MEDITAÇÕES DE SANTO AFONSO PARA A SEMANA SANTA

Incrível oração a Jesus Nosso Senhor pedindo a contrição dos pecados

Domingo de Ramos

Jesus faz a sua entrada triunfal em Jerusalém

Segunda-feira

Meditação para a manhã: Jesus é levado a Pilatos e a Herodes, e posposto a Barrabás

Meditação para a tarde do mesmo dia: Jesus preso à coluna e flagelado

Terça-feira

Meditação para a manhã: Jesus é coroado de espinhos e apresentado ao povo

Meditação para a tarde do mesmo dia: Jesus é condenado e vai ao Calvário

Quarta-feira

Meditação para a manhã: Quarta Dor de Maria Santíssima – Encontro com Jesus, que carrega a cruz

Meditação para a tarde do mesmo dia: Jesus é crucificado entre dois ladrões

Quinta-feira

Meditação para a manhã: O dia do Amor

Meditação para a tarde do mesmo dia: Quinta Dor de Maria Santíssima – Morte de Jesus

Sexta-feira

Meditação para a manhã: Morte de Jesus

Meditação para a tarde do mesmo dia: Sexta Dor de Maria Santíssima – Jesus é descido da cruz

Sábado Santo

Meditação para a manhã: Sétima Dor de Maria Santíssima – Sepultura de Jesus

Meditação para a tarde do mesmo dia: Soledade de Maria Santíssima depois da sepultura de Jesus

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JUDAS, A DERROTA DO ESPÍRITO

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Seria melhor que nunca tivesse nascido…”

Esta frase, esta sentença terrível, não temos o direito de dizê-la a mais ninguém. A exemplo de Jesus, se podemos e se devemos amaldiçoar o crime, se podemos e devemos qualificar os atos dos homens, sob pena de abolir a lei moral, cabe somente a Deus o julgamento definitivo das consciências. E este permanecerá em segredo até o Juízo Final. Exceto para Judas, para ele, seria melhor que nunca tivesse nascido.

Esse discípulo de Jesus, formado e amado com paciência assim como os outros, entregou seu Mestre a aqueles que queriam sua morte, por meio de um beijo… Ele matou Jesus. A traição foi sua única resposta à amizade divina. Ele vendeu o Filho do homem, por algumas moedas à vista, como um objeto, como uma cabeça de gado.

Estais limpos, mas não todos…

Em verdade, em verdade vos digo, um dentre vós me trairá… Aquele que põe comigo a mão no prato… Infeliz deste homem por quem o Filho do homem é entregue. Seria melhor que nunca tivesse nascido. – Sou eu, Mestre? Sim, tu o disseste.

Judas ouviu este último apelo à sua consciência: ele sabe que Jesus sabe o que ele vai fazer. De fato, ele o sabe há muito tempo. Mas esta resposta murmurada, este olhar do Amor eterno não penetra mais em sua consciência obscurecida, impermeável. A resposta do Mestre é compreendida apenas por ele e João, que sentiu o frêmito angustiante do Sagrado Coração. Continuar lendo

A OBEDIÊNCIA E O CADÁVER

Devemos obedecer Perinde ac cadaver (como um cadáver)?

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Durante o Processo do Ordinário de Nevers, em preparação para a beatificação de Santa Bernadette Soubirous, uma irmã contou que a santa, já doente e sendo tratada na enfermaria de seu convento em Nevers, um dia foi proibida pela Superiora Geral de comparecer à Missa no domingo seguinte. A Superiora queria poupar a doente do cansaço. Bernadette, religiosamente chamada Marie-Bernard, foi para lá mesmo assim. Tudo o que ela precisava fazer era se levantar e atravessar o corredor para aparecer na tribuna da capela. Ao vê-la, a Superiora a repreendeu duramente, ao que a irmã se humilhou. Então ela disse: “O que você quer? Eu cumpri o preceito [1].”

Nas Notas das Carmelitas de Lisieux, preparatórias ao Processo Apostólico, Madre Inês de Jesus, irmã de sangue de Santa Teresa de Lisieux (sua irmã Paulina), relatou o seguinte fato: o padre franciscano Alexis Prou veio pregar o retiro comunitário do Carmelo de Lisieux. Suas pregações e conselhos particulares fizeram muito bem à Irmã Teresa do Menino Jesus. Madre Marie de Gonzague, Prioresa, no entanto, proibiu a irmã de voltar a vê-lo. Porém, no final do retiro, ela foi se confessar com ele, como era costume. Isso aconteceu durante a refeição das 11 horas, e sua ausência foi notada pela Prioresa, que expressou sua raiva à Madre Inês de Jesus. “Ela tomou a iniciativa de ir bater na porta do confessionário. Teresa escapou. Ela me respondeu com calma e determinação: “Não, eu não vou sair, o bom Deus quer que eu esteja aqui neste momento, devo aproveitar suas graças e sua luz. Então suportarei todas as dores que ele me enviar”. E ela voltou ao confessionário. O que eu havia previsto aconteceu [2]…” ”  Continuar lendo

DEUS ESCUTA AS ORAÇÕES DE UM PECADOR?

Sem arrependimento não há perdão dos pecados

Pe. Juan Carlos Iscara, FSSPX

A doutrina católica nos ensina que uma das primeiras condições para nossas orações serem eficazes – ou seja, para obterem aquilo que pedem – é que a pessoa que reza deve estar em estado de graça. 

Por outro lado, o Evangelho nos fala de pecadores cujas orações com certeza foram atendidas por Deus – o bom ladrão no Calvário, Maria Madalena, Zaqueu, o publicano da parábola… Na verdade, ao longo da Sagrada Escritura, o pecador é quem é mais insistentemente encorajado a rezar, porque ele é o mais miserável perante Deus e só pode recorrer à misericórdia divina, não a algum mérito dele mesmo.

Portanto, sim, podemos estar certos de que Deus ouve essas orações – mas, também como lemos nos Evangelhos, apenas se essa oração for acompanhada pelo desejo e a intenção de arrependimento.

Deus não ouve o pecador quando ele pede algo enquanto pecador, p. ex., algo de acordo com um desejo pecaminoso, ou permanece obstinado no seu estado pecaminoso, sem disposição de abandonar o pecado e suas ocasiões (cf. Summa, IIae IIa, q. 83, a. 16). O pecador que, após ofender Deus, persiste no estado de inimizade com Ele, não pedirá aqueles bens que levam ao perdão e ao estado de amizade com Deus. Ainda assim, ele, às vezes, pode obter o que pede [a Deus], mas essa resposta favorável não é um ato de misericórdia ou de recompensa, mas de punição. Santo Agostinho nos diz que há coisas que Deus, em sua misericórdia, nos recusa, mas que, em sua ira, nos concede… (Trat. João 73).

A oração do pecador, para ser ouvida, deve partir do reconhecimento da sua própria miséria, que o leva a pedir a liberação do seu estado de pecado, ou seja, ser afastado do pecado.

O pecador será ouvido se requerer para si, piedosa e perseverantemente, aquelas coisas que são necessárias para sua salvação. Ele será ouvido se pedir a força e a coragem de amar o verdadeiro bem. Ele será ouvido se aceitar os sacrifícios que tornarão o seu arrependimento eficaz. Ele pode até mesmo pedir bens temporais, desde que eles não sejam obstáculo ou sejam conducentes à sua conversão e salvação final.

E Deus atenderá o que essas orações pedem, não por justiça, pois o pecador não merece ser ouvido, mas por pura misericórdia.

01/04/25 – 91º ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO DE SÃO JOÃO BOSCO

São João Bosco (frases)

No 91º aniversário da canonização do (então) Beato João Bosco, celebrada por Pio XI no dia 1º de abril de 1934, Domingo de Páscoa:

“Nós, Vigário de Jesus Cristo e Mestre Supremo da Igreja Católica, pronunciamos solenemente essa nossa tão desejada sentença:

Em honra da Santíssima e indivisa Trindade, para exaltação da fé católica e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Jesus Cristo, dos Bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e pela nossa própria, tendo maduramente deliberado e repetidamente implorado a ajuda divina, e com o conselho de Nossos veneráveis irmãos Cardeais da Santa Igreja Romana, dos Patriarcas, Arcebispos e Bispos presentes na Urbe, decretamos que o Beato João Bosco é Santo, e o inscrevemos no catálogo dos Santos, estabelecendo que sua memória deve ser celebrada todos os anos, com piedosa devoção pela Igreja Universal, no dia do seu nascimento, ou seja, 31 de janeiro, entre os Santos Confessores, não Pontífices.

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”

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BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – ABRIL/25

o que é Sexta-feira Santa? Descubra o significado das celebrações realizadas na data!

Caros fiéis,

A colheita é abundante. Nossas capelas estão crescendo em número. Também esperamos que em santidade. Mas os trabalhadores da colheita são poucos. É por isso que nosso Superior Geral quis concentrar nossas orações e esforços no tema das vocações durante este Ano Santo de 2025. Mas, em termos práticos, o que os fiéis podem fazer para ajudar os sacerdotes a lidar com o aumento do número de seu rebanho?

Em primeiro lugar e acima de tudo, o apostolado. Nossa fé é nosso tesouro mais precioso. Temos o dever de compartilhá-la. Alguns fazem isso com zelo e levam os recém-chegados à missa. Isso é bom, mas não é o suficiente. Os senhores não podem simplesmente jogar seus amigos no confessionário e deixar que o padre lide com um caso especial entre as confissões. Cabe a cada um preparar seus amigos: dê a eles o catecismo (São Pio X ou do Concílio de Trento) e explique-o, fale sobre o curso de catecismo para adultos, recomende o Catecismo da Crise na Igreja e explique brevemente a situação (veja o documentário Um Bispo na Tormenta), apresente a Missa Tridentina e acompanhe a pessoa na missa, depois de explicar como ela deve se comportar. Se seu amigo não for católico ou tiver uma situação conjugal que precise ser resolvida, convide-o a marcar uma consulta com um padre. Isso é feito depois que a pessoa vem regularmente há algum tempo e tem a vontade de perseverar na prática religiosa com a Fraternidade. Os sacerdotes não conseguem lidar com todos os casos de parentes e amigos. Eles se dedicam aos fiéis que desejam o apostolado tradicional proposto pela Fraternidade. Se seu amigo não se confessa há muito tempo, os senhores devem ajudá-lo a fazer um bom exame de consciência e explicar-lhe como se confessar. Quando ele estiver pronto, poderá marcar um horário para fazer sua confissão geral.

Nossas capelas estão abertas a todas as pessoas de boa vontade. Isso significa que novas pessoas estão chegando constantemente. Elas precisam conhecer, entender e colocar em prática os hábitos e costumes dos católicos tradicionais. Precisamos ser pacientes e caridosos em nossas boas-vindas. Exceto no caso de comportamento escandaloso que exija intervenção imediata, os comentários são reservados ao padre. Se o padre não estiver ciente de um detalhe que mereça uma observação de sua parte, os fiéis devem apontá-lo para ele. Continuar lendo

OUTRA MEDITAÇÃO PARA O QUARTO DOMINGO DA QUARESMA: TERNA COMPAIXÃO DE JESUS CRISTO PARA COM OS PECADORES

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NA HORA DO ENCONTRO

André foi encontrar seu irmão Simão e disse-lhe: “Encontramos o Messias”. No dia seguinte, Simão chegou pontualmente para seu primeiro encontro com Cristo.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Os dois primeiros discípulos que haviam sido conquistados pela simples visão de Jesus, logo trouxeram-lhe outros. Primeiro foi Simão, irmão de André. E no dia seguinte, quando partiram para a Galileia, Filipe e Natanael.

Essa narração é muito simples: um grupo de homens que se encontram às margens do Jordão. A primeira vocação dos discípulos tem sua atração… somente uma testemunha ocular poderia contá-la dessa maneira. São João não tem a intenção de acrescentar algo ao relato muito preciso dos evangelhos sinóticos, mas sim de nos dar, em sua maneira simples de dar seu testemunho para os séculos vindouros, o que o homem que Jesus amava viu: o que ele admira no encontro entre Cristo e esses homens é o que ele compreende o que o Senhor realiza nele… ele contempla, admira, dá graças. Nem sempre conseguimos notar, em nossa própria experiência, o que reconhecemos de relance na experiência dos outros.

Já refletimos sobre o impacto de certos eventos que ocorreram durante séculos e séculos? E se Simão não tivesse seguido seu irmão no dia seguinte? O que teria sido da Igreja? Continuar lendo

19 DE MARÇO – FESTA DE SÃO JOSÉ

Novena de São José: receba as bençãos do santo

Alguns excelentes posts sobre São José:

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D. LEFEBVRE, CAUSA DA CRISE NA IGREJA? – PELO PE. JEAN-MICHEL GLEIZE, FSSPX

A edição de março da Revista  francesa La Nef inclui um dossiê especial de 22 páginas (páginas 12 a 33) dedicada à Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) e com o subtítulo: “Qual lugar na Igreja?”. Sob a direção de Christophe Geffroy, é, na realidade, uma verdadeira acusação preparada ao trabalho de D. Marcel Lefebvre.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

AS ACUSAÇÕES

Além de uma “breve história” (muito tendenciosa e não muito verdadeira) da Fraternidade São Pio X (pp. 12-17), o Sr. Geffroy publica a prosa do Cônego Albert Jacquemin, professor da Faculdade de Direito Canônico do Instituto Católico de Paris que, mais uma vez, tenta dar crédito à “situação de ruptura da comunhão eclesial” em que se encontra a FSSPX (pp. 18-19). A isso se acrescenta um artigo do jovem Matthieu Lavagna que, há algum tempo, repete aqui e ali os mesmos argumentos destinados a provar que a FSSPX nega a indefectibilidade da Igreja (pp. 20–22). Em seguida, vem outra tentativa do Padre Basile Valuet, de estabelecer a perfeita continuidade do Vaticano II com a Tradição nos três pontos problemáticos contestados pela FSSPX, a saber: a Liberdade Religiosa, o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso (p. 23–25). Segue-se uma reflexão do Padre Fabrice Loiseau, fundador da Sociedade dos Missionários da Divina Misericórdia, sobre “a tentação sedevacantista”, uma contribuição de Pierre Louis sobre a Traditionis custodes, buscando verificar se este documento poderia ou não justificar, a posteriori, as sagrações de 1988 (pp. 28–29), uma entrevista com o Padre Grégoire Celier, representante da FSSPX: “A FSSPX, sintoma da crise?” (p. 30–31) e, como epílogo, a eterna questão fetichista dos eclesiadeistas: “É possível um acordo?” (pág. 32–33). A revista também publica em seu site as “Respostas aos argumentos da FSSPX sobre as sagrações de 1988” já apresentadas no La Pensée catholique n° 250 de janeiro-fevereiro de 1991.

  • Christophe Geffroy: História tendenciosa ou história verdadeira?
  • Albert Jacquemin: Que ruptura e que comunhão?
  • Mathieu Lavagna: Indefectibilidade do Papa ou da Igreja?
  • Padre Basile: Continuidade a qualquer preço?
  • Fabrice Loiseau: As miragens obsessivas do sedevacantismo
  • Pierre Louis: O único sensato, a ser lógico.
  • Christophe Geffroy: Paz sem guerra?
  • Respostas falsas para argumentos verdadeiros.

Por que um ataque tão grande? Continuar lendo

D. TISSIER DE MALLERAIS, OU, A CONFIANÇA DE UM FILHO

Além de uma fé viva, uma esperança firme e uma caridade ardente, nosso bom D. Tissier demonstrou uma profunda confiança em D. Lefebvre e na obra por ele fundada.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Editorial do Pe. Gonzague Peignot (Fideliter nº 281)

As tempestades aqui na Terra justificam que nos apeguemos a um homem, assim como a uma embarcação, para evitar o afogamento? Não nos adverte o profeta Jeremias quando clama: “Ai do homem que confia em outro homem”? Não é Deus o único que merece nossa confiança?

Contra todas as probabilidades, essa foi, no entanto, a atitude do nosso bom D. Bernard Tissier de Mallerais, decano dos bispos da Fraternidade São Pio X, que partiu para a eternidade há algumas semanas. Contra todas as probabilidades, ele foi capaz de discernir em D. Lefebvre o homem que a Providência havia levantado para salvar a Igreja do seu naufrágio. Ele foi capaz de discernir isso e teve a graça de segui-lo. A Igreja foi abalada por uma crise terrível. Quase 80.000 padres estavam prestes a deixar a vida sacerdotal, e os seminários estavam começando a passar por uma revolução que o Dr. Jean-Pierre Dickès relatou em seu comovente livro: La Blessure. A formação sacerdotal foi jogada pela janela junto com as batinas Continuar lendo

É MAIS FÁCIL FAZER PENITÊNCIA COM A VIRGEM

Por que a Virgem Maria é nossa advogada?

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

A verdade é que, à primeira vista, a penitência nos assusta. Talvez nós simplesmente não queiramos fazê-la, ou talvez pensemos que não podemos? Mas esse modo de pensar produz maus frutos e leva à destruição da vida da graça, porque é o oposto da vida de Cristo.

A penitência, embora amarga, é tão necessária à nós quanto a comida e a bebida são para o corpo. Mas esse alimento amargo no início, carrega uma doçura espiritual muito especial, acima de tudo o que a terra pode oferecer.

Se isso não é suficiente para nos encorajar no caminho da penitência, nosso bom Pai, que está no céu, nos deu uma terna Mãe para nos moldar em sua prática. Como uma criança toma seu remédio amargo? Ele toma o que não gosta graças aos afagos de sua mãe.

É o mesmo na vida espiritual. E Maria nos ensina dessa forma em Lourdes e Fátima: “Penitência, penitência!

A vida de Nossa Senhora era, de fato, uma vida de dor sem comparação. Ora, a penitência é essencialmente a dor pelo pecado, com a firme resolução de repará-lo e não fazê-lo novamente. Pela pena de seus pecados, o homem reconhece seus delitos contra Deus, que é a fonte de toda bondade e amante das almas. Continuar lendo

SERMÃO DE D. LEFEBVRE – 24 DE FEVEREIRO DE 1980: AS RAZÕES DA PENITÊNCIA

CLIQUE AQUI PARA OUVIR ESSE SERMÃO DE D. LEFEBVRE

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Meus queridos amigos,
Meus queridos irmãos,

Neste primeiro domingo da Quaresma, a Igreja nos convida à austeridade. Vemos isso nos próprios ritos desta Missa – ritos austeros – e ela também nos convida a meditar sobre as razões que temos para fazer penitência.

E este Evangelho que narra a tentação que Nosso Senhor sofreu nas mãos do demônio deve nos fazer pensar que se o demônio teve a ousadia e a soberba de atacar, propriamente, Nosso Senhor Jesus Cristo, quando sabia perfeitamente que era o Filho de Deus, quanto mais se empenhará em nos destruir. Pois ele sabe que em nós ele tem uma chance muito maior de nos fazer cair em pecado.

E é por isso que precisamos meditar sobre as razões desse jejum que a Igreja nos pede, esse jejum quaresmal à imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos dá o exemplo do jejum que fez durante quarenta dias no deserto.

E para dar alguma expressão concreta às razões, aos motivos de nossa penitência, escolherei três exemplos: o exemplo de Santa Maria Madalena, o exemplo de São Francisco de Assis e o exemplo da Virgem Maria. Continuar lendo

NÓS CATÓLICOS NÃO PODEMOS APOIAR A CRIAÇÃO DE UM TERCEIRO TEMPLO EM JERUSALÉM

O ministro israelense Ben-Gvir visita o Monte do Templo em Jerusalém

Artigo postado originalmente em Lifesitenews

Traduzido pelo excelente Verbum Fidelis

Entre as consequências da campanha militar de Israel em Gaza, que já dura mais de um ano, está um entusiasmo renovado entre judeus e sionistas cristãos pela construção do chamado “terceiro templo” em Jerusalém.

Em agosto passado, por exemplo, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, visitou o Monte do Templo (pela sexta vez), onde reivindicou o direito dos judeus de orar no local e construir uma sinagoga. O jornal israelense Haaretz, que cobriu o evento, chamou-o de um “ato ardiloso”, ocultando o objetivo de longo prazo de destruir as estruturas islâmicas no Monte do Templo e construir o terceiro templo.(1)

No início do ano passado, em uma entrevista na televisão, um membro de extrema direita do Knesset endossou a construção do terceiro templo onde “poderemos comer (…) dos sacrifícios da Páscoa”(2). Após a eleição presidencial de novembro nos EUA, Yosef Berger, o rabino responsável pelo local da Tumba do Rei Davi, declarou que “Como Ciro, Deus colocou Donald Trump no poder para construir o Templo e preparar o caminho para o moshiach [messias] (3).

Nas fileiras americanas, os jornalistas descobriram um discurso de 2018 de Pete Hegseth, o novo secretário de Defesa de Donald Trump, no qual ele parecia endossar o “milagre do restabelecimento do templo”(4). A revista Jewish Currents observou recentemente que republicanos notáveis, como o ex-vice-presidente Mike Pence, o deputado Jim Jordan e o governador da Flórida Ron DeSantis, se reuniram com membros de organizações kahanistas radicais, que fazem parte da espinha dorsal do movimento do terceiro templo de Israel(5). Continuar lendo