UM FELIZ E SANTO NATAL – 2024

Celebrar a encarnação do Verbo como o grande mistério que está na origem da nossa filiação divina, dar graças a Deus e nos volver novamente nela para encontrar forças de renovação na nossa vida cristã: este é o verdadeiro objeto das festas do Natal.

Que o Menino Jesus chegue em vossas almas e às de vossos entes queridos e as encha de grande paz, alegria e graças em abundância. 

D. LEFEBVRE: SERMÃO DE NATAL: “ESTAMOS REALMENTE VIVENDO COM JESUS?” (25/12/78)

serm

Clique na imagem para ouvir D. Lefebvre

Caríssimos amigos

Caríssimas irmãs

A Igreja, durante a preparação desta festa do Natal – durante o Advento – evoca três tipos de vindas de Nosso Senhor junto a nós:

  1. A primeira é aquela pela qual celebramos hoje, particularmente, e que nos recorda a festa do Natal: a vinda de Nosso Senhor entre nós, através da Santíssima Virgem Maria.
  2. A segunda é evocada nos textos que a Igreja nos apresenta durante o Advento: da vinda de Nosso Senhor no fim do mundo, para julgar os homens.
  3. Finalmente, a terceira vinda de Jesus entre nós é aquela que se realiza em cada um de nós: a vinda de Jesus às nossas almas.

E, em suma, se meditarmos um pouco nos textos que a Igreja nos propõe durante estas semanas, percebemos que a vinda mais importante é aquela que diz respeito a nós mesmo. Pois se Nosso Senhor quis descer à terra, é por nós, é para nossa salvação. E se Nosso Senhor virá sobre as nuvens do Céu para nos julgar, é também para saber o que temos feito com os meios que Nosso Senhor nos deu para alcançar nossa salvação.

E a festa do Natal é a que mais evoca, em nós e para nós, a ida de Jesus a Belém, que nos dá lições admiráveis. Porque quando Nosso Senhor vier nas nuvens do Céu, Ele nos perguntará: “O que fizestes com tudo o que eu fiz por vós? Como me recebestes durante sua peregrinação nesta terra? Como me recebestes em minhas mensagens? Como recebestes meus apóstolos? Como recebestes meu Sacrifício, meus sacramentos?”

Então, qual será a nossa resposta? Que ela seja, meus caríssimos irmãos, a primeira que foi dada pela Santíssima Virgem Maria. Como Maria recebeu Jesus? Com ação de graças. Como vos disse ontem, ela cantou seu Magnificat. Ela O recebeu com toda a sua alma ao pronunciar o seu Fiat. Continuar lendo

CARTA DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX AOS AMIGOS E BENFEITORES – N° 93

Mitte operarios in messem tuam.
Enviai operários à vossa messe.

Fonte: FSSPX

Caros fiéis, amigos e benfeitores,

Dentro de poucos dias terá início um novo Ano Jubilar para a Igreja. Em 20 de agosto do próximo ano, muitos de nós, espero, encontrar-nos-emos em Roma. Lá, evidentemente, daremos um testemunho de fé: uma fé recebida da Igreja por sua Tradição, uma fé viva que, por nossa vez, temos o dever de transmitir tal como a recebemos, isenta de qualquer compromisso com o espírito do mundo. 

Possa este jubileu ser igualmente um testemunho de esperança, especialmente em relação ao futuro da Igreja e sua indefectibilidade. Com efeito, se somos profundamente ligados à Roma de sempre, devemos nos preocupar intimamente com a Igreja de amanhã. Naturalmente, conhecemos a promessa de Cristo de estar com ela até o fim dos tempos, apesar das investidas do inferno. Contudo, devemos compreender que esta promessa implica, necessariamente, a nossa participação: Nosso Senhor conta com os nossos esforços, suscitados e fecundados por sua graça, para garantir à Igreja a sua indefectibilidade.

Concretamente, que esforços são estes que Nosso Senhor espera que façamos para assegurar o futuro da Igreja? Podemos resumi-los em nosso labor comum em fazer desabrochar numerosas e santas vocações, tanto religiosas quanto sacerdotais. Os santos e os papas não deixam de repeti-lo: um povo só é santo graças a um clero santo, e uma civilização só se torna cristã na medida em que ela é fecundada por santos religiosos. Logo, preocupar-se com a Igreja de amanhã é trabalhar com todo o nosso poder no surgimento, formação e perseverança destas vocações. Continuar lendo

D. STRICKLAND ELOGIA FORTEMENTE D. LEFEBVRE

D. Joseph Strickland, Bispo emérito de Tyler, no Texas, que foi demitido por ser demasiado crítico em relação ao atual pontificado, causou recentemente um grande estrondo ao acusar publicamente os bispos americanos de serem cúmplices da crise na Igreja, através da passividade e também, especialmente, por não terem protestado durante o recente Sínodo. Ele continua sua reflexão.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

No seu blog “Bishop Strickland’s Substack”, D. Strickland, que claramente aproveita a sua aposentadoria precoce para estudar e refletir sobre a situação atual da Igreja, acaba de publicar um longo texto intitulado “Construir uma escadaria”. O mínimo que se pode dizer é que a sua reflexão, visivelmente animada por um amor a Cristo e à Igreja, avança a um rítmo acelerado.

A argumentação do seu texto baseia-se na analogia da escada construída por Cristo, que liga a terra ao céu: “os degraus são os sacramentos (…) e o depósito da fé é a estrutura. (…) Os sacramentos são sinais eficazes porque trazem realmente à terra aquilo que simbolizam. Para isso, o simbolismo deve estar correto tanto na “forma” quanto na “matéria”.

“Se um ou outro for modificado”, acrescenta, “a forma (as palavras pronunciadas) ou a matéria (a parte física do sacramento), a validade é destruída. Por conseguinte, cada tábua desta escadaria é parte integrante do todo”, conclui. E continua a denunciar os ataques contra a escadaria no interior da Igreja, uma escadaria que deve ser defendida à custa de sangue. Continuar lendo

TERCEIRO DOMINGO DO ADVENTO: O TESTEMUNHO DE SÃO JOÃO BATISTA E A MODÉSTIA CRISTÃ

Imagem relacionadaAcesse a leitura clicando na imagem.

Você pode acompanhar diariamente as Meditações de Santo Afonso em nossa página exclusiva no blog clique aquipelo nossa página no Facebook ou por nosso Canal no Telegram

DAI-NOS VOCAÇÕES RELIGIOSAS!

Pelo Pe. Martellière, FSSPX

Fonte: FSSPX Distrito de Benelux – Tradução: Dominus Est

Raríssimas são as redes sociais que falam da crise atual na verdade de Deus. Com efeito, o infortúnio de nosso tempo reside na falta de padres que ofereçam santamente o santo Sacrifício da Missa, em vista de apaziguar a justiça de Deus. A mensagem que guia o nosso pensamento é a de Nossa Senhora de La Salette, de 19 de setembro de 1846.

Por um lado, o que estas redes sociais também não evocam é a consideração da beleza celeste de nossa religião e da união íntima e mística com o nosso Redentor. A alma que entra na imensidão da sabedoria e do amor da Santíssima Trindade encontra a plenitude da alegria, pois as perfeições de Deus satisfazem perfeitamente as aspirações legítimas de nossas inteligências e de nossas vontades. O culto que prestamos a Deus não tem outro ideal senão fazer Sua graça viver em nossas almas. O que alegra a Deus tanto quanto a nós. Assim, quanto mais tivermos santos padres, mais as bênçãos divinas cairão em abundância sobre os homens. Por outro lado, se os homens rejeitam constantemente e violentamente a presença divina, como Deus, como bom Pai, não se irritaria?

Religião encarnada

Como aprendemos em nosso catecismo, Deus, o Ser infinitamente perfeito, sustenta a nossa existência ao nos comunicar a todo instante sua potência para vir habitar em nosso ser intimamente. Nosso Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, se encarna sobre a terra afim que O recebamos em nossa inteligência, vontade e coração, e isso por meio da Santa Comunhão. Todavia, em vista de restabelecer a amizade mística entre Deus infinitamente bom e uma humanidade ferida pela falta original, o Santo Sacrifício expiatório da Missa redime, para cada um de nós, os pecados da inteligência, da vontade e do coração. Continuar lendo

CANTONEIROS DE CRISTO

Durante o tempo do Advento, a Igreja convida-nos a ouvir São João Batista, para que no dia de Natal possamos acolher com amor a vinda de Jesus.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

São João Batista é chamado de Voz, porque foi o Precursor do Verbo”, ensina São João Crisóstomo. O que essa voz nos diz? Preparai o caminho ao Senhor, endireitai as suas veredas; todo o vale será terraplanado, todo o monte e colina serão arrasados, os caminhos tortuosos tornar-se-ão direitos, os escabrosos planos; e todo o homem vera a salvação de Deus” (Lucas, 3, 4–6).

Espiritualmente falando, somos chamados a fazer o trabalho de um “cantoneiro”. As graças da Natividade serão proporcionais a esta obra durante o Advento. Para que Jesus venha até nós é preciso endireitar os caminhos da nossa alma. É preciso preencher os vales, as depressões e os abismos da nossa vida cristã: a tibieza, o desânimo, a mesquinhez e a ausência de boas obras. Descer nossas montanhas ou colinas, as edículas, os montes, vaidade, orgulho, arrogância. Endireitar os caminhos tortuosos, purificar o nosso olhar, evitar esse estrabismo incômodo: um olho no nosso ego, no mundo e nas suas sereias e outro em Deus e na sua santa lei. Não é como um slalom, mas “como uma bala de canhão que segue em direção ao Céu”, dizia o Cura d’Ars. Unir os caminhos acidentados, praticar a doçura e a benevolência para com o próximo, sobretudo no seio da família.

Preparai, portanto, com uma vida santa, preparai o caminho do Senhor no vosso coração; endireitai a senda da vossa vida pela excelência e perfeição das vossas obras, para que a palavra de Deus penetre em vós sem obstáculos” (Orígenes). Continuar lendo

O BOM GOSTO PARA EMBELEZAR O CULTO

Se o culto é digno, as almas encontrarão Deus nele, e o próprio Deus é inclinado à misericórdia.

Fonte: Le SeignadouTradução: Dominus Est

O Papa São Pio X escolheu o dia de Santa Cecília, padroeira da música, para publicar o motu proprio Tra le sollicitudini. Neste motu proprio, aquele que acabara de subir ao trono de Pedro tomou medidas para restaurar o canto gregoriano e pôr fim aos abusos que haviam se infiltrado nas igrejas ao longo dos séculos, muitas vezes transformando edifícios sagrados em locais de culto mundano, onde as pessoas iam mais para ouvir alguma diva cantar do que para elevar orações ao céu. “E debalde se espera que para isso desça sobre nós copiosa a bênção do Céu, quando o nosso obséquio ao Altíssimo, em vez de ascender em odor de suavidade, vai pelo contrário repor nas mãos do Senhor os flagelos, com que uma vez o Divino Redentor expulsou do templo os indignos profanadores.

A música sacra, ensina o Papa, está a serviço da liturgia e deve assumir as suas características principais que são a “santidade” e a “universalidade”. A música é sagrada na medida em que faz eco da liturgia, ou seja, tanto por meio do texto quanto da melodia e pela maneira como é executada, eleva as almas e facilita a sua compreensão e união com os mistérios realizados no altar. Embora o Papa, no início do século XX, estivesse pensando principalmente na música excessivamente exuberante do século XVIII italiano, suas palavras se aplicam bem a todas as piegas melodias que nos chegam dos círculos carismáticos e que, infelizmente, ouvimos cada vez com mais frequência nos casamentos de nossos fiéis. O ressurgimento destas melodias revela uma dupla falha: falta de cultura musical e falta de piedade, demasiadamente propícia ao sentimentalismo. Continuar lendo

A “LIBERDADE RELIGIOSA” – O ESTANDARTE DE SATANÁS ERGUIDO NO MEIO DA IGREJA

Resultado de imagem para LIBERDADE RELIGIOSAO ESTANDARTE DE SATANÁS ERGUIDO NO MEIO DA IGREJA: A “LIBERDADE RELIGIOSA”

Pe. Pierre Marie, O. P.

Na raiz do liberalismo encontra-se, como já se viu, uma falta de coragem para condenar o erro. O liberalismo penetrou oficialmente na Igreja no dia em que foi aceito o direito à “liberdade religiosa” no foro externo. É este, indubitavelmente, o erro fundamental do Concílio, o erro mais grave. Se se admite a assim chamada “liberdade religiosa”, é claro que, em vista disto, se deve adaptar-se ao pluralismo religioso e procurar conviver com as outras religiões. Tal é a tarefa do ecumenismo. Da mesma forma, admitida a “liberdade religiosa”, é preciso adotar uma forma de governo eclesiástico que favoreça a liberdade, e este será o papel da colegialidade, a qual não é senão a introdução da democracia na Igreja.

Se, ao contrário, se rejeita a “liberdade religiosa”, buscar-se-á favorecer a unidade centrada na Verdade, mediante a conversão à verdadeira Fé. Assim se evitará também dissolver a autoridade na colegialidade e no número. Isso para que a verdade possa ser mais eficazmente ensinada pela autoridade do Magistério, e o erro, condenado com mais energia.

Sabe-se que os inimigos da religião compreenderam, há mais de dois séculos, que a instauração da “liberdade religiosa” é o meio mais eficaz para destruir a Fé católica. Eles a impuseram a partir da assim chamada Revolução francesa, e as diversas tentativas de restauração não ousaram questionar esta “liberdade”.

Sabe-se também que a maçonaria fez pressão sobre a Igreja para esta adotar a doutrina sobre a “liberdade religiosa”, no último Concílio. Dom Lefebvre recorda o exemplo do Cardeal Bea e dos seus contatos, antes do Concílio, com os membros da B´nai Brith, a maçonaria judaica. O próprio Cardeal Willebrands no Osservatore Romano, por ocasião da morte de Adolfo Visser´t Hooft, idealizador e primeiro secretário do Conselho Ecumênico das Igrejas (C. O. E.) conhecidamente ligado à maçonaria, escrevia: “Foi ele [Visser´t Hooft] quem me sugeriu dois pontos concretos que deviam constituir a “pedra de toque” dos aspectos ecumênicos do Concílio: o problema da liberdade religiosa e o dos matrimônios mistos”1. Continuar lendo

SERMÃO DE D. LEFEBVRE PELA FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO – 8/12/1976

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Para ouvir o sermão, CLIQUE AQUI

Caríssimos irmãos,

Esta festa da Imaculada Conceição, cujo dogma foi proclamado solenemente pelo Papa Pio IX em 1854, foi confirmada posteriormente à Bernadete pela própria Virgem Maria, em Lourdes, em 1858.

Sem dúvida, a festa da Imaculada Conceição é muito mais antiga do que a sua definição, e, precisamente, a definição destes dogmas advém, sempre pelos Sumos Pontífices, depois que a Igreja, em sua tradição e fé, tenha demonstrado, de um modo permanente, que ela acredita nestas Verdades que Nosso Senhor Jesus Cristo revelou por meio de seus apóstolos.

Assim, a verdade que festejamos hoje acerca da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria é uma verdade contida na Revelação, afirmada, consequentemente, pelo próprio Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Esta festa nos oferece uma grande lição, particularmente aos senhores, caríssimos amigos, que, em alguns instantes, irão pronunciar vosso voto pela primeira vez, ou renová-lo. Acredito que devo chamar vossa atenção sobre o fato de que esse voto requer dos senhores, de um modo bem particular, e verdadeiramente com todo o vosso coração, com toda a vossa adesão, a prática da santa Virtude da obediência. Continuar lendo

8 DE DEZEMBRO: FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

ima6Clique na imagem acima para ler a Bula Ineffabilis Deus, de S.S. Pio IX, que definiu em 8 de dezembro de 1854, o Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

E abaixo colocamos quatro sermões por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição: dois do do Pe. Carlos Mestre, FSSPX, em 2018 e 2024, outro do Pe. Samuel Bon, FSSPX, 2019 e outro ainda do Pe. José Maria, FSSPX, em 2023.

SANIDADE E SANTIDADE

Imagens de Pessoas orando sem royalties | Depositphotos

Sobretudo no que se refere a sexo, os homens nascem desequilibrados; poderíamos quase dizer que nascem loucos. Raramente atingem a sanidade antes de atingirem a santidade“. – GK Chesterton.

Fonte: SSPX Great Britain – Tradução: Dominus Est

Noverim Te, noverim me, rezava Santo Agostinho — ‘Que eu Vos conheça e que eu me conheça.‘ Deus é puro Espírito, imortal e invisível; nós somos corpo e alma. Em nosso corpo, somos como os animais; em nossa alma, somos como Deus. E Deus criou o homem à Sua imagem; criou-o à imagem de Deus: macho e fêmea os criou. Na alma, a luz do intelecto e a graça santificante nos fazem à imagem e semelhança de Deus. Em nosso corpo, somos como os animais e temos os mesmos fortes instintos que são o motor do reino animal. Os mais fortes deles são os instintos de preservação de si mesmo e preservação da espécie que, por vezes, parecem ser mais fortes do que nós. Como podemos controlá-los?

Foi a graça santificante que fez dos nossos primeiros pais os filhos prediletos de Deus. Ora, Deus não achou conveniente que os seus filhos não controlassem facilmente os seus instintos animais, por isso deu-lhes, junto à graça santificante, o dom da integridade. Mas Deus avisou Adão e Eva: no dia em que pecardes, morrereis. Algumas pessoas consideram esse fato como um sinal de despotismo da parte de Deus. Um déspota é um governante que insiste que seus caprichos irracionais sejam obedecidos ao custo de punições terríveis. Contrariamente à opinião do falso profeta Maomé, Deus não é um déspota. Quando Deus disse: no dia em que pecardes, morrereis, isso mostra o que um pai quer dizer quando se dirige a um filho, ‘No dia em que correres na frente de um ônibus de dois andares, morrereis; ou o que um sargento pode dizer a uma classe de paraquedistas em treinamento, ‘No dia em que pulardes do avião sem paraquedas, morrereis’. Nada disso são ameaças, são afirmações do óbvio. Deus está dizendo: “Foste feito para mim, eu sou a vida da tua alma; no dia em que me rejeitares, não deixarás de morrer, porque a fonte da tua vida desaparecerá”. Continuar lendo

PEREGRINOS DE ROMA, “EMBORA” OU “PORQUE”?

O Ano Santo de 2025 enquadra-se num magnífico tema que orientará as Peregrinações [da FSSPX] de Pentecostes, em Junho, e a Roma, em Agosto: Pela nossa mãe, a Santa Igreja ! Talvez alguns temam ter o coração pesado e as solas de chumbo no caminho para Roma, que hoje se tornou o centro de uma Igreja “conciliar” e até “sinodal”? Talvez dirão, apreensivos: “Peregrinamos a esta Roma, contrariando a nossa lealdade à Tradição”?

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Perguntamo-nos: onde está hoje a Cidade Eterna? Aquela Roma celebrada pelo Cardeal Ottaviani: “a Roma da qual partimos e para a qual regressamos; a Roma que não queremos deixar quando estamos lá, e a Roma para a qual só queremos regressar quando tivermos de a deixar”.

A Roma de Pedro e Paulo, de Agostinho e Jerônimo; a Roma de tantos santos e de todas as ordens, a Roma de todos os papas; esta Roma que, a única entre todas as cidades do mundo, como Jerusalém no Antigo Testamento, recebeu do Novo Testamento a dignidade e a vocação de ser chamada de Cidade Santa.” [A Igreja e a Cidade, 1963, p. 229]

Mas é precisamente porque a Roma eterna está hoje ocupada por uma Roma sinodal-conciliar que devemos atender ao apelo dos papas que reinaram antes do Concílio. Dom Lefebvre, imbuído desta romanidade durante a sua formação no Seminário Francês de Roma, esteve atento ao seu apelo comovente:

Parece que ouço, meus queridos irmãos, as vozes de todos estes Papas, desde Gregório XVI, Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, dizendo-nos: Continuar lendo

TEMPOS DIFÍCEIS PARA OS CRISTÃOS NA EUROPA

O último relatório sobre atos anticristãos no Velho Continente, que acaba de ser publicado pelo Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra os Cristãos na Europa (OIDAC Europa), revela uma alarmante degradação da tolerância religiosa, particularmente em relação ao catolicismo, em uma região celebrada como o berço do pluralismo e da liberdade

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Combinando estatísticas policiais e dados da sociedade civil, foram identificados 2.444 atos anticristãos em 35 países europeus, incluindo 232 ataques pessoais contra cristãos”.

A observação da diretora da filial do OIDAC na Europa é clara, sobretudo porque “devemos assumir um elevado número  de casos não notificados”, especifica cuidadosamente Anja Hoffmann. É preciso dizer que o relatório recém-publicado pelo OIDAC no final de novembro de 2024 é suficiente para fazer soar os alarmes.

Com 2.444 incidentes registados em 35 países europeus, os resultados – que abrangem os atos anticristãos perpetrados ao longo de 2023 – revelam um aumento alarmante do desprezo para com os católicos, em uma região que é descrita como o “berço da liberdade”.

O relatório documenta 232 casos de ataques diretos: entre eles, inúmeras igrejas profanadas, estátuas ou imagens de Cristo e Santos vandalizadas, um sacristão que perdeu a vida num ataque jihadista, um católico convertido do Islão que sobreviveu a um atentado contra sua vida por “apostasia”… Continuar lendo