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15 DE AGOSTO: RECORDAÇÃO DO MILAGRE DO PAPA PIO VII

Fonte: Scuola Ecclesia Mater – Tradução: Dominus Est
É pouco conhecido mas, em 15 de agosto também se recorda o chamado “milagre do Papa Pio VII Chiaramonti”.

Milagre de Pio VII, Museu Britânico, Londres
De fato, neste dia, em 1811, enquanto era celebrada a Santa Missa, o Papa, então prisioneiro de Napoleão, foi sequestrado em êxtase e começou a levitar, de uma forma não muito diferente do que aconteceu com São José de Copertino. Isso demonstrava o profundo espírito de oração e contemplação daquele santo pontífice, que se formou no mais genuíno espírito beneditino. Não por acaso ele tinha sido abade da Abadia romana de São Paulo Fora dos Muros: uma posição que, em um passado distante, havia sido ocupada por São Gregório VII.

Jacques-Louis David, Pio VII e o cardeal Giovanni Battista Caprara Montecuccoli. Estudo para a Coroação de Napoleão, 1811 – Pio VII defendeu os Estados Papais contra os ataques de Napoleão
O episódio da levitação do Papa Chiaramonti suscitou grande admiração e espanto mesmo entre os vários soldados franceses que o vigiavam e que se viram testemunhas involuntárias do acontecimento.
15 DE AGOSTO – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Para ler a Meditação de Santo Afonso para essa data, clique aqui.
Para ler e ouvir um Sermão de D. Lefebvre, de 1990, sobre a Festa da Assunção, clique aqui.
Para ler e ouvir um Sermão de D. Lefebvre, de 1975, sobre a Festa da Assunção, clique aqui.
Para ler a belíssima Encíclica MUNIFICENTISSIMUS DEUS, de Pio XII, que define o Dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu em Corpo e Alma, clique aqui.
Abaixo colocamos o momento da proclamação do dogma pelo Papa Pio XII
MISSA TRIDENTINA EM RIBEIRÃO/CRAVINHOS – 18, 19 E 20 DE AGOSTO

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SERMÃO DE D. LEFEBVRE POR OCASIÃO DA FESTA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA (15 DE AGOSTO DE 1975)

Neste sermão proferido em Êcone, em 15 de agosto de 1975, D. Lefebvre mostra como a Assunção é uma afirmação do sobrenatural, de nossa vida de união com Deus face o naturalismo contemporâneo que considera apenas esta Terra e esquece o mundo futuro.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Para ouvir o Sermão clique aqui
Meus queridos irmãos,
Celebramos hoje o 25º aniversário da proclamação do Dogma da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria por nosso Santo Padre, o Papa Pio XII. Foi em 1º de novembro de 1950.
Tive a alegria e a felicidade de estar em Roma naquele dia, na Praça de São Pedro, e ainda posso ouvir as palavras do nosso Santo Padre, o Papa Pio XII, proclamando a Assunção da Santíssima Virgem Maria, dogma da nossa fé.
Uma verdade professada desde os tempos apostólicos
Foi em 1950, no dia 1º de novembro, que a Santa Igreja de Deus ouviu falar pela primeira vez da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria? Certamente não. Basta ler os Atos pelos quais nosso Santo Padre Pio XII proclamou a Assunção da Santíssima Virgem, para ver que desde os primeiros tempos da Igreja já se professava a Assunção da Virgem Santíssima Virgem Maria.
Seja nas imagens, seja nos vitrais, nos escritos dos Padres, a fé na Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria já era professada em toda parte. Mas não foi definido solenemente pela Santa Igreja, porque esses dogmas – é preciso recordar – não podem ser novas verdades. Toda Revelação cessou após a morte do último dos apóstolos.
Portanto, é necessário olhar para antes da morte do último dos apóstolos, para encontrar no fundo da tradição e da Revelação que nos legaram, que os apóstolos nos legaram, para afirmar as verdades nas quais devemos crer hoje. Nenhum papa pode inventar uma nova verdade que ele queira submeter à nossa fé. Ele só pode buscar esta verdade no decorrer dos séculos, significando que esta verdade já estava implicitamente contida na Revelação e na fé que os apóstolos nos deram. Este é o ensinamento da Igreja. Continuar lendo
O PECADO DA INVEJA

A inveja está entre os 7 pecados capitais, mas seus limites são mais difíceis de estabelecer do que os de alguns outros vícios… Sintomas e remédios de uma imperfeição mais comum e perigoso do que parece.
Fonte: La Couronne de Marie – Tradução: Dominus Est
O que é o pecado da inveja?
“Por inveja do demônio, é que entrou no mundo a morte” diz o livro da Sabedoria (2, 24). De acordo com esta passagem, os anjos maus caíram porque invejaram os homens. O motivo específico é misterioso, mas geralmente supõe-se que eles não suportaram saber que meros seres humanos receberiam dons divinos ainda maiores do que os deles: que o Filho de Deus encarnaria como homem, que uma simples mulher se tornaria Mãe de Deus. Isso mostra a importância desse pecado capital, do qual até os anjos podem ser culpados, embora ele não deva nada à preguiça ou à gula… A inveja, ao contrário desses vícios, não está relacionada à nossa condição corporal. É, de certa forma, um mal puro, como o orgulho, do qual está muito próxima.
Este exemplo dos demônios mostra claramente em que consiste precisamente o pecado da inveja: como nos diz Santo Tomás de Aquino, retomando São João Damasceno, é “uma tristeza pelos bens alheios“. “Por que ele e não eu?” Em essência, tal é o pensamento que constantemente retorna à mente do invejoso. O bem que meu próximo possui torna-se uma afronta, uma diminuição de minha própria excelência, e esse sentimento é, muitas vezes, acompanhado por um desejo violento de que o próximo seja privado desse bem. O invejoso procura fugir de sua tristeza pela alegria sinistra de ver o mal do próximo. Esta é a razão do terrível ódio do demônio pelos homens, pelo qual ele imagina encontrar alívio em seu desespero por estar privado de Deus. É assim que os podemos comparar os invejosos a animais raivosos…
Quais são as suas causas?
Na raiz da inveja está, claro, o orgulho, o apego à nossa própria glória e, às vezes, até aos nossos bens materiais, se eles são motivo de vaidade em nós. Cada um de nós, a seu modo, está convencido da própria excelência segundo o temperamento: para alguns, será por sua inteligência, para outros, por suas qualidades, suas posses, sua fortuna… Há o orgulho legítimo, mas que não deve degenerar em fontes de vanglória. O rei Saul, grande guerreiro, foi consumido pela inveja ao ouvir as mulheres de Israel cantarem: “Saul matou mil, e Davi dez mil.” “Saul irou-se em extremo, desagradou-lhe esta expressão, e disse: Deram dez mil a Davide, e mil a mim; que lhe falta, senão só o reino? “Daquele dia em diante, Saul não via Davi com bons olhos.” (1 Samuel 18, 7–9). Em poucas palavras, a Sagrada Escritura mostra-nos a inveja em toda a sua fealdade: um orgulho ferido que destrói a caridade e leva ao ódio, que muda o olhar com o qual vemos o próximo. Continuar lendo
A LINGUAGEM OPACA DA IGREJA CONCILIAR

Oreste Sartore | Fonte: Corsia dei Servi
Tradução: Gederson Falcometa
Sob as inovações teológicas, as mutilações sacramentais, as liturgias criativas e os sermões ecumênicos assistenciais, é possível discernir o papel nada secundário desempenhado pela nova forma de comunicação da hierarquia eclesiástica.
A nova forma de comunicar nasceu, nem é preciso dizer, com o Concílio Vaticano II, seguindo as indicações de João XXIII, que deu aos teólogos e padres sinodais uma ampla renovação na forma de apresentação da doutrina, a menos que a substância fosse alterada[1]. Essa reestilização do catolicismo foi justificada pelo axioma (sofístico e falso) de que o homem moderno não pode ser abordado com a linguagem clara e definidora do Magistério precedente.
O resultado agora visível para todos aqueles que querem ver a realidade é um caos comunicativo pelo qual os documentos, homilias e entrevistas de eminentes bispos, cardeais e papas, dependendo da filiação e conveniência de quem os interpreta, podem ser considerados em completa continuidade com a Igreja de sempre, ou em continuidade apenas em algumas partes (enquanto em outras precisariam de esclarecimentos), ou julgados substancialmente em ruptura com a Tradição ou mesmo tachados de anticristicos. Continuar lendo
EUGENIA: SELECIONANDO OS EMBRIÕES INTELECTUALMENTE MELHORES?

É possível selecionar embriões com capacidade cognitiva ou intelectiva potencialmente maior? De qualquer forma, é isso que os biólogos estão propondo, o que já é grave em si só. Mas o que é ainda mais grave é que a população mostra-se amplamente favorável, e revela o quão profundamente a mentalidade eugênica penetrou na consciência das pessoas.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, em janeiro de 2022, revela que a maioria dos americanos não levanta nenhuma objeção moral a uma possível seleção embrionária realizada como resultado de um teste poligênico.
O biólogo Bertrand Jordan explica que uma pontuação poligênica é calculada “pela soma dos alelos de risco detectados no perfil genético da pessoa, sendo atribuído a cada um dos termos um coeficiente que reflete a força de sua associação com a doença e, por conseguinte, a intensidade do risco associado a ela“. Continuar lendo
FIEL À PATERNIDADE
Ser fiel: estrita observância dos deveres
Atualmente a paternidade se encontra num estado lamentável. O pai, como presença ativa na família e na vida pública, vem desaparecendo desde o nascimento de nossa nação(1). Os cientistas sociais reconhecem as perdas culturais da ausência paterna, e a identificam como o problema social mais urgente de nossos tempos(2). Um número impressionante de dificuldades sociais e psicológicas está afligindo as crianças criadas sem pais(3). Meninas criadas sem pais são mais propensas à promiscuidade, transtornos alimentares, depressão e suicídio; meninos sem pais são mais propensos a delinqüência, criminalidade, uso de drogas, e a se transformarem em pais ausentes ou agressivos. E note-se que essas probabilidades aumentam em mais de sete vezes, o que não é pouca coisa.
A razão direta da ausência paterna está nas relações entre os pais que não se concretizam em casamento ou que terminam em divórcio. Aparentemente, os requisitos mínimos da paternidade estão longe da mente de muitos jovens. Dois dentre os muitos motivos desse estado lastimável são a marginalização da paternidade e as seduções da sociedade, para que se negligenciem as responsabilidades paternas.
A marginalização da paternidade atinge diretamente os homens [ou seja, em si mesmos], e também indiretamente, com o aumento da desconfiança das pessoas – como das próprias esposas, que não estão imunes às influências culturais negativas. E é tão forte a ridicularização da masculinidade, que os homens que lutam contra as pressões predominantes e tentam fazerem-se presentes no lar podem, apesar de tudo, ser vistos com desconfiança pelas esposas, o que ajuda a retrair ainda mais a presença masculina.
A marginalização da paternidade
Hoje, se marginaliza a paternidade de três maneiras: minimizando-a, desvalorizando-a e esvaziando-a culturalmente. Continuar lendo
A PRECIOSIDADE DO TEMPO

Não há nada mais precioso do que o tempo, mas, “…pobre de mim…”! Hoje, nada é considerado mais inútil. Os dias da salvação passam e não se pensa neles. Ninguém reflete sobre o fato que esses momentos se foram, para nunca mais voltar.
Fonte: FSSPX Ásia – Tradução: Dominus Est
Muitos, hoje, abusam da paciência de Deus, dando pouca atenção a assuntos tão importantes. Eles desperdiçam tempo, o mais precioso dos dons e, miseravelmente, o desperdiçam em coisas frívolas. São Bernardo escreve: “Hoje as pessoas negligenciam o cuidado de sua alma e se dedicam completamente aos desejos da carne. Eles não têm medo de pecar, têm medo apenas de serem castigados. Sua preocupação não é desenvolver as virtudes do coração, mas a solidez do corpo e até mesmo seu prazer (sua concupiscências). Eles aprenderam essas lições na escola de Hipócrates e Epicuro. Mas este é um tempo para almas e não para os corpos. Estes são dias de salvação, não de voluptuosidade”. E ainda: “Não há nada mais precioso do que o tempo, mas, “…pobre de mim…”! Hoje nada é considerado mais inútil. Os dias da salvação passam e não se pensa neles. Ninguém reflete sobre o fato de que esses momentos se foram, para nunca mais voltar.” Na verdade, não há dádiva mais preciosa do que o tempo: temos uma breve hora para obter perdão, a graça e a glória, e para merecer mais do que o o mundo inteiro pode oferecer. Continuar lendo
PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 10 – VIRTUDE DA PACIÊNCIA – A PACIÊNCIA SOB O LUTO

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est
O amor humano puro, especialmente o amor de pai e mãe por seus filhos, é uma das coisas mais belas da ordem natural. Ele se entrelaça com a nossa própria natureza. Marido e mulher, irmão e irmã e, sobretudo, os filhos que, em um sentido especial, são nossos, são parte de nós mesmos, são nossos por nascimento, nossos por associação constante, nossos por mil laços de amor.
Oh, como é difícil perder alguém do nosso pequeno círculo, ver o lugar vazio, perder seus olhares de amor, o doce som de sua voz.
Então, de fato, precisamos de paciência e devemos implorar para que não lamentemos como aqueles que não têm esperança, mas que possamos humildemente curvar o pescoço sob a mão castigadora de Deus.
Paciência! Como vamos obtê-la sob o golpe esmagador? Continuar lendo
06 DE AGOSTO: TRANSFIGURAÇÃO DE NOSSO SENHOR

Hoje comemoramos a Transfiguração de Nosso Senhor.
Tratando desse assunto, Santo Tomás discorre 4 artigos:
- 1 — Se devia Cristo transfigurar-se.
- 2 — Se a referida luminosidade era gloriosa.
- 3 — Se foram escolhidas testemunhas convenientes da transfiguração.
- 4 — Se convenientemente se acrescentou o testemunho da voz paterna que dizia: Este é o meu filho dileto.
Uma Meditação de Santo Afonso de Ligório em relação ao tema pode ser lida clicando aqui.
MISSA DO X DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES, DIRETO DO PRIORADO DE SÃO PAULO
QUE SE NÃO DEVE DAR CRÉDITO A TODOS, E QUÃO FACILMENTE FALTAMOS NAS PALAVRAS

Socorrei-nos, Senhor, na tribulação, porque é vão o auxílio humano (Sl 59,3). Oh! Quantas vezes procurei em vão fidelidade, onde cuidava que a havia! Ah! Quantas vezes a encontrei onde menos a esperava! Vã é, pois, a esperança que se põe nos homens; em vós, meu Deus, está a salvação dos justos. Bendito sejais, Senhor meu Deus, em tudo que nos sucede. Nós somos fracos e inconstantes, facilmente nos enganamos e mudamos.
Que haverá tão cauteloso e vigilante em todas as coisas, que alguma vez não caia em perturbação ou engano? Mas aquele que em vós, Senhor, confia, e vos procura de coração sincero, não cai tão facilmente. E se vier a cair em alguma tribulação, de qualquer sorte que esteja embaraçado nela, prontamente será por vós libertado ou consolado, porquanto não desamparais para sempre a quem em vós espera. Raro é o amigo fiel que persevera em todas as tribulações de seu amigo. Vós, Senhor, sois o único amigo fidelíssimo e não se acha outro igual.
Oh! bem o soube aquela alma santa (Santa Águeda) que disse: “Meu coração está firmado e fundado em Cristo!” Se assim fora comigo, não me perturbaria tão facilmente o temor humano, nem me abalariam as flechas das más palavras. Quem pode prever tudo e precaver-se contra os males futuros? Se os males previstos já ferem tanto, quanto mais os imprevistos causarão feridas dolorosas! Mas por que motivo, sendo eu tão miserável, não me acautelei melhor? Por que tão facilmente dei créditos aos outros? Entretanto – somos homens e nada mais que homens fracos, ainda que muitos se julguem e chamem anjos. A quem hei de crer, Senhor? a quem senão a vós? Vós sois a verdade que não engana nem pode ser enganada. Ao passo que está escrito: “Todo homem é mentiroso (Sl 115,2), fraco, inconstante, inclinado a pecar, mormente em palavras, de sorte que mal se deve logo acreditar o que, à primeira vista, parece verdadeiro”. Continuar lendo
POR QUE OS CATÓLICOS NÃO COMEM CARNE NAS SEXTAS-FEIRAS?

A prática de abstinência de carne nas sextas-feiras data do início da Igreja. O princípio da prática penitencial de abstinência, para se atingir o domínio de si mesmo, já estava delineado por São Paulo: “E todos aqueles que combatem na arena de tudo se abstêm e o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível” (1Cor 9, 25) e “Antes nos mostramos como ministros de Deus nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns” (2Cor 6,5).
Menção explícita da prática de abstinência nas sextas-feiras é feita em um documento do fim do século I (A Didaqué dos Apóstolos), assim como por São Clemente de Alexandria e por Tertuliano no século III. Era um costume universal desde o começo, e a sexta-feira foi escolhida em comemoração da Paixão de Nosso Senhor como um dia em que devemos nos esforçar de maneira especial para praticar a penitência. É em reconhecimento do fato de que Cristo sofreu e morreu e deu sua carne humana e sua vida por nossos pecados em uma sexta-feira que os católicos não comem carne nesse dia. O Papa Nicolau I tornou isso lei da Igreja no século IX. Na Igreja Latina, nos primórdios da Idade Média, esse dia de abstinência não foi considerado suficiente, e a abstinência aos sábados foi acrescentada em honra ao sepultamento de Cristo e ao sofrimento de Nossa Senhora e das santas mulheres no Sábado Santo. Isso foi tornado lei da Igreja por São Gregório VII no Século XI, mas, desde então, caiu em desuso, exceto por parte daqueles que querem professar sua devoção a Nossa Senhora de maneira especial. A Igreja Oriental também tem regras rigorosas para abstinência, pois, nela, a abstinência de carne é praticada nas quartas e nas sextas-feiras.
As regras acerca do que é ou não permitido em dias de abstinência também variaram conforme o tempo. Santo Tomás de Aquino, por exemplo, indica que ovos, leite, manteiga, queijo e gordura são proibidos em dia de abstinência porque eles vêm de animal e, portanto, têm, em sua origem, algum tipo de identidade com a carne. As regras dos nossos dias restringem a abstinência à carne vermelha apenas. Continuar lendo
UMA IGREJA EM CRESCENTE PERDA DE INFLUÊNCIA

Por ocasião do 35º aniversário das sagrações de Ecône, o jornal francês La Croix, de 30 de junho de 2023, publicou um artigo intitulado A Fraternidade São Pio X, uma influência limitada.
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Nesse artigo lemos o seguinte: “A FSSPX renova-se, sobretudo, em si mesma através de uma reprodução geracional”; “está condenada ao imobilismo para garantir a sua sobrevivência”; “é uma instituição completamente autônoma que tem, em si mesma, todos os meios para conseguir subsistir“. Às vezes, é feita uma tímida concessão: “continua sendo uma pequena minoria operante”, mas a impressão geral que domina é a de uma Fraternidade autárquica.
O que chama a atenção neste artigo é a falta de perspectiva histórica e filosófica. Propõe ao leitor apenas uma análise sociológica, descritiva, sem jamais esboçar qualquer raciocínio explicativo. Limita-se ao como, sem questionar o porquê.
É como se se receasse que essa perspectiva se tornasse uma acusação mais profunda e, sobretudo, mais embaraçosa. Porque apresentar a Fraternidade São Pio X como auto reprodutora, imobilista e completamente autônoma, não é apenas transformá-la em uma seita, mas também cercá-la com um “cordão sanitário” para se proteger de qualquer reflexão perigosamente contagiosa. Continuar lendo
BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – AGOSTO/23

Caríssimos fiéis,
Embora agosto não tenha o título de mês mariano como maio e outubro, no entanto ele é caracterizado por duas grandes festas da Santíssima Virgem: a Assunção, em 15 de agosto, e o Imaculado Coração de Maria, no dia 22.
O coração, símbolo do amor, faz-nos pensar que Maria é modelo do amor a Deus, um modelo de caridade.
Maria supera todas as outras criaturas no amor. Mais do que qualquer outra, Maria esteve em contato com a caridade infinita, tornou-se participante dela; Maria foi repleta dela: Ela era “cheia de graça”, o Senhor estava nela, o Senhor estava com ela; o Senhor, o próprio Amor, a graça, o manancial divino do seu Coração, do seu “Coração fornalha de caridade”. Foi porque Maria era “cheia de graça”, foi porque a caridade infinita estava nela e ela estava completamente aberta a essa caridade por meio da fé, fortalecida na esperança, que ela recebeu tal abundância e, ademais, foi capaz de corresponder ela, pois, em termos de amor, o que podemos retribuir a Deus que não tenhamos recebido dele? Continuar lendo
PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 9 – VIRTUDE DA PACIÊNCIA – SOBRE A PACIÊNCIA NAS DOENÇAS

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est
Não é fácil para aqueles que sempre gozaram de boa saúde compreender o quão pesada é a cruz de uma longa e contínua doença.
Não se trata apenas da dor física, embora muitas vezes ela seja muito difícil de suportar.
É o desconforto, o cansaço, a languidez, a depressão que acompanham a doença; é a inquietação, a incapacidade de encontrar repouso, a solidão das longas horas.
Quão necessária é a paciência para os doentes! Paciência deve ser a palavra de ordem de sua vida. Concedei-me paciência, ó Senhor, paciência para sofrer por Vós e Convosco, e nunca murmurar, mesmo quando a dor e o sofrimento forem maiores.
Há uma forma de doença que é a mais difícil de suportar com paciência. Quando realizamos nossas ocupações habituais em um estado de sofrimento que torna tudo um fardo. Continuar lendo
O ADMINISTRADOR INFIEL – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no VII Domingo depois de Pentecostes, com uma observação sobre as palavras do bispo auxiliar de Lisboa a respeito do papel evangelizador das Jornadas Mundiais da Juventude.
MISSA DO IX DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES, DIRETO DO PRIORADO DE SÃO PAULO
AVISADO POR NOSSA SENHORA…
Vicente de Bauvais narra que um jovem fidalgo inglês, chamado Ernesto, dera todos os seus bens aos pobres e entrara em um convento. Ali levara vida tão perfeita que os superiores tinham em alta conta, sobretudo por sua devoção especial à Santíssima Virgem.
Tendo aparecido na cidade terrível peste, recorreram os cidadãos aos religiosos, pedindo-lhes que os auxiliassem com suas orações. O superior deu ordem a Ernesto que se fosse pôr em oração diante do altar de Maria Santíssima; e que não se retirasse, enquanto não desse resposta. No fim de três dias Nossa Senhora respondeu que se fizessem certas preces. Apenas lhe obedeceram, cessou o flagelo.
Ora, aconteceu que, pouco a pouco, o jovem monge foi esfriando na devoção de Maria. O demônio assaltou-o com freqüentes tentações, principalmente contra a pureza e a perseverança na vocação.
O infeliz, esquecendo-se de invocar a Mãe de Deus, resolveu fugir, saltando o muro do mosteiro.
Passando por uma imagem da Virgem, que estava no corredor, ouviu as palavras:
– Meu filho, por que me abandonas?
Atordoado e confuso, Ernesto caiu por terra e respondeu:
– Mas não vedes, Senhora minha, que não posso mais resistir? Por que não vindes socorrer-me?
A Virgem replicou:
– E Tu, por que não me invocastes? Se te tivesse recomendado a mim, não terias chegado a esse ponto. De hoje em diante recorre a mim, e nada tens a temer!
O religioso assim fez e viveu sempre feliz, e conquistou o belo Céu.
Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri
A CURIOSIDADE – UMA TENTAÇÃO PARA PECAR

Fonte: FSSPX Portugal
Uma das principais causas do mal no mundo, em que infelizmente todos nós participamos em maior ou menor grau, é a nossa curiosidade em manter uma certa relação com as trevas, em ter alguma experiência do pecado e em saber como são as satisfações da pecaminosidade. Muitas pessoas (embora não o digam tão claramente em palavras) consideram pouco masculino e algo vergonhoso não ter experiência do pecado, como se isso fosse um distanciamento anormal do mundo, uma ignorância infantil da vida, uma simplicidade e estreiteza de espírito, um medo supersticioso e servil.
Não conhecer o pecado por experiência traz ao homem o riso e a zombaria de seus companheiros. E não é estranho que isso aconteça com os descendentes daquele par culpado a quem, no princípio, Satanás ofereceu a entrada num mundo único de conhecimento e satisfação, como recompensa pela desobediência ao mandamento divino. “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável à vista e excelente para dar sabedoria, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu” (Gn 3.6). Continuar lendo
O CRISTIANISMO QUE NÃO MORRERÁ

As reflexões que no artigo de quinta-feira andamos fazendo, despertadas pela releitura de uma página de Chesterton, levam-nos à conclusão de que haverá arrefecimento do cristianismo todas as vezes que os homens se afligirem, se envergonharem ou se cansarem de o sentir tão incôngruo em relação ao curso da história, e daí tirarem a intenção de afeiçoá-lo àquele andamento.
A crise de nossos dias, a mais ampla e profunda de toda a história da Igreja, começou por um propósito de aggiornamento. O cristianismo estava envelhecido, a Igreja esclerosada, e o bravo mundo moderno passou a interessar-se prodigiosamente por sua renovação. Reformas… reformas… reformas… O pastor anglicano John Robinson, que andou por aqui a fazer conferências, escreveu um volume inteiro para explicar que hoje, na era espacial, não é possível ter a mesma idéia de Deus “fora de nós” tida e mantida pelos antigos. Eis o que diz na tradução portuguesa esse tipo bem representativo de nossa época: “Enquanto não tinham sido explorados, ou era possível explorar (por meio de radiotelescópios, se não com foguetões) os últimos recantos do Cosmos, ainda se podia localizar Deus mentalmente nalguma terra incógnita. Mas agora parece não haver lugar para Ele, não apenas na estalagem, mas em parte alguma do universo: é que já não há lugares vazios.”
É difícil, em tão poucas linhas, dizer mais densa coleção de asneiras sobre a presença de Deus que, para esse notável anglicano, ao que se vê, sempre esteve no limbo das primeiras imagens infantis. O reverendo (que o Prof. Cândido Mendes Almeida importou quando por aqui é abundantíssimo o similar nacional), fascinado por leituras de vulgarizações, e esquecido da presença de Deus em todas as coisas como causa primeira, e como sustentador de todas as existências, pensa que o homem já explorou todos os recantos do universo! Continuar lendo
SABER CALAR-SE

Corre um boato… de início, um leve ruído, como o rasante de uma andorinha ante a tempestade, bem suave…. a pessoa murmura e se vai, deixando um rastro venenoso. A boca balbucia e com vagareza e habilidade chega até o ouvido. O mal está feito: ele germina, arrasta, avança… Quem pode detê-lo?
Fonte: La part des anges n° 2 – Tradução: Dominus Est
O problema não é apenas que haja boatos circulando. A questão é que é preciso aprender a não espalhá-los, e antes de tudo, não procurá-los.
Se não queres fazer o papel de tolo, deves então reservar seu julgamento… e dizer a si mesmo: isso não me interessa. Verás, de repente, o ruído parar, privado do que o faz subsistir. Os interessados ficarão gratos, porque por trás de cada ruído, verdadeiro ou falso, há uma pessoa prejudicada. E para a pessoa que o espalha, haverá menos aborrecimentos com a reparação obrigatória.
Devemos também evitar dizer tudo, se não quisermos ser vítimas de indiscrição e maledicência. Assim Nosso Senhor, que diz de Si mesmo: Eu sou a Verdade, que é o mesmo em todos os aspectos, e que não mede suas atitudes, não despreza a prudência. Sejam prudentes como as serpentes… Ele mesmo nos dá o exemplo de essencial discrição. Ele pesa as suas palavras e sabe calar-se ou reservar-se a uma determinada categoria de pessoas: a vós é dado conhecer o reino de Deus.
Por que Nosso Senhor se reservou assim para certas pessoas? Sem dúvida, Ele se preocupava em instruir os Apóstolos com maior cuidado. Mas Ele sabia, sobretudo, em quem confiava: os apóstolos eram aqueles que estavam com Ele desde o início. Esses homens aprenderam, com a franqueza e a simplicidade do Mestre, a virtude da humildade, pela qual nos conhecemos e nos valorizamos. Continuar lendo
MISSA TRIDENTINA EM RIBEIRÃO/CRAVINHOS – 28, 29 E 30 DE JULHO

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PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 8 – VIRTUDE DA PACIÊNCIA – PACIÊNCIA NAS TENTAÇÕES

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est
Se todos nós temos que suportar as tentações, devemos tentar suportá-las bem. As tentações não são pecados. Podemos estar cercados de tentações. Elas podem estar presentes por horas. Podemos ter uma espécie de sentimento de culpa, como se tivéssemos ofendido a Deus. No entanto, se não temos consciência de tê-las consentido de alguma forma, tê-las desejado, então nossa consciência está livre de qualquer mancha de pecado, mesmo que eles possam ter causado satisfação à nossa natureza inferior e às nossas inclinações mais baixas.
Lembrar disso nos ajudará muito a suportá-las pacientemente.
Mas há outra consideração consoladora com relação à tentação.
Podemos fazer muito pela honra de Deus e por nosso próprio progresso na virtude por meio de nossa resistência ao tentador. Acumulamos uma reserva de méritos no Céu. Somos purificados como no fogo, e a escória dos pecados veniais e imperfeições é removida. Portanto, devemos ser não apenas pacientes, mas alegres sob as tentações, e agradecer a Deus por elas. Continuar lendo
MISSA DO VIII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES, DIRETO DO PRIORADO DE SÃO PAULO
NICARÁGUA: A PERSEGUIÇÃO À IGREJA ORQUESTRADA PELO GOVERNO ORTEGA

A terceira parte do relatório intitulado: “Nicarágua: uma Igreja perseguida?” foi publicado por Martha Patricia Molina Montenegro, uma advogada nicaragüense. Produzido pela pesquisadora exilada, foi apresentado de forma online em 3 de maio de 2023, informa a agência italiana SIR.
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
O estudo contabiliza as 529 perseguições perpetradas pela ditadura de Daniel Ortega desde abril de 2018, data em que eclodiram manisfestações contra o governo no país, até março de 2023.
O objetivo deste relatório “é mostrar, em números concretos, os ataques e agressões sofridos pela Igreja Católica na Nicarágua”, declarou Martha Patricia Molina. O documento de 232 páginas, cujos dados foram verificados e descritos em ordem cronológica, destaca a autora, está dividido em quatro capítulos.
Eles registram as hostilidades sofridas pela Igreja nos últimos cinco anos, incluindo a proibição de procissões durante a última Semana Santa. O terceiro capítulo é uma apresentação sintética das hostilidades e o último é uma cronologia de “profanações, sacrilégios, ataques, roubos e atentados contra a Igreja”.
No entanto, ressalta a advogada, “há uma subestimação dos dados pois há poucas ou nenhuma denúncia por parte das autoridades religiosas”, associada a um “crescente medo e cautela por parte de leigos ou membros de grupos religiosos em documentar atos hostis”. Continuar lendo
COLÔMBIA: PEREGRINAÇÃO E CONSAGRAÇÃO À VIRGEM DE CHIQUINQUIRÁ

No domingo, 16 de julho, o Priorado de Bogotá, na Colômbia, organizou uma Peregrinação à Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá, celebrada no dia 9 de julho, e cujo santuário está localizado a 135 km de Bogotá.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
O Superior da Casa Autônoma da América Central e Caribe, Pe. Ezequiel Rubio, havia pedido a todos os Priorados da Casa Autônoma que organizassem uma peregrinação anual por ocasião da festa patronal do país. Na Colômbia, a padroeira é Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá.
Após uma reunião, em novembro, com o reitor da igreja, Pe. Carlos Mario Alzate, da Ordem dos Irmãos Pregadores, o Priorado foi autorizado, com o consentimento do Bispo, a celebrar a Missa no altar-mor da Virgem, na Comemoração de Nossa Senhora do Carmo, que este ano caiu em um domingo, dia 16.
Na presença do Superior da Casa Autónoma, Pe. Rubio, e de todos os sacerdotes do Priorado, bem como com a fervorosa assistência de cerca de 700 fiéis, aos quais se juntaram os presentes na basílica, foi cantada uma Missa solene diante da imagem milagrosa de Nossa Senhora de Chiquinquirá, o que não acontecia há mais de 50 anos!
A Schola foi dirigida pelo Pe. Pablo Bianchetti a partir do coro da igreja, onde o órgão e o coral, formado por fiéis das diversas capelas, elevaram suas vozes à Padroeira da Colômbia num grande hino de gratidão e ação de graças.
No final da Missa, o Pe. Rubio consagrou toda a Casa Autônoma à proteção materna da Rainha da Colômbia, a Santíssima Virgem.
Ouçam abaixo o sermão do Pe. Rubio e vejam o vídeo completo da Missa:
O PÔNCIO PILATOS DE ONTEM E OS DE HOJE
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Na sua Encíclica Pascendi Dominici Gregis, São Pio X resumiu o fundamento filosófico da heresia modernista com esses dois termos: agnosticismo e imanência vital. Ele apontava o dedo para as duas atitudes fundamentais do pensamento moderno, que são a recusa do conhecimento especulativo e uma hipertrofia da causalidade. Para bem compreender o espírito do nosso tempo e poder confrontá-lo, convém nos aprofundarmos nesses dois falsos princípios que se encontram na origem de tantos erros. Para ajudar nossos leitores nessa tarefa, propomos uma parábola sobre o agnosticismo, que não é mais do que uma forma derivada do ceticismo.
Uma parábola moderna — o Senhor Philosophus
Os jornais traziam uma triste notícia. Um jovem de cerca de trinta anos fora massacrado, há pouco tempo, por um bando de malfeitores nas redondezas de Jerusalém. A crueldade dessa execução sumária e o renome desse jovem judeu deram ao ocorrido uma repercussão internacional. O Senhor Philosophus, detetive de reputação, foi incumbido de identificar os criminosos e localizar o seu líder. Pôs na cabeça o seu chapéu de feltro, armou-se com sua lupa e sua lanterna de bolso e, sem mais delongas, lançou-se ao trabalho. Confiando na sua longa experiência e nas suas fontes de informação, nosso homem contava resolver o assunto em pouco tempo. Mas teve de deixar o seu otimismo de lado ao depara-se com uma multidão heterogênea de suspeitos e com testemunhos aparentemente contraditórios. Busquemos acompanhá-lo na sua investigação.
A vítima tinha precisamente trinta e três anos no momento do atentado. Vinha do norte de Israel de uma localidade chamada Nazaré. Sua mãe, presente no lugar do suplício, chamava-se Maria, e seu nome era Jesus.
Quem, portanto, poderia ter cometido uma tal abominação, condenar ao suplício da cruz um homem dotado de tão boa reputação? O Senhor Philosophus seguiu todas as pistas que se lhe apresentaram: os Palestinos? Os próprios Judeus? Os Romanos que ocupavam a região? Um dos amigos do defunto chamado Judas? A covardia dos seus discípulos que o abandonaram diante do perigo? Soluções as mais contraditórias disputavam o espírito do detetive, sem que ele pudesse resolvê-las de modo categórico. Continuar lendo

