Alguns anos atrás, um jovem estava caminhando pela rua que desce à capela São Pio X, em São Paulo. Era noite. Três homens o pararam, um deles armado. O jovem entregou todos os seus pertences: dinheiro, celular, mochila, etc, mas pediu para ficar com um objeto em particular. “O que é isso?”, perguntou o ladrão. “Meu missal!” “Para onde você está indo?” “Para a Missa do Galo”. Então, o ladrão lhe devolveu tudo e eles se cumprimentaram com um abraço, desejando um feliz Natal um ao outro.
Caros fiéis, seu missal pode salvá-lo de ladrões.
Mas essa não é sua principal utilidade.
A Sagrada Escritura, na primeira epístola de São Pedro (1 Pe 2,5 e 9-10) e no Apocalipse (Ap 5, 9-10), fala de um sacerdócio comum a todos os membros da Igreja. Os Padres da Igreja se expressam da mesma forma. Na encíclica Mediator Dei, Pio XII diz que, na liturgia, os fiéis oferecem o sacrifício da Missa com o celebrante.
Deve-se ressaltar que a Sagrada Escritura fala de um sacerdócio dos fiéis em um sentido metafórico. Além disso, a Mediator Dei nunca usa a expressão “sacerdócio” para significar essa atividade dos fiéis e evita se referir aos simplesmente batizados como “sacerdotes”. Pio XII disse mais tarde que, embora possamos falar de um certo “sacerdócio” dos fiéis, essa expressão é equivalente a um título meramente honorífico e que há uma diferença essencial entre a realidade desse sacerdócio íntimo e secreto (espiritual) e o sacerdócio verdadeiramente e propriamente dito. Continuar lendo