acrescer raízes cada vez mais profundas. Como é possível deter os des­troços desta torrente devastadora, que têm origem numa educação má, ou simplesmente desprezada? Onde arrastarão a sua vítima? Talvez à condenação eterna, porque a árvore cai para onde pendia. É, pois, bem de recear que o mau, avergado sob o peso do pecado para os abismos do inferno, aí vã precipitar-se. Continuar lendo

UMA FONTE DE ENERGIA – ORAÇÃO

Resultado de imagem para rezando catolicaA oração é um colóquio de amor com Deus. A criança, que ama verdadeiramente os pais, gosta de falar com eles, manifesta-lhes tudo que agita o seu coração. Cada alegria que sente, vai logo comunicá-la à mãe, ou ao pai; expõe-lhes todas as suas dores; narra-lhes os seus receios; conta-lhes os seus interesses.

Se a criança passasse com seus pais um dia inteiro, sem lhes dirigir uma só palavra, teriam muita razão em se queixar: nosso filho não nos ama, pois se nos amasse seria mais comunicativo conosco. É o que dará contigo, jovem cristã, se amares a Deus e Vosso Salvador, verdadeiramente, e de coração, sentir-se-ás necessariamente compelida a falar com Ele, a entreter-se com Ele, isto é, a rezar. A oração é para ti um dever sagrado, que não hás de omitir um só dia sequer.

1º – A oração te enobrece.

Conta-se que a opala à luz solar por muito tempo, é penetrada tão profundamente pelos raios, que (esta pedra) se torna inteiramente luminosa, e na escuridão da noite, irradia uma luz brilhante.

A opala é a imagem da alma, que na oração, se põe em contato com o Altíssimo.

A alma, quando reza, entra em relação íntima com Deus, infinitamente grande, infinitamente perfeito e santo. A luz de Deus, os raios da Sua santidade e magnificência atuam sobre ela. Deus a alumia e a penetra cada vez mais com Sua graça, a atrai cada vez mais para si, eleva-a e a enobrece. A alma, pela oração, torna-se semelhante a Deus. Aqui, também, viria muito a propósito o brocardo: “Dize-me com quem andas e dir-te-eis quem és”. Continuar lendo

GRÁVIDA DE GÊMEOS? AGORA NORUEGA PERMITE ESCOLHER QUAL VIVE E QUAL MORRE

Fonte: ACI/Actuall

As mulheres grávidas de gêmeos que vivam em algum país da Europa onde o aborto seja ilegal ou onde as leis de aborto seletivo sejam muito restritivas, poderão viajar para a Noruega para abortar livremente.

Esta é a nova medida tomada pelo representante da junta diretiva de saúde norueguesa, Torunn Janbu, que está promovendo o “turismo abortivo” para todas as mulheres europeias.

O departamento de saúde norueguês reinterpretou as leis abortivas para beneficiar, ainda mais, a cultura de morte.

Neste caso, a medida se centra na redução fetal, isto é, se a mãe não quer ter os dois gêmeos, pode abortar um deles, embora não exista problema de saúde.

Janbu assegura ao jornal ‘Dagsavisen’ que “todas as mulheres, sem importar se são norueguesas ou residentes na Noruega, têm o mesmo direito ao aborto e, por isso, a redução fetal”.

Redução fetal é o eufemismo para descrever o assassinato do nascituro a mais. Continuar lendo

AMOR DE DEUS

mocaMuitas jovens cristãs se têm distinguido por uma grande piedade, que consiste no amor de Deus e na fidelidade ao Divino Salvador. Estavam resolvidas a sofrer tudo de boa vontade, a sacrificar até a própria vida, para não ofenderem a Deus e se não tornarem infiéis ao Seu Salvador. A mártir Santa Susana brilhava em Roma pela alta nobreza do seu nascimento e pelos dotes excepcionais de espírito e de corpo. O Imperador Diocleciano desejava, então dá-la por esposa a seu cor-regente Galério Maximiano, e para este fim pediu-a ao pai. Dirigiu-se este imediatamente, à casa da filha e assim lhe falou:

– “Minha filha, compreendeste bem o valor e a superioridade de ser esposa de Cristo?”

– “Eu o conheço tão bem – replicou Susana – que em minha opinião, todas as coroas deste mundo nada são comparadas com Ele”.

Instou Gabino? “Julgas retamente. Mas, se o Imperador te destinasse para esposa de Galério, a dignidade de imperatriz não venceria o teu amor ao Salvador Crucificado? Serás, acaso, bastante forte, para preferir, por amor de Cristo, morte cruel a cingir a

coroa de Imperatriz?” Radiante de júbilo, respondeu Susana: – “Ah! meu querido pai, quanto não me sentiria feliz, se me fosse concedido sacrificar a vida por amor ao divino esposo, que derramou Seu sangue pela minha salvação! Nenhuma púrpura seduz-me, nenhum martírio me atemoriza!”

– “É o que provarás dentro em breve”, respondeu comovido o pai cristão, animando a filha, para o combate iminente. A todos os engodos e adulações, como também as ameaças e injúrias, Susana opôs inabalável firmeza. Os mais cruéis martírios, nem sequer um instante a fizeram vacilar no seu amor ao Divino Salvador. Não precisas, leitora cristã, sofrer pelo teu Divino Salvador, a morte violenta pelo martírio doloroso: deves, todavia oferecer-Lhe o primeiro lugar no teu coração juvenil; quer te chame Deus para o matrimônio, quer para o estado religioso ou para uma constante vida de solteira no mundo. Continuar lendo

ON NE LÂCHE RIEN! – A GUERRA PELA FAMÍLIA CONTINUA NA FRANÇA

Milhares de franceses - mais de um milhão -, durante a manifestação contra o casamento gay em 2013

Milhares de franceses durante uma manifestação contra o casamento gay em 2013

Até quando devemos lutar contra a ruína de algo precioso, verdadeiro, natural? Até quando devemos lutar para preservar a nossa civilização, a nossa humanidade de todo o poder destruidor da cultura de morte? Devemos ser resilientes, devemos nos conformar com as batalhas perdidas de uma guerra fatal? Devemos, ao vermos os nossos representantes aprovarem algo imoral, nos calar, condescender, achando que uma vez votada, uma lei não pode ser alterada?

Diante dessas perguntas, podemos classificar no mundo de hoje dois tipos de “mobilização”. A primeira mobilização é a profissional, feita apenas para mostrar a força de um agente manipulador e onde os mobilizados, ou manipulados, não possuem nenhuma convicção profunda de que aquilo que eles estão defendendo ou pleiteando realmente é bom. Vimos isso recentemente na Polônia, onde milhares de jovens manipulados por meios de comunicação financiados por grupos internacionais, especialmente pela Fundação Open Society, foram às ruas contra uma lei que tornava o aborto, que lá não é legal, ainda mais difícil – e só para constar, foi o medo de uma guerra aberta entre os defensores da lei, que são a maioria esmagadora da população, e os contrários que fez com que o Parlamento não a aprovasse, e não as manifestações em si, como disse a imprensa brasileira. Continuar lendo

SANTIFICAR A MOCIDADE

donz1º- Orna, donzela cristã, de virtudes a tua mocidade.

Para isto, deve o teu pensamento, antes de tudo, incitar-te para Deus. Quando desejas mimosear tua amiga com uma rosa, certamente, não lhe envias uma flor sem viço, cujas pétalas caíram em parte, antes escolhe a rosa mais fresca, mais viçosa e mais olorosa do teu jardim; pois, somente esta será recebida com gratidão, enquanto a primeira será desdenhosamente rejeitada. Do mesmo modo deverá proceder, donzela cristã, para com teu Deus. A mocidade é o tempo mais belo, mais florescente mais alegre de tua vida. Assemelha-se à primavera, na qual, por toda parte, na natureza, se agita uma juventude forte e fresca; inúmeras flores abrem a doce corola, o céu azul sorri por cima de nossas cabeças e uma exalação aromática nos envolve. Assim sucede agora contigo.

Como corre fresco e forte o sangue em tuas veias, como teus olhos cheios de esperança fitam o futuro, e como são elásticas as forças do teu espírito! Teu coração ainda não está dominado pelas paixões e se entusiasma por tudo quanto é elevado e bom. Na tua força juvenil e na tua inocência, tu és mil vezes mais bela que a mais formosa flor, de cujas pétalas pende uma gota de orvalho, onde brilha maravilhosa a imagem do sol.

Este tempo mais belo de tua vida não o deves negar a Deus, a quem tudo tens que agradecer, até a última gota de sangue de tuas veias e a menor fibra de teu coração; a Deus, para cujo serviço fosse criada e perante cujo tribunal hás de comparecer um dia, a fim de lhe prestar contas de toda tua vida, como também de tua mocidade; a Deus que te ama infinitamente e que encontra o Seu maior prazer nos serviços que lhe prestas na tua mocidade, e por isto Se inclina para ti cheio de graças e pede o teu amor sincero: “Minha filha, dá-me o teu coração”. (Prov. 23,26). Este teu nobre coração não o deves negar a Deus, para dá-lo ao mundo, que aproveita de ti e por fim te ilude; nem a uma paixão que te escraviza, cega e conduz ao caminho de perdição. Não, não! Tal coisa não pode, nem deves querer. Tem sempre em vista a admoestação do Espírito Santo: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade” (Ecl. 12,1). Alegremente e com entusiasmo deves consagrar-lhe o mais belo tempo de tua vida. De fato: somente aquilo que é mais belo, melhor e mais excelente é digno de Deus. Continuar lendo

A GRAVATA BRANCA

Resultado de imagem para GRAVATA BRANCA CRIANÇAJorge era um verdadeiro anjinho que a todos edificava por suas virtudes. Fez a primeira comunhão num colégio de Rouen.

Entre outros fez o seguinte propósito: “Levarei comigo a gravata branca da minha primeira comunhão até o dia em que, por suma desventura, venha a perder a graça de que ela é símbolo”.

Jorge crescera… conservando sempre a gravata branca. Quando rebentou a guerra franco-prussiana, alistou-se como voluntário entre os zuavos do general De Charette. Em janeiro de 1871, por ocasião da vitória de Mans, foi ferido mortalmente. O capelão aproximou-se dêle imediatamente. “Obrigado, Sr. capelão… confessei-me há dois ou três dias; nada me pesa na consciência; estendei-me sobre um pouco de palha e trazei-me o santo Viático, porque vou morrer”.
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PERIGOS DO MUNDO – TEATRO

Resultado de imagem para teatro pinturaGeralmente é imoral

Mesmo quando ele não fosse (e o é com freqüência) o acionamento de uma tese contrário aos princípios de uma santa moralidade, ainda quando não se achasse nele senão a pintura viva de costumes condenáveis, o jogo dramático das paixões humanas mais arrastadoras, nem por isso o teatro deixaria de ser um divertimento dos mais perigosos para uma jovem cuidosa de não criar de propósito, para a honestidade de sua vida, perigos e inextricáveis dificuldades.

As máximas mais falsas são nele correntemente aplaudidas, as paixões mais baixas são exaltadas, todas as desordens são pintadas e todas as fraquezas desculpadas. Nele ridiculariza-se por vezes a virtude ou procura-se torná-la odiosa; em compensação, o vício muitas vezes é coberto de flores. As instituições mais santas, os deveres mais sagrados da família e da sociedade são nele tratados com uma leviandade voluntária e um escandaloso desprezo. Como não haveriam tais espetáculos de ser condenados pela moral?

É uma ocasião de pecado

Tudo o que nele se vê e tudo o que nele se ouve é de natureza a leval ao mal. Os assuntos que nele se tratam são, muitas vezes, arriscados, os costumes que nele se vêem, a sociedade que nele se acotovela, aqueles cenários, aquelas luzes, aquela música, aqueles relatos apaixonados, aqueles enredos amorosos, tudo isso produz na imaginação de um jovem, no seu organismo sensível e nervoso, uma superexitação que cedo triunfará da sua consciência.
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DOIS LINDOS EXEMPLOS

Resultado de imagem para comunhão criança tridentinaa) O AMOR DOS PEQUENINOS

Perguntaram a uma piedosa jovenzinha:

– Que é a Primeira Comunhão?

– É um dia de céu na terra.

Perguntaram-lhe em seguida:

– E que é o céu?

– É uma Primeira Comunhão que nunca terá fim – respondeu ela graciosamente.

E respondeu muito bem, porque a felicidade dos Anjos e Santos no céu consiste em possuir a Deus eternamente. Ora, não é justamente a Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que possuímos na Santa Comunhão?

b) DENTES DE LEITE

Escrevia em 1915 um missionário: Uma orfãzinha do Orfanato de Trichinopoli, que poderia ter dois palmos de altura, veio um dia suplicar-me que a admitisse à Primeira Comunhão.

– Que idade tens? perguntei-lhe.

– Ah! isso não sei.

Recolhida de lugar desconhecido, não pode saber quantos anos tem; nem as Irmãs o puderam descobrir.

– Mostra-me os dentes – disse.

Com um sorriso gracioso descobre a inocentinha duas filas de alvíssimos dentinhos.

– Oh! exclamei; os teus dentes de leite dizem-me que não tens nem sete anos. Portanto, este ano não farás a Primeira Comunhão.

Meu Deus! quem o acreditaria? tendo ouvido aquelas palavras, a menina, sem dizer a ninguém, corre ao quintal, toma uma pedra e, intrepidamente, faz saltar da boca todos os dentinhos. Depois, com a bocaensanguentada, mas com ar de triunfo, volta e diz-me:

– Padre, não tenho mais nem um dente de leite. Dai-me, oh! dai-me Jesus! Eu o quero muito bem!…

Chorando de comoção – diz o missionário – tomei-a em meus braços e segredei-lhe ao ouvido:

– Filha, amanhã te darei Jesus…

Sim, não podia deixar de atendê-la.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

PERIGOS DO MUNDO – A DANÇA

Resultado de imagem para dançaO que ela é do ponto de vista filosófico

Um prelado assim se exprime:

O Espírito Santo falou justo quando chamou à dança “uma vertigem, uma loucura”. Para apreciar bem essas pessoas que têm a paixão de rodopiarem e de fazerem momices compassadas, há só que as olhar tampando os ouvidos. Lord Byron compara os valsantes a “dois besouros enfiados no mesmo alfinete, em torno do qual giram, giram, giram”. Nunca, a não ser por motivos pouco definíveis, poderá a razão explicar-se que vantagem acha uma mulher sensata em fazer o exercício de uma enceradora de assoalhos, nos braços de um valsante que não é seu marido nem seu irmão.”

O que ela é do ponto de vista moral

Continua ele:

Sabereis, jovens, como proceder quando vós mesmas tiverdes filhas grandes a vigiar. Enquanto isso, deixai-me lembrar-vos a palavra de Job: “Os filhos dos homens gostam de saltar para se alegrarem ao som dos tamborins. E, enquanto se entregam aos transportes da sua alegria, descem ao inferno.” O texto original não diz precisamente “descer”, mas “escorregam e caem de repente”. De fato, embora não se cometa necessariamente um pecado mortal por dançar, o diabo que marca o compasso bem sabe aonde quer conduzir os dançarinos. Esses assoalhos encerados sobre os quais desliza facilmente são a imagem fiel do terreno perigoso em que a pessoa se acha.” Continuar lendo

A GRANDE OBRA DA MÃE

maeUma mulher da Ionia, mostrando um dia, com orgulho, os ricos tecidos que tinha bordado, viu que uma lacedemónia lhe mostrava seus quatro filhos todos bem educados, dizendo-lhe:— «Eis no que uma mulher sensata se ocupa; é aqui que ela põe toda a sua glória.» Haverá, por ventura, arte mais nobre que a da educação, diz S. Crisóstomo? Os pintores e os escultores apenas fazem estátuas inanimadas; mas o que educa bem uma criança, produz uma obra prima, que encantará os olhos de Deus e os dos homens.

A mulher, que assim o compreende, não consen­tirá em se desencarregar sobre outros, do cuidado de educar os seus filhos. A primeira educação deve ser efetivamente obra sua; ninguém pode substituir uma mãe, tratando-se de um filho de tenra idade. «Aos lábios duma mãe, que cobrem de carícias estas fontes tão puras, é que compete ensinar as primeiras lições de piedade, diz Mgr. Dupanloup; à mãe é que compete despertar no filho os primeiros clarões da inteligência, e o primeiro amor do bem, colocar nos seus lábios as primeiras palavras da fé e da virtude, e ensiná-los a olhar pela primeira vez para o Céu. É à mãe, numa palavra, que com­pete dotar o seu filho de uma alma cristã, como já o tinha dotado de um corpo humano».

*A própria mulher pobre, que é obrigada a deixar a família, para ir ganhar o pão cotidiano com um penoso trabalho, não se poderia desculpar, se dei­xasse de se ocupar dos seus filhinhos. Se habita nas cidades, conduza-os às creches, aos recolhimentos próprios, mas nunca os perca de vista! Quando os vir reunidos em volta do lar doméstico, trate de lhes incutir o amor e o respeito pelas coisas do Senhor, e reprima os seus defeitos nascentes. Se não houver meio de confiar a estabelecimentos caridosos o cui­dado de guardar seus filhos, por não os haver no local em que habita, mais adiante lhe diremos o que deva fazer; mas nada a pode dispensar de tomar cuidado na educação de seus filhos. Continuar lendo

PERIGOS DO MUNDO: AS OCASIÕES PERIGOSAS

Resultado de imagem para donzelaO que é a ocasião?

É uma pessoa, uma coisa, um lugar que podem levar-nos ao mal. O mundo é cheio delas, andais nele por entre as ciladas.

Tal pessoa é para vós uma tentação; para ela vos sentis atraída de maneira violenta e apaixonada. Alto lá!

Em tal casa sabeis que vossa virtude pode ser posta à prova; lá não vades! Alto lá!

Em tal reunião ouvistes várias vezes certos avisos da vossa consciência que vos dizia: Toma cuidado! Alto lá!

Tal leitura frívola ou profana vos perturba e sugere-vos mil pensamentos loucos, levianos, e vos lança em devaneios que não ousaríeis contar a vossa mãe: ao fogo com esse livro!

Imagens, quadros, estátuas podem ser para vós uma tentação: passai e não olheis!
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O FILHO ÚNICO E A FAMÍLIA NUMEROSA

Os esposos que reduzem o número de filhos, sob pretexto de melhor pertencerem-se um ao outro, pretexto e restrição baseados no egoísmo, cria um ambiente familiar susceptível de prejudicar, grandemente, o desabrochar das qualidades morais infantis.

Não se pode comparar a influência espiritual, da casa do filho único, com a do que vive no meio de numerosos irmãos. As condições necessárias, à formação do caráter, são desfavoráveis quando o educando é sozinho a aproveitar os benefícios da vida do lar. Facilmente, ele é levado a crer que tudo lhe é devido, pois, sempre recebe, sem jamais partilhar. Torna-se, exageradamente, mimado por seus pais, que não repartem com outros seus cuidados e suas ternuras.

É da mais alta importância que o ambiente onde evolui a criança, permita a eclosão das boas e das más inclinações, a fim de que, conhecidas desde os primeiros anos, elas possam ser, facilmente, orientadas ou reprimidas. Numa família onde os filhos são numerosos, os caracteres manifestam, desde cedo, suas secretas tendências e cada um acha-se na obrigação de adaptar-se, corrigindo ou dominando seus defeitos. Se não o faz de moto próprio, as reações dos irmãos infligem-se, por bem ou por mal, lições salutares. Continuar lendo

REMÉDIOS PARA AS TENTAÇÕES CONTRA A PUREZA

Resultado de imagem para tentaçãoOs Santos foram tentados e não se queixavam. Resistiam. Se, após algumas escaramuças, vos declarais fatigada, achando a luta dura demais e demasiado longa, é que nunca compreendestes esta palavra tão enérgica do apóstolo: “Na vossa luta contra o pecado ainda não resististes até o sangue!”

Sob a dentada das tentações, sabeis o que faziam os santos? Flagelavam-se, dilaceravam-se com cilícios e pontas de ferro, mergulhavam-se em tanques gelados, rolavam-se nos espinhos ou em carvões ardentes!

Eis aí, consoante a história, a que grau de heroísmo levavam eles a luta contra tentações terríveis. Deus não pede mortificações semelhantes. 

Pelo menos podeis reconhecer que o que Ele reclama da vossa fidelidade é bem pouca coisa em face de tais combates. Sucede, ainda, que esse pouco não se deve regateá-lo, e que o perigo aí está sempre para exigi-lo. Se importa não aumentá-loexagerando-o, também não se deve desconhecê-lo ao ponto de descurar os meios de vencê-lo.

O inimigo aí está; ronda incessantemente para empolgar a presa que ele cobiça. O esforço humano é insuficiente para triunfar dele sozinho, a vitória só de Deus pode vir.

Quais são, pois, nessa luta, os meios a que devereis recorrer e que, como auxílio divino sempre oferecido, assegurarão a derrota do inimigo?
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DEPLORÁVEL ILUSÃO

maeÉ um fenômeno da psicologia humana o exagero em questões afetiva. Tendo de amar seus filhos, não escapam as mães a esse fato. Ter uma bondade indulgente, paciente, inesgotável para com os filhos, é exigência de toda afeição verdadeira e profunda.

Mas a semelhança bondade não exclui a clarividência. Facilmente o amor materno converte a bondade em fraqueza, que desculpa o indesculpável e o prejudicial. Nem é raro ver-se uma mãe, num feroz egoísmo, sacrificar tudo e todos pelo filho.

Dizem as mães: somos assim porque queremos ver nossos filhos felizes. Poupamos a eles todo sofrimento e toda tristeza, porque terão tudo isso de sobra no correr da vida. Justamente isso é uma grande ilusão, leitora. Hoje querem as mães poupar os filhos pequenos padecimentos e diárias renúncias, para depois lhes multiplicarem os sofrimentos que fazem o quinhão da vida para todos.

Suprimindo as duras e pequeninas dolorosas realidades na vida infantil, formam um meio fictício e irreal para a criança. Ninguém aprova o jardineiro que, tendo de plantar uma árvore para ser sacudida pelas tempestades, a cria primeiramente dentro de uma estufa. Continuar lendo

AS TENTAÇÕES CONTRA A PUREZA

Se esta virtude é bela, é também particularmente atacada. O mundo e o demônio se aliam, mobilizando contra ela todas as suas potências e todas as suas seduções. 

… Vós jovem cristã, agarrai-vos à Cruz de Jesus e, quando vier a tentação, haurireis na Cruz a força para resistir e a coragem para a vencer. Porque tereis de lutar! a tentação ai está que vos espreita e vos espera. Sobre esse assunto tão delicado, universalmente prático e ao mesmo tempo tão grave, precisais de idéias bem claras. 

Nessas horas críticas produz-se, geralmente, um emaranhado de pensamentos, de desejos, de lutas, de êxitos, de desfalecimentos, em que os sentidos, a imaginação, o coração, a vontade intervêm alternativamente; nesse labirinto aparentemente inextricável de atividades interiores convergentes ou opostas, muitos não sabem como se orientar, como se julgar, como conservar ou retomar a serenidade interior.

Em lendo estas linhas, e mais tarde quando a tentação vier agitar-vos, pairai pois acima desse campo de batalha íntimo; vereis melhor o papel que nele desempenha a vontade, e o que deve ser posto à conta da consciência nesses múltiplos assaltos.

a) Não vos admireis das tentações.

Raras são as almas que escapam a essa humilhante tortura; é como que uma inexóral necessidade. Coisa curiosa; temos vergonha de confessar essas misérias; imaginamos que os outros nunca tiveram de sentir essas dentadas dolorosas, e que basta sermos assaltado por uma tentação para ficarmos manchado!  Continuar lendo

CUIDADOS ESPIRITUAIS – O BATISMO

abcSegundo o testemunho de S. Francisco de Sales, Santa Mônica, durante a sua gravidez, oferecia a Deus cem vezes por dia, seu filho Santo Agosti­nho.— Depois que aprouve ao Céu fecundar o seu casamento, M.rae de Boisy, mãe de S. Francisco de Sales, gostava de ir muitas vezes, perante os alta­res, dar expansão à sua alma reconhecida. 

— M.me Acarie consagrou os seus filhos a Deus, antes mesmo de nascerem, e sua segunda filha declarou que devia a essa consagração, que tinha precedido o seu nas­cimento, a inclinação que sentiu para a vida religiosa, desde a sua primeira infância. Durante o período da gravidez, a mãe de S. Bernardo aproximava-se fre­qüentemente da sagrada mesa afim de que Jesus Cristo, descendo muitas vezes para ela aí colocasse um gérmen de salvação, para a criança que havia de vir ao mundo. Devemos dizer, de passagem, que se uma mulher previsse que, sendo mãe, corria perigo de morte, seria obrigada, sob pena de pecado mortal a confessar-se de todas as faltas cometidas, e tam­bém a comungar. Além disso, toda a mãe que tem fé, esforça-se por meio da oração, pela freqüência dos sacramentos, e por uma vida santa, a atrair sobre o fruto, que traz no seio, a graça do batismo, sem cuja recepção o Céu está fechado às nossas almas.

Todos nós nascemos efetivamente, manchados pelo pecado original, privados da amizade de Deus, e indignos de O possuir na glória; é um ponto in­contestável da nossa fé. Para lavar em nós a man­cha impressa pela desobediência de Adão, para adquirir a vida da graça, e o direito à posse de Deus, é absolutamente necessário o batismo. Ninguém — diz a Verdade eterna — pode entrar no reino de Deus, se não for regenerado pela água do batismo, e pela virtude do Espírito Santo. Continuar lendo

COMO EDUCAR A CRIANÇA PREGUIÇOSA – PARTE 2

Lentidão

1 – Se há crianças (e adultos…) que remancham propositadamente, há também as que são naturalmente lentas. Às vezes, em tudo; outras, só nas atividades físicas, pois são vivazes e rápidas nas mentais.

– Pais e mestres (mal aparelhados) se irritam com elas e lhe dificultam a vida com exigências, prazos marcados para o término das tarefas, comparações odiosas com irmãos ou colegas rápidos, complexando as que assim procedem sem culpa.

– Quando, além disto, os pais são vaidosos, ai dos filhos lentos! Enquanto uns medíocres de inteligência, mas vivazes, são elogiados como “brilhantes” e “de futuro”, outros, na verdade mais inteligentes, refletidos, e realmente de futuro (como os fatos mostrarão) são postergados ou mesmo injuriados. O menos que lhes chamam é de lesmas…

2 – Se a lentidão é propositada, enquadrar-se-á nas causas já expostas, e receberá o tratamento indicado. Se é natural, pouco conseguirão os pais que desejarem quantidade, mas conseguirão os pais que desejarem qualidade. Dou a dois datilógrafos o mesmo trabalho: o primeiro o faz em 40 minutos, cheio de imperfeições que obrigam a reescrevê-lo; o outro gasta uma hora, e o serviço é irrepreensível. Qual é o lento? Qual o preferível? Claro que o ideal será o rápido e perfeito; mas é também muito mais raro… Continuar lendo

COMO EDUCAR A CRIANÇA PREGUIÇOSA – PARTE 1

Agir é necessidade biológica da criança. Corpo e mente não se lhe desenvolvem sem movimento. Sua vitalidade é sinônimo de atividade, se é criança normal. Sendo exuberante chega a parecer-nos excessiva sua movimentação.

O trabalho é natural e agradável a todo homem sadio, especialmente à criança sadia. A ociosidade lhe é insuportável. Para a criança não há maior castigo que a imobilidade.

O trabalho é necessário em todos os domínios – físico, intelectual ou moral – sem falarmos da luta pela subsistência. A própria é vida é incessante atividade: no corpo, a respiração, a circulação do sangue e a digestão, sem as quais morreremos; na mente, sentir, comparar e julgar.

O que torna os homens infelizes é a fadiga excessiva, a ausência de êxito, a falta de correspondência entre o esforço e o indispensável à vida, a obrigação de realizar tarefas por que não sentimos gosto, a impossibilidade de realizar o que nos agrada, a associação da obra a idéias odiosas. Só por isto o vulgo execra o trabalho e faz do ócio um ideal… Mas o trabalho em si é fonte de alegria, pois realiza o homem, que, como diz Jó, “foi feito para trabalhar como a ave para voar” (5,7). Continuar lendo

COMO EDUCAR A CRIANÇA ORGULHOSA?

orguEssa criança constantemente preocupada em mostrar as suas qualidades, inclinada a exagerar o seu valor e a fingi-lo quando não existe, a chamar atenções sobre si, sempre disposta a aparecer e ser notada, e que chega a tomar atitudes singulares no andar, na fala, nos gestos, é, sem dúvida alguma, uma criança orgulhosa.

Seu grande cuidado é impor-se à consideração alheia, salientar-se onde se encontre, estadear suas “altas qualidades”, da inteligência privilegiada aos cabelos bem penteados, da bonita voz aos vestidos, dos “variados” conhecimentos às habilidades esportivas.

Seu orgulho pode tomar variadas formas, mas ao termo refere tudo a si, e a si o atribui consciente ou inconscientemente, merecida ou imerecidamente. Na sua sede e louvor, louva-se quando ninguém a louva; e até de defeitos se gaba, quando já não há qualidade e virtudes a realçar.

Outras vezes, conforme as circunstâncias, finge qualidades que não têm, jacta-se do que não fez, excede-se nas medidas e nos modos, sem perceber o descrédito a que se lança, e o ridículo que se avizinha.

Ainda bem quando, para engrandecer-se, não desmerece a outrem nem o despreza. Continuar lendo