HÁ UM CORAÇÃO QUE BATE

C’è un cuore che batte.

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

A lei húngara que obriga os médicos a fazer as mulheres que estão prestes a recorrer ao aborto à ouvir os batimentos cardíacos do feto suscitou reações diversas.

Em breve isso acontecerá também na Itália ”, alguns já temem. Talvez…e seria apenas uma gota no mar do mal sobre o qual flutua o aborto estatal: mas nossas feministas podem ficar tranquilas, pois Giorgia Meloni(*) declarou repetidamente que não quer tocar na lei 194 (da Italia), e o mesmo acontece com Matteo Salvini(*) (que, pelo menos, deu crédito às atividades dos Centros de Ajuda à Vida que, desde 1978, salvaram 240.000 crianças e tantas mães do aborto, muitas vezes com meios muito limitados e graças apenas e somente ao voluntariado). Não se preocupe, portanto: aqueles que são majoritariamente suspeitos de querer fazer algo para proteger os nascituros lavaram serenamente as mãos.

Mas voltemos a nós: se um coração bate, qual é o problema?

Os que falam em “crueldade” ao ouvir os batimentos cardíacos e apresentar as funções vitais do nascituro, o que quer exatamente? Existem duas hipóteses: a) a mãe que pede o aborto não sabe o que está fazendo e poderia, assim, ter consciência do ato; b) a mãe que pede o aborto sabe exatamente o que está fazendo e “ter a certeza” da vida do nascituro poderia torná-la plenamente consciente das implicações morais de seu gesto. Em ambas as hipóteses, o problema é, na realidade, apenas um e é chamado de consciência, que é o que nos distingue dos animais.

Toda a ideologia abortista ataca e fere a mulher nas profundezas de sua natureza, faz dela algo que ela não é e as mães que caíram na armadilha do aborto estão bem cientes disso: trata-se de uma mentira oculta pelo medo e que emerge tremendamente no momento em que medo se dissolve. Ora, não permitir que a gestante tome plena consciência da humanidade do concebido, do ser semelhante a ela, mas completamente indefeso, é um ataque violentíssimo à dignidade da mulher: significa escondê-la da realidade, tratando-a como uma pessoa inapta a entender o significado de suas próprias ações. Continuar lendo

14 DE SETEMBRO – EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

Está página é extraída do Boletim de Nossa Senhora da santa Esperança, de Março de 1903 (reeditada em Le Sel de la Terre, no. 44, consagrado ao Pe. Emmanuel-André). O Padre Emmanuel pronunciou o seu último sermão na festa da Exaltação da Santa Cruz, no Domingo, 14 de Setembro de 1902, seis meses antes de morrer. Trata do espírito da Cruz, que é “a participação do próprio espírito de Nosso Senhor, levando a Cruz, pregado à Cruz e morrendo na Cruz”. 

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O ESPÍRITO DA CRUZ

O último sermão do Padre Emmanuel

Irmãos, há muito tempo que não me vedes aqui; não venho aqui com frequência.

Vou falar-vos de uma coisa da qual nunca falei, nem aqui, nem algures. E essa coisa desejo-a a todos; sei bem que o meu desejo não chegará a todos. Vou falar-vos do espírito da Cruz.

Quando o Bom Deus cria um corpo humano, dá-lhe uma alma, é um espírito humano; quando o Bom Deus dá a uma alma a graça do batismo, ela tem o espírito Cristão.

O espírito da Cruz é uma graça de Deus. Há a graça que faz apóstolos, e assim por diante. O que é o espírito da Cruz?

O espírito da Cruz é uma participação do próprio espírito de Nosso Senhor levando a Sua Cruz, pregado à Cruz, morrendo na Cruz. Nosso Senhor amava a Sua Cruz, desejava-a. Que pensava Ele levando a Sua Cruz, morrendo na Cruz? Há aí grandes mistérios: quando se tem o espírito da Cruz, entra-se na inteligência destes mistérios. Existem poucos Cristãos com o espírito da Cruz, vêm-se as coisas de modo diferente do comum dos homens. Continuar lendo

A VOCAÇÃO RELIGIOSA FEMININA

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Fonte: Boletim Ite Missa Est – SSPX Great Britain and Scandinavia – Tradução: Dominus Est

VENI SPONSA CHRISTI 

Meus queridos fiéis,

O grande dia

Para uma jovem noiva, o maior e mais memorável dia de sua vida é o dia de seu casamento. Quantos sonhos e vãs imaginações antecipam o dia, quanto planejamento e preparação precedem o dia e, esperançosamente, quanta felicidade enche seu coração no dia em que ela se oferece ao seu esposo.

Essa verdade é recíproca a uma irmã religiosa. O maior dia de sua vida é o dia de seu casamento – o dia em que ela entrega seu coração ao seu Divino Esposo. Ao contrário de um casamento sacramental, no entanto, uma religiosa se une ao seu Esposo em etapas: primeiro como postulante, depois como noviça, depois pelos votos temporários e, finalmente, pelos votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Seu casamento é tão importante que deve ser preparado ao longo de muitos anos.

De todos os dias de preparação, o mais comovente – certamente para quem observa – é o dia do início do noviciado, quando a jovem recebe seu hábito religioso e faz suas primeiras promessas diante do Santíssimo Sacramento. Este dia tem maior semelhança com um casamento sacramental. Continuar lendo

A NOVA ORDEM MUNDIAL É “NOVA”?

novus

Se por um lado os meios tecnológicos tornam cada vez mais possível um governo mundial de homens “amantes de si mesmos, avarentos, altivos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, malvados, sem afeição, sem paz, caluniadores de nenhuma temperança, desumanos, inimigos dos bons, traidores, protervos, orgulhosos e mais amigos de deleites do que de Deus” (2Tim. 3, 2-4), tais como aqueles que o Apóstolo disse que viriam no fim dos tempos, pelo outro não é novo esse impulso na alma humana. Diz o Padre Álvaro Calderón, FSSPX:

O impulso imperial – nesta linha de impérios providenciais – provém da forte tendência que têm os bens universais a serem difundidos. É o desejo de Adão em ter a quem comunicar as riquezas de sua alma, pelo que lhe foi dado a mulher, ou seja, a família, ou seja, a sociedade. Aquele que tem ciência tem o desejo de ensinar, e aquele que sabe organizar sofre a desordem nos demais. Aquele que por sua vez ama o dinheiro, que é puramente material, só pensa em despojar os demais, pois este se gasta ao comunicá-lo, enquanto que os bens universais quanto mais se distribuem, mais se tem. Os impérios de Daniel eram impérios de cultura e não de dinheiro[1], eram impérios fundados em um bem comum espiritual e não carnal, em um bem universal e não particular.

Mas a obscura realidade do pecado original continua com suas consequências, por isso que a ideia do império sofre conflito, conflito esse que desencadeou-se justamente em Babel. Até então era a “terra de uma só língua e um mesmo modo de falar”[2], mas o esforço cultural desse povo unido foi empregado para construir um altar para a glória do homem e não para a de Deus: “Disseram ainda: vinde, façamos para nós uma cidade e uma torre, cujo cimo chegue até ao céu, e tornemos célebre o nosso nome”[3]. Por isso que Deus se viu obrigado a confundi-los e dividi-los: “Eis que são um só povo e têm todos a mesma língua: começaram a fazer esta obra, e não desistirão do seu intento, até que a tenham de todo executado. Vamos, pois, desçamos e confundamos de tal sorte a sua linguagem, que um não compreenda a palavra do outro”[4]. Babilônia permanece em seu projeto de unificação e glória, mas Deus se mostrou contrário à ideia imperial – «Ecce unus est populus», e dividiu-a –, pois um poder político tão grande em corações soberbos não deixaria de produzir um grande mal. Continuar lendo

DOAÇÕES – CAMPANHA DE CONSTRUÇÃO DA CAPELA DA FSSPX EM RIBEIRÃO

CAPELA

Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para facilitar as doações para a construção da Capela da Missão da FSSPX em Ribeirão Preto, agora temos uma Chave Pix: ribeiraopreto@fsspx.com.br

Como sabem, temos uma Campanha para essa construção e, se Deus permitir, também a de um Priorado em nossa cidade. Pelas intercessões de São José e Nossa Senhora, tempo atrás, um benfeitor fez a doação de um terreno de 3000m2 e tivemos também a doação da terraplanagem e do cercamento. Precisamos agora das instalações eletricas, do poço artesiano e, posteriormente, nos planejar para erigimos essa capela.

Estamos aguardando nossos Superiores para darmos início ao projeto. Sabemos que caminho é longo, mas as orações são contínuas. Enquanto isso, pedimos a ajuda de todos os nossos amigos, leitores e benfeitores, a vocês que gostam de nosso blog e apoiam o trabalho da FSSPX em prol da Igreja, para que possamos começar esse planejamento através de doações. Toda ajuda é bem-vinda, cada um conforme sua possibilidade.

Clique aqui e leia um texto sobre essa nossa Campanha.

Aproveitamos para agradecer a todos que já vem contribuindo com esse objetivo e que São José e Nossa Senhora possam os recompensar de alguma forma.

PESQUISADORES ISRAELENSES REVELAM TERRÍVEL PLANO PARA CRIAR EMBRIÕES PARA EXTRAÇÃO DE ORGÃOS

A Renewal Bio, uma empresa de biotecnologia sediada em Israel, está entrando no mundo de Frankenstein com uma nova proposta de colheita embriões humanos “sintéticos”.

Fonte: Media-Presse.Info – Tradução: Dominus Est

Em 2005, Hollywood lançou um filme chamado The Island (A ilha), uma história distópica sobre um grupo de pessoas que vivem suas vidas estritamente regimentadas. A história gira em torno de um trabalhador chamado Lincoln Six Echo que, através de uma série de coincidências, descobre a terrível verdade sobre a situação em que vive e o destino que ele e seus concidadãos enfrentam: eles são clones criados com o propósito de lhes extraírem órgãos caso aqueles que pagaram por sua criação precisarem deles. Eles são seres humanos, sim, mas o único propósito de sua existência é fornecer órgãos e partes do corpo para reposição.

Alguns anos atrás, um líder pró-vida observou, em uma entrevista, que o filme continha mensagens inerentemente anti-aborto. Em última análise, A Ilha também pode ser considerada profética. A empresa de biotecnologia Renewal Bio, com sede em Israel, espera criar embriões humanos “sintéticos” com o objetivo explícito de extrair seus órgãos tanto para transplante quanto para o tratamento de infertilidade, envelhecimento e doenças genéticas. De acordo com o New York Post, a Renewal Bio “afirmou ter usado com sucesso avançada tecnologia de células-tronco e úteros artificiais para criar embriões de camundongos que continuaram a se desenvolver por vários dias “. Continuar lendo

ENTREVISTA COM EMPRESÁRIOS CATÓLICOS TRADICIONAIS. QUAL A RELAÇÃO ENTRE FÉ E NEGÓCIOS?

Igreja de St. Patrick’s, Nova York, refletida na fachada de edifícios de escritórios.
Igreja de St. Patrick’s, Nova York, refletida na fachada de um edifício de escritórios.

Revista Angelus fez, recentemente, a um grupo de empresários católicos tradicionais, uma série de perguntas relacionadas à Fé e seu trabalho diário. Os entrevistados foram mantidos anônimos.

Fonte: Angelus Press – Tradução: Dominus Est

Angelus Press: O senhor pode nos dizer como a Fé influencia suas práticas de negócios?

Procuro ver todas as decisões importantes à luz da Fé, que me mantém fundamentado em questões morais, especialmente princípios de justiça. Pensamentos de eternidade ou mesmo apenas a presença silenciosa do Santíssimo Sacramento ajudam a colocar as coisas em perspectiva, tornando até mesmo grandes problemas administráveis”.

“A fé católica influencia nossas decisões de negócios na medida em que tentamos tratar os outros como Cristo nos disse: amar o próximo como a nós mesmos por amor a Deus.”

“Uma área em que a fé católica me influenciou diretamente está em minhas práticas de contratação. Desde os primeiros dias da minha carreira de negócios, eu me esforçaria para dar uma chance aos católicos tradicionais com pouca ou nenhuma experiência na linha de trabalho da minha empresa para ajudá-los a construir sua experiência e colocá-los no caminho para carreiras de sucesso. Além disso, de acordo com os princípios de justiça e o ensinamento social da Igreja, eu me certificaria de pagar aos homens casados ​​com famílias salários mais altos do que os homens solteiros, mesmo que estes últimos fossem mais experientes ou qualificados”. Continuar lendo

MOTU PROPRIO FIN DALLA PRIMA, DE SÃO PIO X, SOBRE O REGIME DA AÇÃO CATOLICA POPULAR

São Pio X – Grande Papa na História, grande Santo na Igreja – Revista  Arautos do Evangelho

MOTU PROPRIO
DO SUMO PONTÍFICE
PIO X

FIN DALLA PRIMA*

Sobre o regime da Ação Católica Popular

Tradução: Dominus Est

Desde a nossa primeira Encíclica ao Episcopado de todo o mundo, fazendo eco ao que nossos gloriosos predecessores haviam estabelecido em torno da Ação Católica do laicato, declaramos laudabilíssima essa obra e ainda necessária diante das condições atuais da Igreja e da sociedade civil. E não podemos deixar de louvar, grandemente, o zelo de tantos ilustres personagens que, há muito tempo, se dedicam a esta nobre tarefa, e o ardor de tão seleta juventude que, esforçadamente, se apressaram em prestar a ela seu trabalho. O XIX Congresso Católico, recentemente celebrado em Bolonha, por nós promovido e incentivado, mostrou suficientemente a todos o vigor das forças católicas, e o que se pode obter de útil e salutar em meio às populações crentes, desde que essa ação seja bem dirigida e disciplinada, e que a união de pensamentos ,afetos e trabalho reinem naqueles que dela participam.

Entretanto, lamentamos constatar que, em seu meio, tenham surgido certas diferenças que suscitaram muitas polêmicas, que, se não fossem oportunamente reprimidas, poderiam dividir as mesmas forças e torná-las menos eficazes. Nós que, antes do Congresso preconizamos, sobretudo, a união e a harmonia dos pensamentos para estabelecer de comum acordo o que é aderido às normas práticas da ação católica, não podemos agora permanecer em silêncio. E uma vez que as diferenças de pontos de vista no campo prático podem facilmente transcender ao campo teórico, e de fato nisso devem necessariamente manter seu foco, é necessário consolidar os princípios nos quais toda ação católica deve ser formada.

Leão XIII, nosso ilustre predecessor, delineou brilhantemente as normas da ação popular cristã nas admiráveis Encíclicas Quod Apostolici muneris de 28 de dezembro de 1878, Rerum Novarum de 15 de maio de 1891 e Graves de communi de 18 de janeiro de 1901; e ainda em particular, a Instrução emitida pela Sagrada Congregação para os Assuntos Eclesiásticos Extraordinários, em 27 de janeiro de 1902. Continuar lendo