22 DE AGOSTO – IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Resultado de imagem para imaculado coração

***********************************

Ladainha ao Imaculado Coração de Maria

Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós

Cristo, olhai-nos.
Cristo, escutai-nos

Deus Pai celestial, Tem misericórdia de nós.
Deus Filho Redentor do mundo, Tem misericórdia de nós.
Deus Espírito Santo, Tem misericórdia de nós.
Santa Trindade, um só Deus, Tem misericórdia de nós.

Santa Maria, Coração Imaculado de Maria, rogai por nós
Coração de Maria, cheio de graça, rogai por nós
Coração de Maria, vaso do amor mais puro, rogai por nós
Coração de Maria, consagrado íntegro a Deus, rogai por nós
Coração de Maria, preservado de todo pecado, rogai por nós
Coração de Maria, morada da Santíssima Trindade, rogai por nós
Coração de Maria, delícia do Pai na Criação, rogai por nós
Coração de Maria, instrumento do Filho na Redenção, rogai por nós
Coração de Maria, a esposa do Espírito Santo, rogai por nós
Coração de Maria, abismo e prodígio de humildade, rogai por nós
Coração de Maria, medianeiro de todas as graças, rogai por nós
Coração de Maria, batendo em uníssono com o Coração de Jesus, rogai por nós
Coração de Maria, gozando sempre da visão beatífica, rogai por nós
Coração de Maria, holocausto do amor divino, rogai por nós
Coração de Maria, advogado ante a justiça divina, rogai por nós
Coração de Maria, transpassado por uma espada, rogai por nós
Coração de Maria, Coroado de espinhos por nossos pecados, rogai por nós
Coração de Maria, agonizando na paixão de teu Filho, rogai por nós
Coração de Maria, exultando na Ressurreição de teu Filho, rogai por nós
Coração de Maria, triunfando eternamente com Jesus, rogai por nós
Coração de Maria, fortaleza dos cristãos, rogai por nós
Coração de Maria, refúgio dos perseguidos, rogai por nós
Coração de Maria, esperança dos pecadores, rogai por nós
Coração de Maria, consolo dos moribundos, rogai por nós
Coração de Maria, alívio dos que sofrem, rogai por nós
Coração de Maria, laço de união com Cristo, rogai por nós
Coração de Maria, caminho seguro ao Céu, rogai por nós
Coração de Maria, prenda de paz e santidade, rogai por nós
Coração de Maria, vencedora das heresias, rogai por nós
Coração de Maria, da Rainha dos Céus e Terra, rogai por nós
Coração de Maria, da Mãe de Deus e da Igreja, rogai por nós
Coração de Maria, que por fim triunfarás, rogai por nós
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, Perdoai-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, Escutai-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, Tem misericórdia de nós.

Rogai por nós Santa Mãe de Deus
R. Para que sejamos dignos de alcançar as promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo

Oremos:
Vós que nos tens preparado no Coração Imaculado de Maria uma digna morada de teu Filho Jesus Cristo, concedei-nos a graça de viver sempre conforme a sua vontade e de cumprir seus desejos.
Por Cristo teu Filho, Nosso Senhor. Amém

PEREGRINAÇÃO DA FSSPX A ROMA PELO ANO JUBILAR – IMAGENS DO PRIMEIRO E SEGUNDO DIAS

DIA 19 – TERÇA FEIRA

Procissão da Santa Cruz de Jerusalém até Santa Maria Maior. 

De 19 a 21 de agosto, 7.200 peregrinos de 44 países diferentes participam da Peregrinação da FSSPX a Roma durante este Ano Santo. Entre eles, 680 padres, religiosos e religiosas. Um acampamento foi instalado perto de Roma, acolhendo mais de 700 peregrinos.

A procissão da terça-feira conduziu os peregrinos de Santa Cruz de Jerusalém até Santa Maria Maior, onde passaram pela Porta Santa. À frente da procissão, estava a cruz processional, carregada por Sua Excelência D. Bernard Fellay, que presidiu a procissão desse dia, ao final da qual foram recitadas as orações jubilares.

Para acessar as fotos do primeiro dia CLIQUE AQUI.

CINQUENTA ANOS ATRÁS….

…D. Lefebvre em Roma para o Jubileu do Ano Santo de 1975

*****************************

DIA 20 – QUARTA FEIRA

Missa Solene no Parque Colle Oppio (Roma)

Procissão solene até a Basílica de São João de Latrão


Veja as fotos do segundo dia CLICANDO AQUI.

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – AGOSTO/25

Imagens de Jesus sacred heart sem royalties | Depositphotos

Caros fiéis,

Segundo a expressão de Santo Agostinho, o mundo após o pecado original era “uma massa condenada” sob o domínio do demônio. Esse império das trevas recebeu o golpe fatal com o triunfo de Nosso Senhor na Cruz. No entanto, a guerra não havia terminado. O triunfo final da Igreja é certo, assim como a derrota de Satanás no fim do mundo. Enquanto isso, a batalha continua. O Batismo arranca almas do demônio, que tenta reconquistá-las. E, como soldados no campo de batalha, os padres que dão a absolvição recuperam para Deus o terreno das almas cedidas, por um tempo, ao demônio por nossa covardia. Consequentemente, o inimigo da humanidade dedica um ódio particular ao padre e ao sacramento da Confissão. Nos Estados Unidos, na Austrália, na França e em outros países, o sacramento da Penitência é atacado. Isso não deve nos surpreender. O ângulo de ataque é o segredo da Confissão. O argumento é simples: o segredo da confissão protege os criminosos.

Tudo isso não passa de um pretexto. Compreende-se bem que ninguém se confessaria, especialmente os criminosos, se o padre não fosse obrigado a guardar segredo. Muitas vezes, o confessionário é o único lugar onde podemos nos aliviar de segredos pesados e receber conselhos e encorajamentos adequados às situações pessoais. O culpado encontra a oportunidade de tomar consciência e corrigir-se. A vítima encontra apoio e força para falar . A salvação das almas continua a ser a prioridade da Igreja, que, logicamente, obriga o padre ao sigilo sob pena de excomunhão. Isso não agrada ao demônio, que gostaria de ver os pecadores afastados da absolvição. Santo Cura d’Ars foi o pesadelo do demônio. Deus lhe deu o dom de conduzir as almas; ele inspirava o gosto, quase a fome da confissão: lia nas consciências, dizendo a cada uma a verdade, e aconselhava com algumas palavras luminosas e sábias. Levantava-se à meia-noite e ia para a igreja uma hora depois; confessava aqueles que o esperavam; depois da missa, recomeçava até a hora do catecismo, que acontecia antes do meio-dia. Por volta da uma da tarde, ele estava novamente na igreja para confessar até a hora da oração da tarde. Passou de dezesseis a vinte horas por dia no confessionário durante mais de trinta anos. Este santo bem conhecido nos permite apresentar outro que foi canonizado no mesmo dia pelo Papa Pio XI, há um século, em 31 de maio de 1925. Continuar lendo

O “SUBSISTIT IN” E A NOVA CONCEPÇÃO DE IGREJA

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

“A questão da Igreja e de sua constituição, as novas abordagens e perspectivas que o Concílio Vaticano II traz sobre a Igreja estão no centro de um debate teológico que nos leva a questionar a ortodoxia de vários de seus textos. Não se pode deixar de estudá-los se se quer compreender as questões de um debate cinquentenário, que não deve se perder nas falsas pistas de uma correta ou má recepção dos textos, que, na verdade, estariam em conformidade com a doutrina da Igreja Católica, de uma correta ou má interpretação ou hermenêutica desses mesmos textos, moldadas conforme as intenções de ruptura, que iriam além daquelas do magistério conciliar. O pressuposto de que os textos são necessariamente isentos de erros esterilizaria qualquer exame teológico sério.”

Assim, a novidade que a expressão “subsistit in” – que associa a Igreja de Cristo subsistindo na Igreja Católica – constitui para todos pode ser qualificada como estratégica. Ela é estratégica do ponto de vista do novo ecumenismo implementado e propagado pelos Papas conciliares e pós-conciliares.

Recordemos que o ecumenismo moderno busca em todas as religiões cristãs o menor denominador comum, a fim de recuperar a unidade perdida. Isso sempre foi condenado, até 1949, por Pio XII [1]. O ecumenismo, no sentido católico, busca renegar as comunidades cristãs dissidentes para integrar a única Igreja de Cristo, que é a Igreja Católica, única arca e fonte de salvação. Quanto ao diálogo inter-religioso, nascido do movimento e extensão do ecumenismo moderno, busca, por meio do debate aberto entre representantes de religiões não cristãs, promover a paz e o intercâmbio sobre os valores éticos, excluindo qualquer proselitismo [2]. Continuar lendo

15 DE AGOSTO: RECORDAÇÃO DO MILAGRE DO PAPA PIO VII

É pouco conhecido mas, em 15 de agosto também se recorda o chamado “milagre do Papa Pio VII Chiaramonti”.

Fonte: Scuola Ecclesia Mater – Tradução: Dominus Est

Milagre de Pio VII, Museu Britânico, Londres

De fato, neste dia, em 1811, enquanto era celebrada a Santa Missa, o Papa, então prisioneiro de Napoleão, foi sequestrado em êxtase e começou a levitar, de uma forma não muito diferente do que aconteceu com São José de Copertino. Isso demonstrava o profundo espírito de oração e contemplação daquele santo pontífice, que se formou no mais genuíno espírito beneditino. Não por acaso ele tinha sido abade da Abadia romana de São Paulo Fora dos Muros: uma posição que, em um passado distante, havia sido ocupada por São Gregório VII.

Jacques-Louis David, Pio VII e o cardeal Giovanni Battista Caprara Montecuccoli. Estudo para a Coroação de Napoleão, 1811 – Pio VII defendeu os Estados Papais contra os ataques de Napoleão

O episódio da levitação do Papa Chiaramonti suscitou grande admiração e espanto mesmo entre os vários soldados franceses que o vigiavam e que se viram testemunhas involuntárias do acontecimento.

15 DE AGOSTO – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

assum

Para ler a Meditação de Santo Afonso para essa data, clique aqui.

Para ler e ouvir um Sermão de D. Lefebvre, de 1990, sobre a Festa da Assunção, clique aqui.

Para ler e ouvir um Sermão de D. Lefebvre, de 1975, sobre a Festa da Assunção, clique aqui.

Para ler um Sermão de São Tomás de Villanueva sobre a Festa, clique aqui.

Para ler a belíssima Encíclica MUNIFICENTISSIMUS DEUS, de Pio XII, que define o Dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu em Corpo e Alma, clique aqui.

Abaixo colocamos o momento da proclamação do dogma pelo Papa Pio XII

UMA TRIPLA E ESPANTOSA CONFUSÃO

Obediência

Fonte: Courrier de Rome nº 679 – Tradução: Dominus Est

Pelo Pe. Jean-Michel -Gleize, FSSPX

Esse texto é continuação do: A FRATERNIDADE SÃO PIO X: SOB ARTILHARIA DE SEIS OBJEÇÕES

1. Observemos também, como que para concluir, que a leitura que o Padre Vernier faz de nossa tese é surpreendente. Pois em pelo menos três pontos a avaliação que ele faz é, se não uma extrapolação, pelo menos um mal-entendido difícil de entender.

Negar a indefectibilidade da Igreja?

2. O mais importante e o mais grave desses mal-entendidos consiste em nos imputar a negação prática da indefectibilidade da Igreja. Ao descrever qual seria a posição da FSSPX como a apresentaríamos, o Padre Vernier escreve: “Se o dogma da indefectibilidade da Igreja e suas implicações necessárias permanecem sempre teoricamente válidos, mesmo em tempos de crise provocada pela hierarquia, algumas de suas implicações práticas podem deixar de ser aplicadas em virtude da prudência. De fato, para o nosso autor, como essas implicações não parecem absolutamente necessárias, ele admite que a posição da FSSPX difere apenas prudencialmente do alegado sedevacantismo oculto”.

3. No entanto, essa citação é dada na nota 5 de nosso artigo na edição de abril de 2024 do Courrier de Rome, onde escrevemos exatamente o seguinte: “O zelo do Padre Vernier, sem dúvida, tem algo de cavalheiresco, e o ardor com que ele se propõe a destruir qualquer coisa que possa parecer lançar dúvidas e pôr em perigo o dogma da indefectibilidade da Igreja, bem como sua visibilidade, teria, em outras circunstâncias, merecido aprovação irrestrita. Infelizmente, esse zelo e esse ardor são claramente desproporcionais às circunstâncias da crise que ainda assola, e se agrava cada vez mais, dentro da santa Igreja”. Continuar lendo

MUNDO, MUNDO…

Gustavo Corção – Conservador ardente | Pro Roma Mariana

Gustavo Corção

Entre os belos Cantos Eucarísticos do grande poeta místico que foi Santo Tomás de Aquino, vêm-nos à memória estes versos.

Solum expertus potest scire

quid sit Jesum diligere

Traduzimos, sem sabermos traduzir o sabor original: “Somente aqueles que o experimentaram podem saber o que seja o amor de Jesus”. Ou, “somente os que por experiência sabem…”.

Todos os mestres místicos ensinaram que a contemplação infusa é uma “quase experiência de Deus”. Por que “quase”? Este termo parece restritivo, e portanto impróprio para definir a mais alta de todas as aventuras da alma humana, a subida do Carmelo ou do Calvário, nas pegadas de um Deus que por nós se deixou crucificar. É por isso mesmo, aliás, que nunca poderemos encontrar termos próprios para exprimir a sobrenatural aventura. A linguagem dos místicos é inevitavelmente hiperbólica, antitética e metafórica; e é aqui, mais do que na poesia, que se aplica o que disse Rimbaud: que tentava dizer o indizível.

No caso em questão, Santo Tomás ousa empregar o termo “experimentar” quando canta, mas seus discípulos, quando tentam explicar o canto de maior linguagem especulativa, recuam diante do termo que traz sobre si uma pesada carga de conotações empíricas e carnais. E até ensinam que na subida do Caminho da perfeição o desejo de experiências sensíveis, sejam elas embora feitas do mais piedoso afeto, constituem pedras de tropeço, e até às vezes atrasos e retrocessos, porque nelas a alma se demora e se compraz no sabor e nas consolações de tal afeto. Ora, não foi este o exemplo que Jesus nos deixou na subida do Calvário. A subida mística só se fará se deixarmos para trás o lastro de terra e de carne, e se, corajosamente, aceitarmos a purificação da noite dos sentidos. Daí se explica a reserva dos mestres quando falam mais na pauta especulativa do que naquela da “experiência” ou “superexperiência” vivida na união com Deus.

* * *

Mas agora, caído em mim de tais alturas que tanto desejara ter alcançado, e das quais só ouso falar com ciência de empréstimo e de desejo, imagino o leitor a interpelar-me: — A que vêm todas essas considerações em torno da experiência mística, e dos cantos eucarísticos de Santo Tomás, quando falávamos da agonia da Espanha, e esperávamos comentários das efervescências nacionais em torno da denúncia em boa hora levantada por Dom Sigaud sobre a infiltração comunista na CNBB? Continuar lendo

CARDEAL JOHN NEWMAN, DOUTOR DA IGREJA?

Fonte: La Porte Latine – Tradução : Dominus Est

Pelo Padre Jean-Michel Gleize, FSSPX

1. “É necessário guardar não somente o que nos foi transmitido nas Sagradas Escrituras, mas também as explicações dos santos doutores que as conservaram intactas para nós” Assim fala Santo Tomás de Aquino, ele mesmo qualificado, posteriormente, como “Doutor Comum da Igreja”[1]. Tal reflexão não é letra morta, se considerarmos que as obras do doutor angélico comportam cerca de 8000 citações dos “santos doutores”.

2. O termo “doutor” pode ser compreendido em sentido lato e impróprio, designando o teólogo tomado enquanto tal. O mesmo termo também pode ser entendido em sentido estrito e próprio e é um título dado “oficialmente pela hierarquia da Igreja[2] aos escritores eclesiásticos notáveis pela santidade de vida, pela pureza da ortodoxia e pela qualidade da ciência”[3]. Melchior Cano[4] mostra no que os doutores se distinguem dos Padres da Igreja, título este que é reservado a pessoas que viveram nos primeiros séculos[5]: os Padres dos primeiros séculos não são todos doutores, e nem os doutores são todos Padres do primeiro século. De fato, os doutores constituem, junto com os Padres, duas espécies diferentes de testemunho sobre os quais o Magistério da Igreja tem a possibilidade de se apoiar para indicar o sentido autêntico da doutrina divinamente relevada nas Escrituras. Tanto entre os Padres como entre os doutores (é o ponto comum que faz de ambos testemunhas autorizadas) é necessária a ortodoxia, ou seja, a conformidade perfeita de seus ensinamentos com o depósito revelado. A diferença é que nos Padres é necessária a antiguidade, enquanto nos doutores é necessária a erudição; ou seja, uma ciência eminente a qual pode ser apontada extensamente em razão da extensão de seus escritos, ou em razão da sua intensidade, ou em razão da profundidade de seu gênio. A auréola dos Doutores, diz Santo Tomás, é a recompensa de sua ciência, ou seja, o fruto da vitória que eles recebem ao expulsar o diabo das inteligências[6]. Outra diferença: o título de Doutor é objeto de uma atribuição oficial que se realiza por decreto solene do Soberano Pontífice e pelo preceito que lhe é dado de celebrar a missa e de recitar o ofício litúrgico correspondente; o título de Padre, ao contrário, é objeto de atribuição imemorial, baseado no costume. Continuar lendo

SÉRIE “CRISE NA IGREJA” – EPISÓDIO 10: INFILTRAÇÃO MODERNISTA – OS PRIMÓRDIOS

Neste episódio, temos a presença do Pe. Paul-Isaac Franks, professor no St. Mary’s College, para iniciar nosso estudo sobre o modernismo, analisando os antecedentes desse erro. Primeiro, veremos como ele surgiu na teologia protestante, depois, como o Modernismo tentou dar uma interpretação inteiramente nova das Escrituras e da Divindade de Nosso Senhor e, finalmente, como esses erros se espalharam nas mentes de alguns teólogos católicos no final do século XIX. No final, veremos como esses teólogos teriam sido extremamente influentes nas mentes dos clérigos ao longo do século XX e além.

A “DUALIDADE” DE NEWMAN, OU OS COMEÇOS DO “REINO DIVIDIDO” – PARTE 2

Fé e razão: Cardeal Newman será proclamado Doutor da Igreja

por Dardo Juan Calderón

O argumento de justificação

Em Newman, a consciência não é como um triste contador de culpas. Ele a situa na criação: quando Deus se fez criador, colocou a Lei do seu Ser – que é Ele mesmo – em suas criaturas. A consciência nos apresenta a verdade e é liberadora, é a mensageira de Deus. “Os católicos não somos escravos, nem sequer do Papa”, afirma Newman. Mas para Newman, este caráter tão positivo não implica que devamos desprezar a voz do Papa, embora destaque “a obediência devida à voz divina que fala em nós” em primeiro lugar.

“Seria um traidor um católico inglês no caso do dilema entre seguir o Papa e a sua consciência?” pergunta equiparando consciência a país; e, se olhamos bem, essa equivalência é bem de gosto liberal e supõe um país que é uma somatória de consciências individuais. E toma como exemplo os deputados católicos ingleses que se conjuraram para não admitir um rei de dinastia católica de outro pais (aos quais o Papa Pio IX obrigou a romper o juramento).

Aquela grande confiança na bondade de Deus levou à surpreendente conclusão, que tanto chamou a atenção da opinião pública inglesa, de que o católico deve seguir a consciência antes do Papa, e com isso evitou a intenção maçom de apagá-los do mapa. Um herói em toda linha, um herói de uma guerra real com consequências concretas e valoráveis, um herói cuja arma tinha sido a literatura e ali poderia ter permanecido. Continuar lendo

A “DUALIDADE” DE NEWMAN, OU OS COMEÇOS DO “REINO DIVIDIDO” – PARTE 1

John Henry Newman – Wikipédia, a enciclopédia livre

por Dardo Juan Calderón

A anedota desencadeadora

A figura de Newman coloca um urgente enigma: quem foi ele? desde o ponto de vista doutrinal e mesmo do pessoal. Defendido e atacado à esquerda e à direita, desde o modernismo que o tem por Pai do Concílio Vaticano II, e desde o tradicionalismo que, mesmo sem chegar à devoção, em sua maioria o considera “um deles”. E até mesmo desde (e perdoem-me se são suscetíveis) as organizações homossexuais que o consideram o santo patrono do clericato homossexual.

Sua obra e personalidade foram fonte das mais variadas e contraditórias interpretações, e todos pedem sua bênção sem que existam vozes críticas. Tudo em um século feroz, de combates armados, de perseguições e de muito mais combates intelectuais, de contrastes enormes, no qual esse homem havia declarado sua motivação por um encontro do religioso com o moderno e sem negar o Syllabus. Por acaso o conseguiu? Terá dado ele a chave da síntese? Era essa chave a Pessoa e sua Consciência?

Uma primeira observação pode ser feita ao perguntarmos: por que todos o querem em seu bando? Por que é uma “figura”?; e uma segunda é se um desses bandos o falsifica para puxar a brasa para sua sardinha, para ter essa “figura” estelar e mundial em seu lado. Quem, afinal, não lhe foi fiel? Continuar lendo

06 DE AGOSTO: TRANSFIGURAÇÃO DE NOSSO SENHOR

FRANCEsco zucaarelli transf kunsthaus lempertz

Hoje comemoramos a Transfiguração de Nosso Senhor.

Tratando desse assunto, Santo Tomás discorre 4 artigos:

Uma Meditação de Santo Afonso de Ligório em relação ao tema pode ser lida clicando aqui.

NADA É MAIS INSPIRADOR DO QUE ESSE PERÍODO CONTURBADO

undefined - © Maxence Malherbe

Essas desordens nos conectam, de alguma forma, aos católicos de antigamente, dos tempos de outras crises que abalaram a Igreja.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Na vigília de Pentecostes, no início da Peregrinação de Chartres a Paris, a Missa foi celebrada pelo Pe. Gabriele D’Avino, Superior do Distrito da Itália. Reproduzimos aqui a última parte do seu sermão proferido no sábado, 7 de junho de 2025, em frente à Catedral de Notre-Dame de Chartres.

A luta pela tradição não deve ser uma luta desordenada, dispersa, puramente individual. É por isso que D. Lefebvre não se contentou em nos transmitir um ensinamento, em proferir belos sermões, ou mesmo em ordenar padres, bispos, sem um objetivo, sem uma ordem. Ele queria fundar — essa é a sua principal ação, a mais importante que realizou — queria fundar uma fraternidade sacerdotal que reproduzisse, tanto quanto possível, o espírito da Igreja. Foi assim que nos deu uma estrutura jurídica, com autoridade, com superiores.

A crise que assola a Igreja hoje certamente não acabou, muito pelo contrário. Ela já dura muito tempo, e há um risco muito concreto de desânimo, de cansaço, de querer depor as armas, descansar, de nos rendermos a uma pretensa evidência que consistiria em dizer que os homens da Igreja, as autoridades atuais, têm a maioria, que a Igreja mudou hoje e que agora precisamos nos adaptar. Continuar lendo

OS SETE ESPÍRITOS DA MODERNIDADE

Ordem de Siles: Demônios (Parte 3)

Padre Álvaro Calderón, FSSPX

Os espíritos malignos não buscam nada, porque não têm esperança alguma, mas opõem-se a todo bem. Satanás é o inimigo do Bem, “o qual se oporá [a Deus], e se elevará sobre tudo o que se chama Deus”[1]. Adversário de Deus e muito especialmente inimigo do homem, manifesta-se por sua oposição: dele sairá o Anticristo, dele vem o anticatolicismo e tudo o que é anti-humano. E esses espíritos de oposição são os que se manifestaram de modo cada vez mais perceptível a partir do Concílio Vaticano II. Porque é notável que, a partir dos anos 1960, houve uma grande difusão do satanismo. O otimismo conciliar declarou uma Igreja sem inimigos e assim deixou de denunciar a existência e a natureza do demônio, passando então a ser Satanás, de certo modo, o primeiro “redimido” do Vaticano II.

Talvez sua manifestação mais potente tenha ocorrido pelo fenômeno do rock, cuja aparição coincide, estranhamente, com os anos do pós-concílio. Àquele que não acredita no demônio pode lhe parecer uma espécie de moda, uma maneira de se opor e virar de cabeça para baixo tudo o que veio anteriormente, vendo em Satanás apenas um símbolo do proibido. Mas, hoje, qualquer um pode buscar na internet as impressionantes listas de artistas que confessaram ter se consagrado a Satanás para triunfar: e olha como triunfaram! Com o respeito por qualquer opção em ordem religiosa, promovido pelo mesmo ecumenismo conciliar, não apenas se considerou digna a irreligião do ateísmo, mas também digna a antirreligião do satanismo, e por isso temos multidões de seitas satânicas registradas nos ministérios de culto de todos os países liberais. Satanás conseguiu se fazer aceitar no panteão das divindades, inaugurado pelo próprio Papa em Assis. De fato, a espiritualidade satânica não é propriamente negadora de Deus, mas dualista, pois sustenta que o bem deve ser moderado pelo mal para que daí saia o melhor, e por isso se sente cômoda em um ambiente ecumênico. Continuar lendo

SÉRIE “CRISE NA IGREJA” – EPISÓDIO 9: O QUE HÁ DE ERRADO COM O MUNDO?

Já concluímos nosso estudo sobre o Liberalismo. E, antes de começarmos a abordar o Modernismo em detalhes, gostaríamos de reservar um episódio para responder à pergunta de um ouvinte sobre a Crise na Igreja: “O que há de errado com o mundo? Há alguma conexão entre o caos na Igreja pós-conciliar e o caos que estamos vendo na sociedade secular?” Entramos em contato com o Pe. David Sherry, Superior do Distrito da FSSPX no Canadá. Dedicaremos 40 minutos ao tema e, ao final, você terá uma resposta para resolver quase todos os problemas que o mundo vem enfrentando!

A FRATERNIDADE SÃO PIO X: SOB ARTILHARIA DE SEIS OBJEÇÕES

Obediência

Fonte: Courrier de Rome nº 679 – Tradução: Dominus Est

Pelo Pe. Jean-Michel -Gleize, FSSPX

Esse texto é continuação do: O TRADICIONALISMO “RECONHECIDO”: O FALSO DILEMA DA OBEDIÊNCIA

Não obstante a preocupação em justificar seu teorema, o Pe. Vernier pretende se apoiar em seis exemplos, seis fatos, que seriam, aos seus olhos, “por si só mais convincentes que qualquer argumento”.

A obediência ao Papa

2. Em primeiro lugar, “de modo habituala FSSPX não se submete em nada à autoridade do Papa e dos bispos unidos a ele”. As distinções que fizemos entre a autoridade e seu exercício, entre o poder e seu ato, deveriam ser suficientes para privar este primeiro exemplo de seu valor demonstrativo. A FSSPX não se submete em nada aos atos da autoridade que se mostram contrários ao bem comum da Igreja, visto que contradizem os atos anteriormente realizados pela autoridade antes do Concílio.

Agir sem jurisdição?

3. Em segundo lugar, a “FSSPX invoca um estado de necessidade generalizado na Igreja para abrir seus apostolados e ministrar os sacramentos sem nenhuma solicitação prévia aos bispos dos lugares envolvidos, arguindo uma jurisdição de suplência, quase universal, sem precedentes, nem fundamento eclesiológico e canônico sérios”. Este fato, supostamente único, correlaciona, na verdade, dois fatos: primeiro fato, a FSSPX invoca o estado de necessidade; segundo fato, a FSSPX se apoia neste estado de necessidade para utilizar a jurisdição de suplência que, tal como emprega a FSSPX, seria desprovida de todo fundamento eclesiológico e canônico sérios. O primeiro fato é evidente. O segundo é contrário à evidência. Com efeito, para provar que a jurisdição de suplência, tal como a concebe a FSSPX, seria desprovida de qualquer fundamento, o Pe. Vernier pretende se apoiar sobre um estudo publicado pelo Pe. Hervé Mercury(1): este se limita a se servir dos dados teológicos e canônicos que fundamentam a definição da jurisdição de suplência, e que a justificam; dados aos quais D. Lefebvre sempre se referiu, e que são retomados no livro oficial das Ordenanças da Fraternidade São Pio X, já citado. Em outras palavras, o argumento destinado a provar que a FSSPX se apoia sobre uma jurisdição de suplência “sem fundamento eclesiológico e canônico sérios” prova, na realidade, o contrário, ou seja, que a jurisdição de suplência, tal como a entende a FSSPX, se baseia nos mais sérios fundamentos eclesiológicos e canônicos(2) Continuar lendo

A BATALHA DO TRADICIONALISMO

Por Dardo Juan Calderón

Fonte: Adelante la Fe – Tradução: Dominus Est

Um mito moderno é o da autoestima e do voluntarismo: é o dizer que, por “ter fé” e por me convencer de que “eu mereço”, o que busco se tornará realidade. “Busca teus sonhos”, “faz sua vocação”, “escuta teu coração”, e toda essa série de frases feitas que levaram muitos jovens a se arrebentar na parede com a convicção de que poderiam atravessá-la. O cristianismo, desde Santo Agostinho, ensinou o desprezo a si mesmo, e se há uma entranha suspeita em nós, é nosso coração. Mas sabemos que algo de verdade esconde a farsa da autoajuda, pois o menosprezo de si mesmo e a falta de confiança nos tornam pusilânimes.

Jean-Paul Sartre tratou de salvar a aporia mediante um “menosprezo extraordinário”; ensinou a toda uma geração a comprazer-se em ser uma mérde, uma traidora e uma perversa; de antologia, muito à francesa. Com um resquício de senso católico, entendeu que não poderíamos ser bons porque seria a aceitação de uma subordinação à ideia de uma natureza; e, portanto, uma afirmação sobre a existência de Deus; que só poderíamos ser nós mesmos no mal, mal este em que deveríamos nos afundar conscientemente e com estilo. Digamos que se inverteu o paradoxo franciscano de uma humildade grandiosa por uma soberba indignante.

O assunto é que uma disposição, um anelo de grandeza é componente imprescindível para a salvação (ao rezar pedimos “o desejo do céu”), mas também requer um destino terreno decente. Destino este que não costuma ser como nós queremos em nossa ambição um tanto pueril, mas que costuma ser premiado por um resultado mais duro e tardio do que queríamos, mas maior e mais profundo do que esperávamos ou imaginávamos. Continuar lendo

O TRADICIONALISMO “RECONHECIDO”: O FALSO DILEMA DA OBEDIÊNCIA

Obediência

Fonte: Courrier de Rome nº 679 – Tradução: Dominus Est

Pelo Pe. Jean-Michel -Gleize, FSSPX

Nota do Blog: O Pe. Gleize, um dos principais teólogos da FSSPX, está há mais de um ano em franco debate na França com os Institutos Ecclesia Dei, e os textos desse debate têm sido publicados no jornal Courrier de Rome. A série de três textos que publicaremos a partir de hoje é uma dessas intervenções. Embora praticamente inexista a Fraternidade São Pedro aqui no Brasil, os argumentos lá usados contra a FSSPX são bem parecidos com os que conservadores/continuistas usam por aqui, por isso reaproveitamo-nos. 

***********************************

1. “É possível ser sedevacantista sem declarar?” Esse é o título do artigo publicado pelo Pe. Hilaire Vernier, na página de 5 de maio do site “Claves” da Fraternidade São Pedro (1). O autor desta prosa indica sua intenção nestes termos: “O artigo a seguir pretende ser uma resposta aos artigos “Cismáticos e heréticos?” e “Tradivacantistas?“, publicados pelo padre Jean-Michel Gleize (Courrier de Rome n° 674 de abril de 2024, republicado em laportelatine.org), teólogo da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), em resposta aos nossos dois artigos publicados no Claves.org em julho de 2023, intitulados “Uma Igreja sem papa?””.

2. Eis, portanto, a nossa “resposta à resposta“. A presente edição do Courrier de Rome pretende responder ao artigo supracitado. Reservamos às próximas edições a oportunidade de responder aos outros dois artigos: “É possível ser prudentemente ecclesiovacantista“, (1/2) (2) e (2/2) (3)”, nos quais o Pe. Vernier pretende desenvolver ao extremo sua resposta.

Um Falso Dilema

3. De acordo com ele, o ponto central do debate estaria na seguinte questão: “É possível apropriar-se habitualmente do poder jurisdicional da Igreja (detido pelo Papa e principalmente pelos bispos diocesanos unidos a ele) e concedê-lo a si mesmo com base em uma crise provocada pela hierarquia eclesiástica?”. Daí adviria o dilema. Se a resposta for sim, a Fraternidade São Pio X (FSSPX) entra em contradição, do ponto de vista dos princípios dogmáticos que supostamente ditam sua prudência, com os dados revelados da eclesiologia católica. Se a resposta for não, as decisões de sua prudência estão em contradição com seus próprios princípios dogmáticos. Tal dilema só pode surgir de uma questão mal formulada, e é por isso que as orientações seguidas pela prudência da FSSPX, se as examinarmos pelo que realmente são, e estabelecendo a questão como convém, escapam dela sem dificuldade. É possível verificá-lo através dos quatro pontos a seguir. Continuar lendo

OBEDEÇAM!!! – A OBEDIÊNCIA DO CATÓLICO

O Cura d'Ars e a Misericórdia - Portal Divina Misericórdia

Pelo Pe. Juan María de Montagut Puertollano, Superior da FSSPX no Brasil

Diante da aproximação de novos fiéis e do aumento das polêmicas nas redes sociais, surge o momento adequado para recordar as distinções fundamentais sobre as quais se baseia a postura da Fraternidade diante da crise na Igreja. Sempre foi nosso desejo guardar grande cautela no uso das mídias digitais, em razão do risco de deformação do conteúdo provocado pelo caráter artificial do meio, o qual põe àquele que ensina diante de um público incerto, anônimo, e potencialmente muito heterogêneo. No entanto, tendo em vista o bem dos nossos fiéis e a perplexidade das almas de boa vontade, será útil ressaltar certos princípios que fundamentam nosso apostolado.

“Uma Congregação de Padres Independentes”

Nossos detratores mais benignos nos acusam de rebeldia, dizendo que somos uma congregação de Padres independentes, exercendo um apostolado determinado pelas ideias próprias. Vale a pena recordar que a Fraternidade tem a graça de ter sido fundada por um Arcebispo cujo grande tesouro de vida sacerdotal consistia no espírito romano que adquiriu durante o seminário, realizado em Roma. Nossos Estatutos foram escritos para produzir esse mesmo espírito nos Padres e fiéis, sendo aprovados pelas autoridades competentes no seu momento. Nossos Padres vivem uma estrita vida em comunidade, o que não costuma acontecer nos ambientes modernos ou mesmo conservadores. Nosso apostolado e disciplina são determinados por uma hierarquia de superiores, o que confere à congregação grande unidade, estabilidade e solidez, por não estar fundado precisamente em apreciações individuais. Continuar lendo

A BELA CERIMÔNIA DE TOMADA DE HÁBITO E PRIMEIROS VOTOS DAS IRMÃS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, NA ITÁLIA – 2025

No dia 27/06, Festa do Sagrado Coração, em uma igreja dedicada a São Francisco em Narni (Itália), 8 Irmãs fizeram seus primeiros votos na Congregação e outras 12 tomaram seus hábitos.

As Irmãs eram de diversas nacionalidades: americanas, indianas, cambojanas, francesas, alemãs, australianas, quenianas, canadenses e suíças.

“Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas”

Para saber mais sobre as Irmãs Consoladoras do Sagado Coração de Jesus, clique aqui.

Sobre as Irmãs da FSSPX e a vocação religiosa feminina pode ser visto clicando aquiaquiaquiaquiaqui e aqui.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNHÃO FREQUENTE – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX

Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no II Domingo Depois de Pentecostes, com uma homília sobre a comunhão frequente e a sua importância para todos os que buscam a perfeição.

TESTEMUNHOS INSUSPEITOS DE PROTESTANTES SOBRE A MISSA NOVA

Pastores protestantes Georges, Jasper, Sephard, Konneth, Smith, e Thurian com o Papa Paulo VI.

É notório que, nos trabalhos de preparação do novo “Ordo Missae”, seis pastores protestantes, especialmente convidados, estiveram presentes. Este fato explica a tendência do novo “Ordo” de conciliar o ponto de vista protestante com o católico nos assuntos relativos à ceia dos protestantes e à Missa da Santa Igreja. Esta tendência teve como resultado um “Ordo Missae” que, segundo declarações de próceres protestantes, pode ser empregado também na liturgia de suas “ceias do Senhor”.

Declarações de protestantes:

a) Max Thurian, da Comunidade protestante de Taizé: “Um dos frutos do novo “Ordo” será talvez que as comunidades não católicas poderão celebrar a santa ceia com as mesmas orações da Igreja católica. Teologicamente é possível” (“La Croix”, 305-69).

b) “O movimento litúrgico de âmbito universal que tem lugar atualmente na Igreja Romana constitui um esforço tardio no sentido de promover uma participação ativa e inteligente do laicato na Missa de modo que os fiéis possam julgar-se “concelebrantes” com o sacerdote” (Luther D. Reed, The lutheran liturgy, p. 234). Continuar lendo