FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

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Festa do Sagrado Coração de Jesus

O Sagrado Coração de Jesus

O Sagrado Coração de Jesus – pelo Pe. Pe. Patrick de La Rocque, FSSPX

As promessas do Sagrado Coração De Jesus

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus

Exortação à prática mais pura e mais extensa do culto ao Sagrado Coração de Jesus

Nascimento e desenvolvimento progressivo do culto ao Sagrado Coração de Jesus

Participação ativa e profunda que teve o Sagrado Coração de Jesus na missão salvadora do Redentor

Legitimidade do Culto ao Santíssimo Coração de Jesus segundo a doutrina do Novo Testamento e da Tradição

Fundamentos e prefigurações do culto ao Sagrado Coração de Jesus no Antigo Testamento

O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – PELO PE. PATRICK DE LA ROCQUE, FSSPX

Neste mês que Lhe é dedicado, eis o Coração divino, para sempre aberto, eis a chaga que o Ressuscitado quis guardar e nos mostrar.

Fonte: Lou Pescadou nº 222 – Tradução: Dominus Est

Quando, em 27 de dezembro de 1673, Nosso Senhor manifestou o Seu Sagrado Coração a Santa Margarida-Maria Alacoque na capela de Paray-le-Monial, Ele o fez sob características muito específicas e doravante notórias. A coroa de espinhos o cobria, a cruz o sobrepunha, a ferida em seu lado estava aberta. Tudo isso parecia como um trono de chamas. E Nosso Senhor acrescentou que onde quer que esta imagem fosse exposta para ser honrada, Ele espalharia suas graças e suas bênçãos. Honrar essa imagem requer uma compreensão do seu significado, que é tão revelador.

A primeira característica apresentada, embora que exterior ao Sagrado Coração, é a coroa de espinhos. Estes espinhos, símbolos da maldição herdada do pecado original (cf. Gn 3, 17-18), manifestam quanto Nosso Senhor se encarnou para se tornar maldição por nós (Gl 3, 13), ou seja, para tomar sobre si as nossas culpas, a fim de expiá-las Nele. Honrar o Sagrado Coração requer, portanto, em primeiro lugar, como Madalena, a penitente, entregar-Lhe os nossos pecados, desapegar-nos deles aos Seus pés, cheios de arrependimento e confusão. “Dá-me os teus pecados“, implorou Nosso Senhor a São Jerônimo…

Tal perspectiva dificilmente assustava a pequena Teresa de Lisieux: “Como é que, quando se lança as próprias faltas, com confiança filial, no fogo do Amor, elas não podem ser consumidas sem um retorno?” E esse é, de fato, a característica mais marcante do Sagrado Coração de Jesus: uma chama de amor! Oprimido, abraçado pelos nossos pecados até a agonia, brota dela não uma justiça vingativa, mas a sua mais bela jóia, o último segredo que Nele habita: um amor infinito, ao mesmo tempo de justiça para o seu Pai e de misericórdia para nós. Eis o significado das chamas e da cruz que aí se encontram. Oferecendo a seu Pai toda a piedade filial que lhe havíamos ultrajantemente negado, vivendo esta obediência de amor infinito até a morte, Jesus destrói a acta de nossa condenação (Col 2, 14), merecendo-nos um perdão divino sem qualquer outro limite que não seja o da nossa verdadeira contrição. Continuar lendo

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI

Clique aqui e ouça o belíssimo ofício Adoro Te Devote, composto por Santo Tomás de Aquino a pedido do Papa Urbano IV, no século XIII, por ocasião da promulgação da Festa de Corpus Christi através da Bula “Transiturus de hoc mundo”.

Jesus Cristo habita conosco no Santíssimo Sacramento?

Ó sagrado convite em que se recebe a Cristo:
renova-se a memória de sua Paixão;
a alma se plenifica de graça,
e nos é dado um penhor da glória futura.

Fonte: Hojitas de Fe, 200, Seminário Nossa Senhora Corredentora, FSSPX
Tradução: 
Dominus Est

Nas Vésperas da festa de Corpus Christi cantamos esta linda antífona, escrita (como todo o Ofício do Santíssimo Sacramento) por Santo Tomás de Aquino, e carregada de significado teológico.

Com efeito, Santo Tomás nos ensina na Suma Teológica (III, 60, 3) que todo sacramento, especialmente o da Eucaristia, é um sinal sensível que significa a nossa santificação, na qual podemos considerar três coisas: 1º a própria causa da santificação, que é a Paixão de Cristo; 2º sua essência mesma, que é a graça; 3º seu fim último, que é a vida eterna.

E assim, a Sagrada Eucaristia é um sinal rememorativo da Paixão de Cristo; um sinal demonstrativo do que se realiza em nossas almas pela Paixão de Cristo, a saber, a graça; e um sinal prenunciativo da glória futura. Consideremos, pois, cada um desses três pontos.

1º A Sagrada Eucaristia – sinal rememorativo da Paixão de Cristo

Esta é uma das verdades fundamentais que se nos quer fazer esquecer hoje, quando nos apresentam a Sagrada Eucaristia somente sob o aspecto da comunhão ou de ceia. No entanto, a Sagrada Eucaristia deve ser apreciada e considerada também sob outro aspecto, mais importante, que é o de sacrifício. A Sagrada Eucaristia não é tão somente uma comunhão com o Corpo e Sangue de Cristo; é, antes de tudo, a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário. Ambos os aspectos são inseparáveis. Sem Sacrifício não haveria Sacramento: uma vez que Cristo faz-se presente sob as espécies de pão e vinho para ser imolado. Da mesma forma, sem Sacramento não há Sacrifício: porque, para que haja sacrifício, é necessária a presença da Vítima e porque a integridade do Sacrifício exige a comunhão com a Vítima sob o aspecto de Sacramento.

E para nos mostrar de maneira sensível a íntima união entre os dois aspectos, a Igreja sempre manteve juntos o sacrário e o altar. Desgraçadamente, por quase cinquenta anos agora, nas igrejas passou-se a separar o tabernáculo do altar; o Santíssimo, que anteriormente tinha seu trono solene no meio da igreja, no centro, onde todos os olhos imediatamente o viam, foi relegado para o lado, às vezes para um canto, quando não há que se voltar para tentar localizar a lâmpada que indica sua presença. Querem fazer-nos esquecer que a Eucaristia é, em primeiro lugar, sacrifício. Qual é a triste consequência disso? Uma vez destruída a noção católica da Missa, uma vez perdida a ideia de sacrifício, acaba mesmo por perder-se a noção de presença real. Já não se crê na presença eucarística; reduziu-se a uma simples presença espiritual, uma simples memória… Continuar lendo

O HOMEM É UM ANIMAL POLÍTICO

Enluminure du XVe s. ornant une traduction française de la Cité de Dieu de saint Augustin, réalisée sur les instructions de Robert Gaguin, général de l'ordre des trinitaires († 1501) par Maitre François. Source : BNF - Cette partie inférieure représente la cité terrestre où sont mêlés les sept péchés capitaux et les vertus contraires : orgueil & humilité, luxure & chasteté, gourmandise & sobriété, avarice & libéralité, paresse & diligence, colère (ire) & patience, envie & miséricorde

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Caros amigos e benfeitores,

O homem é um animal político.

Esta frase de Aristóteles, que Santo Tomás de Aquino repete frequentemente, significa que o ser humano não é, de modo algum, um átomo isolado, uma “mônada” que não tem qualquer relação com ninguém. Pelo contrário, o homem só existe dentro de um campo de relações humanas que o constituem e lhe permitem evoluir, progredir.

Na linha de frente dessas relações constitutivas de um ser humano estão, obviamente, seus pais, sem os quais ele simplesmente não existiria, mas também sem os quais não seria alimentado, vestido, cuidado, tratado, ensinado, educado, protegido, etc. Sobre o pequeno ser que acaba de nascer, mas que morreria rapidamente se fosse entregue à sua sorte, se debruçam boas fadas auxiliadoras, que constituem a sociedade familiar.

Contudo, os bens úteis e necessários ao ser humano são tão numerosos e variados que a sociedade familiar, por mais útil que seja, não é suficiente para fornecê-los à criança de modo certo e regular. Entre alimentação, vestuário, cuidados médicos, linguagem, aprendizado da vida, confecção de utensílios, habitação, o parentesco, mesmo estendido aos antepassados, tios e tias, primos, muitas vezes será incapaz de fornecer ao pequeno tudo o que ele precisa. E é por isso que as famílias são auxiliadas em suas tarefas por diversas estruturas, como o comércio, empresas, associações, etc. Continuar lendo

JUNHO – MÊS DEDICADO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Santa Margarida Maria: A grande mensageira do Sagrado Coração de ...

O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

AS PROMESSAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

FUNDAMENTOS E PREFIGURAÇÕES DO CULTO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NO ANTIGO TESTAMENTO

LEGITIMIDADE DO CULTO AO SANTÍSSIMO CORAÇÃO DE JESUS SEGUNDO A DOUTRINA DO NOVO TESTAMENTO E DA TRADIÇÃO

PARTICIPAÇÃO ATIVA E PROFUNDA QUE TEVE O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NA MISSÃO SALVADORA DO REDENTOR

EXORTAÇÃO À PRÁTICA MAIS PURA E MAIS EXTENSA DO CULTO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

“O DEVER DOS FIÉIS PARA A RESTAURAÇÃO DO REINO SOCIAL DE JESUS CRISTO”

ESTE CAPÍTULO FOI RETIRADO DO LIVRO ORIGINAL: LA ROYAUTÉ SOCIALE DE N.S . JÉSUS-CHRIST D ‘ APRÈS LE CARDINAL PIE- PE . THEOTIME DE S. JUST 

NIHIL OBSTÁT KR. EVARISTUS A LUGOUNO, Cens. dep. Cristae, 25 Martii 1925.IMPRIMI POT EST KR. KUNESTUS A S ° STEPHOJO, Min. Prov.
Lugduni, 13 Aprilis 1920.IMPRIMATUR J. CAMVKT.
Vic. gen. Namurci, 5 Oecembris 1925.

Tradução: Witor Lira

CAPÍTULO I:

O DEVER DOS FIÉIS PARA A RESTAURAÇÃO DO REINO SOCIAL DE JESUS CRISTO

A família e a prática pública do culto cristão-A afirmação da sua fé na vida pública e na sua vida social. Afirmação da sua fé na vida pública e nas suas relações sociais. – Oração para o reino social.

O primeiro dever dos fiéis, para ajudar a restauração social-cristã, é sobretudo fazer reinar Jesus Cristo em suas mentes por meio da instrução religiosa.

“A única esperança de nossa regeneração social, diz o bispo Pie, repousa no estudo da religião… o primeiro passo de volta para a paz e a felicidade será “o retorno à ciência do cristianismo.” [1]

O Bispo Pie insiste neste ponto que é essencial para ele, porque, aos seus olhos, o renascimento social-cristão da França está intimamente ligado ao renascimento catequético. Em quatro sermões pregados na catedral de Chartres, explicou longamente aos fiéis a importância do estudo da religião e indicou-lhes os método a ser utilizado neste estudo. [2]

Estes sermões do jovem vigário da catedral de Chartres, dados em 1840, ainda são notavelmente atuais, e não conhecemos nada mais claro e mais persuasivo. Ao relê-los, todos os fiéis serão fortemente encorajados a dar em suas vidas o primeiro lugar à instrução religiosa.

Com efeito, como não ser tocado por palavras tão verdadeiras e tão fortes? Continuar lendo