TOMADA DE BATINA NO SEMINÁRIO NOSSA SENHORA CORREDENTORA, EM LA REJA (ARG) – 2025

Na segunda-feira, 15 de setembro de 2025, Festa das Sete Dores da Bem-Aventurada Virgem Maria, 12 seminaristas do Ano da Espiritualidade receberam suas batinas.

Ingressando no seminário de La Reja em março passado, após completarem o Ano de Humanidade, receberam-nas abençoadas pelo Padre Jean de Lassus Saint Genies, Reitor do Seminário, durante a Missa solene na Igreja do Imaculado Coração de Maria.

Os candidatos são provenientes da Argentina (3), Brasil (1), Colômbia (1), México (4), Austrália (1), Gabão (1) e Nigéria (1).

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 2 Bispos
  • 707 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos Priorados e em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

 

SERMÃO PELA FESTA DE SÃO PIO X – PELO PE. OLIVIERI TOTI, FSSPX

Oração a São Pio X pela Igreja - Quem reza se salva

São Pio X – Patrono da Fraternidade

Proferido na Missa do domingo, 07/09 (09:00h), no Priorado Padre Anchieta, em São Paulo/SP.

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In festo Sancti Pii Decimi, Papae et Confessoris[1]

Patroni principalis Fraternitatis Sacerdotalis Sancti Pii X

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Amadíssimos irmãos,

Antes de tudo, gostaria de agradecer ao Padre Prior por me haver dado a honra de celebrar neste ano a solenidade do Patrono da nossa Fraternidade, o grande Papa São Pio X! Além disso, festejamos os vinte anos de fundação do nosso Priorado de São Paulo. Portanto, hoje, queridos amigos, é verdadeiramente um dia de ação de graças! Todavia, se temos muitos motivos para comemorar, caríssimos irmãos, temo-los também não poucos para nos preocupar.

Vivemos uma grande crise, que foi declarada, assinalada e até vislumbrada em seu desenvolvimento futuro por São Pio X. Podemos dizer que ele morreu de tristeza diante dos acontecimentos que se aproximavam. Não se tratava apenas da Primeira Guerra Mundial. O que ele via era algo ainda maior: toda essa sombra que adentrou a Igreja.

Sim, vivemos em densas trevas, mas o olhar cristão, quanto mais sombras enxerga, mais descobre nelas os sinais da Divina Providência. São tempos de grandes graças, pois o céu jamais permitiria uma crise tão profunda em sua Igreja sem preparar, digamos assim, “uma revanche”. São Pio X previu essa crise, e em seu pontificado, em sua pessoa, em suas ações, manifestam-se claramente dois princípios em combate: o modernismo, que ele condena, e o Papado, que ele representa. Esses são os dois princípios em confronto; combate terrível, que ainda hoje vivemos em episódios dramáticos. Continuar lendo

SERMÃO HISTÓRICO DO PE. PAGLIARANI NA PEREGRINAÇÃO DA FSSPX A ROMA, PELO ANO JUBILAR

O Superior Geral da FSSPX, D. Davide Pagliarani, proferiu um sermão no Colle Oppio, composto por cinco partes, cada uma em um idioma diferente: francês, inglês, alemão, espanhol e italiano. O texto aqui apresentado contém a tradução completa.

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Excelências Reverendíssimas, caríssimos confrades, caras irmãs, caros fiéis,

Que graça estar aqui hoje, e que alegria para todos nós!

Inicialmente, devo agradecer particularmente a todos aqueles que colaboraram, de um modo ou de outro, com a organização desta peregrinação. Não posso agradecê-los todos, mas ninguém será esquecido na Missa, tanto os leigos quanto os padres.

Também devo agradecer as famílias, que vieram de longe com crianças pequenas, por sua coragem. Deus não vai esquecê-los. Há uma graça especial ligada ao jubileu que vai marcar vossos filhos para sempre.

Roma, cidade dos mártires!

Por que nossa presença em Roma hoje é particularmente importante? Por qual razão?

Roma é, antes de tudo, a cidade dos mártires. Continuar lendo

CISMÁTICOS E HEREGES? PELO PE. JEAN MICHEL GLEIZE, FSSPX – PARTE 2/2

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Para acessar a Parte 1, CLIQUE AQUI

Tradivacantismo?

I – Da obediência bem compreendida

1. A obediência — fosse ela devida ao Vigário de Cristo — é uma virtude moral, parte da justiça, e, como tal, situa-se em um justo meio (14). Com efeito, a virtude moral está no princípio de uma ação propriamente humana, realizada de acordo com toda a perfeição exigida, perfeição de um ser dotado de razão – e sabemos que “a razão perfeita foge de todos os extremos”. A obediência ocupa, portanto, o equilíbrio, diz o Aquinate, “entre o excesso e a falta”. Seu objeto é nada mais nada menos do que o preceito (ou mandamento) legítimo de um superior humano(15). Esse preceito exige a obediência como algo que lhe é devido – e a obediência cumpre, a partir de então, uma obra de justiça – na medida exata em que é legítimo, ou seja, na medida exata em que é a expressão do governo de Deus, que governa as criaturas inferiores não imediatamente por Si mesmo, mas por intermédio das criaturas superiores(16). Assim que o preceito deixa de ser a expressão exata desse governo divino, a obediência cessa, por falta de objeto. Exigir ou impor a submissão da vontade a tal preceito constituiria, então, uma atitude viciosa, oposta, por excesso, ao bem da verdadeira obediência.

2. A obediência bem compreendida, a obediência virtuosa, exclui, portanto, por si mesma, como escreve o Pe. Hilaire Vernier(17), “a submissão aos abusos de poder”, ainda que proviessem da hierarquia eclesiástica. Abusos de poder que, como explica Santo Tomás, podem ocorrer de duas maneiras(18). Primeiro, quando o preceito de um superior humano contradiz um preceito de um superior de ordem mais elevada, por exemplo, quando o comando do homem contradiz o de Deus: assim, não há obediência possível em relação a um governo que legitimasse atos contrários à lei divina natural do Decálogo, por exemplo, a eutanásia ou o aborto. Segundo, quando o preceito do superior humano aborda um domínio que não lhe pertence, pois atentaria à esfera privada e a autonomia física ou moral do indivíduo: assim, não há obediência possível em relação a um governo que pretendesse impor às famílias um limite de nascimentos a um número específico de filhos, ou o controle de sua vida privada pela instalação de câmeras em suas casas (incluindo nos banheiros). Aqui, Santo Tomás recorre, com Sêneca, à autoridade do senso comum: “Errat si quis existimat servitutem in totum hominem descendere – Seria um erro querer fazer com que o peso de sua autoridade recaísse sobre o homem todo”, sobre todos os domínios e todas as áreas da vida do indivíduo. Continuar lendo

CISMÁTICOS E HEREGES? PELO PE. JEAN MICHEL GLEIZE, FSSPX – PARTE 1/2

Surpreendente efeito colateral da Traditionis Custodes: alguns continuístas brasileiros o site Claves, da Fraternidade São Pedro, parece estar tomado por um novo zelo antilefebvrista. Sob risco de “tradivacantismo”?

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Cismáticos e hereges? Uma acusação contra a Fraternidade São Pio X

I – Atestado de procedência

1. A certidão de nascimento da Fraternidade São Pedro – e, de modo geral, das comunidades do chamado “movimento tradicional”– está registrada no Motu Proprio Ecclesia Dei afflicta,de 2 de julho de 1988, que declara o cisma de D. Lefebvre e o condena por ter criado “uma noção incompleta e contraditória da Tradição”(1), por ter se recusado a reconhecer “a continuidade do Concílio Vaticano II com a Tradição”(2). Logo, as ditas comunidades estão congenitamente destinadas a denunciar o mesmo suposto cisma e a condenar a mesma noção supostamente incompleta e contraditória da Tradição. Elas estão destinadas a isso de forma inerente, em razão de sua própria fundação, sob pena de deixarem de ser o que são, e enquanto se reivindicarem como resultado das medidas tomadas por João Paulo II no Motu Proprio que lhes deu o nome. Outrossim, também estão destinadas, de forma igualmente inerente, a “evidenciar a continuidade do Concílio com a Tradição”(3).

II – Um predeterminismo teológico?

2. Portanto, não é de se surpreender que, nesses últimos tempos, o site “Claves” da Fraternidade São Pedro tenha se empenhado em denunciar uma suposta falta de eclesialidade na Fraternidade São Pio X. Nos últimos tempos, ou seja, há quase três anos, após a publicação do Motu Próprio Traditionis custodes. A manutenção dos privilégios concedidos por João Paulo II exigiria um renovado protesto de não-lefebvrismo? De qualquer forma, vemos que o Pe. de Blignières se esforçou para demonstrar que o episcopado dos bispos da Fraternidade não era católico, insistindo na acusação de cisma(4). E eis que, no verão passado(5), o Pe. Hilaire Vernier, da Fraternidade São Pedro, pretende denunciar, por sua vez, “o impasse do sedevacantismo”, com uma crítica implícita dirigida à Fraternidade São Pio X. A conclusão do artigo assume a franca aparência de um clichê: a atitude de Dom Lefebvre e seus sucessores, implicitamente estigmatizada como um “sedevacantismo oculto, teórico ou prático”,levaria, inevitavelmente, a “um verdadeiro eclesiovacantismo”. De fato, “não é apenas a sé de Pedro que estaria vaga há mais de 50 anos, mas é a Igreja Católica que teria deixado de ser o que essencialmente é desde sua fundação!” Um clichê, no sentido de que a violência exagerada da expressão mal esconde a inconsistência dos argumentos que pretendem sustentá-la. Antes de avaliar sua consistência, comecemos – e esse será o objetivo do presente artigo – examinando os argumentos por si mesmos. Continuar lendo

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

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Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que já postamos sobre o Santo:

SAGRAÇÕES EPISCOPAIS NA FSSPX? APRENDENDO COM O PASSADO

Com as especulações atuais sobre se, e quando, a FSSPX irá sagrar novos bispos, todos podemos concordar em uma coisa: são necessárias.

Fonte: Rorate Caeli – Tradução: Dominus Est

Uma característica extraordinária da história da Fraternidade São Pio X é que, sempre que há algum contato com Roma, um grupo de padres e leigos nas capelas se revolta e a abandona. Ofendidinhos, eles fogem irritados e acusam os que ficaram de “trair” o legado de D. Lefebvre. Todos os grandes acontecimentos na Fraternidade nos últimos 50 anos são, em certo grau, resultado de conflitos internos, seguidos pelo êxodo. 

As sagrações episcopais em junho de 1988 foram um choque terrível para muitas pessoas que, até então, alegremente apoiavam a Fraternidade. Para aqueles que gostavam da solenidade, as sagrações foram choque brutal com a realidade. Nossa pequena congregação em uma igreja anglicana abandonada em Bath, no Reino Unido, viu-se subitamente reduzida pela metade. Ao observar os remanescentes no primeiro domingo de julho de 1988, com muitos rostos familiares desaparecidos e que nunca mais seriam vistos, foi minha mãe quem me sussurrou de sua cadeira de rodas: “os que ficaram tomaram posição”. De repente, o Vaticano empunhou suas enferrujadas espadas de penalidades eclesiásticas, incluindo a excomunhão latae sententiae. Quem em sã consciência não correria para se proteger? A última excomunhão no Reino Unido havia sido em 1907.

Para os padres e leigos ligados à FSSPX, esses foram tempos assustadores, pois foram acusados ​​de heresia e cisma. Muitos bispos, abades e clérigos que, até o momento, haviam apoiado publicamente o Arcebispo, sumiram de cena ou se tornaram abertamente hostis. No fim das contas, pode-se argumentar que Deus permitiu esses eventos para afastar os obstáculos da Fraternidade. Dito de outro modo, todos aqueles que pensavam que poderiam ter as aparências da tradição católica e, ao mesmo tempo, a aprovação de Roma, foram enganados. O que restou foi um grupo mais enxuto, preparado e perseguido; fortificado para enfrentar o avanço da crise na Igreja Católica – embora, olhando para nossa própria congregação em Bath, poucos de nós estávamos preparados! Continuar lendo

22 DE AGOSTO – IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

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Ladainha ao Imaculado Coração de Maria

Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós

Cristo, olhai-nos.
Cristo, escutai-nos

Deus Pai celestial, Tem misericórdia de nós.
Deus Filho Redentor do mundo, Tem misericórdia de nós.
Deus Espírito Santo, Tem misericórdia de nós.
Santa Trindade, um só Deus, Tem misericórdia de nós.

Santa Maria, Coração Imaculado de Maria, rogai por nós
Coração de Maria, cheio de graça, rogai por nós
Coração de Maria, vaso do amor mais puro, rogai por nós
Coração de Maria, consagrado íntegro a Deus, rogai por nós
Coração de Maria, preservado de todo pecado, rogai por nós
Coração de Maria, morada da Santíssima Trindade, rogai por nós
Coração de Maria, delícia do Pai na Criação, rogai por nós
Coração de Maria, instrumento do Filho na Redenção, rogai por nós
Coração de Maria, a esposa do Espírito Santo, rogai por nós
Coração de Maria, abismo e prodígio de humildade, rogai por nós
Coração de Maria, medianeiro de todas as graças, rogai por nós
Coração de Maria, batendo em uníssono com o Coração de Jesus, rogai por nós
Coração de Maria, gozando sempre da visão beatífica, rogai por nós
Coração de Maria, holocausto do amor divino, rogai por nós
Coração de Maria, advogado ante a justiça divina, rogai por nós
Coração de Maria, transpassado por uma espada, rogai por nós
Coração de Maria, Coroado de espinhos por nossos pecados, rogai por nós
Coração de Maria, agonizando na paixão de teu Filho, rogai por nós
Coração de Maria, exultando na Ressurreição de teu Filho, rogai por nós
Coração de Maria, triunfando eternamente com Jesus, rogai por nós
Coração de Maria, fortaleza dos cristãos, rogai por nós
Coração de Maria, refúgio dos perseguidos, rogai por nós
Coração de Maria, esperança dos pecadores, rogai por nós
Coração de Maria, consolo dos moribundos, rogai por nós
Coração de Maria, alívio dos que sofrem, rogai por nós
Coração de Maria, laço de união com Cristo, rogai por nós
Coração de Maria, caminho seguro ao Céu, rogai por nós
Coração de Maria, prenda de paz e santidade, rogai por nós
Coração de Maria, vencedora das heresias, rogai por nós
Coração de Maria, da Rainha dos Céus e Terra, rogai por nós
Coração de Maria, da Mãe de Deus e da Igreja, rogai por nós
Coração de Maria, que por fim triunfarás, rogai por nós
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, Perdoai-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, Escutai-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, Tem misericórdia de nós.

Rogai por nós Santa Mãe de Deus
R. Para que sejamos dignos de alcançar as promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo

Oremos:
Vós que nos tens preparado no Coração Imaculado de Maria uma digna morada de teu Filho Jesus Cristo, concedei-nos a graça de viver sempre conforme a sua vontade e de cumprir seus desejos.
Por Cristo teu Filho, Nosso Senhor. Amém

PEREGRINAÇÃO DA FSSPX A ROMA PELO ANO JUBILAR – IMAGENS DO PRIMEIRO E SEGUNDO DIAS

DIA 19 – TERÇA FEIRA

Procissão da Santa Cruz de Jerusalém até Santa Maria Maior. 

De 19 a 21 de agosto, 7.200 peregrinos de 44 países diferentes participam da Peregrinação da FSSPX a Roma durante este Ano Santo. Entre eles, 680 padres, religiosos e religiosas. Um acampamento foi instalado perto de Roma, acolhendo mais de 700 peregrinos.

A procissão da terça-feira conduziu os peregrinos de Santa Cruz de Jerusalém até Santa Maria Maior, onde passaram pela Porta Santa. À frente da procissão, estava a cruz processional, carregada por Sua Excelência D. Bernard Fellay, que presidiu a procissão desse dia, ao final da qual foram recitadas as orações jubilares.

Para acessar as fotos do primeiro dia CLIQUE AQUI.

CINQUENTA ANOS ATRÁS….

…D. Lefebvre em Roma para o Jubileu do Ano Santo de 1975

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DIA 20 – QUARTA FEIRA

Missa Solene no Parque Colle Oppio (Roma)

Procissão solene até a Basílica de São João de Latrão


Veja as fotos do segundo dia CLICANDO AQUI.

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – AGOSTO/25

Imagens de Jesus sacred heart sem royalties | Depositphotos

Caros fiéis,

Segundo a expressão de Santo Agostinho, o mundo após o pecado original era “uma massa condenada” sob o domínio do demônio. Esse império das trevas recebeu o golpe fatal com o triunfo de Nosso Senhor na Cruz. No entanto, a guerra não havia terminado. O triunfo final da Igreja é certo, assim como a derrota de Satanás no fim do mundo. Enquanto isso, a batalha continua. O Batismo arranca almas do demônio, que tenta reconquistá-las. E, como soldados no campo de batalha, os padres que dão a absolvição recuperam para Deus o terreno das almas cedidas, por um tempo, ao demônio por nossa covardia. Consequentemente, o inimigo da humanidade dedica um ódio particular ao padre e ao sacramento da Confissão. Nos Estados Unidos, na Austrália, na França e em outros países, o sacramento da Penitência é atacado. Isso não deve nos surpreender. O ângulo de ataque é o segredo da Confissão. O argumento é simples: o segredo da confissão protege os criminosos.

Tudo isso não passa de um pretexto. Compreende-se bem que ninguém se confessaria, especialmente os criminosos, se o padre não fosse obrigado a guardar segredo. Muitas vezes, o confessionário é o único lugar onde podemos nos aliviar de segredos pesados e receber conselhos e encorajamentos adequados às situações pessoais. O culpado encontra a oportunidade de tomar consciência e corrigir-se. A vítima encontra apoio e força para falar . A salvação das almas continua a ser a prioridade da Igreja, que, logicamente, obriga o padre ao sigilo sob pena de excomunhão. Isso não agrada ao demônio, que gostaria de ver os pecadores afastados da absolvição. Santo Cura d’Ars foi o pesadelo do demônio. Deus lhe deu o dom de conduzir as almas; ele inspirava o gosto, quase a fome da confissão: lia nas consciências, dizendo a cada uma a verdade, e aconselhava com algumas palavras luminosas e sábias. Levantava-se à meia-noite e ia para a igreja uma hora depois; confessava aqueles que o esperavam; depois da missa, recomeçava até a hora do catecismo, que acontecia antes do meio-dia. Por volta da uma da tarde, ele estava novamente na igreja para confessar até a hora da oração da tarde. Passou de dezesseis a vinte horas por dia no confessionário durante mais de trinta anos. Este santo bem conhecido nos permite apresentar outro que foi canonizado no mesmo dia pelo Papa Pio XI, há um século, em 31 de maio de 1925. Continuar lendo

O “SUBSISTIT IN” E A NOVA CONCEPÇÃO DE IGREJA

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

“A questão da Igreja e de sua constituição, as novas abordagens e perspectivas que o Concílio Vaticano II traz sobre a Igreja estão no centro de um debate teológico que nos leva a questionar a ortodoxia de vários de seus textos. Não se pode deixar de estudá-los se se quer compreender as questões de um debate cinquentenário, que não deve se perder nas falsas pistas de uma correta ou má recepção dos textos, que, na verdade, estariam em conformidade com a doutrina da Igreja Católica, de uma correta ou má interpretação ou hermenêutica desses mesmos textos, moldadas conforme as intenções de ruptura, que iriam além daquelas do magistério conciliar. O pressuposto de que os textos são necessariamente isentos de erros esterilizaria qualquer exame teológico sério.”

Assim, a novidade que a expressão “subsistit in” – que associa a Igreja de Cristo subsistindo na Igreja Católica – constitui para todos pode ser qualificada como estratégica. Ela é estratégica do ponto de vista do novo ecumenismo implementado e propagado pelos Papas conciliares e pós-conciliares.

Recordemos que o ecumenismo moderno busca em todas as religiões cristãs o menor denominador comum, a fim de recuperar a unidade perdida. Isso sempre foi condenado, até 1949, por Pio XII [1]. O ecumenismo, no sentido católico, busca renegar as comunidades cristãs dissidentes para integrar a única Igreja de Cristo, que é a Igreja Católica, única arca e fonte de salvação. Quanto ao diálogo inter-religioso, nascido do movimento e extensão do ecumenismo moderno, busca, por meio do debate aberto entre representantes de religiões não cristãs, promover a paz e o intercâmbio sobre os valores éticos, excluindo qualquer proselitismo [2]. Continuar lendo

15 DE AGOSTO: RECORDAÇÃO DO MILAGRE DO PAPA PIO VII

É pouco conhecido mas, em 15 de agosto também se recorda o chamado “milagre do Papa Pio VII Chiaramonti”.

Fonte: Scuola Ecclesia Mater – Tradução: Dominus Est

Milagre de Pio VII, Museu Britânico, Londres

De fato, neste dia, em 1811, enquanto era celebrada a Santa Missa, o Papa, então prisioneiro de Napoleão, foi sequestrado em êxtase e começou a levitar, de uma forma não muito diferente do que aconteceu com São José de Copertino. Isso demonstrava o profundo espírito de oração e contemplação daquele santo pontífice, que se formou no mais genuíno espírito beneditino. Não por acaso ele tinha sido abade da Abadia romana de São Paulo Fora dos Muros: uma posição que, em um passado distante, havia sido ocupada por São Gregório VII.

Jacques-Louis David, Pio VII e o cardeal Giovanni Battista Caprara Montecuccoli. Estudo para a Coroação de Napoleão, 1811 – Pio VII defendeu os Estados Papais contra os ataques de Napoleão

O episódio da levitação do Papa Chiaramonti suscitou grande admiração e espanto mesmo entre os vários soldados franceses que o vigiavam e que se viram testemunhas involuntárias do acontecimento.

15 DE AGOSTO – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

assum

Para ler a Meditação de Santo Afonso para essa data, clique aqui.

Para ler e ouvir um Sermão de D. Lefebvre, de 1990, sobre a Festa da Assunção, clique aqui.

Para ler e ouvir um Sermão de D. Lefebvre, de 1975, sobre a Festa da Assunção, clique aqui.

Para ler um Sermão de São Tomás de Villanueva sobre a Festa, clique aqui.

Para ler a belíssima Encíclica MUNIFICENTISSIMUS DEUS, de Pio XII, que define o Dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu em Corpo e Alma, clique aqui.

Abaixo colocamos o momento da proclamação do dogma pelo Papa Pio XII

ESPECIAIS DO BLOG: ALGUMAS RESPOSTAS A ARGUMENTOS CONSERVADORES, PELO PE. JEAN-MICHEL GLEIZE, FSSPX

Obediência

Fonte: Courrier de Rome nº 679 – Tradução: Dominus Est

Nota do Blog: O Pe. Gleize, um dos principais teólogos da FSSPX, está há mais de um ano em franco debate na França com os Institutos Ecclesia Dei, e os textos desse debate têm sido publicados no jornal Courrier de Rome. Essa série de três textos que publicamos é uma (dentre várias) dessas intervenções. Embora praticamente inexista a Fraternidade São Pedro aqui no Brasil, os argumentos lá usados contra a FSSPX são bem parecidos com os que conservadores/continuístas usam por aqui, por isso reaproveitamo-nos:

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Um outro excelente texto sobre Tradicionalismo x Conservadorismo, escrito por Dado Juán Calderón, pode ser lido CLICANDO AQUI.

Um outro, do Pe. Etienne de Blois, FSSPX, com o título Conservador = Corruptor pode ser lido CLICANDO AQUI.

UMA TRIPLA E ESPANTOSA CONFUSÃO

Obediência

Fonte: Courrier de Rome nº 679 – Tradução: Dominus Est

Pelo Pe. Jean-Michel -Gleize, FSSPX

Esse texto é continuação do: A FRATERNIDADE SÃO PIO X: SOB ARTILHARIA DE SEIS OBJEÇÕES

1. Observemos também, como que para concluir, que a leitura que o Padre Vernier faz de nossa tese é surpreendente. Pois em pelo menos três pontos a avaliação que ele faz é, se não uma extrapolação, pelo menos um mal-entendido difícil de entender.

Negar a indefectibilidade da Igreja?

2. O mais importante e o mais grave desses mal-entendidos consiste em nos imputar a negação prática da indefectibilidade da Igreja. Ao descrever qual seria a posição da FSSPX como a apresentaríamos, o Padre Vernier escreve: “Se o dogma da indefectibilidade da Igreja e suas implicações necessárias permanecem sempre teoricamente válidos, mesmo em tempos de crise provocada pela hierarquia, algumas de suas implicações práticas podem deixar de ser aplicadas em virtude da prudência. De fato, para o nosso autor, como essas implicações não parecem absolutamente necessárias, ele admite que a posição da FSSPX difere apenas prudencialmente do alegado sedevacantismo oculto”.

3. No entanto, essa citação é dada na nota 5 de nosso artigo na edição de abril de 2024 do Courrier de Rome, onde escrevemos exatamente o seguinte: “O zelo do Padre Vernier, sem dúvida, tem algo de cavalheiresco, e o ardor com que ele se propõe a destruir qualquer coisa que possa parecer lançar dúvidas e pôr em perigo o dogma da indefectibilidade da Igreja, bem como sua visibilidade, teria, em outras circunstâncias, merecido aprovação irrestrita. Infelizmente, esse zelo e esse ardor são claramente desproporcionais às circunstâncias da crise que ainda assola, e se agrava cada vez mais, dentro da santa Igreja”. Continuar lendo

MUNDO, MUNDO…

Gustavo Corção – Conservador ardente | Pro Roma Mariana

Gustavo Corção

Entre os belos Cantos Eucarísticos do grande poeta místico que foi Santo Tomás de Aquino, vêm-nos à memória estes versos.

Solum expertus potest scire

quid sit Jesum diligere

Traduzimos, sem sabermos traduzir o sabor original: “Somente aqueles que o experimentaram podem saber o que seja o amor de Jesus”. Ou, “somente os que por experiência sabem…”.

Todos os mestres místicos ensinaram que a contemplação infusa é uma “quase experiência de Deus”. Por que “quase”? Este termo parece restritivo, e portanto impróprio para definir a mais alta de todas as aventuras da alma humana, a subida do Carmelo ou do Calvário, nas pegadas de um Deus que por nós se deixou crucificar. É por isso mesmo, aliás, que nunca poderemos encontrar termos próprios para exprimir a sobrenatural aventura. A linguagem dos místicos é inevitavelmente hiperbólica, antitética e metafórica; e é aqui, mais do que na poesia, que se aplica o que disse Rimbaud: que tentava dizer o indizível.

No caso em questão, Santo Tomás ousa empregar o termo “experimentar” quando canta, mas seus discípulos, quando tentam explicar o canto de maior linguagem especulativa, recuam diante do termo que traz sobre si uma pesada carga de conotações empíricas e carnais. E até ensinam que na subida do Caminho da perfeição o desejo de experiências sensíveis, sejam elas embora feitas do mais piedoso afeto, constituem pedras de tropeço, e até às vezes atrasos e retrocessos, porque nelas a alma se demora e se compraz no sabor e nas consolações de tal afeto. Ora, não foi este o exemplo que Jesus nos deixou na subida do Calvário. A subida mística só se fará se deixarmos para trás o lastro de terra e de carne, e se, corajosamente, aceitarmos a purificação da noite dos sentidos. Daí se explica a reserva dos mestres quando falam mais na pauta especulativa do que naquela da “experiência” ou “superexperiência” vivida na união com Deus.

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Mas agora, caído em mim de tais alturas que tanto desejara ter alcançado, e das quais só ouso falar com ciência de empréstimo e de desejo, imagino o leitor a interpelar-me: — A que vêm todas essas considerações em torno da experiência mística, e dos cantos eucarísticos de Santo Tomás, quando falávamos da agonia da Espanha, e esperávamos comentários das efervescências nacionais em torno da denúncia em boa hora levantada por Dom Sigaud sobre a infiltração comunista na CNBB? Continuar lendo

CARDEAL JOHN NEWMAN, DOUTOR DA IGREJA?

Fonte: La Porte Latine – Tradução : Dominus Est

Pelo Padre Jean-Michel Gleize, FSSPX

1. “É necessário guardar não somente o que nos foi transmitido nas Sagradas Escrituras, mas também as explicações dos santos doutores que as conservaram intactas para nós” Assim fala Santo Tomás de Aquino, ele mesmo qualificado, posteriormente, como “Doutor Comum da Igreja”[1]. Tal reflexão não é letra morta, se considerarmos que as obras do doutor angélico comportam cerca de 8000 citações dos “santos doutores”.

2. O termo “doutor” pode ser compreendido em sentido lato e impróprio, designando o teólogo tomado enquanto tal. O mesmo termo também pode ser entendido em sentido estrito e próprio e é um título dado “oficialmente pela hierarquia da Igreja[2] aos escritores eclesiásticos notáveis pela santidade de vida, pela pureza da ortodoxia e pela qualidade da ciência”[3]. Melchior Cano[4] mostra no que os doutores se distinguem dos Padres da Igreja, título este que é reservado a pessoas que viveram nos primeiros séculos[5]: os Padres dos primeiros séculos não são todos doutores, e nem os doutores são todos Padres do primeiro século. De fato, os doutores constituem, junto com os Padres, duas espécies diferentes de testemunho sobre os quais o Magistério da Igreja tem a possibilidade de se apoiar para indicar o sentido autêntico da doutrina divinamente relevada nas Escrituras. Tanto entre os Padres como entre os doutores (é o ponto comum que faz de ambos testemunhas autorizadas) é necessária a ortodoxia, ou seja, a conformidade perfeita de seus ensinamentos com o depósito revelado. A diferença é que nos Padres é necessária a antiguidade, enquanto nos doutores é necessária a erudição; ou seja, uma ciência eminente a qual pode ser apontada extensamente em razão da extensão de seus escritos, ou em razão da sua intensidade, ou em razão da profundidade de seu gênio. A auréola dos Doutores, diz Santo Tomás, é a recompensa de sua ciência, ou seja, o fruto da vitória que eles recebem ao expulsar o diabo das inteligências[6]. Outra diferença: o título de Doutor é objeto de uma atribuição oficial que se realiza por decreto solene do Soberano Pontífice e pelo preceito que lhe é dado de celebrar a missa e de recitar o ofício litúrgico correspondente; o título de Padre, ao contrário, é objeto de atribuição imemorial, baseado no costume. Continuar lendo

SÉRIE “CRISE NA IGREJA” – EPISÓDIO 10: INFILTRAÇÃO MODERNISTA – OS PRIMÓRDIOS

Neste episódio, temos a presença do Pe. Paul-Isaac Franks, professor no St. Mary’s College, para iniciar nosso estudo sobre o modernismo, analisando os antecedentes desse erro. Primeiro, veremos como ele surgiu na teologia protestante, depois, como o Modernismo tentou dar uma interpretação inteiramente nova das Escrituras e da Divindade de Nosso Senhor e, finalmente, como esses erros se espalharam nas mentes de alguns teólogos católicos no final do século XIX. No final, veremos como esses teólogos teriam sido extremamente influentes nas mentes dos clérigos ao longo do século XX e além.