Caros fiéis,
Quando Nosso Senhor falou da união de fé e caridade que deveria reinar entre seus discípulos, ele a comparou à união das pessoas divinas dentro da Trindade: “Que eles sejam um, como eu e meu Pai somos um, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21). Nessa oração que o Filho de Deus dirige ao Pai, “Para que eles sejam um, como nós somos um”, o que se pede é a unidade da Igreja: unidade de fé e de governo. Isso foi alcançado na Igreja Católica. Nós cantamos isso no Credo: “Credo Ecclesiam unam. Creio que a Igreja é uma só”.
Mas é errado querer usar a oração de Nosso Senhor como base para convidar ou justificar o ecumenismo atual, que tende a promover a unidade das religiões em detrimento da unidade da fé. Esse não é o caso, porque, antes de tudo, é necessária uma fé total: “Sem a fé, é impossível agradar a Deus”. Mas só pode haver uma fé verdadeira.
Além disso, no exemplo da união das pessoas divinas que o Senhor nos propõe em sua oração, devemos ver também o modelo da união da caridade fraterna que o Senhor também propõe a seus discípulos: “Um novo mandamento vos dou: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.” Continuar lendo