VOTOS, TOMADA DE HÁBITOS E COMPROMISSOS DOS IRMÃOS E SEMINARISTAS DA FSSPX EM LA REJA E ZAITZKOFEN – 2024

No domingo, 29 de setembro de 2024, quando a Igreja celebra a Festa de São Miguel Arcanjo, padroeiro dos Irmãos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, foi realizada, na igreja do Seminário de La Reja, a cerimônia de votos e tomada de hábito entre os Irmãos, bem como os primeiros compromissos na FSSPX para seminaristas.

Réception de la médaille de saint Pie X

O diretor do seminário recebeu os primeiros compromissos de 6 seminaristas do segundo ano: 1 brasileiro, 1 chileno e 4 mexicanos.

Ele também entregou o hábito religioso a 2 noviços que assim iniciaram seu noviciado: 1 argentino e 1 peruano.

E recebeu os primeiros votos de 1 irmão brasileiro. Outros 3 irmãos renovaram os votos nesta ocasião.

Este dom à vida religiosa no noviciado os prepara para os votos que são o próprio fundamento dessa vida: votos que, segundo São Tomás de Aquino, em seu belo opúsculo sobre a Perfeição da Vida Espiritual, colocam aquele que os pronuncia no “estado de perfeição”.

Sem dúvida, o religioso não é perfeito, mas o estado que escolheu o levará à perfeição da caridade, se lhe for fiel, porque remove os obstáculos ao progresso na virtude e na união com Deus. Não foi São Pio X quem disse da mesma forma: “Dêem-me um religioso que tenha vivido completamente de acordo com sua regra, e eu o colocarei sobre os altares”?

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No mesmo dia, no Seminário de Zaitzkofen, na Alemanha, dois noviços – 1 suíço e 1 polanês – fizeram a primeira profissão religiosa e 1 postulante alemão recebeu o hábito religioso.

Oremos pela perseverança de todos em sua vocação.

Para saber mais sobre os Irmãos da FSSPX, clique aqui e aqui.

A NEO PASTORAL DE FRANCISCO – PARTE III

Recentemente, o Papa Francisco insistiu pela terceira vez sobre a ideia falsa e escandalosa do valor salvífico de todas as religiões.

Leia também a Parte 1 e a Parte 2

1. De 22 a 24 do último mês de setembro aconteceu, em Paris, o trigésimo oitavo Encontro Internacional de Oração pela Paz, organizado pela Comunidade de Santo Egídio. O Papa Francisco fez questão de dirigir uma mensagem aos participantes. E aproveitou a oportunidade para insistir mais uma vez – pela terceira vez – sobre esta ideia escandalosa e falsa do valor salvífico de todas as religiões.

2. O Papa citou o Documento assinado (por ele mesmo, em conjunto com o grão Imã Ahmad Al-Tayyeb) em Abu Dhabi, no dia 4 de fevereiro de 2019, sobre “a fraternidade humana pela paz mundial e a coexistência comum”. O desejo particularmente expresso neste texto é de que as religiões não incitem o ódio. Com efeito, os sentimentos de ódio são apresentados como desvios, dos quais se tornam responsáveis os adeptos de toda religião, a partir do momento em que “abusaram – em certas fases da história– da influência do sentimento religioso nos corações dos homens”. Logo, a religião deveria ser definida como a expressão de um sentimento religioso?…

3. Mais adiante, o Papa encoraja os participantes desse encontro a “se deixarem guiar pela inspiração divina que habita toda fé”, e isso “para imaginarmos juntos a paz entre todos os povos”. Reencontramos aqui a ideia mestra já expressa pelo Papa, durante seu diálogo com os jovens de Singapura, no último dia 13 de setembro (1), e na mensagem por vídeo dirigida ao grupo ecumênico reunido em Tirana, na Itália, em 17 de setembro(2). Esta ideia é que toda religião é querida por Deus e conduz a Deus. Como poderia ser diferente, com efeito, a partir do momento em que toda fé, toda crença de toda religião é habitada pela inspiração divina? Continuar lendo

A FUGA DAS OCASIÕES DE PECADO – PARTE I

por São Leonardo de Porto Maurício

“Tunc Jesus ductus est in desertum a Spiritu, ut tentaretur a diabolo.

Então Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo demônio.” (Mt. IV, 1)

1. Estranha maneira de guerrear! Ganhar fugindo e perder lutando. É certo que a nossa vida é uma guerra contínua: Militia est vita hominis super terram (Job VII, 11). E alistar-se sob os estandartes do Crucificado é o mesmo que expor-se ao combate com muitos inimigos; mas oh, quão diferente é a arte militar de Cristo da arte militar do século! Nesta última não há ação mais indigna do que a fuga. Por causa dela, tiram-se os cinturões militares dos soldados, e os fugitivos são marcados com a cicatriz da ignomínia eterna; por outro lado, a ação mais gloriosa da milícia de Cristo é a fuga; por causa dela, cantam-se os triunfos dos heróis da Igreja, e são honradas suas destras com palmas. Para que ninguém se envergonhe de fugir, o nosso capitão dá-nos Ele mesmo um místico exemplo: tendo de combater o seu adversário, procura um lugar desabitado e foge para o deserto: Ductus est in desertum a spiritu; não quer lutar com mais do que um, ou seja, apenas com o demônio: ut tentaretur a diabolo.

Oh, grande mistério! O Filho de Deus, que está tão bem armado, fortalece-se no deserto, e está disposto a lutar com um e não mais do que isso; e o homem, que é tão fraco, procura o inimigo em casa, nas vigílias, nos bailes, nas conversas, e atreve-se a lutar com muitos, desafiando não só o diabo mas também as ocasiões. Que temeridade é essa? Abri os olhos, cegos voluntários deste mundo; aprendei com o Salvador esta máxima da salvação: que nas batalhas do inferno, aquele que mais foge, mais se aproxima do triunfo, e aquele que é mais eremita está mais bem defendido, e aquele que é mais solitário é mais santo: In desertum, in desertum, para o deserto, para o deserto. Vamos também esconder-nos numa gruta remota para escapar de todas as ocasiões de pecar. Não sois vós que vos queixais todos os dias de tantas tentações, que já não podeis respirar, que já não podeis viver? Continuar lendo

03 DE OUTUBRO – DIA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

História da autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus – Santuário  Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face

No dia dessa grandiosa Santa, disponibilizamos abaixo alguns links sobre ela:

COMO MANTER A PACIÊNCIA?

A VIA MARIANA DA “PEQUENA TERESA” NO FIM DE SUA VIDA

CURA A SANTA TERESINHA

EDITORIAL DA REVISTA PERMANENCIA NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE SANTA TERESINHA (1973)

A VIA DA INFÂNCIA ESPIRITUAL

TERESINHA, TEMPLO DE DEUS

SANTA TERESINHA, POR GUSTAVO CORÇÃO

NA IMITAÇÃO DE TERESINHA ESTÁ A SALVAÇÃO DA HUMANIDADE

SÃO JOSÉ, SEGUNDO SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – OUTUBRO/24

Caros fiéis,

Depois da Páscoa, quando os padres do priorado estavam visitando a Basílica de Nossa Senhora do Pilar em Ouro Preto, um guia chegou. Ele explicou ao seu grupo de turistas que o barroco era uma espécie de teatro organizado pela Igreja para evitar a perda de fiéis para o protestantismo. Tomei a liberdade de chamá-lo à atenção para a essência da Contra-Reforma. Ele não gostou, porém mais tarde um homem do grupo veio até mim para me agradecer, dizendo que o guia havia dito tantas coisas contra a Igreja que dava vontade de abandoná-la.

Em agosto, em outra igreja, São Francisco de Paula, na mesma cidade, um jovem guia aproximou-se de mim. Ele apontou para o altar de São Miguel e disse: “Veja, ele está pisoteando um homem negro porque os negros não podiam ser batizados naquela época! Atônito, respondi: “Mas, na cidade, há a igreja de Nossa Senhora do Rosário, que era reservada aos escravos. Qual era a utilidade disso se eles não eram batizados? O que os missionários faziam na África se não batizavam? E os santos negros como São Benedito, como poderiam ser canonizados sem serem batizados?” O pobre homem não sabia o que responder. Quantas vezes essas mentiras foram repetidas? Centenas, milhares?

Isso nos faz lembrar Voltaire, o famoso anticlerical francês do século 18, que disse: “Minta, sempre minta, algo restará disso”. Também nos lembra Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler. Ele disse: “Quanto maior a mentira, mais ela é aceita. Quanto mais vezes for repetida, mais as pessoas acreditarão nela”. Infelizmente, isso é verdade. Reconheçamos a esperteza e a perseverança dos nossos inimigos. Diante das mentiras repetidas, não nos cansemos de proclamar a verdade. Conhecer nosso catecismo e a história da Igreja é essencial, se quisermos cumprir nosso dever de defender a fé. Continuar lendo

02 DE OUTUBRO – DIA DOS SANTOS ANJOS DA GUARDA

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Clique aqui para ler a Meditação de Santo Afonso sobre os Anjos da Guarda.

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Para um bom entendimento sobre questões referentes aos anjos colocamos abaixo alguns links sobre o assunto:

 

01 DE OUTUBR0 – NOSSA SENHORA MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS

O que significa dizer que Maria é “corredentora” e “medianeira de todas as  graças”?

É festa instituída em 1921 pelo Papa Bento XV e que satisfaz sumamente a piedade mariana de nossos tempos em que, com insistência, vai-se considerando a estreita participação da Virgem Mãe de Deus no mistério de nossa redenção. Como consequência  de sua íntima associação à obra salvador, Ela é honrada e invocada como Medianeira de reparação entre a humanidade pecadora e o Divino Redentor, e a Medianeira das graças que nos foram merecidas com a Paixão de seu divino Filho.

Enquanto derramava seu Sangue por nós no alto do Calvário, Cristo nos deu Maria por Mãe, e se os tesouros da divina bondade se acham recolhidos no coração maternal de Maria Santíssima, aproximemo-nos confiadamente de seu trono, para que Ela obtenha copiosos para nossa vida, os dons divinos.

MARIA SANTÍSSIMA É A MEDIANEIRA DOS PECADORES PARA COM DEUS

MARIA MEDIANEIRA, CORREDENTORA E DISPENSADORA DE TODAS AS GRAÇAS – PARTE 1

MARIA MEDIANEIRA, CORREDENTORA E DISPENSADORA DE TODAS AS GRAÇAS – PARTE 2

NOSSA SENHORA: MEDIANEIRA JUNTO AO MEDIADOR

TOMADA DE HÁBITOS E PRIMEIROS VOTOS ENTRE OS IRMÃOS DA FSSPX EM FLAVIGNY (FRA) – 2024

Neste domingo, 29 de setembro de 2024, em Flavigny (França), 6 irmãos da FSSPX pronunciam solenemente seus primeiros votos religiosos. Na mesma cerimônia, 5 jovens candidatos recebem o hábito.

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OUTUBRO: MÊS DO ROSÁRIO

Nossa Senhora do Rosário – História Nossa Senhora

Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nesse mês de outubro que se inicia amanhã, o mês do Rosário, disponibilizamos abaixo os links para as Encíclicas de Leão XIII sobre o Rosário e Nossa Senhora.

“Ora pro nobis, sancta Dei Genetrix, Ut digni efficiamur promissionibus Christi.”

Aproveitamos para disponibilizar alguns textos já publicados em nosso blog sobre o Rosário:

XIX DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: A PARÁBOLA DO BANQUETE NUPCIAL E A IGREJA CATÓLICA

Acesse a leitura clicando na imagem.

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A IGREJA É INDEFECTÍVEL

Fonte: Courrier de Rome n°678 – Tradução: Dominus Est

1 – INDEFECTÍVEL E INDEFECTIBILIDADE: NAS ORIGENS DE UMA TERMINOLOGIA.

1. O substantivo “indefectibilidade” surge no século dezessete. O Dicionário da Academia Francesa o menciona em sua 3ª edição, de 1740. Apresenta-o como um “termo dogmático”, e define-o como “a qualidade do que é indefectível”, esclarecendo que ele não é “muito utilizado além desta frase:A indefectibilidade da Igreja”. Permanecerá assim, de edição em edição, até a 7ª, de 1878, onde um novo esclarecimento é introduzido: a palavra, “todavia, por vezes é dita em termos de filosofia. A indefectibilidade das substâncias”. Foi somente em 1935, na 8ª edição do Dictionnaire, que nosso substantivo recebeu um significado não mais exclusivamente dogmático: doravante, ele é apresentado como “um termo didático” que designa “a qualidade do que é indefectível”, no sentido mais amplo do termo: “A indefectibilidade da Igreja. A indefectibilidade das substâncias”. Paralelamente, o Dictionnaire de l’Académie reserva o mesmo destino ao adjetivo “indefectível”. Esse termo também aparece na 3ª edição de 1740, e, até a 7ª edição de 1878, é dado como um “termo dogmático”, definido como “o que não pode desfalecer, deixar de existir”, “não sendo muito utilizado senão nesta frase: A Igreja é indefectível”. Somente com a 8ª edição, de 1935, a palavra é designada como “um termo didático”, que significa, em um sentido amplo, “o que não pode desfalecer, deixar de existir. A Igreja é indefectível. Linha de conduta indefectível”. A edição atual do Dictionnaire, a 9ª, consagra essa evolução semântica. O adjetivo “indefectível” é definido como “o que não pode falhar, deixar de ser. Uma memória indefectível. Uma amizade indefectível. Uma linha de conduta indefectível. De acordo com a doutrina católica, a Igreja é indefectível, deve durar até o fim dos tempos”. Quanto ao substantivo “indefectibilidade”, ele é definido como “a qualidade do que é indefectível. A indefectibilidade de um sentimento. A indefectibilidade da Igreja”.

2. Essa amplificação de sentido deve manter toda a sua importância, pois, aqui, o histórico da palavra vem confirmar a extensão da coisa que ela se emprega a designar. A indefectibilidade é, originariamente, própria e exclusiva da Igreja, e isso é facilmente concebido, visto que a Igreja aparece como a única realidade criada da qual se pode dizer, aqui na terra, que não somente ela nunca deixou, mas também que ela não deixará de ser o que é: não somente indeficienteou indeficente, mas, precisamente, indefectível, ou, se nos permitem arriscarmos aqui o neologismo, “indefalível”. Aqui, em seu sentido original, a palavra significa uma impossibilidade de princípio, e não um simples fato. E isto está ligado, seguramente, à natureza essencialmente sobrenatural da Igreja. A tal ponto que a indefectibilidade não pode ser dita, por extensão de sentido, sobre as outras realidades da terra, senão em um sentido impróprio e reduzido, no sentido de um simples fato, e não mais de uma pura impossibilidade. Continuar lendo

LIBERALISMO MORTÍFERO

Resultado de imagem para liberalismo"Pe. François-Marie Chautard, FSSPX

“O fim dos modernos é a segurança na fruição privada; e eles chamam de liberdade
as garantias concedidas pelas instituições a essa fruição” 
(Benjamim Constant)

Fecundação artificial, “barriga de aluguel”, uniões homossexuais, eutanásia, aborto, contracepção, divórcio, a lista dos vícios validados, avalizados e encorajados pelas leis não cessa de crescer.

E se por acaso os católicos buscam — ainda que timidamente — impedir uma nova legislação imoral, lança-se ao seu rosto o repetitivo argumento: Como vocês ousam se opor a uma disposição legal que não faz mal a ninguém? Com base em quê a opinião dos católicos deveria prevalecer sobre a dos demais cidadãos, quando se trata de práticas que em nada lesam os católicos? Não é prova de intolerância querer impor aos demais uma conduta que não lhes diz respeito? 

O argumento é revelador do princípio fundamental que caracteriza os tempos modernos: a autonomia absoluta do homem como único limite da liberdade dos demais.

Desde que uma lei não fira um “direito” individual nem [incomode] uma minoria, desde que não gere transtornos à ordem pública, o homem é soberanamente livre de promulgar leis: eis o credo do “homo modernus”.

Benjamin Constant exprimia esse princípio de um modo límpido: 

“Eu defendi por quarenta anos o mesmo princípio, a saber, liberdade em tudo, em religião, filosofia, literatura, indústria e política: e por liberdade, compreendo o triunfo da individualidade, tanto sobre a autoridade que gostaria de governar pelo despotismo, como sobre as massas que reclamam o direito de sujeitar a minoria à maioria. O despotismo não tem direito algum. A maioria tem, sim, o direito de obrigar a minoria a respeitar a ordem: mas tudo o que não perturba a ordem, tudo o que é meramente interior, como a opinião; tudo o que, na manifestação da opinião, não perturba o próximo, quer provocando violências físicas, quer impedindo a manifestação contrária; tudo o que, de fato, em assuntos industriais, permite à indústria rival operar livremente, é individual e não poderia ser legitimamente submetido ao poder público.” Continuar lendo

A ELEVAÇÃO E O PATER

O cânon da Missa termina com o que chamamos de pequena elevação. Antes do século XII, essa era a única elevação no rito da Missa.

Fonte: Apostolo n° 178 – Tradução: Dominus Est

O sacerdote, depois de fazer a genuflexão, pega a hóstia entre os dedos e, com ela, traça cinco cruzes: três cruzes acima do cálice dizendo “por Ele, com Ele e nEle”. Com este gesto e essas palavras o rito indica que o Corpo e o Sangue de Cristo, embora separados pelo sacramento, estão unidos na glória da Ressurreição.

Em seguida, o sacerdote traça duas cruzes diante do cálice “a Vós que sois Deus Pai onipotente, na unidade do Espírito Santo…”; mostrando assim que apenas o Filho encarnou, mas que o Pai e o Espírito Santo estão presentes nesse sacrifício para recebê-lo.

Em seguida, o sacerdote coloca novamente a hóstia sobre o cálice e os eleva juntos, dizendo: “Toda honra e toda glória Vos sejam dadas”. Esta elevação significa a Ascensão de Cristo ressuscitado, pela qual o Pai recebe e aceita o sacrifício do Filho, consumando assim a nossa salvação. Continuar lendo

PADRE PIO RELATA SUA “CRUCIFICAÇÃO”

Padre Pio: a partir de 29 de abril, serão tornadas públicas dez fotos  inéditas - Vatican News

Padre Pio, o santo sacerdote capuchinho estigmatizado, conta-nos como os sinais da Paixão do Senhor foram impressos em seu corpo, em 20 de setembro de 1918.

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

“Era a manhã do dia 20 de setembro passado, no coro, após a celebração da santa Missa, que fui surpreendido por um repouso, semelhante a um doce sono. Todos os sentidos internos e externos, bem como as próprias faculdades da alma, se encontravam em uma quietude indescritível. Em tudo isso houve um silêncio completo ao meu redor e também dentro de mim. Subitamente sucedeu uma grande paz e abandono à completa privação de tudo e uma trégua na própria ruína. Tudo isso aconteceu num piscar de olhos. E, enquanto tudo isso acontecia, vi-me diante de um misterioso personagem, semelhante àquele visto na noite de 5 de agosto, diferindo apenas no fato de que suas mãos, pés e laterais escorriam sangue. 

A visão dele me aterrorizou; não sei dizer o que senti naquele instante. Sentia-me como se estivesse morrendo e teria morrido realmente se o Senhor não tivesse intervindo para sustentar meu coração, que eu sentia saltar-me do peito. A visão do personagem desapareceu e percebi que minhas mãos, pés e lado estavam perfurados e expeliam sangue. Imagine o tormento a que me submeti naquele momento e que continuo a viver quase todos os dias. Continuar lendo

PARAIGUALDADE

O ideal fraudulento da igualdade

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Os Jogos Paralímpicos tiveram o mesmo tratamento midiático que os Jogos Olímpicos. As pessoas se alegraram com a possibilidade oferecida a tantas pessoas deficientes de competir nas disciplinas atléticas.

Todavia, a separação destas competições em duas séries demonstra bem que não é possível comparar o desempenho de uns e outros, e fazê-los concorrer juntos. Há, efetivamente, uma desigualdade. Logo, a alegria dos competidores e dos vencedores demonstra bem que é a ausência desta igualdade  que os torna felizes.

Sem dúvida, é excelente organizar a sociedade de modo a aliviar tanto quanto possível a dificuldade dos deficientes. Todavia, a alegria não vêm de uma igualdade impossível de ser estabelecida. Ela advém, pelo contrário, de uma vitalidade que se manifesta de modo deslumbrante apesar de todos os obstáculos.

A igualdade, ao invés disso, é um slogan revolucionário. Sem dúvida, há igualdade de dignidade entre todos os seres humanos em virtude da natureza humana: essa igualdade justifica, por exemplo, a imparcialidade da justiça, mas, também, a rejeição absoluta do aborto como uma negação de dignidade e de igualdade entre a pessoa humana ainda não nascida e a pessoa que veio à luz. Continuar lendo

XVIII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: A CURA DO PARALÍTICO E A CAUSA DAS TRIBULAÇÕES

Curacin_del_paraltico_Murillo_1670Acesse a leitura clicando na imagem.

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A “PORTA LARGA” ESCANCARADA PELO PAPA FRANCISCO

Economia de Francisco e Clara: um modelo baseado no amor

Por Paolo Pasqualucci

Tradução gentilmente pelo nosso leitor Pedro Henrique Silva

Para onde está indo a Igreja Católica? A Igreja Una e Santa está viva e imaculada perante Seu Noivo; mas será que uma parte visível dela corre o risco de sofrer uma ‘mutação genética’, ou isso já aconteceu contra nossa vontade, e estamos vendo os efeitos dessa ação? Discutamos tal questão para “resistir”, na fidelidade.

I.

O Papa Francisco, em suas viagens ou em audiências, se encontrou repetidamente com indivíduos e associações do mundo dito LGBTQ+, ou arco-íris, denominação devida ao símbolo deles, ou seja, com pessoas que vivem de diversas maneiras no “pecado impuro contra a natureza” (Catecismo de São Pio X) – sendo que algumas delas até mesmo o promovem, ainda que se declarem católicas. Entre os católicos que se mantêm fiéis ao dogma e aos valores tradicionais, essa prática causou e causa escândalo. Mas por qual motivo? Nosso Senhor não permitia que viesse até Ele prostitutas e adúlteras arrependidas, bem como não pregava a todos os tipos de pecadores para convertê-los – “Aproxima-se o reino de Deus; fazei penitência, crede no Evangelho”; “eu não vim chamar os justos mas os pecadores” (Mc 1, 15; 2, 17)? O escândalo então não advém do fato do encontro, mas sim daquilo que o Papa Francisco disse e, ademais, daquilo que ele não disse e que deveria ter dito enquanto sacerdote, ainda mais sendo Romano Pontífice e, portanto, Vigário de Cristo na terra.

De fato, enquanto Nosso Senhor exortava sempre os pecadores com doçura, mas firmeza para “não pecarem mais”, isto é, para mudarem imediatamente de vida, converterem-se, viverem segundo os ensinamentos Dele, já que o “Reino dos Céus” estava próximo, quer dizer que a salvação eterna estava mais “próxima” naquele momento como nunca antes, graças às Suas pregações e ao Seu exemplo. O Papa Francisco, pelo contrário, sempre incitou todos esses pecadores a continuarem como são, visto que ele falou várias vezes: “Deus o ama assim como você é”! Não parece que ele os tenha alguma vez encorajado a mudar imediatamente de vida, a procurar entrar “pela porta estreita” (Lc 9, 23-24), carregando a própria Cruz dos verdadeiros seguidores de Cristo, negando a si mesmos (Lc 9, 23-24); em suma, nada evidencia que ele os tenha aberta e fortemente encorajado a fugir do pecado, a viver como verdadeiros e coerentes católicos, a procurar auxílio da Graça, a projetar a existência na salvação, a vida eterna, o único fato que verdadeiramente conta para cada um de nós! Continuar lendo

DEUS É CARIDADE

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

“ECCE AGNUS DEI”

A estas palavras, diz-nos São João, eles o seguiram. Contudo, ele nos comunica apenas um nome, André. Porém, ao lermos os detalhes, compreendemos que São João fazia parte da aventura. E, pela primeira vez, aquele que Jesus mais amava esconde sua identidade.

O que se passa em uma alma apaixonada é muito misterioso. As lembranças do primeiro encontro com o amado são episódicas, mas muito precisas. É uma lembrança que marca definitivamente, uma atitude, um lugar, uma palavra… é um momento. É o que encontramos na narração, tão simples e tão detalhada, do Evangelho, onde acontece o abalo de um primeiro encontro com alguém que faz vossa vida mudar de rumo: era neste lugar, às margens do Jordão, na segunda hora, que Jesus passava. Temos a impressão de ver sua silhueta, ouvimos o Batista falar. João se lembra de tudo. Como não poderia se lembrar de todos estes detalhes aquele que Jesus mais amava?

Não se tratava de um amor humano, como aquele de um simples discípulo que se afeiçoa ao seu mestre, ou como aquele do esposo que encontra pela primeira vez sua esposa. O amor humano nasce da bondade de uma pessoa, de um objeto. Essa bondade é a expressão de uma certa semelhança, de uma certa proporção. Aquele que ama se encontra naquele que ele ama, e sai de si mesmo para se ligar a este outro que o eleva, o completa. Continuar lendo

A NEO PASTORAL DE FRANCISCO – PARTE II

Retorno às palavras escandalosas proferidas pelo Papa Francisco no último dia 13 de setembro.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Leia a primeira parte clicando aqui

1. As palavras – escandalosas – proferidas pelo Papa Francisco no último dia 13 de setembro(1) podem ser compreendidas no sentido de uma forma sútil de indiferentismo, se as entendermos à luz do Concílio Vaticano II. A constituição Lumen gentiumsobre a Igreja, completada pelo decreto Unitatis redintegratio sobre o ecumenismo e a declaração Nostra ætate sobre as religiões não cristãs recusam, com efeito, o princípio próprio do pluralismo religioso, ou seja, a ideia de igual dignidade, verdade e eficácia em matéria de salvação de todas as religiões. Para admitir o valor salvífico de todas as religiões, os ensinamentos do Vaticano II pretendem entendê-lo de modo diferenciado, em referência ao primado da Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja católica.

2. A ideia do pluralismo religioso entendida no sentido estrito foi, além do mais, objeto de uma avaliação crítica pela Congregação para a Doutrina da Fé, então dirigida pelo cardeal Joseph Ratzinger, em uma Notificação publicada pelo Osservatore Romano de 26 de fevereiro de 2001. Naquela época, a Santa Sé aproveitou o lançamento do livro do padre jesuíta Jacques Dupuis, Vers une théologie chrétienne du pluralisme religieux(2), disponível nas livrarias em 1997, para reagir e indicar o verdadeiro sentido dos textos do Concílio que supostamente autorizavam o diálogo inter-religioso(3). A religião católica, e somente ela, representa a plenitude, ou o estado perfeito, da economia salutar, enquanto as religiões não cristãs e as confissões cristãs não católicas representam apenas um estado parcial, certamente em graus diversos, mas, não obstante, reais. Em outras palavras, e se servindo do exemplo utilizado pelo Papa Francisco em seu bate-papo com os jovens de Singapura, a religião católica, e somente ela, representa a língua mais completa para alcançar a Deus, enquanto as outras religiões não teriam a mesma precisão. Todavia, resta dizer que todas as religiões são caminhos iguais que conduzem a Deus. Para ser mitigado, o pluralismo religioso permanece o que é: uma forma nova do mesmo erro, ou uma variante.

3. O pensamento do Papa Francisco corresponde a essa variante, na continuidade do Vaticano II? A continuação de sua fala, é necessário dizê-lo, permitiria duvidar disso. “Mas o meu Deus é mais importante que o seu!”, objeta ele. “É verdade? Há apenas um único Deus, e nós, nossas religiões são línguas, caminhos para alcançar a Deus”. Se nenhuma religião pode pretender conduzir a um Deus mais importante que aquele das outras, onde está a mitigação do pluralismo? E onde está a continuidade? Continuar lendo

CATECISMO FILOSÓFICO – INTRODUÇÃO E CAPÍTULO 1: A FILOSOFIA

INTRODUÇÃO

AOS PRÍNCIPES, BISPOS E MAGISTRADOS

AOS PROFESSORES DA JUVENTUDE

E A TODOS OS HOMENS DE BOA VONTADE.

As esperanças da geração atual estão perdidas, e estamos irremediavelmente condenados a passar o resto dos nossos dias enlameados pelo erro e saturados de lágrimas. Mas será que vamos transmitir o nosso desespero à nova geração, e a herança dos nossos filhos será apenas o erro e as lágrimas? Todos nós estamos certamente desejosos de os salvar de tal infortúnio, e todos estamos convencidos de que é necessário cuidar da boa educação dos jovens para evitar a sua corrupção; mas nem todos consideramos suficientemente que os remédios devem ser proporcionais à natureza do mal, e que, enquanto nos contentamos em guardar a juventude contra os erros de todos os tempos, ela já se encontra pervertida e seduzida pelos erros da época.

Outrora não se pensava sequer em combater nas escolas certas opiniões pestilentas e sedutoras que não eram correntes na sociedade, e hoje essas opiniões correm desenfreadas para subverter os fundamentos da sociedade; e se outrora os axiomas e as questões da filosofia estavam reservados a uma certa maturidade de anos e de intelecto, hoje a idade da infância, e talvez mesmo a do berço, não estão imunes às armadilhas da filosofia pervertida. Portanto, embora o estudo das línguas, os elementos das ciências e os exercícios das artes sejam excelentes preliminares para a juventude, se deixarmos passar a idade precoce e mais dócil da juventude na aplicação dessas disciplinas, sem a precavermos contra as falácias do tempo, e sem estabelecermos as suas ideias sobre a política, o direito das nações e os deveres do homem e do cidadão, quando quisermos dizer-lhes as suas primeiras palavras, encontrá-los-emos já instruídos pelos filósofos liberais, e responderão que os direitos do homem são a liberdade e a igualdade, que o fundamento da política é a soberania do povo, que o amor da pátria exige a independência nacional, e que a insurreição contra a soberania do monarca é o principal dever do cidadão.

É, portanto, necessário apressar a educação dos jovens nos poucos momentos em que eles ainda estão na família e não aprenderam a desconfiar dos seus pais; é necessário antecipar os passos dessa cabala perversa que está à espera de estabelecer as suas vitórias sobre a nossa indolência; e antes que as nossas pobres crianças sejam contaminadas pelo sopro envenenado da sociedade e caiam nas emboscadas da filosofia liberal, é necessário torná-las protegidas e fortes contra as doutrinas mentirosas e contagiosas dos liberais…………..

…………….Continue lendo esse excelente texto aqui: https://verbumfidelis.substack.com/p/catecismo-filosofico-introducao

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A NEO PASTORAL DE FRANCISCO

Dirigindo-se aos jovens de Singapura em 13 de setembro de 2024, o Santo Padre disse-lhes claramente que “todas as religiões são um caminho para alcançar a Deus”.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

1. Durante sua última viagem realizada à Indonésia, o Papa Francisco quis se encontrar com os jovens do Colégio Católico de Singapura, nesta sexta-feira, dia 13 de setembro de 2024. Encontro inter-religioso, no sentido em que os jovens em questão, longe de serem todos católicos, pertenciam a diferentes confissões, católicas ou não, cristãs ou não.

2. Encorajando esses jovens a “dialogar”, o Santo Padre disse-lhes claramente que todas as religiões conduzem a Deus. “Todas as religiões são um caminho para alcançar a Deus. São – faço uma comparação – como diversas línguas, diversos idiomas, para alcançá-Lo. Porém Deus é Deus para todos. E porque Deus é Deus para todos, somos todos filhos de Deus”(1).

3. A comparação é interessante. Com efeito, Aristóteles e São Tomás nos dizem que a língua é o sinal, a expressão direta e imediata, não das realidades extra mentais, mas das ideias, ou seja, dos conceitos intelectuais por meio dos quais nossa alma assimila, no íntimo de si mesma, a realidade que ela conhece. E a linguagem é, ao mesmo tempo, o meio que a natureza deu aos homens para que estes possam se comunicar entre si, intercambiando seus pensamentos, por meio de sua expressão adequada(2). Comparar a religião a uma língua é, portanto, comparar o caminho que conduz a Deus ao caminho que conduz às ideias, que conduz ao pensamento. Se a religião é uma língua, Deus é uma ideia, e as diferentes religiões têm diferentes modos de exprimir a mesma ideia. O Papa insiste, além do mais, sobre este ponto: ““Mas o meu Deus é mais importante que o seu!” É verdade? Há apenas um Deus, e nós, nossas religiões são línguas, caminhos para alcançar a Deus. Alguns são sikhs, outros muçulmanos, outros hindus, outros cristãos, mas são caminhos diferentes”. Continuar lendo