A QUARESMA – PALAVRAS DE D. LEFEBVRE

Oferecemos aqui uma reflexão de D. Lefebvre sobre a Quaresma.

Fonte: FSSPX Distrito da América Central – Tradução: Dominus Est

Meus queridos irmãos,

De acordo com uma antiga e salutar tradição da Igreja, por ocasião do início da Quaresma, dirijo-me aos senhores para encorajá-los a adentrar plenamente neste tempo penitencial com as disposições desejadas pela Igreja, e para cumprir o propósito para o qual a Igreja as prescreve.

Se eu olhar para os livros da primeira metade deste século, parece-me que indicam três fins para as quais a Igreja recomenda este tempo penitencial:

  • Primeiro, refrear a concupiscência da carne;
  • Segundo, facilitar a elevação de nossas almas às realidades divinas;
  • Finalmente, satisfazer nossos pecados.

Nosso Senhor nos deu o exemplo, durante Sua vida aqui na terra: a oração e a penitência. Entretanto, Nosso Senhor, estando livre da concupiscência e do pecado, fez penitência e, de fato, satisfação por nossos pecados, o que demonstra que nossa penitência pode ser benéfica não apenas para nós mesmos, mas também para os outros.

Rezar e fazer penitência. Fazer penitência para rezar melhor, a fim de se aproximar de Deus Todo-Poderoso. Isso é o que todos os Santos fizeram, e é isso que todas as mensagens de Nossa Senhora nos recordam. Continuar lendo

IMMUTEMUR HABITU

Cantada na imposição das Cinzas..


“Immutemur habitu in cinere et cilicio; jejunemus, et ploremus ante Dominum; quia multum misericors est dimittere peccata nostra Deus noster.”

“Mudemos as  vestes e cubramo-nos de cinza e o cilício. Jejuemos e choremos diante do Senhor, porque o nosso Deus é misericordioso e perdoará os nossos pecados.”

VÍDEO TUTORIAL PARA APRENDER A SEGUIR A MISSA TRADICIONAL

Conheça a essência do missal bilíngue em nosso mais recente vídeo tutorial. Aprofunde-se na estrutura detalhada do missal, familiarize-se com suas seções principais e aprenda como acessar orações e leituras específicas durante o Santo Sacrifício da Missa em Latim.

O vídeo está em espanhol, porém é de fácil entendimento.

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A CABALA JUDAICA CONTRA A IGREJA DE CRISTO: HISTÓRIA SECRETA DA PSICANÁLISE, PELO PROF. MATTEO D’AMICO

Palestra proferida pelo Prof. Matteo D’amico durante o 29° Congresso de Estudos Católicos, promovido pela FSSPX italiana e a Revista La Tradizione Católica, em Rimini, Itália. 


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11 DE FEVEREIRO – DIA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES

OurLadyofLourdes

Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Seguem abaixo a indicação de dois textos publicados pelo excelente blog O Segredo do Rosário sobre Lourdes:

Outros dois que publicamos:

O sobrenatural em Lourdes – Parte 1

O sobrenatural em Lourdes – Parte 2

E também uma pequena história do livro Tesouro de Exemplos: Uma cura em Lourdes

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 21 – TERCEIRO FRUTO DA PACIÊNCIA: A ALEGRIA

an angel statue next to a stone column

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

Como se estivéssemos triste, mas sempre alegres.” (2 Cor 6, 10).

Essa é a descrição que São Paulo faz dos ministros de Cristo, que trabalham pela salvação das almas. O que é verdade para eles é verdade para todos os servos fiéis a Deus. Na superfície, aparente miséria, mas nas profundezas da alma, intensa alegria. Desta alegria diz São Paulo: “Estou cheio de consolação, estou inundado de alegria no meio de todas as nossas tribulações”. (2 Cor 7, 4). O que faz esse encanto funcionar? Paciência. Uma resistência paciente, uma humilde submissão à vontade de Deus, uma resignação à Sua providência.

Como é possível que da tristeza surja a alegria? A razão é que se vivermos para Deus e na dependência Dele, e buscarmos promover a Sua glória, então, embora na ordem natural possamos ser esmagados pela dor e pelo sofrimento, estaremos cheios de alegria por causa da alegria sobrenatural que Deus nos concede. “A vossa alegria”, diz nosso Senhor aos Seus apóstolos, “ninguém vo-la tirará”. (Jo 16, 22). Tenho alguma experiência dessa alegria? Se assim for, agradecerei a Deus por isso; caso contrário, devo esperar pacientemente e ver se não há algum impedimento de minha parte para tal.

De onde vem essa alegria? Do céu. É por isso que supera todas as alegrias terrenas e torna doces os sofrimentos terrenos. É o primeiro tênue reflexo da luz do Céu em meio às nuvens e à escuridão da Terra; a primeira amostra da alegria com a qual os justos serão acolhidos pelo seu Senhor na porta do Céu. Se uma gota dela na Terra adoça toda amargura e torna leves todos os sofrimentos, qual deve ser a intensidade da alegria que inebriará todos aqueles que aqui suportaram tribulações e sofrimentos por causa de Cristo?

PROGRESSISMO E CONSERVADORISMO: HISTÓRIA DA DISSOLUÇÃO DO HOMEM NO MUNDO E NA IGREJA NOS ÚLTIMOS 100 ANOS

O politicamente correto, esse desconhecido

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXV, n. 14 – Tradução: Dominus Est

Esquema introdutório

• Antonio Gramsci (1891-1937) trabalhou na expansão do pensamento revolucionário da década de 1920 até o final da década de 1930. Seu estudo tinha como objetivo fazer com que a filosofia do materialismo dialético marxista fosse aceita intelectualmente por meio de manipulação mental (“entrismo”) e não pela força. Gramsci queria uma “revolução cultural”, ou seja, adquirir a hegemonia, o consenso e a direção da sociedade civil-cultural europeia (penetrando na escola, na imprensa, nas publicações, no judiciário e na mídia de massa). Só então se poderia pensar em ocupar o poder, o governo e o domínio do Estado. Gramsci é o progenitor de todas as correntes revolucionárias (Escola de Frankfurt, Estruturalismo francês) que tentarão, depois dele, trabalhar a revolta dentro do homem individual e não apenas na sociedade.

• Um autor que buscará revolucionar a Europa também religiosamente (e não só culturalmente como Gramsci) é Ernst Bloch (1885-1977), filósofo alemão de origem judaica, que na década de 1960 trabalhou para converter os católicos à dialética social-comunista por meio do diálogo, opondo à religião tradicional ou dogmática (tese) uma religião progressista (antítese), a fim de alcançar um messianismo terreno e imanentista ou “socialismo-cristão” (síntese). Infelizmente, sua estratégia foi bem-sucedida com o Concílio Vaticano II, que se propôs a dialogar com o mundo sem mais querer convertê-lo.

• Dos anos 1920-1930 até os anos 1960, a “Escola de Frankfurt” (Adorno-Marcuse), por meio de drogas, psicanálise, pansexualismo, moda e música pop, tentou revolucionar e aniquilar (a partir da Alemanha e dos EUA) o próprio homem nos aspectos mais profundos de sua alma e personalidade[1] (inclinações, intelecto e vontade) e não mais apenas a sociedade cultural (Gramsci) ou religiosa (Bloch). Continuar lendo

A ACÉDIA

Mas, do que se trata? Por que falar sobre isso?

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

A acédia é uma forma de tristeza avassaladora que produz, no espírito humano, um profundo desânimo, uma verdadeira desolação da alma. É uma “depressão”, na qual qualquer forma de entusiasmo, de desejo genuíno, são transformadas e concentradas em um único desejo: o de não fazer mais nada, de cessar a luta.

Santo Tomás de Aquino define-a como “um torpor do espírito que não consegue empreender o bem”. Em última análise, é uma tendência que mergulha a alma em um grande cansaço, dando-lhe aversão aos exercícios espirituais e ao devido respeito pelas exigências da religião. Portanto, ela afeta, de modo particular, o exercício da nossa vida cristã.

Devemos estar atentos porque esse defeito, porque é efetivamente um defeito, é um mal que pode acarretar sérias consequências se não for combatido. É por isso que é necessário falar sobre isso.

São Gregório afirma: “Ninguém pode permanecer muito tempo sem prazer, em companhia da tristeza”. O mesmo acontece com a natureza humana e vemos que uma pessoa triste terá, obviamente, uma tendência a se afastar daquilo que lhe está causando dor e a se voltar para outras atividades nas quais espera encontrar prazer e alegria. Continuar lendo

AS RAÍZES PURITANAS DO ESPÍRITO AMERICANISTA

Bernard Gribble: Mayflower

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIV, n. 15 – Tradução: Dominus Est

Protestantismo moderado e protestantismo radical

havíamos dito que, para poder considerar a civilização americana e europeia como um unicum, os “neoconservadores” fazem silêncio sobre a profunda ruptura marcada na história da Europa pelo protestantismo, no qual o espírito americanista tem suas “raízes”.

No século XVI, a cristandade europeia passou por uma grave crise com o protestantismo, que rompeu sua unidade político-religiosa sob o papado romano e o Sacro Império Romano-Germânico. A Igreja Romana conhecia as heresias desde seu nascimento, mas havia triunfado sobre elas. A virada herética de Martinho Lutero (†1546), por outro lado, não pôde ser detida e se estabeleceu no norte da Europa (especialmente na Alemanha), onde os hereges se tornaram a maioria, organizados em igrejas autônomas oficialmente apoiadas pelos príncipes alemães. Todo o norte da Europa foi subtraído do papado. O protestantismo, com efeito, rejeita a Igreja de Roma (seu Credo, Sacramentos e Lei) e o papado, negando as origens apostólicas e petrinas da Esposa de Cristo.

Os Países Baixos[1] e os países escandinavos (Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia) seguiram e até ultrapassaram a Alemanha, acusando Lutero de excessiva moderação. Na Alemanha, entretanto, o extremismo já havia tido suas manifestações na forma do movimento dos camponeses (anabatismo, que considerava o batismo válido apenas para adultos). Essas correntes levariam o luteranismo ao extremo, chegando até à negação da Santíssima Trindade e da divindade de Jesus Cristo. Na Suíça, João Calvino (†1564) exasperou a doutrina predestinacionista luterana e apontou o sucesso terreno e mundano como sinal da eleição divina. Na Inglaterra, o calvinismo foi chamado de puritanismo, porque queria “limpar” a igreja nacional anglicana de qualquer resíduo de papismo; ele desempenhou um papel importante no nascimento da América e no espírito americanista, principalmente por meio de seus dois pilares principais: sucesso econômico mundano e antitrinitarismo. Continuar lendo

(NEO)CONSERVADORISMO – UMA IDEOLOGIA ATEU-REVOLUCIONÁRIA CAPAZ DE SEDUZIR OS CATÓLICOS

Leo Strauss [ crédito: http://leostrausscenter.uchicago.edu/ ] ORG XMIT: 354301_0.tif Retrato de Martinho Lutero (1483-1546) feito pelo artísta plástico Lucas Cranach. (Reprodução)

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIII, n. 19 – Tradução: Dominus Est

“Choque de civilizações” e neoconservadorismo

Na sequência dos acontecimentos internacionais deste início de milênio, uma corrente de pensamento chamou a atenção da opinião pública: o chamado “neoconservadorismo”, cujos principais intelectuais são os criadores diretos e indiretos das estratégias políticas e econômicas dos EUA.

No entanto, apesar do nome que foi dado a esse círculo intelectual, trata-se de uma escola de pensamento que carrega uma ideologia “ateu-messiânica” e um programa político “revolucionário-conservador” que hoje tenta e engana a muitos católicos.

O início do terrorismo islâmico-fundamentalista provocou um clamor no contexto católico tradicionalista – ou pelo menos conservador (os dois campos não coincidem perfeitamente) – em defesa de um “Ocidente” confundido com sua Cristandade perdida, ou com o que dele restaria e seria, portanto, digno de defesa a todo custo na perspectiva do iminente “choque de civilizações” de Samuel Huntington.

O que não foi compreendido por parte desses setores do catolicismo tradicionalista ou conservador é a falta de fundamento da tese huntingtoniana, segundo a qual, entre as diferentes civilizações que atualmente se confrontam no cenário mundial, a “euro-americana” constitui um “unicum” ou seja, a “civilização ocidental”. Na realidade, se devemos falar de um confronto, estamos, como veremos, diante de um confronto que é inteiramente interno ao chamado “mundo ocidental”. Trata-se do choque entre “a religião do Deus que se fez Homem e a religião do homem que pretende tornar-se Deus”. Com efeito, de um ponto de vista coerentemente católico, a passagem dos séculos, que desde a cristandade medieval nos levou através do interlúdio da Europa cristã dos séculos XVI-XVII até ao Ocidente global de hoje, não pode ser lida ignorando a grande ruptura protestante, que é a verdadeira raiz do Ocidente americanocêntrico. Continuar lendo

FIDUCIA SUPPLICANS – CONFERÊNCIA DO SUPERIOR DA FSSPX

Conferência de D. Davide Pagliarani, Superior Geral da Fraternidade São Pio. no XVII Congresso Teológico do Courrier de Rome, em Paris, 13 de janeiro de 2024.

FIDUCIA SUPPLICANS: A IGREJA SINODAL À ESCUTA DO MUNDO, PORÉM SURDA À PALAVRA DE DEUS

Fonte: FSSPX

Cabe a nós apresentar uma síntese, e expressar a posição da Fraternidade diante de todas as realidades que vêm sendo promovidas pela “Igreja sinodal”.

Tentemos, antes de mais, pôr em ordem esses diferentes elementos, em particular no que diz respeito ao recente documento, Fiducia Supplicans, que já fez correr rios de tinta. É preciso situarmos corretamente esse acontecimento. Por que se chegou a tal ponto, e que é que isso significa? O papel da Fraternidade não se pode limitar a uma reação imediata, instintiva: devemos aprofundar tanto quanto possível nossa compreensão do que está em jogo nesse texto. Se faltar profundidade à nossa análise, correremos o risco de incorrer nas falhas dos que querem reduzir a questão de Fiducia Supplicans a uma excentricidade pessoal do papa Francisco, cuja extravagância não se chega a entender.

Já outras reações a Fiducia supplicans reduzem a questão das bênçãos a uma mera questão de oportunidade: a iniciativa seria inoportuna em certos contextos culturais, sobretudo na África. A realidade, porém, é um pouco mais complexa… Todas essas reações são bem-vindas, são positivas na medida em que manifestam ainda certa capacidade de reação; porém a Fraternidade tem a obrigação de ir mais fundo. Tratemos, pois, de dar um passo atrás, saindo do círculo da agitação midiática.

I – Um pontificado que atende às expectativas do mundo moderno

Fiducia Supplicans não é, em sentido estrito, um ato sinodal, mas um ato produzido pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e assinado pelo próprio papa. Trata-se, contudo, de um documento que corresponde àquilo que mais de uma vez vinha sendo ventilado, quando da preparação do sínodo. Pode-se, portanto, afirmar que constitui uma resposta a uma expectativa atual e sinodal.

Essa “Igreja sinodal”, que estamos tentando definir, é uma Igreja que escuta todos os homens: as periferias, a base, todo o mundo, no sentido mais amplo do termo… Uma Igreja que escuta “o mundo” enquanto tal. Ou seja, uma Igreja que dá mostras de uma nova sensibilidade e uma vontade nova de ir ao encontro do mundo.

Sem dúvida, o pontificado atual atende, cada vez mais perfeitamente, às expectativas e exigências do mundo contemporâneo, e, mais precisamente, do mundo “político”, no sentido profundo do termo. Com efeito, de um lado, esse pontificado corresponde a uma visão política hoje predominante em todo o globo, de outro, busca também adaptar-se aos métodos de uma política desejosa de criar uma nova organização social e que, força é reconhecê-lo, em grande medida já triunfou. Cabe aqui a pergunta: por que a presença de representantes da Igreja é tão importante nessa reorganização do mundo? Continuar lendo

O MUNDO CAMINHA PARA A SUA RUÍNA. O QUE DEVEMOS FAZER?

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

É inegável que os tempos atuais são, no mínimo, conturbados. A desordem está nas ruas e também na mente das pessoas. Somos civilmente convidados a viver em conformidade com uma ideia precisa de homem e de história sobre a qual devemos construir a sociedade de hoje e a de amanhã. Os critérios de beleza já não são mais aqueles que podiam ser admirados nas construções do passado. A verdade, hoje, já não deve mais continuar a pretender transcender as opiniões individuais e basear-se em regras de bom senso (senso comum). E a bondade não é mais um código moral cuja quintessência foi resumida nos Dez Mandamentos. Esses três critérios já não se aplicam mais à vida social e estão desaparecendo da vida privada. Nos nossos tempos, eles não devem mais orientar os cidadãos em sua busca por uma conduta que esteja de acordo com a natureza da qual Deus é o autor e, menos ainda, dispor de uma busca pela vida sobrenatural da qual Jesus Cristo é modelo e fonte. 

“Diante dos nossos olhos, a vida das sociedades lutam contra Deus”

A vida social está organizada de modo que nem o belo, nem o verdadeiro e nem o bom existam mais. O wokismo, o comunitarismo, o feminismo e o anti-especismo desempenham um papel fundamental nisso, com uma grande publicidade por trás. O passado é apagado e a história reescrita. A nossa sociedade vive, deliberadamente, mudanças radicais e muito rápidas. Não há mais heróis para nos inspirar e nem modelos aos quais se referir. Voluntariamente, nossa vida cívica foi reduzida a um grande empreendimento econômico que beneficia os ricos e empobrece os pobres. Ela deixou de ter uma dimensão política verdadeira, orientada para o desejo virtuoso de um bem comum. Não está mais fundamentada na permanência de princípios duradouros. Consiste em um movimento. Os homens sucedem-se, sem apego, como atores de uma vasta fábrica de produtos virtuais. 

Diante dos nossos olhos e apesar de nós mesmos, a vida cívica luta contra Deus, que é fonte e fim dos seres. Submeter a religião ao regime econômico que a governa é simplesmente promover um secularismo combativo e totalitário. Continuar lendo

A JUSTA MEDIDA DE D. LEFEBVRE

Teria D. Lefebvre sido menos comedido que Jean Madiran, a quem o Pe. de Blignières prestou homenagem em um artigo no periódico L’Homme nouveau de 22 de dezembro de 2023, ao comparar a missa nova com a “missa de Lutero”?

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

A coluna “Tribune libre” do periódico L’Homme nouveau – felizmente dirigido por Philippe Maxence – publicou, em sua página na internet, no dia 22 de dezembro de 2023, uma homenagem a Jean Madiran. A homenagem se aproveitou da recente publicação de uma biografia dedicada ao falecido editor do periódico Présent, escrita por Yves Chiron, um historiador bem conhecido no meio tradicional católico. E a homenagem da coluna é assinada pelo Revmo. Pe. de Blignières, fundador da Fraternidade São Vicente Ferrer.

No espírito da Antiguidade grega, que ele tanto amava”, diz-nos o padre dominicano, Jean Madiran, “evitava aquele excesso tão difícil de se evitar em tempos de crise. Por exemplo, ele apontou claramente as deficiências da missa nova, mas nunca a descreveu como ‘a Missa de Lutero’”.

D. Lefebvre chegou ao ponto de fazer uma comparação entre a missa evangélica de Lutero e o Novus Ordo Missae de Paulo VI, sem todavia qualificar esta como sendo aquela. A referida comparação foi claramente estabelecida numa conferência histórica proferida em Florença, em 15 de fevereiro de 1975. O título dado ao texto dessa conferência, publicada juntamente com outra sobre a Missa e o sacerdócio católico, pelas Edições Saint-Gabriel em Martigny, na Suíça, poderia, no entanto, sugerir que o nome recusado por Madiran tenha sido adotado por D. Lefebvre. Mas o texto da conferência não faz qualquer menção a essa afirmação. Tampouco o título, que simplesmente designa o conteúdo principal da conferência, que é a missa evangélica de Lutero comparada ao Novus Ordo de Paulo VI. Continuar lendo

A EXALTAÇÃO DO ECUMENISMO CONCILIAR NOS DOCUMENTOS MAÇÔNICOS E A REVOLUÇÃO NA IGREJA

A exultação nos documentos maçónicos pelo ecumenismo conciliar e a revolução na Igreja: degustações.

Temos o prazer de oferecer aos leitores este importante trecho do  Golpe na Igreja. Documentos e crônicas sobre a subversão: das primeiras maquinações ao Papado de transição, do Grupo do Reno ao presente  (de D. Andrea Mancinella, prefácio de D. Curzio Nitoglia, posfácio de Aldo Maria Valli).

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

[…] Os católicos viram […] uma rendição total e incondicional da sua Hierarquia depois de três séculos de corajosas lutas, condenações e excomunhões sacrossantas, lançadas precisamente contra os proponentes desse liberalismo, desse ecumenismo e dessa ideia distorcida de democracia da qual a Maçonaria internacional sempre defendeu, e que agora aceitou traiçoeiramente no último Concílio: isto é, contra os proponentes da  pax œcumenica , a  paz mundial  do Anticristo, que não serve para nada senão para relativizar a Igreja, e depois o próprio Cristo, no amálgama da futura Nova Ordem Mundial . Um objetivo que é manifestado cada vez mais abertamente pela cúpula oculta que manipulam os povos e as nações.

Um fracasso, no entanto, que é mais que suficiente para explicar por que o Grão-Mestre do Grande Oriente Maçônico da Itália foi capaz de escrever em louvor ao falecido Papa Paulo VI: “Para nós, é a morte daquele que derrubou a condenação (da Maçonaria) de Clemente XII e seus sucessores. Ou seja, é a primeira vez na história da Maçonaria moderna, que morre o líder da maior religião ocidental que não está em um estado de hostilidade com os maçons. […] Pela primeira vez na história, os maçons podem prestar homenagem no túmulo de um Papa, sem ambiguidade ou contradição”(1). Continuar lendo

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 20 – SEGUNDO FRUTO DA PACIÊNCIA: A ESPERANÇA

Apóstolo Saint Paul Tinta de Paris - Ilustração de Apóstolo royalty-free

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

A paciência”, diz São Paulo, “(produz) a prova, e a prova a paciência”. (Rom 5, 4).

Se aceitarmos humildemente os sofrimentos que Deus nos envia, sem nos rebelarmos ou reclamarmos, então colheremos a recompensa no rápido crescimento da esperança dentro do nosso coração. Através da escuridão, avistamos uma luz brilhante ao longe e, embora nosso caminho seja sombrio e doloroso, essa perspectiva nos anima e nos faz prosseguir alegremente.

No início do período de provação, a esperança era fraca e tênue, mas quando nos provamos servos fiéis, a esperança começa a antecipar o futuro e a encher-nos de uma felicidade que torna os sofrimentos atuais comparativamente leves. Alcancei esse estado feliz? Unida a esta perspectiva de futuro está uma grande confiança em Deus no presente. A confiança faz parte da esperança. Quando aprendemos, com paciência, a confiar Nele em meio às tristezas, às tribulações e decepções, temos então uma base sólida para confiar Nele pelo resto de nossas vidas, não apenas com uma espécie de segurança cega de que tudo o que Ele faz é o melhor, mas com a consciência dos resultados felizes que virão de tudo o que a paciência nos faz suportar.

Resultados também, que começamos a experimentar mesmo aqui. Devo, então, almejar esta confiança e orar para que eu possa conquistá-la com paciência. São Paulo diz-nos que se esperamos aquilo que não vemos, temos que esperar por isso, pois a obra perfeita da paciência é esperar com satisfação o momento em que Deus nos dará as coisas boas que nos prometeu. Este era o estado de espírito do Apóstolo quando disse: “Combati o bom combate, guardei a fé, e, de resto, está-me reservada a coroa da justiça”. (2 Tim 4,7). Assim também, para mim, se perseverar até o fim, uma coroa semelhante estará guardada. A idéia dela me animará a ter mais paciência.

HÁ IMPERFEIÇÕES NA MÃE DE DEUS?

Maria Santíssima, modelo de oração - Arsenal Católico

Foi ninguém menos que um Doutor Católico, um Padre da Igreja, que identificou alguns fatos que atribuiu à Santíssima Virgem como imperfeições, durante o encontro do Menino Jesus no Templo e, também, nas Bodas de Caná. Trata-se de São João Crisóstomo.

Fonte: Permanencia

Em sentido contrário, deve-se dizer que a Santíssima Virgem nunca cometeu a menor imperfeição. As razões explicando isso são inúmeras.

Primeiro, porque a Mãe de Deus não tinha a “fonte do pecado” – também chamada de concupiscência – que é uma das causas principais das imperfeições. Essa ausência está ligada à sua imunidade ao pecado original.

Além disso, a virgem das virgens possuía a virtude perfeita em razão da graça que lhe havia sido dada. Ela também estava destinada a ser um modelo de santidade, porque Nossa Senhora é a primeira dos redimidos: é conveniente que seja ela, que tem o primado na ordem da santidade, deveria incorporá-la em sua perfeição consumada

Finalmente, sua perfeita prudência sempre determinou sua atividade na maneira que estava mais conformada à vontade de Deus. Continuar lendo