O NOVO RITO DA MISSA TEM DUAS FACES
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Conhecemos essa imagem do desenhista Charles Allan Gilbert, produzida em 1892. Ela representa duas coisas ao mesmo tempo: uma mulher perante seu espelho, com móveis e acessórios para o cuidado de sua beleza, mas também a figura de uma crãnio. Os mesmos elementos da imagem são utilizados para compor a cena dessa mulher ocupada em sua penteadeira e a representação macabra da morte.
A justaposição desses dois temas: da frivolidade e da morte inevitável é um tema clássico desde o século XVII, o do Memento Mori: lembre-te da morte! Daí o seu título: Tudo é vaidade, retirado do livro de Eclesiastes.
A genialidade do autor consistiu em utilizar os mesmos elementos gráficos para significar duas coisas muito distintas, de modo a que, ao juntá-las, se unissem numa única ideia moral. Interessa-nos aqui o primeiro aspecto: os mesmos elementos gráficos ilustram duas ideias diferentes, ou mesmo opostas.
A liturgia é a oração da Igreja dirigida a Deus. Sendo Deus invisível, assim como os bens sobrenaturais, a graça, o caráter sacramental e os mistérios passados da criação, da queda e da redenção, devem ser expressos em linguagem humana, por sinais. Para que a liturgia seja adequada, os sinais utilizados devem exprimir suficientemente os mistérios, evitando ambiguidades. Continuar lendo