VIRGO DOLOROSA

A festa de Nossa Senhora das Sete Dores convida-nos a contemplar a participação de Maria na Paixão. Seguem abaixo alguns trechos da encíclica Ad Diem Illum de São Pio X. 

Por isto, entre Maria e Jesus reinou perpétua sociedade de vida e sofrimentos, que nos permite aplicar a ambos estas palavras do Profeta: A minha vida vai se consumindo com a dor e os meus anos com os gemidos (Sl 30, 11). E quando chegou a hora derradeira de Jesus, vemos a Virgem “aos pés da cruz“, horrorizada certamente ante a visão do espetáculo, “mas feliz porque seu Filho se oferecia como vítima pela salvação dos homens e, ademais, de tal modo partícipe de suas dores que teria preferido padecer os tormentos que cruciavam o seu Filho, tal lhe fosse dado fazer” (S. Bonav., 1 Sent., d. 48, ad Litt., dub. 4). — Em conseqüência dessa comunhão de sentimentos e de dores entre Maria e Jesus, a Virgem fez jus ao mérito de se tornar legitimamente a reparadora da humanidade decaída (Eadmeri Mon., De Excellentia Virginis Mariæ,c. IX) e, portanto, dispensadora de todos os tesouros que Jesus nos adquiriu por sua morte e por seu sangue.

Não se pode dizer, sem dúvida, que a dispensação destes tesouros não seja de alçada própria e particular de Jesus Cristo, porque fruto exclusivo de sua morte e por Ele mesmo, em virtude de sua natureza, o mediador entre Deus e os homens. Contudo, em vista dessa comunhão de dores e de angústia, já mencionada, entre a Mãe e o Filho, foi concedido à Virgem o ser, junto do Filho unigênito, a medianeira poderosíssima e advogada de todo o mundo (Pio IX, Bula Ineffabilis) Continuar lendo

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

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Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que já postamos sobre o Santo:

MOTU PROPRIO FIN DALLA PRIMA, DE SÃO PIO X, SOBRE O REGIME DA AÇÃO CATOLICA POPULAR

São Pio X – Grande Papa na História, grande Santo na Igreja – Revista  Arautos do Evangelho

MOTU PROPRIO
DO SUMO PONTÍFICE
PIO X

FIN DALLA PRIMA*

Sobre o regime da Ação Católica Popular

Tradução: Dominus Est

Desde a nossa primeira Encíclica ao Episcopado de todo o mundo, fazendo eco ao que nossos gloriosos predecessores haviam estabelecido em torno da Ação Católica do laicato, declaramos laudabilíssima essa obra e ainda necessária diante das condições atuais da Igreja e da sociedade civil. E não podemos deixar de louvar, grandemente, o zelo de tantos ilustres personagens que, há muito tempo, se dedicam a esta nobre tarefa, e o ardor de tão seleta juventude que, esforçadamente, se apressaram em prestar a ela seu trabalho. O XIX Congresso Católico, recentemente celebrado em Bolonha, por nós promovido e incentivado, mostrou suficientemente a todos o vigor das forças católicas, e o que se pode obter de útil e salutar em meio às populações crentes, desde que essa ação seja bem dirigida e disciplinada, e que a união de pensamentos ,afetos e trabalho reinem naqueles que dela participam.

Entretanto, lamentamos constatar que, em seu meio, tenham surgido certas diferenças que suscitaram muitas polêmicas, que, se não fossem oportunamente reprimidas, poderiam dividir as mesmas forças e torná-las menos eficazes. Nós que, antes do Congresso preconizamos, sobretudo, a união e a harmonia dos pensamentos para estabelecer de comum acordo o que é aderido às normas práticas da ação católica, não podemos agora permanecer em silêncio. E uma vez que as diferenças de pontos de vista no campo prático podem facilmente transcender ao campo teórico, e de fato nisso devem necessariamente manter seu foco, é necessário consolidar os princípios nos quais toda ação católica deve ser formada.

Leão XIII, nosso ilustre predecessor, delineou brilhantemente as normas da ação popular cristã nas admiráveis Encíclicas Quod Apostolici muneris de 28 de dezembro de 1878, Rerum Novarum de 15 de maio de 1891 e Graves de communi de 18 de janeiro de 1901; e ainda em particular, a Instrução emitida pela Sagrada Congregação para os Assuntos Eclesiásticos Extraordinários, em 27 de janeiro de 1902. Continuar lendo

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

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Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que já postamos sobre o Santo:

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – SETEMBRO/22

A atitude pessoal de São Pio X para com os modernistas. – Fratres In UnumCaríssimos fiéis,

Dom Lefebvre inscreveu voluntariamente o apostolado de nossa Fraternidade no espírito de São Pio X, pois o escolheu como seu santo padroeiro. Portanto, contemplando a vida de São Pio X, entenderemos melhor o que nosso fundador queria para nós.

I. São Pio X como reformador

Seu pontificado foi relativamente curto, de 1903 a 1914, mas foi impulsionado por uma vontade enérgica. As muitas reformas realizadas pelo Papa são testemunho disso: reforma da música sacra, reforma da Cúria, reforma do Código de Direito Canônico, reforma do catecismo, introdução da comunhão frequente e das crianças, etc. Em todas estas áreas, São Pio X realizou uma autêntica reforma, ou seja, uma recentralização. Ele mesmo expressou bem este espírito: “Omnia instaure in Christo”. “Restaurar tudo em Cristo”.

 Assim, São Pio X foi um papa reformador, o que não significa um papa inovador, mas um papa restaurador. Por suas iniciativas, ele puxou o tapete dos modernistas, falsos reformadores, que não procuraram recentralizar-se no essencial, mas modificar os fundamentos. Assim, São Pio X estabeleceu os princípios de uma verdadeira renovação. Como restaurador, Dom Lefebvre só tinha que apoiar-se sobre o trabalho do santo Papa. É por isso que ele o escolheu como patrono. Continuar lendo

O MODERNISMO: UMA NOVA VISÃO DO MUNDO

“De maneira geral, finalmente, me professo totalmente alheio ao erro pelo qual os modernistas sustentam que, na Sagrada Tradição, não há nada de divino…” – Trecho do Juramento Anti-modernista de São Pio X

O modernismo, uma das tendências filosóficas dominantes do século XX que persiste até hoje, baseia-se na errônea doutrina de que o homem é a medida suprema de todas as coisas. O modernismo não se restringe apenas à busca do progresso e da prosperidade, mas defende toda uma nova visão do mundo que é diametralmente oposta à fé católica.

Fonte: FSSPX África – Tradução: Dominus Est

Uma percepção subjetiva que se opõe à ordem objetiva

A verdade, segundo o modernista, depende da percepção e das crenças relativas a cada indivíduo e não de uma ordem objetiva e universal proveniente de Deus. A verdade muda, portanto, de acordo com as pessoas, idades e lugares: o modernismo insiste que só a razão humana pode determinar o que é certo ou errado, bom ou mau, verdadeiro ou falso. Ainda mais grave, de acordo com essa mesma doutrina, é que todos os indivíduos têm o direito, por sua própria existência, de exercer esse juízo subjetivo segundo sua conveniência, desde que não prejudiquem os direitos de outra pessoa.

O modernismo, portanto, visa proteger e promover o avanço da condição humana através da justiça natural, do progresso tecnológico, da tolerância religiosa, da paz temporal e da prosperidade material. O homem é a medida e o fim de todas as coisas, e não há nada mais importante do que seu bem-estar natural hic et nunc.

A verdade está para além dos nossos limites

O catolicismo, pelo contrário, insiste no fato de que há uma verdade objetiva universal e uma grande realidade aberta a todos os homens, para além de nossa limitada e imperfeita vida terrena. Esta verdade é Deus, e esta realidade é a bem-aventurança celeste. Continuar lendo

UMA TENTATIVA DE COLOCAR SÃO PIO X NA ORIGEM DA NOVA MISSA

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

O site cath.ch publicou um estudo em duas partes intitulado “A missa ‘moderna’ versus a missa ‘de sempre‘” que tenta mostrar que a missa de Paulo VI seria tão tradicional quanto a Missa Tridentina. Os argumentos que apoiam esta tentativa de demonstração merecem uma nova perspectiva para mostrar sua fraqueza.

O primeiro argumento apresentado é o da “participação ativa”, que aparece 11 vezes na constituição sobre a liturgia do Concílio Vaticano II: a Sacrosanctum concilium. O artigo tenta atribuir sua autoria ao Papa São Pio X.

Mas essa tentativa está fundada em um equívoco grosseiro. A FSSPX.Actualités já forneceu prova disso. Há um equívoco – isto é, uma acepção significativamente diferente – entre o que exprime São Pio X – e igualmente o Papa Pio XII, e a constituição conciliar.

A noção de “participação ativa” segundo São Pio X retomada por Pio XII

Deve-se notar, antes de tudo, que o papa do Juramento Antimodernista usa tal termo no Motu Proprio Tra le Sollecitudini, de 1903, que se refere à música sacra. O Santo Papa faz da “participação ativa nos mistérios sagrados” “a primeira e indispensável fonte do verdadeiro espírito cristão”.

Mas para saber o que ele quis dizer com esta expressão, devemos considerar como São Pio X vai realizar este programa.

Quanto aos fiéis, de duas maneiras: encorajando a restauração do canto gregoriano para torná-lo acessível aos fiéis; e pela promulgação de dois decretos: sobre a comunhão das crianças desde a idade da razão e sobre a comunhão frequente. Canto e união com Cristo através da sagrada comunhão, é o que São Pio X entende por “participação ativa”. Continuar lendo

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

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Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que postamos sobre o Santo:

RECADO DE SÃO PIO X AOS LIBERAIS, CONTRA O SIONISMO: “OS JUDEUS NÃO RECONHECERAM NOSSO SENHOR, É POR ISSO QUE NÃO PODEMOS RECONHECER O POVO JUDEU”

Fonte: Media-Press.Info – Tradução: Dominus Est

Entrevista com o Papa São Pio X, relatada por Theodore Herzl, pai do sionismo, em seu jornal em 25 de janeiro de 1904:

Fui levado à casa do papa através de um grande número de pequenos salões. Ele me recebeu de pé e estendeu a mão, que eu não beijei (…).
Apresentei-lhe brevemente meu caso. Ele respondeu em um tom severo e categórico (…):

Nós não podemos apoiar esse movimento [sionista]. Não podemos impedir os judeus de irem a Jerusalém, mas não podemos de forma alguma apoiar isso. Mesmo que nem sempre fosse santa, a terra de Jerusalém foi santificada pela vida de Jesus Cristo. Como chefe da Igreja, não posso lhe dizer outra coisa. Os judeus não reconheceram Nosso Senhor, e é por isso que não podemos reconhecer o povo judeu. (…)

Eis aí, pensei, o antigo conflito que recomeça entre Roma e Jerusalém; ele representa Roma, eu Jerusalém. (…)

Mas o que o senhor diz, Santo Padre, sobre a situação atual? – perguntei.

Sei muito bem que é desagradável ver os turcos de posse de nossos lugares santos”, respondeu ele. Somos forçados a suportar. Mas apoiar os judeus para que possam obtê-los – os Lugares Santos – é algo que não podemos fazer.

Enfatizei que nossa motivação era o sofrimento dos judeus e que pretendíamos deixar de lado questões religiosas.

Sim, disse ele, “mas nós, e especialmente eu como chefe da Igreja, não podemos. Dois casos podem surgir: Continuar lendo

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

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Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que postamos sobre o Santo:

SÃO PIO X CONTRA O SIONISMO: “OS JUDEUS NÃO RECONHECERAM NOSSO SENHOR, É POR ISSO QUE NÃO PODEMOS RECONHECER O POVO JUDEU”.

Fonte: Media-Press.Info – Tradução: Dominus Est

Entrevista com o Papa São Pio X, relatada por Theodore Herzl, pai do sionismo, em seu jornal em 25 de janeiro de 1904:

Fui levado à casa do papa através de um grande número de pequenos salões. Ele me recebeu de pé e estendeu a mão, que eu não beijei (…).
Apresentei-lhe brevemente meu caso. Ele respondeu em um tom severo e categórico (…):

Nós não podemos apoiar esse movimento [sionista]. Não podemos impedir os judeus de irem a Jerusalém, mas não podemos de forma alguma apoiar isso. Mesmo que nem sempre fosse santa, a terra de Jerusalém foi santificada pela vida de Jesus Cristo. Como chefe da Igreja, não posso lhe dizer outra coisa. Os judeus não reconheceram Nosso Senhor, e é por isso que não podemos reconhecer o povo judeu. (…)

Eis aí, pensei, o antigo conflito que recomeça entre Roma e Jerusalém; ele representa Roma, eu Jerusalém. (…)

Mas o que o senhor diz, Santo Padre, sobre a situação atual? – perguntei.

Sei muito bem que é desagradável ver os turcos de posse de nossos lugares santos”, respondeu ele. Somos forçados a suportar. Mas apoiar os judeus para que possam obtê-los – os Lugares Santos – é algo que não podemos fazer.

Enfatizei que nossa motivação era o sofrimento dos judeus e que pretendíamos deixar de lado questões religiosas.

Sim, disse ele, “mas nós, e especialmente eu como chefe da Igreja, não podemos. Dois casos podem surgir: Continuar lendo

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

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Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que postamos sobre o Santo:

HOMENAGEM A SÃO PIO X POR OCASIÃO DO 65º ANIVERSÁRIO DE SUA CANONIZAÇÃO

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Em 29 de maio de 1954, há 65 anos, o papa Pio XII canonizava o papa Pio X diante de uma inumerável multidão. Esta canonização mostrou-se extraordinária, pois fez remontar a 1712 – ano em que Clemente XI inscreveu no catálogo dos santos o nome de Pio V, o Papa do Rosário, de Lepanto e da Missa – para assim ver exaltada a figura de um soberano pontífice. 

Através de São Pio X, papa de 1903 a 1914, Pio XII quis dar um exemplo para toda a Igreja da santidade do cabeça, uma “santidade papal” [1] capaz de guiar as ovelhas em tempos difíceis. No resumo da beatificação (3 de junho de 1951), Pio XII enumerou os principais traços dignos da atenção e admiração das multidões:

1- A preocupação com a santidade do clero,pedra angular para renovar todas as coisas em Cristo, segundo seu sublime lema [2]. Pio X quis um clero caracterizado pela sua piedade, sua obediência e sua ciência.  

2 – A renovação dos estudos eclesiásticos. Pio X exorta os filósofos cristãos a defenderem a verdade sob a bandeira de Santo Tomás de Aquino. Ele fundou, em Roma, o Pontifício Instituto Bíblico, encorajou as ciências teológicas, uma exegese inspirada e uma pregação cuidadosa por parte do clero. 

3 – A preocupação da salvação eterna das almas. Se Pio X queria um clero santo, era para a instrução dos fiéis a quem dava um catecismo, destinado tanto a adultos quanto a crianças. Para estes, ele permanecerá sendo sempre o Papa da Eucaristia, favorecendo a comunhão precoce, mas também – e para todos – a comunhão frequente e mesmo cotidiana. 

4 – A defesa da fé íntegra e pura. As falsas doutrinas que sintetizavam um conjunto de erros foram desmascaradas sob o nome de modernismo, e sabiamente reprimidas (Encíclica Pascendi, 8 de setembro de 1907). Nestas circunstâncias, como em seu combate contra as leis anti-clericais e a laica separação dos Estados, São Pio X foi, nas palavras do Pastor angelico, um “mestre infalível da fé”, o “vingador intrépdo da religião” e ” guardião da liberdade da Igreja “. Continuar lendo

ENCÍCLICA IL FERMO PROPOSITO – PARA O ESTABELECIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA AÇÃO CATÓLICA

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CARTA ENCÍCLICA DE SUA SANTIDADE PAPA PIO X

Tradução: Dominus Est

Aos Veneráveis Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos, e todos os Bispos do Orbe Católico em comunhão com a Sé Apostólica:

Dirigida aos Bispos da Itália para o estabelecimento e desenvolvimento da Ação Católica, associação leiga para a propagação católica religiosa no mundo secular

Veneráveis Irmãos: Saudação e Bênção Apostólica,

O firme propósito, que havíamos concebido desde o primórdio do Nosso Pontificado, de querer consagrar todas as forças que a benignidade do Senhor se digne a nos conceder para a restauração de todas as coisas em Cristo, desperta em nosso coração uma grande confiança na poderosa graça de Deus, sem a qual não podemos pensar ou empreender aqui na terra nada de grande ou fecundo para a salvação das almas. Ao mesmo tempo, no entanto, sentimos viva mais do que nunca a necessidade de sermos secundados unanimemente e constantemente nessa nobre empresa de vós, Veneráveis Irmãos, chamados a participar do Nosso ofício pastoral; por todos os membros do clero e por cada um dos fiéis confiados a vossos cuidados. Com efeito, todos nós da Igreja de Deus somos chamados a formar um único corpo cuja cabeça é Cristo; corpo que, conforme ensina o Apóstolo Paulo, é“coordenado e unido por meio de todos os ligamentos que o servem, segundo uma operação proporcionada a cada membro, [e] opera o próprio crescimento, em ordem à sua edificação na caridade”(Ef 4, 16).E se, nessa obra de “edificação do Corpo de Cristo”,nosso primeiro dever é o de ensinar; de indicar o reto caminho a seguir e os meios para consegui-lo; de admoestar e de exortar paternalmente; é também dever de todos Nossos caríssimos filhos ao redor do mundo ouvir Nossos conselhos e de aplicá-los antes em si mesmos e cooperar eficazmente para que esses conselhos também sejam comunicados aos demais, cada um conforme a graça que recebeu de Deus, conforme seu estado e suas funções e conforme o zelo que inflamar em seu coração.

Aqui Nós queremos somente relembrar essas múltiplas obras de zelo para o bem da Igreja, da sociedade e dos indivíduos particulares — comumente designadas pelo nome de Ação Católica — que, pela graça de Deus, florescem em todos os lugares e que abundam também na nossa Itália. Bem compreendeis, Veneráveis Irmãos, quão queridas devem ser para Nós e o quanto desejamos intimamente vê-las consolidadas e favorecidas. Não somente em várias ocasiões tratamos em conversas acerca delas, ao menos com alguns de vós e com seus principais representantes na Itália, quando nos ofereciam pessoalmente a homenagem da sua devoção e de seu afeto filial, como também publicamos Nós mesmos sobre esse assunto, ou fizemos publicar com Nossa autoridade, vários documentos que todos já conheceis. É verdade que algumas dessas publicações, conforme pediam as circunstâncias, para Nós dolorosas, eram sobretudo dirigidas à remoção de obstáculos ao diligente desenvolvimento da ação católica e para condenar certas tendências indisciplinadas, que, com grave dano à causa comum, iam se insinuando. Mas Nosso coração esperava pela hora de dirigir-vos também uma palavra de paterno conforto e de exortação, com o fim de que neste terreno, pelo que Nos toca, já livre de impedimentos, continue-se na edificação e no crescimento mais amplo possível do bem. Portanto, é para Nós muito gratificante fazê-lo agora por meio desta Nossa carta para a comum consolação, na certeza de que Nossas palavras serão por todos docilmente ouvidas e obedecidas.

A AÇÃO DOS CATÓLICOS

a) Na ordem sobrenatural

Vastíssimo é o campo da ação católica, que por si mesma não exclui nada de quanto, de algum modo, direto ou indireto, pertença à divina missão da Igreja. Facilmente se reconhece a necessidade da participação individual à tão importante obra, não somente para a santificação de nossas almas, mas também para difundir e dilatar cada vez mais o Reino de Deus nos indivíduos, nas famílias e na sociedade, procurando cada um, na medida de suas forças, o bem do próximo por meio da difusão da verdade revelada, com o exercício das virtudes cristãs e com as obras de caridade ou de misericórdia espiritual ou corporal. Este é aquele caminhar digno de Deus ao qual nos exorta São Paulo, de forma que a Ele agrademos em tudo, frutificando em toda a boa obra e crescendo na ciência de Deus: “a fim de que andeis de um modo digno do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra e crescendo na ciência de Deus”(Col 1, 10).
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SÃO PIO X, SANTO PROVIDENCIAL DOS TEMPOS MODERNOS

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Fonte: Hojitas de Fe, 211, Festas do Santoral, Seminário Nossa Senhora Corredentora, FSSPX – Tradução: Dominus Est

Quando Pio XII canonizou São Pio X, em 29 de maio de 1954, não deixou de chamar-lhe repetidamente, no discurso de canonização, “o santo dado pela Providência para a nossa época”, “o santo providencial do tempo presente”, “o santo providencial de nossos tempos”. E, de fato, na pessoa de São Pio X podemos ver, em ordem à Igreja, uma tríplice Providência de Deus:

  • A Providência pela qual o retira de uma humilde família de Riese, conduzindo-o por todos os graus e cargos da hierarquia, até estabelecê-lo no Sumo Pontificado.
  • A Providência pela qual a sua ação não se limita ao tempo de sua vida, mas que perdura nos tormentosos tempos posteriores.
  • A Providência pela qual o Supremo Magistério reconhece a ação providencial de José Sarto, de Pio X, e a confirma.

1 – Providência primeira

Podemos vê-la assinalada nas palavras do Introito da Festa de São Pio X: “Do meio do povo tirei o meu eleito; ungi-o com o meu óleo santo; a minha mão o sustentará, e o meu braço lhe dará firmeza”.

É admirável ver como Deus, de maneira suave, mas precisa, vai guiando a esse humilde filho de um oficial, que nem sequer tem com que pagar os estudos, por todos os graus da hierarquia: exemplar seminarista entre seus companheiros, depois vigário em Tombolo (9 anos), pároco de Salzano (9 anos), cônego de Treviso, diretor espiritual do seminário desta mesma diocese, chanceler secretário do bispo (8 anos), bispo de Mântua (9 anos), cardeal e patriarca de Veneza (9 anos). Uma longa preparação de 45 anos de sacerdócio, e de 19 anos de vida episcopal, dedicada às necessidades das almas, da formação sacerdotal, da Igreja, dos erros e perigos que a combatem, e dos melhores meios para promover a difusão e a defesa da fé e da Igreja. Continuar lendo

A PASCENDI EXPLICADA – LUZES DA ENCÍCLICA PARA OS CATÓLICOS DE HOJE

Pelo Pe. Joël Danjou, FSSPXResultado de imagem para pascendi

“Julgamos oportuno escrever-vos estas coisas, Veneráveis Irmãos, a bem da salvação de todos os fiéis.”

Papa São Pio X

Introdução: Cem anos depois: o modernismo ainda mata

Quando voltei a ler a encíclica “Pascendi” (08/09/1907) de São Pio X, tive um profundo sentimento de agradecimento para com o último Papa canonizado. Esse documento é uma pedra angular na defesa verdadeira e equilibrada do catolicismo. Tem a assinatura de um Papa Santo, cheio de Fé e de Caridade. Lembra a voz do Bom Pastor, reconhecida pelas ovelhas. Lembra que não existe pregação caritativa da Verdade sem condenação explícita dos erros e heresias.

O santo Papa do século XX nos entrega nesta encíclica um trabalho fundamental, preciso e paciente. Explica para os católicos, com uma precisão que maravilha, todo o sistema modernista. Define o erro com as palavras adequadas e mostra a raiz do mal. Encontrada a raiz do mal, as soluções e os remédios seguem naturalmente.  

Prezado leitor, o modernista não é utópico, sonhador, idealista. Isso é a sua aparência exterior. O modernista é visceralmente orgulhoso. Orgulhoso na sua inteligência e também na sua vontade. O modernismo é um sistema que mente ao homem sobre a realidade da sua natureza. Atribui ao homem faculdades que não são de seu alcance. Diz assim que: “a religião, no homem Jesus Cristo assim como em nós, é fruto inteiramente espontâneo da natureza.”. E São Pio X conclui: “Nada pode vir mais a propósito para dar cabo de toda a ordem sobrenatural.”. Mas ao mesmo tempo o modernismo recusa reconhecer outras faculdades que são próprias a todos os homens quando conhecem uma coisa qualquer ou uma realidade. Nega a capacidade da inteligência humana de conhecer a natureza, a essência das coisas. Pela abstração a inteligência humana conhece muito mais do que a cor do pôr-do-sol! Conhece a beleza do pôr-do-sol. 

Dessa maneira, o modernista conhece apenas a cor da religião e nada de sua beleza e grandeza essencial. Conhecem ainda as palavras típicas da religião católica, mas sem poder dar definições definitivas a cada uma delas. Usam as palavras Missa, Deus, alma, graça, religião, fé, dogma, tradição para se servir delas e defini-las segundo a experiência religiosa de cada um! O modernismo não quer mais receber de Deus a religião, mas construir uma que o ‘elevará’ até a divinização do Homem pelo Homem. Continuar lendo

CAUSAS E TÁTICAS MODERNISTAS

Para mais a fundo conhecermos o modernismo e o mais apropriado remédio acharmos para tão grande mal, cumpre agora, Veneráveis Irmãos, indagar algum tanto das causas donde se originou e porque se tem desenvolvido. Não há duvidar que a causa próxima e imediata é a aberração do entendimento. As remotas, reconhecemo-las duas: o amor de novidades e o orgulho. O amor de novidades basta por si só para explicar toda a sorte de erros. Por esta razão o Nosso sábio predecessor Gregório XVI, com toda a verdade escreveu (Encicl. “Singulari Nos” 7/07/1834): «Muito lamentável é ver até onde se atiram os delírios da razão humana, quando o homem corre após as novidades e, contra as admoestações de São Paulo, se empenha em saber mais do que convém e, confiando demasiado em si, pensa que deve procurar a verdade fora da Igreja Católica, onde ela se acha sem a menor sombra de erro». Contudo, o orgulho tem muito maior força para arrastar ao erro os entendimentos; e é o orgulho que, estando na doutrina modernista como em sua própria casa, aí acha à larga de que se cevar e com que ostentar as suas manifestações.

Efetivamente, o orgulho fá-los confiar tanto em si que se julgam e dão a si mesmos como regra dos outros. Por orgulho loucamente se gloriam de ser os únicos que possuem o saber, e dizem desvanecidos e inchados: Nós cá não somos como os outros homens. E, de fato, para o não serem, abraçam e devaneiam toda a sorte de novidades, até das mais absurdas. Por orgulho repelem toda a sujeição, e afirmam que a autoridade deve aliar-se com a liberdade.

Por orgulho, esquecidos de si mesmos, pensam unicamente em reformar os outros, sem respeitarem nisto qualquer posição, nem mesmo a suprema autoridade. Para se chegar ao modernismo não há, com efeito, caminho mais direto do que o orgulho. Se algum leigo ou também algum sacerdote católico esquecer o preceito da vida cristã, que nos manda negarmos a nós mesmos para podermos seguir a Cristo, e se não afastar de seu coração o orgulho, ninguém mais do ele se acha naturalmente disposto a abraçar o modernismo! – Seja portanto, Veneráveis Irmãos, o vosso primeiro dever   resistir a esses homens soberbos, ocupá-los nos misteres mais humildes e obscuros, a fim de serem tanto mais deprimidos  quanto mais se enaltecem, e, postos na ínfima plana, tenham menor campo a prejudicar. Além disto, por vós mesmos ou pelos reitores dos seminários, procurai com cuidado conhecer os jovens que se apresentam candidatos às fileiras do clero; e se algum deles for de natural orgulhoso, riscai-o resolutamente do número dos ordinandos. Neste ponto, quisera Deus que se tivesse sempre agido com a vigilância e fortaleza que era mister! Continuar lendo

03 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

A festa de São Pio X, patrono titular da Fraternidade, acontece em 3 de setembro e é especialmente homenageada nas capelas da FSSPX como festa de primeira classe.

Fonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est

Desta forma, a festa é celebrada com uma comemoração no domingo, de acordo com as rubricas do Missal Romano. São Pio X foi canonizado pelo Papa Pio XII em 29 de maio de 1954 e uma Missa especial ( Extuli eleum ) foi composta em sua homenagem.

Exaltei aquele que escolhi do meu povo e consagrei com a minha santa unção: minha mão estará sempre com ele e meu braço o sustentará “(Introito). Foi Cristo quem escolheu São Pedro e é Cristo quem fala neste Introito de Sua escolha por Giuseppe Sarto para ser o sucessor de São Pedro. O lema do santo, de “Instaurar todas as coisas em Cristo”, está inscrito na petição da Coleta. Sua humildade, seu espírito inocente e amoroso que ele promoveu a causa do Evangelho é trazido à nossa atenção na Epístola: “…fizemo-nos pequenos entre vós, como a mãe que cerca de ternos cuidados os seus filhos … ansiosamente desejávamos dar-vos não só o Evangelho de Deus mas ainda as nossas próprias vidas, porquanto nos éreis muito queridos“.

Há mais do que uma referência velada à sua posição contra o Modernismo no Gradual, “Não ocultei, no fundo de meu coração, a vossa justiça…”, nem aos seus esforços em favor da comunhão sagrada precoce e freqüente no Aleluia, no Ofertório e na antífona da Comunhão: “Vinde meus filhos, escutai-meMinha carne é verdadeiramente comidaDiante de mim preparais uma mesa“. Devemos ter, acima de tudo em nossa mente, seu grandioso trabalho em nome da sagrada liturgia quando ouvimos Jesus lhe pedir: “Apascente meus cordeiros, apascente meus cordeiros, apascente minhas ovelhas ” (Evangelho).

Pe. P. Parsch, 1958, adaptado e abreviado.

Outros dois textos que publicamos sobre essa Festa os senhores podem ler aqui e aqui.

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

PIO X, que a Igreja Católica, pela voz de Sua Santidade o Papa Pio XII, proclamou Santo, é o 78º Papa que a Igreja incluiu no catálogo dos Santos.
Transcorridos os 11 dias de orações, prescritos para sufrágio da alma do Papa Leão XIII, recém-falecido, os cardeais da Santa Igreja (em número de 62, na época) iniciaram o Conclave com o objetivo de eleger o novo Papa. Os primeiros escrutínios indicavam a escolha do Cardeal Rampolla, – que fora colaborador direto de Leão XIII. – Mas no dia 1º de agosto foi comunicado aos cardeais, no Conclave, o veto do Imperador da Áustria, Francisco José. Veto que, segundo uma tradição, poderia ser exercido pelo Imperador austríaco.
Devido a isso, o Cardeal Giuseppe Sarto, de Veneza, passou a ser o preferido. Entretanto, num exercício de autêntica humildade, pedia aos cardeais que nele não votassem. Mas ele era o escolhido também pela Divina Providência. No sétimo turno da votação, o Cardeal Sarto, por insistência de vários de seus pares no Sacro Colégio, acabou aceitando e foi eleito o 259º sucessor de São Pedro, por 50 votos a seu favor, no dia 4 de agosto de 1903.

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CARTA ENCÍCLICA ACERBO NIMIS

Sobre o Ensino do Catecismo.

Aos Veneráveis Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos, Bispos  e Mais Ordinários em Paz e Comunhão com a Santa Sé Apostólica:  Sobre o Ensino do Catecismo.

Veneráveis Irmãos:

Saúde e Bênção Apostólica.

1 – Pelos inescrutáveis desígnios de Deus fomos elevados de nossa pequenez ao cargo de Supremo Pastor do Rebanho de Cristo, em dias bem críticos e amargos, pois o antigo inimigo anda em redor deste Rebanho e lhe arma laços em tão pérfida astúcia, que hoje, principalmente, parece haver-se cumprido aquela profecia do Apóstolo aos anciãos da Igreja de Éfeso: “Sei que… vos hão de assaltar lobos vorazes, que não pouparão o Rebanho” (At 20,29). Dos males que afligem a Religião não há quem, animado de zelo pela Glória divina, deixe de investigar as causas e razões, acontecendo que, como as encontra cada qual diversas, proponha diferentes meios, de acordo com a sua opinião pessoal, para defender e restaurar o Reino de Deus na Terra. Não proscrevemos, Veneráveis Irmãos, os pareceres alheios, mas estamos com os que pensam que esta depressão e debilidade das almas, de que derivam os maiores males, provêm, principalmente, da ignorância das Coisas Divinas. Esta opinião concorda inteiramente com o que o Deus mesmo declarou pelo Profeta Oséias: “Não há conhecimento de Deus na Terra. A maldição e a mentira, e o homicídio e o roubo e o adultério tudo inundaram; o sangue junta-se ao sangue e por causa disto a Terra se cobrirá de luto e todos os seus moradores desfalecerão” (Os 4,1-3).

Necessidade da Instrução

2 – Quão fundadas são, desgraçadamente, estas lamentações, hoje, que existe tão crescido número de pessoas, entre o Povo Cristão, que ignoram totalmente as coisas que é mister conhecer para conseguir a Salvação Eterna! Ao dizer – Povo Cristão – não nos referimos somente à plebe, ou às classes inferiores – às quais servem de escusa o acharem-se com freqüência submetidas a homens tão duros que lhes não deixam tempo nem para cuidar de si mesmas, nem das coisas que se referem à sua alma – mas e principalmente falamos daqueles aos quais não falta entendimento nem cultura e até se mostram dotados de profana erudição, apesar de que em coisas de Religião vivem da maneira mais temerária e imprudente que imaginar se possa. Continuar lendo

PRÉ LANÇAMENTO: ENCÍCLICA PASCENDI DOMINI GREGIS

Encíclica Pascendi Dominici Gregis - Sobre as Doutrinas ModernistasUm dos mais importantes documentos do Papa São Pio X, a célebre Encíclica Pascendi Dominici Gregis foi promulgada em 8 de setembro de 1907.

São Pio X, nesta Encíclica, condena o movimento modernista, denominando-o como a “síntese de todas as heresias”, numa época em que esse movimento começava a se infiltrar nos meios católicos, com o objetivo de relativizar, e até mesmo deturpar o ensinamento do magistério tradicional e infalível da Igreja, procurando levar os católicos incautos a aceitarem os erros do mundo moderno.

Para facilitar o estudo da Pascendi, e consequentemente para um melhor entendimento sobre o modernismo, apresentamos, como introdução, um artigo do ilustre Padre Leonel Franca, publicado em 1926, com comentários e explicações importantes sobre a Encíclica.

Embora tenha se passado mais de um século da condenação do modernismo por São Pio X, consideramos de extrema importância a atualidade deste assunto, tendo em vista que a heresia modernista renasceu e se multiplicou nos meios católicos nas últimas décadas, configurando-se como um dos fundamentos da atual crise na Igreja.

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JURAMENTO ANTI-MODERNISTA

PIOA ser proferido por todos os membros do clero, pastores, confessores, pregadores, superiores religiosos e professores em seminários de filosofia e teologia.

Eu, N.N., abraço e aceito firmemente todas e cada uma das coisas que foram definidas, afirmadas e declaradas pelo magistério inerrante da Igreja:

Principalmente aqueles pontos de doutrina que diretamente se opõem aos erros do tempo presente.

1 – E em primeiro lugar: professo que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser certamente conhecido e, portanto, demonstrado, como a causa por seus efeitos, pela luz natural da razão, mediante as coisas que foram feitas (Rom 1,20), isto é, pelas obras visíveis da criação;

2 – Em segundo lugar: admito e reconheço como sinais certíssimos da origem divina da religião cristã os argumentos externos à Revelação, isto é, os feitos divinos, e em primeiro lugar os milagres e profecias, e sustento que são sobremaneira acomodados à inteligência de todas as idades e dos homens, mesmo os deste tempo;

3 – Em terceiros lugar: creio igualmente com fé firme que a Igreja, guardiã e mestra da palavra revelada, foi próxima e diretamente instituída pelo próprio Cristo, verdadeiro e histórico, enquanto vivia entre nós, e que foi edificada sobre Pedro, príncipe da hierarquia apostólica, e sobre seus sucessores para sempre;

4 – Em quarto lugar: aceito sinceramente a doutrina da fé transmitida até nós desde os Apóstolos por meio dos Padres ortodoxos, sempre no mesmo sentido e na mesma sentença; e, portanto, rechaço de ponta a ponta a invenção herética da evolução dos dogmas, que passariam de um sentido a outro diverso do qual primeiramente a Igreja sustentou. Igualmente condeno todo erro, pelo qual, ao depósito divino entregue à Esposa de Cristo para que por ela seja fielmente guardado, substitui-se uma invenção filosófica ou uma criação da consciência humana, lentamente formada pelo esforço dos homens e que, posteriormente, deve se aperfeiçoar por um progresso indefinido. Continuar lendo

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

sao_pio_x1Biografia Breve

Considerado o Papa do Santíssimo Sacramento, Giuseppe Sarto nasceu em Riese, Treviso, Veneza. O glorioso São Pio X morreu em 1914, pouco antes da Primeira Guerra Mundial, depois de ter sido Papa por 11 anos.

Foi uma alma escolhida para ser o vigoroso oponente de todo Liberalismo que tentou nos tempos modernos entrar na Igreja Católica para levar por água a baixo os seus dogmas e para associar os católicos às irmandades sem nenhuma relação com Jesus ou com a Divina Maternidade de Maria.

São Pio X foi o grande Papa da Comunhão para todos, e para as crianças. Nenhuma influência política poderia fazê-lo alterar sua missão de Vigário de Cristo na terra e único legislador do mundo em tudo o que é pertinente a Deus.

Chegou ao papado seguindo cada simples passo que um padre pode dar. Foi o primeiro papa a ascender através de todas as ordens menores e maiores. De infância pobre como um dos oito filhos de um sapateiro de aldeia, sentiu o chamado para o sacerdócio na sua juventude; estudou em Padua, e foi reconhecido estudante extraordinário. Foi cura em Tombolo, pároco em Salzano, em Treviso foi canonista e diretor espiritual do seminário. Foi Bispo de Mântua (região da Família de São Luiz Gonzaga), patriarca de Veneza e Papa de Roma. Continuar lendo