BULA “INEFFABILIS DEUS” – DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Murillo_immaculate_conceptionPosição e privilégios de Maria nos desígnios de Deus

Deus inefável, “cuja conduta toda é bondade e fidelidade”, cuja vontade é onipotente, e cuja sabedoria “se estende com poder de um extremo ao outro (do mundo), e tudo governa com bondade”, tendo previsto desde toda a eternidade a triste ruína de todo o gênero humano que derivaria do pecado de Adão, com desígnio oculto aos séculos, decretou realizar a obra primitiva da sua bondade com um mistério ainda mais profundo, mediante a Encarnação do Verbo. Porque, induzido ao pecado — contra o propósito da divina misericórdia — pela astúcia e pela malícia do demônio, o homem não devia mais perecer; antes, a queda da natureza do primeiro Adão devia ser reparada com melhor fortuna no segundo.

Assim Deus, desde o princípio e antes dos séculos, escolheu e pré-ordenou para seu Filho uma Mãe, na qual Ele se encarnaria, e da qual, depois, na feliz plenitude dos tempos, nasceria; e, de preferência a qualquer outra criatura, fê-la alvo de tanto amor, a ponto de se comprazer nela com singularíssima benevolência. Por isto cumulou-a admiravelmente, mais do que todos os Anjos e a todos os Santos, da abundância de todos os dons celestes, tirados do tesouro da sua Divindade. Assim, sempre absolutamente livre de toda mancha de pecado, toda bela e perfeita, ela possui uma tal plenitude de inocência e de santidade, que, depois da de Deus, não se pode conceber outra maior, e cuja profundeza, afora de Deus, nenhuma mente pode chegar a compreender.

E, certamente, era de todo conveniente que esta Mãe tão venerável brilhasse sempre adornada dos fulgores da santidade mais perfeita, e, imune inteiramente da mancha do pecado original, alcançasse o mais belo triunfo sobre a antiga serpente; porquanto a ela Deus Pai dispusera dar seu Filho Unigênito — gerado do seu seio, igual a si mesmo e amado como a si mesmo — de modo tal que Ele fosse, por natureza, Filho único e comum de Deus Pai e da Virgem; porquanto o próprio Filho estabelecera torná-la sua Mãe de modo substancial; porquanto o Espírito Santo quisera e fizera de modo que dela fosse concebido e nascesse Aquele de quem Ele mesmo procede. Continuar lendo

O SAQUE DE ROMA, UM CASTIGO MISERICORDIOSO

sacco-di-Roma-401x278Fonte: Corrispondenza Romana – Tradução: Dominus Est

A Igreja vive uma época de desvio doutrinário e moral. O cisma é deflagrado na Alemanha, mas o Papa não parece se dar conta do alcance do drama. Um grupo de cardeais e de bispos propunha a necessidade de um acordo com os hereges. Como sempre acontece nas horas mais graves da História, os eventos se sucedem com extrema rapidez.

A Igreja vive uma época de desvio doutrinário e moral. O cisma é deflagrado na Alemanha, mas o Papa não parece dar-se conta do alcance do drama. Um grupo de cardeais  e de bispos propugna a necessidade de um acordo com os hereges. Como sempre acontece nas horas mais graves da História, os  eventos se sucedem com extrema rapidez.

No domingo, 5 de maio de 1527, um exército descido da Lombardia entra no Gianicolo [uma das sete colinas de Roma]. O Imperador Carlos V, irado pela aliança política do Papa Clemente VII com o seu adversário, o rei francês Francisco I, tinha feito avançar um exército contra a capital da Cristandade. Naquela noite, o sol se pôs pela última vez sobre a beleza deslumbrante da Roma renascentista. Cerca de 20.000 homens, italianos, espanhóis e alemães, entre os quais os mercenários Lanzichenecchi, de fé luterana, se preparavam para atacar a Cidade Eterna. Seu comandante havia lhes dado licença para saquear. Durante toda a noite o sino do Capitólio tocou a repique para chamar os romanos às armas, mas já era tarde demais para improvisar uma defesa eficaz.  Continuar lendo

INDICAÇÃO DE LEITURA: O RENO SE LANÇA NO TIBRE

reno_1De nada adianta discutir sobre um evento do porte do Concílio Vaticano II se não se conhece sua história. O autor deste livro é um padre que teve como papel estabelecer um Centro de Imprensa no Vaticano, durante o Concílio.

Acompanhando seu desenrolar, entrevistando os bispos, analisando documentos, cartas, regimentos, deixou-nos por escrito o que se pode chamar dos Bastidores do Concílio. Dentro deste contexto, o que mais impressionou ao autor foi a força do grupo de bispos da Europa Central, que se denominaram Aliança Européia, diante de pequenos grupos mais conservadores que tentavam segurar a avalanche de reformas e novidades. Uma leitura viva, apaixonante e que não deixará nossos leitores indiferentes. Prefácio de Dom Lourenço Fleichman OSB.

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INDICAÇÃO DE LEITURA: CATECISMO DA CRISE NA IGREJA

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Na crise atual, este livro é um verdadeiro compêndio das Verdades atacadas pelos erros modernos. Coloca em plena luz, de um modo particularmente esclarecedor, a posição que deve ser sustentada para se permanecer fiel à Igreja.

A apresentação sob forma de perguntas e respostas tem o mérito de tornar o raciocínio do autor facilmente acessível e de assim permitir, a todos, uma boa compreensão sobre a crise e sobre os seus remédios.

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DICA DE LEITURA: A CONJURAÇÃO ANTI-CRISTÃ

capa_1A CONJURAÇÃO ANTI- CRISTÃ : O Templo maçônico que quer se erguer sobre as ruínas da Igreja Católica.

Neste clássico contra-revolucionário, Monsenhor Henri Delassus( 1836-1921 ) apresenta-nos uma análise histórica, filosófica e religiosa das tentativas de destruição da Igreja Católica durante a Renascença, a Reforma eas diversas revoluções dos séculos XVIII e XIX.

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3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

sao_pio_x1Biografia Breve

Considerado o Papa do Santíssimo Sacramento, Giuseppe Sarto nasceu em Riese, Treviso, Veneza. O glorioso São Pio X morreu em 1914, pouco antes da Primeira Guerra Mundial, depois de ter sido Papa por 11 anos.

Foi uma alma escolhida para ser o vigoroso oponente de todo Liberalismo que tentou nos tempos modernos entrar na Igreja Católica para levar por água a baixo os seus dogmas e para associar os católicos às irmandades sem nenhuma relação com Jesus ou com a Divina Maternidade de Maria.

São Pio X foi o grande Papa da Comunhão para todos, e para as crianças. Nenhuma influência política poderia fazê-lo alterar sua missão de Vigário de Cristo na terra e único legislador do mundo em tudo o que é pertinente a Deus.

Chegou ao papado seguindo cada simples passo que um padre pode dar. Foi o primeiro papa a ascender através de todas as ordens menores e maiores. De infância pobre como um dos oito filhos de um sapateiro de aldeia, sentiu o chamado para o sacerdócio na sua juventude; estudou em Padua, e foi reconhecido estudante extraordinário. Foi cura em Tombolo, pároco em Salzano, em Treviso foi canonista e diretor espiritual do seminário. Foi Bispo de Mântua (região da Família de São Luiz Gonzaga), patriarca de Veneza e Papa de Roma. Continuar lendo