“Os que quiserem viver piedosamente em Jesus Cristo sofrerão perseguição“. (II Tim 3,12)
É São Paulo quem o diz sob a inspiração do Espírito Santo.
Nos começos, a alma naturalmente boa acha que na vida tudo lhe sorri. Entrega-se descuidada ao que lhe agrada e atrai. Julga que todos os homens são retos e simples como ela. Esta ilusão dura pouco. Em breve constata que o amor que lhe manifestam, a bondade com que a tratam não andam sem mistura e muitas vezes não passam de um verniz, de uma aparência, digamos de um véu, sob o qual se esconde muitas vezes o egoísmo.
Quanto mais lida com os homens, mais descobre em muito deles a frieza de coração, a pequenez de sentimentos, e estreiteza de vistas. Esses defeitos, pode encontrá-los mesmo naqueles que lhe parecem virtuosos e instruídos. E a verdade é que, por uma série de experiências pessoais, acaba por constatá-los em si própria.
E não se engana. Todo homem é por natureza limitado em todos os sentidos: em inteligência, prudência, reflexão e conselho.
O amor-próprio egoísta amesquinha extraordinariamente o coração humano; e o mesmo faz a ambição com o espírito. A mesquinhez e estreiteza de vistas, a obstinação nas próprias opiniões desfiguram as melhores almas. Muitas vezes, sem dúvida, estes defeitos não são culpáveis, mas são reais e com frequência tornam difícil o convívio prolongado, mesmo entre pessoas que têm o mesmo nível espiritual ou no seio da família. Continuar lendo



“Sou religioso, sinceramente religioso; todavia, o que se passa entre Deus e mim, não o revelo aos outros. Isso não é da conta de ninguém! A vida religiosa é manifestação tão delicada da alma humana, que não se deve pô-la à mostra; cada um resolva o assunto consigo mesmo, em segredo, no seu íntimo. O principal é ser interiormente religioso; tudo o mais, exterioridades, formas, cerimônias, é de somenos importância…”
A)“Bem-aventurados os corações puros!”


















