Por Paolo Pasqualucci
Tradução gentilmente pelo nosso leitor Pedro Henrique Silva
Para onde está indo a Igreja Católica? A Igreja Una e Santa está viva e imaculada perante Seu Noivo; mas será que uma parte visível dela corre o risco de sofrer uma ‘mutação genética’, ou isso já aconteceu contra nossa vontade, e estamos vendo os efeitos dessa ação? Discutamos tal questão para “resistir”, na fidelidade.
I.
O Papa Francisco, em suas viagens ou em audiências, se encontrou repetidamente com indivíduos e associações do mundo dito LGBTQ+, ou arco-íris, denominação devida ao símbolo deles, ou seja, com pessoas que vivem de diversas maneiras no “pecado impuro contra a natureza” (Catecismo de São Pio X) – sendo que algumas delas até mesmo o promovem, ainda que se declarem católicas. Entre os católicos que se mantêm fiéis ao dogma e aos valores tradicionais, essa prática causou e causa escândalo. Mas por qual motivo? Nosso Senhor não permitia que viesse até Ele prostitutas e adúlteras arrependidas, bem como não pregava a todos os tipos de pecadores para convertê-los – “Aproxima-se o reino de Deus; fazei penitência, crede no Evangelho”; “eu não vim chamar os justos mas os pecadores” (Mc 1, 15; 2, 17)? O escândalo então não advém do fato do encontro, mas sim daquilo que o Papa Francisco disse e, ademais, daquilo que ele não disse e que deveria ter dito enquanto sacerdote, ainda mais sendo Romano Pontífice e, portanto, Vigário de Cristo na terra.
De fato, enquanto Nosso Senhor exortava sempre os pecadores com doçura, mas firmeza para “não pecarem mais”, isto é, para mudarem imediatamente de vida, converterem-se, viverem segundo os ensinamentos Dele, já que o “Reino dos Céus” estava próximo, quer dizer que a salvação eterna estava mais “próxima” naquele momento como nunca antes, graças às Suas pregações e ao Seu exemplo. O Papa Francisco, pelo contrário, sempre incitou todos esses pecadores a continuarem como são, visto que ele falou várias vezes: “Deus o ama assim como você é”! Não parece que ele os tenha alguma vez encorajado a mudar imediatamente de vida, a procurar entrar “pela porta estreita” (Lc 9, 23-24), carregando a própria Cruz dos verdadeiros seguidores de Cristo, negando a si mesmos (Lc 9, 23-24); em suma, nada evidencia que ele os tenha aberta e fortemente encorajado a fugir do pecado, a viver como verdadeiros e coerentes católicos, a procurar auxílio da Graça, a projetar a existência na salvação, a vida eterna, o único fato que verdadeiramente conta para cada um de nós! Continuar lendo