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TERRIBILIS: ESTA CASA DE DEUS
Fonte: SSPX Great Britain – Tradução: Dominus Est
No livro de Gênesis, Jacó está fugindo de seu irmão Esaú e tem um sonho maravilhoso de uma escada que se estendia da terra até o céu, com anjos subindo e descendo. Ao acordar, ele pronunciou estas palavras profundas:
Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E cheio de pavor disse: Quão terrível é este lugar! não há aqui outra coisa senão a casa de Deus, e a porta do céu. (Gn 28,17)
Estas são palavras que podem sair dos nossos lábios ao entrarmos em uma igreja majestosa, ao contemplarmos com admiração as colunas imponentes, os vitrais requintados e outros inúmeros e inestimáveis tesouros reservados para o serviço do Deus Todo-Poderoso. São as palavras que a Santa Madre Igreja escolhe para rezar no Intróito da dedicação de uma igreja, para lembrar seus fiéis da dignidade do edifício da igreja.
A igreja não é uma habitação terrena. Ela é verdadeiramente a casa de Deus. É por isso que consagramos igrejas quando podemos – elas são reservadas como algo sagrado, para serem usadas apenas por Deus como Sua morada enquanto o edifício humano estiver de pé. Somos constantemente lembrados do céu quando estamos em uma igreja, seja pela altura do teto, pela grandiosidade das vistas, pelo esplendor dos sons, pelo doce odor do incenso celestial, ou mesmo pelo sabor do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia. Todos os nossos sentidos, por mais enfraquecidos ou reprimidos pelos pecados e maus hábitos, são elevados e nutridos, encorajados e revigorados, preparados e fortificados para retornar à escuridão exterior do mundo e levar a ele um pouco daquela Presença e Luz celestiais. Continuar lendo
ONDE HABITAIS, SENHOR?
Esta é a busca de um coração inquieto que não descansa enquanto não encontrar a morada do Senhor para nela descansar.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
João e André seguiam o Mestre em silêncio. Jesus, voltando-se para trás, e vendo que o seguiam, disse-lhes: “Que buscais vós?” Só se procura o que se ama, e só se segue alguém para estabelecer contato com ele… uma atração guiava seus passos. Disseram-lhe: “Mestre, onde habitais?”
O olhar do Senhor desencadeara uma impressão profunda na alma do discípulo bem-amado, e a Luz sobrenatural que trouxera essa graça levo-o a responder apenas um “onde habitais, Senhor?” Uma questão aparentemente desinteressada. Ele ouvira a pregação do Batista, e encontrara no deserto o anúncio daquilo que a sua alma ansiava, e que o excedia. Ao seguir Jesus, [João] oferece o seu ser a Cristo, para que Ele o preencha. Ele sabe, sem perceber. Certamente, ele lhe ofereceu muito mais do que podemos imaginar: a Luz fez brilhar a plenitude em sua alma jovem e pura… Mestre, gostaríamos de ver onde habitais. Tudo estava incluso nesta resposta. Continuar lendo
GUARDIÕES DA TRADIÇÃO – EXCELENTE ENTREVISTA COM O SUPERIOR GERAL DA FSSPX
Entrevista de 1º de novembro de 2024, publicada na revista “The Angelus”, edição novembro/dezembro de 2024.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
“Aos católicos de hoje, a Fraternidade oferece uma verdade sem concessões, servida sem condicionamento, com os meios de vivê-la integralmente, para a salvação das almas e o serviço de toda a Igreja”.
1. The Angelus: Excelentíssimo Superior Geral, como o senhor explicaria o papel da Fraternidade São Pio X em 2024? Em vez de uma igreja paralela, como alguns pretendem, trata-se, antes de tudo, de um testemunho em favor da Tradição? De um esforço missionário no mundo inteiro, igual aos Padres do Espírito Santos outrora? Ou ainda de outra coisa?
Dom Davide Pagliarani: O papel da Fraternidade em 2024 não é fundamentalmente diferente daquele que ela desempenha desde sua fundação, e que seus estatutos especificam quando dizem: “O propósito da Fraternidade é o sacerdócio, e tudo o que se relaciona a ele, e nada além do que lhe diz respeito.” A Fraternidade é, antes de tudo, uma sociedade sacerdotal ordenada à santidade dos padres, e, portanto, à santidade das almas e de toda Igreja pela santidade do sacerdócio.
Como também especificam os nossos estatutos: a “Fraternidade é essencialmente apostólica, pois o sacrifício da Missa também o é.”
A Fraternidade exerce esse papel desde sua fundação, no contexto particular de uma crise inédita que afeta precisamente o sacerdócio, a Missa, a fé, todos os tesouros da Igreja. Neste sentido, ela constitui uma chamada da realidade destes tesouros, e de sua necessidade para a restauração de tudo. Sem tê-lo escolhido, a Fraternidade vive como testemunha privilegiada da Tradição em uma situação onde esta se encontra eclipsada. É fato que a Fraternidade, em relação a isso, se vê como um sinal de contradição em favor da Tradição da Igreja.
Sua força para defendê-la é única, na medida em que sua recusa de todas as reformas liberais é inflexível e sem concessões. E, assim, sua posição vem ser uma resposta direta e completa ao que a Igreja necessita na situação atual. Continuar lendo
A SOCIEDADE CRISTÃ – PELO CARDEAL PIE DE POITIERS – CAPÍTULO 1
Nota da tradução: Hoje começamos uma série de doze capítulos da coletânea “A sociedade cristã”, publicada no tomo II de “Pages choisies du Cardial Pie”, Librairie H. Oudin, 1916, pp. 195-261”. Esta coletânea, a partir de agora publicada, comporta excertos sobre temas sociais e políticos extraídos das obras completas do Cardeal Pie de Poitiers. Para conhecer a vida deste eminente cardeal, autor deste e dos próximos textos, recomendamos ler nossa postagem contendo um breve apanhado de sua vida.
“Contra ti só pequei” (Sl. L, 6)
Carta pastoral do então Monsenhor Louis-Edouard Pie, na ocasião da sua tomada de posse da Sé de Poitiers, 25 de novembro de 1849.
Não estamos suficientemente familiarizados com a observação das coisas para nos determos em algumas superficialidades que podem ainda deslumbrar; não podemos ignorar o fato de que a sociedade humana é presa de um mal mais íntimo, mais profundo e mais devorador do que é possível dizer. A lógica das paixões, longamente suspensa e retardada no seu progresso, produziu finalmente as conclusões inevitáveis dos princípios estabelecidos pelos séculos anteriores. Estamos vivendo no fatal período das consequências, das consequências extremas. Todos os dias, as últimas esperanças se desvanecem; os terríveis problemas, por um momento postos de lado, voltam a confrontar-nos; qualquer solução humana é agora impossível. Só há uma alternativa: submeter-se a Deus ou perecer.
Sim, caríssimos irmãos, submeter-se a Deus. Permiti, pois, que vos revelemos a grande praga a grande praga da sociedade e que vos falemos um pouco da natureza particular dos tempos que Deus nos reservou. O que caracteriza essencialmente a época moderna é que, por uma divisão e uma oposição mais acentuadas do que noutras épocas, o mundo foi separado em dois partidos: o partido de Deus e o partido do homem, ou, se preferirem, do gênio orgulhoso que o inspira. Nunca a luta foi mais aberta e mais direta entre o homem e Deus; nunca uma geração rompeu mais absolutamente todos os pactos com o céu; nunca uma sociedade se dirigiu mais resolutamente a Deus com as audaciosas palavras: “Retira-te de nós”; nunca o homem agiu mais insolentemente como deus na Terra. Já se acreditava vencedor. Ele havia banido a divindade do domínio de todas as coisas aqui embaixo; ele reinava supremo; e, longe de qualquer mal que lhe acontecesse, tudo prosperava. O velho sonho do orgulho humano estava prestes a tornar-se realidade: o homem seria o seu próprio deus……..
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O QUE FAZ UM SANTO? – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X em Lisboa, na Solenidade de Todos os Santos, sobre as características das almas bem-aventuradas.
VAIDADE DO NOVUS ORDO
O NOVO RITO DA MISSA TEM DUAS FACES
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Conhecemos essa imagem do desenhista Charles Allan Gilbert, produzida em 1892. Ela representa duas coisas ao mesmo tempo: uma mulher perante seu espelho, com móveis e acessórios para o cuidado de sua beleza, mas também a figura de uma crãnio. Os mesmos elementos da imagem são utilizados para compor a cena dessa mulher ocupada em sua penteadeira e a representação macabra da morte.
A justaposição desses dois temas: da frivolidade e da morte inevitável é um tema clássico desde o século XVII, o do Memento Mori: lembre-te da morte! Daí o seu título: Tudo é vaidade, retirado do livro de Eclesiastes.
A genialidade do autor consistiu em utilizar os mesmos elementos gráficos para significar duas coisas muito distintas, de modo a que, ao juntá-las, se unissem numa única ideia moral. Interessa-nos aqui o primeiro aspecto: os mesmos elementos gráficos ilustram duas ideias diferentes, ou mesmo opostas.
A liturgia é a oração da Igreja dirigida a Deus. Sendo Deus invisível, assim como os bens sobrenaturais, a graça, o caráter sacramental e os mistérios passados da criação, da queda e da redenção, devem ser expressos em linguagem humana, por sinais. Para que a liturgia seja adequada, os sinais utilizados devem exprimir suficientemente os mistérios, evitando ambiguidades. Continuar lendo
O PROBLEMA DO MAL – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no V Domingo depois da Epifania (transferido), com uma reflexão sobre o problema do mal e o ateísmo.
QUINTO QUE SOBROU DA EPIFANIA (TRANSFERIDO): A PARÁBOLA DO JOIO E A IGREJA CATÓLICA
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A MISSÃO DA FSSPX NO LÍBANO
A missão da Fraternidade São Pio X (FSSPX) no Líbano remonta a mais de três décadas. No entanto, poucos são os que, fora do país, conhecem o apostolado da Fraternidade por lá.
Fonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est
A missão Fraternidade São Pio X (SSPX) no Líbano remonta a mais de três décadas, embora sua presença no país permaneça modesta. Os cristãos libaneses, tal como seus vizinhos em todo o Oriente Médio, pertencem principalmente a uma das várias comunhões orientais. Aquelas que permanecem em comunhão com Roma incluem, entre outras, a Igreja Católica Grega Melquita, a Igreja Católica Siríaca e a Igreja Católica Maronita. Cada uma dessas igrejas sui iuris (autônomas) utiliza seu próprio rito, o que significa que o número de fiéis na região que celebram o Rito Latino permanece pequeno. Aqueles que aderem ao Rito Latino em sua forma tradicional permanecem menores ainda.
Embora as estimativas variem, os católicos libaneses que seguem o Rito Romano somam cerca de 15.000. Além disso, devido à guerra civil, à agitação social geral, à hostilidade das populações muçulmanas locais e às ameaças externas de Israel, os católicos libaneses latinos têm deixado o país progressivamente, reduzindo assim a demanda por padres para administrar os sacramentos de acordo com o Rito Romano tradicional. Apesar desses obstáculos, os fiéis que permaneceram no Líbano e buscam os sacramentos e a formação tradicional não foram abandonados. A partir de seus priorados na França e na Alemanha, a FSSPX continua a enviar padres ao Líbano para que os católicos latinos não fiquem sem acesso ao seu patrimônio espiritual.
Devido à crescente instabilidade no Oriente Médio, como resultado da guerra multifronteiriça de Israel contra populações vizinhas, o futuro da missão da FSSPX e a estabilidade das comunidades católicas como um todo no Líbano são incertos. Os católicos são encorajados a oferecer orações por seus correligionários sitiados, especialmente nesse momento, e pelo sucesso do trabalho da Fraternidade entre uma das populações cristãs mais antigas do mundo.
A HISTÓRIA DA ORAÇÃO DO ÂNGELUS
O Angelus deriva seu nome das primeiras palavras que evocam o relato da Anunciação: Angelus Domini nuntiavit Mariæ: “o Anjo do Senhor anunciou a Maria”… que ela seria a mãe do Salvador. É, tradicionalmente, recitado pela manhã, ao meio-dia e à noite, por exemplo, antes das refeições.
Fonte: FSSPX Ásia – Tradução: Dominus Est
De acordo com uma placa na catedral de Saintes (Charente-Maritime), a origem dessa oração pode ser atribuída a esse local: “Foi a partir dessa basílica que o Ângelus se espalhou para conquistar o mundo. Em 1095, no Concílio de Clermont, o Papa Urbano II solicitou que os sinos das catedrais e das igrejas da cristandade fossem tocados, de manhã e à noite, para que fossem feitas orações à Virgem Maria pelo sucesso da Primeira Cruzada, conhecida como a Cruzada dos Pobres”. Naquela época, o Ângelus consistia apenas na simples recitação de três Ave-Marias pela manhã e à noite. Invocar a Mãe de Deus com a Saudação Angélica não era algo insignificante, pois os muçulmanos rejeitavam precisamente o mistério da Encarnação e, consequentemente, a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Rezar por eles, e mesmo em seu nome de certa forma, só poderia trazer-lhes graças da conversão.
Após o término da Primeira Cruzada, a Catedral de Saintes continuou a tocar seus sinos e a fazer orações de manhã e à noite. Dois séculos depois, o papa francês João XXII recomendou que esse piedoso costume fosse estendido à Igreja universal (Bula Quam pium quam delicium, 13 de outubro de 1318, e Saluternum illud, 3 de maio de 1327). Continuar lendo
PEQUENO CATECISMO SOBRE A EUTANÁSIA
Fonte: SSPX Great Britain – Tradução: Dominus Est
PERGUNTA. O que é eutanásia?(1)
RESPOSTA. Eutanásia, por vezes chamada de “suicídio assistido” ou “homicídio misericordioso”, é uma ação ou omissão que, por si só ou intencionalmente, causa a morte, com o propósito de eliminar o sofrimento.
P. Por que a Igreja Católica proíbe a eutanásia?
R. A Igreja Católica proíbe a eutanásia porque é um ato de assassinato. A Igreja, o Corpo de Cristo, tem o dever de esclarecer e proteger a Lei Natural, que está resumida nos Dez Mandamentos.
P. A eutanásia é um pecado?
R. Sim, a eutanásia, ou suicídio assistido, é um pecado mortal contra o Quinto Mandamento, que obriga o homem a proteger e preservar sua vida, não prejudicá-la ou destruí-la.
P. O que se entende por “intrinsecamente mau“?
R. Algumas coisas que são pecados não são más em si mesmas, mas por causa de alguma circunstância. Não é mau comer pizza e beber cerveja, mas se eu fizesse isso em uma igreja, seria um pecado por causa dessa circunstância de eu estar em um lugar sagrado. Outras coisas são más em si mesmas, ‘intrinsecamente’, o que significa que nada pode justificá-las. Matar uma pessoa inocente é uma dessas coisas. Continuar lendo
GUIDO VIGNELLI – CARDEAL PIE DE POITIERS, APÓSTOLO DA REALEZA SOCIAL DE JESUS CRISTO
Uma breve abordagem sobre um grande bispo francês do século XIX, um dos principais inspiradores das encíclicas sociais e políticas da segunda metade do século XIX e começo do XX.
- Quem foi o Cardeal Louis Edouard Pie?
- Quais eram suas relações com os católicos liberais da época e com o imperador Napoleão III?
- Por que um simples bispo de Poitiers tinha tanta influência na Europa?
- Podemos definir o Cardeal Pie como um mestre da doutrina social da Igreja?
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QUARTO DOMINGO QUE SOBROU DA EPIFANIA: A BARCA NA TEMPESTADE E O GRANDE MEIO PARA NÃO NAUFRAGAR
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BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – NOVEMBRO/24
Caros fiéis,
Em 10 de outubro de 1943, a cidade de Münster sofreu um dos mais violentos bombardeios de sua história. Seu bispo sobreviveu milagrosamente. Os colegas o encontraram preso em uma porta onde ele havia se abrigado. Os dois andares de cada lado haviam desmoronado. Uma escada teve de ser levada até ele. Esse episódio ilustra o perigoso apostolado de seu episcopado de 1933 a 1946. Clemens August Von Galen estava preparado para isso por tradição familiar. A família Von Galen pertencia à antiga aristocracia da Vestfália. Como tal, seus membros estavam envolvidos no governo e na defesa da Alemanha dentro das instituições imperiais. Essa família profundamente católica estava, portanto, acostumada a conciliar, sem concessões, sua lealdade à religião com sua lealdade a um soberano protestante.
O 70º bispo de Münster precisaria do senso de nuança. Quando ele subiu a catedra de São Ludgero¹, Hitler tinha acabado de chegar ao poder e seu partido, o NSDAP, tinha se tornado partido único. Humilhados pela derrota de 1918 e abalados pela crise econômica, muitos alemães depositavam suas esperanças nesse novo governo. No entanto, as convicções de sua família, fortalecidas pela formação que recebeu dos jesuítas, permitiram que o novo bispo olhasse os princípios além das seduções. O risco de vida e as divergências com amigos de longa data não o impediram. Em uma época em que o Reich pretendia se estabelecer por mil anos e nada parecia ser capaz de detê- lo, foi preciso grande coragem para se colocar em seu caminho! Continuar lendo
COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS
Acesse a Meditação de Santo Afonso sobre essa data clicando na imagem acima.
Veja também:
INDULGÊNCIAS PELOS DEFUNTOS EM NOVEMBRO
NESTE MÊS DE NOVEMBRO, REZEMOS PELAS ALMAS DO PURGATÓRIO
DESFRAUDANDO AS ALMAS DO PURGATÓRIO
PADRE PIO E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
O SEPULTAMENTO, UM RITO DESEJADO POR NOSSO SENHOR
O QUE DIZER DA CREMAÇÃO DOS CORPOS
54 ANOS DA FSSPX
Em 1 de Novembro de 1970, o Bispo de Lausana, Genebra e Friburgo, D. Charrière, reconhece oficialmente a Fraternidade São Pio X, que constitui assim um novo e pequeno ramo alimentado pela Igreja.
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[…]
Reconhecida pela Igreja como Sociedade de vida comum sem votos e como Fraternidade Sacerdotal, nossa Fraternidade está enxertada no tronco da Igreja e toma sua seiva de santificação na mais autêntica tradição da Igreja e nas fontes vivas e puras de sua santidade, de modo parecido a tantas sociedades reconhecidas pela Igreja ao longo dos séculos, e que fizeram crescer e florescer novos ramos, e produzido frutos de santidade que são a honra da Igreja militante e triunfante.
A luta selvagem e injusta levada a cabo contra a Fraternidade por aqueles que se esforçam em corromper as fontes de santificação da Igreja, não faz senão confirmar sua autenticidade. São os sucessores de Caim que querem novamente matar Abel, cujas orações são agradáveis a Deus.
Em tempos normais, a fundação e o desenvolvimento de nossa Fraternidade teriam passado despercebidos em meio de inúmeras sociedades florescentes e fecundas com frutos maravilhosos. Continuar lendo
FESTA DE TODOS OS SANTOS
NÃO HAVERÁ PAZ NO MUNDO SEM CRISTO – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, na Festa de Cristo Rei.
ATENÇÃO: INDULGÊNCIAS PELOS DEFUNTOS EM NOVEMBRO
Tradução: Dominus Est
De 1 à 8 de novembro, os fiéis podem lucrar, em qualquer dia, uma indulgência plenária aplicável às almas do purgatório:
- De 1 à 8: nas condições usuais, visita a um cemitério rezando pelos defuntos.
- No dia 2 de novembro: nas condições usuais, visita a uma igreja recitando um Pater e um Credo e rezando pelos mortos.
Condições usuais:
1 – Estar na graça de Deus (estado de graça), desapegado de qualquer afeição ao pecado, mesmo venial;
2 – Confissão (8 dias antes ou depois);
3 – Comunhão sacramental;
4 – Oração (por exemplo: um Pater e uma Ave Maria) segundo as intenções do Sumo Pontífice (que são: a exaltação da Igreja, a propagação da fé, a extirpação das heresias, a conversão dos pecadores, a concórdia entre os príncipes – países – cristãos)
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– É conveniente fazer a comunhão e a oração segundo a intenção do Papa no mesmo dia. Todavia, as condições 2, 3 e 4 podem ser cumpridas alguns dias antes ou depois.
– A comunhão e a oração, segundo as intenções do Papa, devem ser feitas para a indulgência completa.
– Se faltar uma das condições, a indulgência será somente parcial
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Sobre o que Santo Tomás ensina sobre os Sufrágios pelos Mortos, clique aqui.
SATANÁS, ONDE TE ESCONDES?
No alvorecer do dia 13 de outubro de 1884, enquanto fazia a sua ação de graças, Leão XIII viu o diabo sendo desacorrentado no nosso mundo contemporâneo. Como age hoje em dia o anjo caído para atrair as almas? É o que veremos no presente artigo.
Por modo de ausência
Um espião invisível é bem mais poderoso do que um inimigo descoberto. Eis a razão do demônio gostar de ser esquecido: quanto menos se fala dele, menos é notado e denunciado, tornando-se mais poderoso e satisfeito. Pois, desse modo, os homens não se previnem.
É o que ocorreu no fim do século XX. O diabo se esconde por detrás de todos os erros que promovem o homem. Poderíamos pensar, inicialmente, no ceticismo. Realmente, o racionalismo e, sobretudo, o cientificismo, são engenhosos esconderijos para o príncipe deste mundo. O cientismo particularmente, que busca demonstrar tudo por meio da ciência moderna postulando a inutilidade de Deus, o poderio do homem e, portanto, a ausência do demônio. Auguste Comte o formulou muito bem, ele, que chegou a inventar a religião cientista, na qual o gênero humano seria o sacerdote da natureza.
Infelizmente, a igreja conciliar tomou a frente desse mecanismo diabólico. O ecumenismo, cujo fundamento é a relativização de toda verdade, tem por sucedâneo uma tamanha tolerância que tudo se torna verdadeiro desde que os homens assim o pretendam. O mal não existe mais, as forças diabólicas não têm razão de ser. Como disse recentemente o Papa Francisco a propósito do vírus universal: o homem agrediu a natureza e ela lhe deu o troco com esta doença.
Exit Deus da vida do homem. Exit portanto o demônio, que reina melhor quanto mais escondido está. Continuar lendo
“MEU DEUS, EU ESPERO…”
Nossos filhos podem se sentirem esmagados pela quantidade de informações deprimentes que matam toda a Esperança. Como podemos fazer crescer neles essa bela virtude?
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
A água escorre pela testa da pequena Éléonore, enquanto o padre pronuncia as palavras sacramentais que a tornam filha do bom Deus. A Santíssima Trindade habita agora na alma dessa linda menina que, depois das emoções da cerimônia, retomou o seu doce sono! Com a sua vida, Deus deu-lhe também três grandes virtudes, as virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade. Se a Fé e a Caridade nos são bem familiares, a Esperança é, muitas vezes, esquecida. No entanto, devemos nos preparar para o crescimento de Deus através dos atos da nossa vida diária.
O ato de Esperança, que as crianças vão aprendendo à medida que crescem e que é bom repetir todos os dias, ensina-nos isto: esperamos de Deus, com uma Esperança firme, o Céu e a sua graça nessa terra para alcançá-Lo. É essa a atitude de uma criança: confiar em Deus para ir até ele e receber dele o que necessitamos. Para a criança educada numa família cristã autêntica, essa virtude será mais facilmente compreendida: não se apoia no pai e na mãe para progredir em todos os domínios e assim agradar-lhes? Não precisa deles para tudo? Continuar lendo
A MISSA E O SINAI
No ofertório, o sacerdote, como um novo Moisés, sobe à temível montanha para ali conversar com Deus e apresentar-lhe a sua oferta, em união com os fiéis.
Fonte: Apostol n° 171 – Tradução: Dominus Est
A partir do lavabo, o rito da missa entra numa fase solene, marcada por um certo silêncio nas palavras e nos gestos cuja cronologia descreveremos a seguir. Inclinado no meio do altar, com as mãos unidas, o sacerdote recita, em voz baixa, uma grande oração que resume tudo o que ele realiza: “Recebei, Santíssima Trindade, esta oblação que vos oferecemos…” São Pio V escolheu esta oração como sendo a melhor entre todas as fórmulas muito semelhantes usadas nas diferentes igrejas para renovar o recolhimento do celebrante. Mencionando também os Santos, cujas relíquias estão incrustadas no altar, o sacerdote as beija e, voltando-se para os fiéis, diz “Orate fratres”.
D. Gaume comenta: “O sacerdote deixará os fiéis para adentrar no segredo do santuário. Como um novo Moisés, ele vai subir a formidável montanha para ali conversar com Deus. Mas não se esquece, antes de dar este grande passo, que carrega consigo as inseparáveis fraquezas da humanidade e que precisa, nesta terrível ocasião, ser ajudado pelas orações do povo, e diz: ‘Orai irmãos’“. Esta expressão certamente remonta aos próprios apóstolos. O rito cartuxo diz: “Orai por mim, pobre pecador”. Ao resto da fórmula, enquanto o sacerdote se voltava para o altar, foi acrescentado posteriormente: “o meu sacrifício que também é vosso…”. Os fiéis respondem: “Receba, o Senhor, de vossas mãos este sacrifício…”. O padre, como que reconfortado e aliviado, responde em silêncio: Amém, isto é: “assim seja”! Continuar lendo
ÚLTIMO DOMINGO DE OUTUBRO: FESTA DE CRISTO REI
Clique na imagem acima e leia a CARTA ENCÍCLICA QUAS PRIMAS, de Pio XI, que instituiu a Festa de CRISTO REI.
No vídeo abaixo, imagens de D. Marcel Lefebvre rezando a Missa da Festa de Cristo Rei na igreja Saint Nicolas du Chardonnet (FSSPX), em Paris, França, em 28/10/1990
Para assistir um Sermão do Pe. Phillipe Brunet, FSSPX, sobre a importância da Festa de Cristo Rei comemorada hoje clique aqui.
Para assistir um Sermão do Pe. José Maria, FSSPX, sobre a Festa de Cristo Rei comemorada hoje clique aqui.
COM QUE FREQUÊNCIA DEVO ME CONFESSAR?
Em consonância com a lei divina, a Igreja enfatiza a necessidade de confessar todo e cada pecado mortal de que se lembre após exame diligente e adequado, com todas as circunstâncias que podem alterar a espécie do pecado. Nos tempos presentes, como consequência da obrigação de receber comunhão ao menos uma vez por ano, temos, também, por preceito eclesiástico, a obrigação grave de confessar, ao menos uma vez por ano, quaisquer pecados mortais ainda não acusados em confissão válida.
A Igreja não exige nada mais — nem uma frequência maior, nem a confissão dos pecados veniais — mas tanto a Igreja quanto todos os autores espirituais aconselham e encorajam-nos a duas coisas adicionais. Em primeiro lugar, buscar a absolvição dos nossos pecados mortais o quanto antes e tão frequentemente quanto preciso.
Em segundo lugar, também somos aconselhados e encorajados à confissão devocional mesmo de nossos pecados veniais. Como o Concílio de Trento estabelece: Continuar lendo
REZAR O TERÇO EM FAMÍLIA
Respostas a duas objeções comuns: Por que repetir a Ave Maria 50 vezes? E é realmente possível recitar e meditar o Terço ao mesmo tempo?
Fonte: Lou Pescadou n° 247 – Tradução: Dominus Est
Um dia, uma jovem chegou a Le Pointet para um Retiro de Santo Inácio. Ela não era uma de nossas fiéis. Era, como se diz, uma conciliar. No entanto, ela seguiu os exercícios espirituais corretamente. Ela disse que ficou “encantada” com esses cinco dias. Mas o que a levou ao Retiro? Talvez… o terço: ela explicou aos pregadores que o recita todos os dias há dez anos! Ao iniciarmos o mês do Terço, estejamos cada vez mais conscientes do poder dessa oração e decidamos ser fiéis a ela. Para isso, precisamos responder a duas objeções clássicas ao Terço: por que repetir a Ave Maria 50 vezes? E podemos realmente recitar e meditar o Terço ao mesmo tempo?
Quanto à primeira objeção, é preciso dizer que a qualidade da oração é melhor do que a quantidade. São Luís-Maria Grignion de Montfort, na sua obra O Admirável Segredo do Terço, escreve: “Uma única Ave-Maria bem rezada tem maior mérito do que cento e cinquenta mal rezadas. (…) Muitos rezam o terço, mas por que tão poucos corrigem os seus pecados e avançam na virtude, senão porque não rezam estas orações adequadamente.” Mas este método de oração, que pode até nos fazer repetir a Ave Maria 153 vezes, vem da Santíssima Virgem Maria, que inspirou a São Domingos. E há uma boa razão para essas repetições.
Se pensarmos bem, perceberemos que a vida é feita de repetições. Todos os dias fazemos as mesmas ações, as mesmas saudações com as mesmas fórmulas. Há ainda a mesma repetição de batimentos cardíacos nos seres humanos, sem a qual não haveria vida… Portanto, é precisamente a repetição das Ave-Marias que dá vida e atmosfera à oração. Esta repetição criará um hábito, uma facilidade, um ritmo também, que nos permitirá nos elevar em direção a Deus. Assim, naturalmente, depois de estarmos atentos às palavras durante um certo tempo, estaremos atentos aos mistérios, depois a Deus. Santo Tomás de Aquino fala destes três graus da oração: atenção às palavras, depois aos mistérios, finalmente a Deus. É como um violino de três cordas: você começa usando apenas uma corda. Mas o ideal é tocar as três ao mesmo tempo. Chegamos lá com o tempo. É isso que a repetição das Ave-Marias traz: um meio de unir-se mais intimamente a Deus por pelo menos 20 minutos. Continuar lendo
NADA PODEMOS SEM CRISTO – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no XXII Domingo depois de Pentecostes.
BELÍSSIMO SERMÃO DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX NO FUNERAL DE D. TISSIER
Em seu sermão (a partir dos 24:57min), D. Davide Pagliarani destacou a fidelidade exemplar de D. Tissier à FSSPX e à Santa Igreja.
Homem simples, constante e fervoroso, serviu uma com dedicação incansável, apesar das provações.
Toda a sua vida foi centrada na defesa da Missa tradicional e do reinado de Cristo Rei.
A Fraternidade, embora entristecida, encontra conforto no exemplo deixado por ele, e continua a confiar na Providência quanto ao futuro.
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Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, amém.
Excelências reverendíssimas, queridos confrades, queridas irmãs, queridos fiéis,
Em primeiro lugar, gostaria de expressar as nossas sinceras condolências à família de D. Tissier, aos membros aqui presentes. Nós, como família espiritual de D. Tissier, compartilhamos vossas dores.
Sim, hoje a Fraternidade está verdadeiramente em luto. É uma perda muito importante: é a perda de um Bispo. É a perda, por assim dizer, de uma página da nossa história. Uma lindíssima página de nossa história.
Mas essa perda e o luto no qual hoje nos encontramos são compensados pela consolação do exemplo que ele nos deixou. Nosso Senhor, que sempre cumpre a sua palavra, veio buscá-lo “como um ladrão“: não estávamos preparados para uma morte tão repentina. Mas, em Sua delicadeza, Nosso Senhor quis buscá-lo justamente no momento em que ele celebraria a Missa. Foi nesse momento que Monsenhor perdeu a consciência. Seu último ato foi se dirigir para celebrar a Missa, e ele morreu poucos dias depois. Continuar lendo
POR QUE AMO A FSSPX? – POR D. TISSIER DE MALLERAIS
O “testamento” de S.E.R. D. Bernard Tissier de Mallerais (Sermão em Ecône, 9 de dezembro de 2012).
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Queridos fiéis e amigos,
O falecimento de D. Bernard Tissier de Mallerais deixou, sem dúvida, um vazio no Seminário de Écone, sua última residência, mas também, obviamente, no coração de cada membro ou fiel da FSSPX, da qual foi um dos pioneiros, estando entre os primeiros seminaristas a dirigir-se a D. Lefebvre para pedir-lhe insistentemente, no final da década de 1960, que os formasse para um sacerdócio verdadeiramente católico.
Frequentemente ao lado do nosso venerado Fundador durante a sua vida sacerdotal e nos inícios do seu episcopado, seguiu seus passos com devoção filial a ponto de escrever, como todos sabemos, uma volumosa e completa biografia que, sem dúvida, permanecerá sendo a obra de referência para conhecer D. Marcel Lefebvre e sua obra.
Queremos, aqui, dar-lhe diretamente a palavra, através do extrato de um Sermão que ele proferiu em Écône no dia 9 de dezembro de 2012, como um testamento espiritual no qual resume o trabalho da FSSPX e as razões para permanecer fiel à sua posição doutrinal e herança espiritual e, através dela, os meios para permanecer fiel à Igreja, à fé que ela sempre transmitiu e aos meios de santidade que ela nunca deixa de oferecer.
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[…] “Queridos fiéis, por que amo a Fraternidade Sacerdotal São Pio X?
Amo-a, em primeiro lugar, porque foi aprovada pela Igreja em 1º de novembro de 1970 por D. Charrière, Bispo de Friburgo, como sociedade de vida comum sem votos, aprovada pela Igreja e injustamente suprimida, invalidamente suprimida. Essa Fraternidade ainda existe canonicamente, independentemente do que outros possam dizer. Portanto, eu a amo porque ela foi aprovada pela Igreja. Continuar lendo
A PIRÂMIDE E O PIÃO
O Sínodo sobre a Sinodalidade, que está sendo realizado em Roma neste mês de outubro, afirma estar “transformando as estruturas” da Igreja para criar uma “Igreja sinodal”. O objetivo é rejeitar um “modo piramidal de exercício da autoridade”, em favor de um “modo sinodal”. O Papa Francisco afirma que nessa Igreja sinodal, “como em uma pirâmide invertida, o topo está abaixo da base”.
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Não é preciso ser um grande clérigo para perceber que a reforma prevista é um desafio às leis elementares da realidade: querem se libertar da gravidade. Eles querem que o governo da Igreja seja leve, porque a constituição divina da Igreja agora está se tornando pesada.
Na verdade, essa pirâmide invertida não é uma reforma, mas uma revolução, uma inversão completa. Na linguagem corrente, isso é chamado de “andar de cabeça para baixo”. Continuar lendo