Irmãs da Fraternidade São Pio X – “A serviço de Jesus em seus sacerdotes”
No dia 24 de novembro, último domingo depois de Pentecostes, no Noviciado das Irmãs da FSSPX, em Pilar, Província de Buenos Aires, tivemos a Tomada do Hábito de 5 postulantes e Profissões religiosas das Irmãs da Fraternidade. A Missa solene foicantada pelo Padre Joaquín Cortés, tenso como Diácono o Padre Mario Trejo e como Subdiácono o Padre Luis Cuervo, no Noviciado de Santa Teresinha.
Em fevereiro desse ano, outras 4 postulantes deram o primeiro passo na Vida Religiosa. CLIQUE AQUI E VEJA A MATÉRIA.
“Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas”
Mais sobre as Irmãs da FSSPX e a vocação religiosa feminina pode ser visto clicandoaqui, aqui, aquieaqui.
A piedade é quase inata na mulher; é para ela como que uma segunda natureza. Uma mulher irreligiosa é uma mostruosidade. Espanta, as pessoas desconfiam dela, não compreendem, perguntam até onde pode ela ir… A piedade! flor doce e perfumada, vós a tendes, ao menos nas suas habituais manifestações; mas não é o bastante, ela deve ser para vós como uma segunda seiva, como uma vida, deve exalar-se de vós como um perfume.
Vejamos, pois, primeiro o que ela é em si mesma; veremos depois, como deve exercer-se.
A Verdadeira Piedade
O que é piedade?
São Tomás define-a: “Uma generosa disposição da alma que nos leva a amar a Deus como a um pai, e a nos desobrigarmos de todos os nossos deveres para Lhe sermos agradável.” É o amor de Deus que remonta à sua fonte; é a ternura filial da alma que pensa em seu Pai Celeste e lhe diz que o ama; é a prática das virtudes sólidas que tornam a vida melhor e útil aos outros; é o esquecimento de si e a procura de Deus em tudo.
A piedade não habita o mundo dos belos sonhos. Aplica-se a viver na terra para nela lutar; é laborosa, às vezes mesmo penosa, exercendo-se no meio das misérias e lutas da vida. Nosso Senhor dizia-o a Santa Teresa: “A felicidade neste mundo não consiste em gozar das minhas consolações, mas em trabalhar penosamente para a minha glória e em sofrem muito.”Continuar lendo →
O que a caracteriza é um amor-próprio violento que aspira a ter tudo em detrimento dos outros; um egoísmo que não quer repartir com ninguém ; um desejo ardente de ser amado de maneira exclusiva; um sofrimento secreto à vista da felicidade de outrem, ou uma alegria maligna com as suas desditas, enfim uma paixão imoderada das distinções, das preferências e das atenções.
Um crítico pretendeu que todas as mulheres são mais ou menos invejosas. Sem dúvida é exagerado. Porém, mesmo assim, cumpre tomar cuidado com certos movimentos instintivos que poderiam surdir das profundezas da má natureza. Parecem bastante raras as almas femininas que não trazem em si o germe odioso deste vício. Um grande coração deve elevar-se acima das vilanias de uma paixão tão mesquinha e tão degradante.
Para conceber mais vivo horror dela, examinai as devastações que ela causa, assim na alma que ela tiraniza como mas outras a quem persegue.
Suas devastações
– A invejosa não tem mais nem alegria nem prazer: dir-se-ia que um véu fúnebre a circunda; ela sofre com a sua própria desgraça e com a felicidade dos outros.
– A invejosa julga sempre ver ironia no olhar das pessoas, a quem detesta; escuta incessantemente, para surpreender palavras malévolas nos lábios de outrem. Vigia as amigas para ver se o afeto delas é sincero; não tolera provas de benevolência cuja melhor parte não seja para ela.Continuar lendo →
Esta é a segunda parte de um sermão proferido pelo Pe. Louis Pieronne, FSSPX. O tema específico dessa parte é beleza e adoração. A Primeira Parte pode ser lida clicando aqui.
A perda dos princípios foi o que provocou a perda dos costumes que os incorporavam. Os costumes podem evoluir e ainda assim expressar as mesmas coisas. O Cristianismo expressou-se de forma diferente no Oriente e no Ocidente. O que preocupa não é a evolução dos costumes, mas a mudança nos princípios que os inspiram. Estamos perdendo os costumes cristãos, e um espírito ateu e materialista está entrando no vazio deixado por eles. Os costumes cristãos nascem do espírito de fé. É de fé vivida. O desaparecimento da moral e dos costumes cristãos equivale ao fato da fé não ser mais vivida. Significa que nossa fé é frágil e está em risco. Devemos apegar-nos firmemente a um estilo de vida cristão: não como uma moda, mas como um espírito que anima os detalhes do quotidiano. O costume dá vida a um princípio e o transmite. É um instrumento e pode ser mudado. Podemos mudar os costumes, mas não os princípios, nem um espírito, porque não mudamos a fé.
Viver o Plano de Deus
Acreditamos que a diversidade da criação é um reflexo das riquezas superabundantes de Deus. Quando Deus se dá na Trindade, Ele se dá perfeitamente e cada pessoa possui todas as qualidades divinas. As três Pessoas são absolutamente iguais. Quando Deus cria, Ele concede um ser limitado, uma medida de qualidades, compartilhadas para a harmonia do todo. As criaturas são desiguais para serem harmoniosas em sua imperfeição. Quanto mais há desigualdade e diversidade, mais qualidades são expressas, e assim o reflexo de Deus se torna ainda mais perfeito.
Deus coloca o reflexo de Suas qualidades mais nobres em Suas criaturas espirituais. Dizem que cada anjo tem uma natureza diferente. O homem também tem um lugar muito especial nesse reflexo de Deus. O Gênesis nos diz que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. Deus faz da humanidade uma vasta multidão, para que cada indivíduo seja único e a sua vida possa enriquecer a harmonia da criação, expressando um aspecto único dessa mesma natureza humana à imagem de Deus.Continuar lendo →
Ao falar de modéstia, nossas imperfeitas palavras podem, às vezes, levar a mal-entendidos. É fato que o pecado vem do coração do homem e não do corpo da mulher. É o coração ferido pelo pecado original e sujeito à concupiscência. O corpo feminino é uma obra de Deus, uma maravilha cuja grande dignidade é ser templo da vida. É o lugar onde todos fomos concebidos e carregados. É o lugar onde todos nós recebemos vida. Nunca poderemos ter respeito suficiente pelo corpo da mulher, onde ocorre um mistério tão grande. Não é este corpo que está contaminado, mas a reação da qual ele pode ser o objeto e a ocasião.
Por que, então, pedimos modéstia à mulher? Se este corpo é bom, por que ela o esconderia? Porquê dar-lhe a falsa impressão de ser uma fonte de corrupção, acusando-a de manchar os outros? Para compreender a situação da natureza decaída e as suas exigências, devemos considerar o plano de Deus.
O Plano de Deus
Deus semeia reflexos de Suas próprias perfeições ao longo de Sua obra, distribuindo entre Suas criaturas todas as qualidades que, de alguma forma, revelam Sua majestade. Há uma qualidade que o homem nunca disputou com a mulher – por mais inclinado que seja a ostentar a sua superioridade em todos os domínios – e essa qualidade é a beleza. Deus deu a beleza à mulher como sua prerrogativa e, como a beleza foi feita para ser contemplada, ela foi ao mesmo tempo um presente para o homem. Esta beleza foi o toque final de Deus na harmonia da criação, levando-a à perfeição.Continuar lendo →
Tendo em conta o mundo em que vivemos atualmente: um mundo de materialismo e cheio de todo o tipo de vaidades, é oportuno voltar a falar de pudor. Infelizmente, quando se fala de pudor, as pessoas pensam logo que se trata de algo que só diz respeito às mulheres, no que diz respeito ao seu modo de vestir. Mas na realidade não é assim, porque vemos como os homens também podem escandalizar as mulheres com a sua maneira de vestir. Além disso, os homens desempenham um papel importante na propagação do pudor. Os pais que são homens, supostamente educadores dos seus filhos, devem educar os seus filhos na forma correcta de se vestirem. Por acaso não temos a obrigação de corrigir as raparigas quando usam roupas provocantes ou roupas que não são suficientemente modestas? Estes parágrafos pretendem ser uma ajuda para as nossas senhoras, para que tenham uma ideia da verdadeira modéstia cristã; e também para que os pais vejam que os seus filhos, e sobretudo as suas filhas, não sejam a causa da condenação de muitas almas ao inferno.
Mensagem de Nossa Senhora de Fátima
“Há mais almas que vão para o inferno por pecados da carne (isto é, pecados contra o 6º e 9º Mandamentos) do que por qualquer outra razão”. Nossa Senhora de Fátima disse à Jacinta: “Serão introduzidas certas modas que ofenderão gravemente o Meu Filho”. A Jacinta também disse: “As pessoas que servem a Deus não devem seguir modas. A Igreja não tem modas, Nosso Senhor é sempre o mesmo”.Continuar lendo →
O ideal é a flama do nosso pensamento, que brilha e ilumina toda a nossa vida; é farol que devemos sempre manter e tornar cada vez mais luminoso, a fim de que a sua simples presença baste para nos conduzir ou nos reconduzir pelo reto caminho.
O ideal é uma força, a grande força; é uma paixão, e por conseguinte uma potência. Já o teremos sentido muitas vezes em seguida a um contato mais intimo com Deus, num retiro, após uma grande emoção. Tem-se ele posto a brilhar vasto e profundo, no céu de nossa alma, condensando todas as idéias numa só, e encarnando-se numa resolução mais enérgica e mais firme.
O ideal é como um sol que ilumina e aquece toda uma vida, que faz ver claro e belo na existência, e que a transforma. Apagai esse sol, todo o vosso ser recairá na sombra, ficareis triste, sentireis frio. Pelo contrário, deixai-vos empolgar, deixai-vos hipnotizar por ele: sua influência ser-vos-á preciosa, pois ele vos fará andar na luz e num vida intensa.
O ideal é a isca de que Deus se serve para atrair a Si! É alguma coisa que os olhos não vêem, que os sentidos não tocam, mas que brilha, alumia e guia. É como que um reflexo escapado ao sol divino. Sem ele, a alma não vive, vegeta; não anda, arrasta-se; não sobe, hesita, escorrega e cai. Mas com ele, e sempre mais bem excitada pela sua claridade, eleva-se, arroja-se e atinge até à beleza suprema.Continuar lendo →
A Mulher Forte se tornou o livro principal das mulheres católicas na França e depois no mundo inteiro.
Resumo: “La Femme Forte” – A Mulher forte, escrita por monsenhor Landriot em 1862, é uma obra inspirada no livro de Provérbios 31, que conquistou uma enorme popularidade no mundo católico, justamente por realçar as características inerentes à mulher, suas peculiaridades, como a sua energia, sua coragem, a sua desenvoltura em lidar com as preocupações cotidianas; a sua resistência ao enfrentar os turbilhões nos quais são inseridas pelas contingências da vida; a maneira serena com que vivencia períodos de incertezas, tristezas; as dificuldades mais íntimas que permeiam o coração e alma de uma mulher; a sabedoria imperturbável com que cuida de seu lar, dos afazeres domésticos, de seus filhos, de seu marido; retrata como são verdadeiramente especiais e fortes.
A Mulher Forte é uma obra primorosa, escrita em 1876 por um grande sacerdote francês, Monsenhor Landriot, e ao longo dos séculos perpassou seus ensinamentos com maestria.
Portanto, profundamente enraizado na Tradição Católica, A Mulher Forte é o suspiro de um coração que deseja amar e servir a Deus como Ele deseja ser amado e servido – ao modelo das Sagradas Escrituras.Continuar lendo →
Hoje em dia, somos aconselhados a “dar sentido” a qualquer atividade ou iniciativa, e esta fórmula convencional nos é muito conveniente pela sua relevância: de fato, o cristão não pode suportar a insignificância que consiste, sobretudo, em adotar um comportamento e realizar suas atividades de forma mecânica e rotineira, isto é, na ausência de uma verdadeira intenção ou de uma forma mundana, ou seja, sob a inspiração dominante do respeito humano. São Paulo encorajou seus fiéis a “fazer tudo para a glória de Deus”, mesmo enquanto comiam ou dormiam. O modo de vestir certa peça de roupa nunca ser banalizado, pois ao vestir-se, inevitavelmente torna-se portador de uma forte mensagem pela qual, de uma mesma forma, se assume responsabilidades e consequências. Trata-se, portanto, de determinar, de forma consciente, o significado que se pretende dar ao uso de tal ou tal vestuário, levando em consideração pelo menos os três parâmetros a seguir.
Um sinal de identificação e decoro na vida social
Pelo menos em tempos normais (e, portanto, fora de períodos de crises políticas, perseguições religiosas, etc.) é legítimo e mesmo oportuno se fazer reconhecer, à primeira vista, por uma aparência evidente: o fato de vestir um traje é a melhor ilustração. Um oficial de trânsito é imediatamente respeitado porque seu uniforme o identifica como representante da polícia. Entusiasmamo-nos em homenagear a bravura de nossos soldados quando desfilam em seus trajes cerimoniais. Sem dúvida, a escolha da roupa é, em grande parte, uma questão de gosto individual, mas apenas até certo ponto porque nunca pode ser deixada a uma pura fantasia, nem ao capricho do momento. Uma das primeiras regras dos bons modos e do respeito elementar devido ao próximo exige vestir-se de acordo com os costumes legítimos e as adequações ligadas à idade, sexo, condição, função, circunstâncias (casamento ou funeral por exemplo).
Nessas circunstâncias, as práticas do mundo às vezes são muito esclarecedoras: em um restaurante um pouco “chique”, os garçons devem usar roupas adequadas para respeitar a honorabilidade dos clientes, mesmo que esse traje seja bastante desconfortável para ele. Por outro lado, em uma cantina para “caminhoneiros“, pode-se permitir, sem escrúpulos, colocar-se à vontade prestando o serviço de camiseta, bermuda e tênis. O bom senso obviamente tolera o uso roupas “banais” em certas atividades como a prática esportiva e o trabalho manual. Por outro lado, as relações com os outros exigem que todos tornem seu emprego pelo menos tolerável, porque não agradável, e a esse respeito: roupas adequadas, limpas, de bom gosto e até mesmo elegantes se tornam um elemento apreciável de convivência.Continuar lendo →
Após um longo período de silêncio, enquanto buscamos a vontade de Deus, estamos escrevendo para compartilhar as boas novas. Finalmente conseguimos adquirir o convento que será chamado “Noviciado São José das Irmãs Consoladoras do Sagrado Coração”.
Em abril passado, encontramos dificuldades para comprar a “casa Lugnano” da Diocese, o que fez interromper essa transação. Buscando a vontade de Deus, percebemos que um convento diferente talvez fosse necessário. Por intercessão de São José, Santa Rita e Santo Antônio (a quem temos rezado por esta intenção), logo fomos levados a outro ex-mosteiro capuchinho construído em 1603 e dedicado a Santo Antônio de Pádua. Em poucos dias, um acordo verbal havia sido alcançado. Deo Gratias.
Após um período de prosperidade, esses capuchinhos foram forçados a abandonar seu convento em 1860. A propriedade acabou sendo transformada em um restaurante e hotel de estilo mediterrâneo / bizantino. Esta propriedade esteve fechada nos últimos 9 anos, mas os proprietários mantiveram um zelador que assegurava semanalmente de que tudo fosse mantido no lugar. Dessa forma, o local foi bem conservado.Continuar lendo →
No dia da Festa do Sagrado Coração de Jesus, em Albano Laziale (Italia), 11 postulantes tomaram o hábito religioso das Irmãs Consoladoras do Sagrado Coração, enquanto 2 noviças fizeram suas primeiras profissões. Dom Davide Pagliarani, Superior Geral da Fraternidade São Pio X, celebrou o rito sagrado.
Bem, certamente não se pode dizer que os olhares não demonstraram espanto na sexta-feira (11/06), em Albano. Se, como diz o Doutor Angélico, o espanto é a reação de um homem a um fato cuja causa é desconhecida, sexta-feira havia um bom motivo para se espantar.
Onze moças vestidas de noivas se aproximam do altar, sem que a sombra dos futuros esposos seja vista.
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Mas o Esposo está ali e as espera no altar: é aquele Cordeiro de que fala o Apocalipse.
A cerimónia é simples e poderosa, quase uma composição pictórica, colorida com aquela força expressiva que a Santa Madre Igreja possui em grau eminente: a bênção do hábito, do véu, do rosário, a entrega da vela.
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E então as noivas desaparecem. Uma espera de dez minutos e eis que estão de volta, vestidas do novo hábito de noivas de Cristo. Hábito preto, véu branco. Virgines enim sunt et sequuntur Agnum quocumque ierit.
Que o homem é composto de uma alma e de um corpo a Santa Madre Igreja compreende muito bem. E se a entrega total de si mesma é certamente um ato da vontade movido pela graça, a mudança de hábito é o sinal do ato interno (da vontade).
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Não menos poderosas são as cerimônias que acompanham a profissão das duas noviças. A mudança do véu de branco para preto, a coroação de espinhos, a entrega da cruz. Christo crucifixus sum cruci, diz-nos São Paulo.
Frequentemente, os sacerdotes, em seu ministério, recebem pedidos de orações dos fiéis. Mas se muitos pedem orações aos padres, quem reza por eles?
As Irmãs Consoladoras do Sagrado Coração é uma congregação religiosa que se dedica especialmente à oração pelos sacerdotes. E, a partir desta data, há mais onze fazendo isso.
“Não é saudável amar o silêncio e esquivar o encontro com o outro, desejar o repouso e rejeitar a atividade, buscar a oração e menosprezar o serviço….”, “ensina-nos” o Papa Francisco (Exortação Apostólica Gaudete et exultate ). Ou seja, as religiosas só teriam sentido se fizessem algo, como sustentavam os revolucionários ao suprimir as ordens contemplativas como sendo “inúteis“.
Os que afirmam isso não entenderam que a vida religiosa só tem sentido se se compreende a verdade que um dia o Verbo encarnado pronunciou na pequena aldeia de Betânia: “Marta, Marta, tu afadigas e andas inquieta com muitas coisas, entretanto só uma coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte”.
Que o Senhor da messe faça com que esta verdade seja compreendida pelo maior número de almas possível.
A Congregação das Irmãs da Fraternidade São Pio X tem a alegria, todos os domingos de Quasimodo, de expandir-se durante a cerimônia de tomada do hábito e das profissões.
Neste sábado, 11 de abril de 2021, as fileiras das Irmãs da Fraternidade São Pio X, essas preciosas auxiliares dos sacerdotes, cresceram da seguinte forma:
no noviciado de Ruffec: 1 noviça e 3 profissões perpétuas.
As outras três casas de formação religiosa das Irmãs dão à família: 7 noviças, 2 professas temporárias e 2 professas perpétuas.
Este ano, 15 Irmãs estão dando os primeiros passos na vida religiosa, tomando o hábito ou fazendo os três votos de obediência, castidade e pobreza.
Para essas almas chamadas a viver na intimidade de Deus, a felicidade é grande em subir os degraus que as conduzem à doação total! As Irmãs dão graças a Deus, mas a colheita é abundante e as 210 trabalhadoras são muito poucas. As necessidades são urgentes. Como responder aos apelos das almas que as solicitam em todo o mundo?
Rezemos para obter de Nossa Senhora da Compaixão, padroeira e mãe das Irmãs, numerosas e santas vocações.
Mais sobre as Irmãs da FSSPX pode ser visto clicando aqui, aqui e aqui.
“A humildade, dizia Lacordaire, não consiste em ocultarmos os nossos talentos e as nossas virtudes, em nos julgarmos pior ou mais medíocre do que somos, mas em reconhecermos o que temos; em suma, é o respeito da verdade.”
É a franqueza e a lealdade de uma alma que quer que a verdade seja conhecida, e que triunfe mesmo se esse triunfo deve confundi-la.
A humilde dá uma noção verdadeira de Deus, dos outros e de nós mesmos, apreciando cada um pelo seu justo valor e dando-lhe de todo modo o que lhe é devido. Mas essa virtude tão bela, tão oportuna, tão razoável, encontra grandes dificuldades na nossa natureza viciada e pede um poderoso recurso de graças.
Ela é qualquer coisa de tão grande, de tão heróico, que os próprios Apóstolos tiveram grande dificuldade em aprendê-la. Depois de seguirem três anos inteiros o Filho de Deus e de com Ele aprenderem, depois de terem sob os olhos seus exemplos de profundo abaixamento, eles ainda disputavam entre si para saber a quem era que cabia o primeiro lugar entre eles.
A humildade, diz também São Bernardo, “é uma virtude pela qual a gente se conhece e se despreza”. Mas por que então encontramos tão poucas almas humildes? É que poucas se conhecem; e não se conhecem porque não têm a coragem de fazer essa introspecção de si mesmas que as convenceria da sua miséria ou do seu nada.Continuar lendo →
A descriminalização do aborto, associada à ampla disponibilidade de testes que permitem a detecção precoce de anomalias no feto, desencadeou a implacável lógica da eugenia. O caso da trissomia do cromossomo 21 é emblemático nesta área.
Era inevitável, e aqueles que ainda escondem o rosto ou são hipócritas ou são ingênuos, para usar de um eufemismo. Se, por um lado, a autoridade permite o assassinato do bebê no útero materno e, por outro lado, os laboratórios estão desenvolvendo testes cada vez mais eficientes e previdentes para anomalias genéticas, não há necessidade de um especialista para prever o que acontecerá.
Se, finalmente, como vimos em muitos países, o sistema de “saúde” reembolsa esses testes, o que equivale a um incentivo, os ingredientes para a eugenia estatal estão lá. E, embora os responsáveis possam sempre tentar negá-lo, explicando que são os pais decidem, não é difícil contrapor que eles forneceram as armas para matar.
O que era tão previsível e já observado aqui e ali em alguns estudos, acaba de ser trazido à luz por um artigo no European Journal of Human Genetics , publicado a 31 de outubro.
Os autores estudaram ao longo de 5 anos, de 2011 a 2015, a evolução da percentagem de nascimentos de crianças com síndrome de Down em toda a Europa. Parece que, em 5 anos, essa taxa diminuiu 54%: ou seja, caiu praticamente pela metade.Continuar lendo →
…que em todos os dias do ano se espelham “na Mulher” abaixo e A tem como exemplo de conduta de vida, nossos sinceros votos de crescimento espiritual e santificação.Assim, parabenizamos a vocês, mulheres católicas, que no seu dia a dia (todos os dias do ano), como filhas de Nossa Senhora:
Buscam incansavelmente sua santificação e a santificação de sua família;
Que não se importam com comemorações liberais e pagãs;
Não se deixam levar por ideologias feministas, esquerdistas e pela moda reinante;
Que não querem essa “liberdade” anti-cristã para si e para suas filhas;
Que não querem outro espaço a conquistar que não seja o coração do marido;
Que sabem, como católicas, que homens e mulheres não são iguais em direitos e deveres;
Que sabem, como solteiras, de seus direitos e deveres para com seu estado;
Que sabem, como casadas, que não tem os mesmos direitos e deveres de seus maridos (e conhecem seus direitos e deveres para com o marido);
Que sabem, como viúvas, de seus direitos e deveres para com seu estado;
Parabenizamos a vocês, mulheres católicas, que todos os dias, como filhas de Nossa Senhora:
São virtuosas;
São humildes;
São generosas;
São amáveis;
São fiéis;
São exemplo de caridade;
São benevolentes;
São exemplo de modéstia e pudor;
Aceitam santamente o sofrimento;
Aceitam com paciência todos os filhos que Deus envia;
Se entregam à Providência;
Que não colocam os bens materiais acima dos bens espirituais;
Sabem o que é o verdadeiro amor cristão para com sua família e ao próximo;
Concedem uma educação sobrenatural a seus filhos;
São “o sol” de sua casa, iluminando e irradiando alegria, ternura, carinho e amor cristão aos filhos e ao marido;
Façamos hoje pequenos atos de desagravo ao Coração Imaculado de Maria, ao longo do dia. Façamos uma pequena penitência e ofereçamos à Mãe de Deus, pelos muitos membros do clero e pelos muitos católicos leigos que se atrevem a comemorar este dia que é fruto do liberalismo (o tal “Dia internacional da Mulher”).
Doce coração de Maria, sede nossa salvação.
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Para saber mais sobre a origem do Dia Internacional das Mulheres e o Feminismo,clique aqui
Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Publicamos hoje o segundo podcast do casal Diogo e Sara, que frequentam o Priorado da FSSPX em Lisboa. O tema agora é a Modéstia.
Neste episódio explicamos a virtude da modéstia, qual o seu fundamento e importância. A parte mais interessante será sem dúvida o nosso testemunho na procura por viver a modéstia, o caminho feito até agora e os defeitos que ainda subsistem. Abordamos os temas mais difíceis: praias, vida familiar e especialmente a forma como as senhoras vestem nos dias de hoje.
«Hoje, escreve Mgr. Dupanloup, tem estranhamente diminuído o conhecimento de tudo quanto há de divino num pai e numa mãe, e o sentimento do soberano respeito que a Sagrada Escritura manda que se lhes dê. Também, para nossa desgraça, a autoridade dos pais e das mães tende a desaparecer, e, segundo afirmam, são forçados a abdicá-la, para prevenirem grandes desordens. Nada explica a estranha negligência, a inconcebível tibieza de certos pais, para fazerem valer os direitos da sua autoridade, para com seus filhos. É duro mas é forçoso confessá-lo. Não se sabe quando se há de usar a autoridade paterna e materna. Quando as crianças têm doze ou treze anos, não têm forças para os conter, e já nada se lhes pode exigir seriamente. Quantas vezes tenho ouvido dizer: — «Mas se ele não quer como é que o ei de obrigar?» Mas para que estais vós na terra, pai e mãe, senão para quererdes com sabedoria, e fazerdes querer com autoridade?» As mães, principalmente, são quase sempre duma fraqueza extrema. Quem há aí, que as não tenha ouvido dizer ao filho: «Se não fazes o que te mando, faço queixa ao pai! «E quem sois vós, infeliz mãe, que assim falais? pergunta Mgr. Dupanloup. Não recebestes de Deus nenhum direito, nenhuma obrigação séria, nenhuma autoridade a exercer? Ignorais que o Senhor vos pedirá contas do uso que fizerdes dum poder de que vos revestiu? [1]
Não contentes de deixarem calcar a sua própria autoridade aos pés da sua fraqueza, certas mulheres chegam a ponto de tornar impossível, na família, o exercício da autoridade do marido.
Na sua opinião, o pai nunca sabe o que manda, e as crianças que ele castiga com razão, são sempre inocentes vítimas, injustamente punidas. E ainda achando pouco estas palavras que proferem, ajuntam-lhe quase sempre o exemplo. O marido é o chefe da mulher, como Jesus Cristo é o chefe da Igreja, tal é a doutrina de S. Paulo, que daí tira, como inevitável conclusão, que as mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, em tudo o que não é contrario à lei divina. Ora as mulheres de que falamos, não mostram muitas vezes, para os maridos, que representam a seu respeito a autoridade do próprio Deus, senão insobordinação e desprezo, em vez de obediência e respeito, de maneira que são as primeiras a arvorar nas famílias o estandarte da rebelião, e a soprar o vento da discórdia. Daí a revolta, a anarquia no lar doméstico, para dar em resultado o desaparecimento de toda a paz e tranquilidade.Continuar lendo →
Pai da revolta contra a autoridade, o orgulho também cria, para com os iguais, a dureza de coração, e o desprezo para com os inferiores.
Se nada há mais nobre do que sacrificar-se a si próprio, com seus gostos e interesses, por dedicação para com o próximo, nada há mais vil do que tudo querer para si. Uma mãe cristã, atenta a formar em seus filhos uma grande bondade de coração, e em destruir neles o egoismo, falar-lhes-á muitas vezes daquele que, por amor dos homens, se aniquilou a ponto de tomar a forma de escravo, e até de morrer sobre uma cruz. Far-lhes-á contrair o costume de fazerem às outras crianças todos os serviços que lhes poderem fazer, e sobretudo de terem um terno amor para com seus irmãos e irmãs.
Que encantador espectáculo não oferece uma família, cujos membros são todos unidos por laços duma forte e constante caridade! … E, por outro lado, nada há mais triste, do que encontrar irmãos armados, quase desde a infância, uns contra os outros, inimigos até à morte, nunca se vendo, ou vendo-se com visível desgosto? Atualmente é isso um espectáculo vulgar. E não é verdade poder dizer-se especialmente hoje este provérbio tão conhecido: É raro que a concórdia reine entre os irmãos? E essa desordem, as mais das vezes, é fruto da negligência da mãe, que não teve cuidado de repetir muitas vezes a seu filhos, com o Apóstolo da caridade:—«Meus filhos, amai-vos uns aos outros, porque é esse o preceito do Senhor!»
Lemos na vida da Senhora Acarie que exortava seus filhos a serem amigos uns dos outros, e lhes contava muitas vezes as vantagens da concórdia e as conseqüências funestas da desinteligência:—«É preciso sempre ceder, lhes dizia, exceto quando a honra de Deus exige que se resista. Quem cede, ganha sempre a vitória contra o seu adversário.» Os seus filhos mais novos, diz Doval, vinham todas as noites contar-lhe os seus sentimentos, e se tinham tido disputas uns com os outros, como de ordinário lhes acontecia, pediam perdão uns aos outros, e abraçavam-se diante de sua mãe. — Todas as manhãs os filhos da senhora de Ghantal se abraçavam, e estes sinais exteriores de afeição servem muitas vezes, para entreterem a união dos corações, contanto que haja grande cuidado em evitar amizades particulares, e familiaridades muito ternas.Continuar lendo →
«Nunca deixes o orgulho reinar no teu coração; porque esse vício é a origem de todos os males» dizia muitas vezes Tobias a seu filho. Seguindo o exemplo deste santo velho, a mãe segundo a vontade de Deus extirpará do coração de seus filhos essa raiz de toda a iniquidade, com todos os seus amargos rebentões.
Ora o primeiro fruto do orgulho é o desprezo da autoridade e o espírito de insubmissão, que põe em perigo a sociedade moderna, e que arrancou esta ameaça à augusta Mãe de Deus : «Se o meu povo não quiser submeter-se, sou forçada a deixar mover-se o braço de meu Filho»[1]. Todo o homem sensato o pode observar; a mais santa autoridade, a da Igreja e de seu augusto chefe é indignamente desprezada, não só pelos infiéis, mas até por filhos rebeldes e ingratos. Os tronos sustentam-se hoje com grande dificuldade, agitados pelo vento da independência e da revolta. Não tendes ouvido a cada passo os velhos a queixarem-se de que se não respeitam os seus cabelos brancos? E os pais não se queixam igualmente da insubmissão de seus filhos? Onde encontrar remédio para tão profunda chaga, senão no zelo das mães verdadeiramente cristãs, que, com o leite, farão beber a seus filhos o respeito da autoridade, e o espírito de submissão às suas leis se elas próprias estiverem bem compenetrada da mais profunda veneração e do mais terno amor pela santa Igreja, e pelo Soberano Pontífice, o vigário infalível de Jesus Cristo, essas mães saberão transplantar esse sentimentos, do seu coração, para o coração de seus filhos.
Não é isso mesmo o que nós lemos acerca de M. Frémiot, presidente do parlamento de Borgonha, e pai da santa baronesa do Chantal? Ficando viúvo com três filhos, este generoso cristão reunia-os pela manhã e à noite sobre os joelhos, ou em torno de si, e falava-lhes com a mais profunda convicção do poder e dos benefícios da Igreja, das suas glórias e das suas provações. Sua filha Joana Francisca (depois canonizada), estremecia alternativamente de alegria ou de indignação, quando seu pai contava os triunfos ou as dores da Igreja. Os sentimentos que nasceram das exortações paternas ficaram tão profundamente radicados no seu coração, que, mais tarde, não podia atravessar, sem derramar lágrimas, os lugares, donde os hereges haviam banido a fé da santa Igreja romana.Continuar lendo →
Prezados amigos, leitores em benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em mais uma Operação Memória de nosso blog, deixamos abaixo os links dos vídeos da Universidade de Verão, realizado pela FSSPX Portugal, com o tema: “A FAMÍLIA EM PERIGO“.
…que em todos os dias do ano se espelham “na Mulher” abaixo e A tem como exemplo de conduta de vida, nossos sinceros votos de crescimento espiritual e santificação.Assim, parabenizamos a vocês, mulheres católicas, que no seu dia a dia (todos os dias do ano), como filhas de Nossa Senhora:
Buscam incansavelmente sua santificação e a santificação de sua família;
Que não se importam com comemorações liberais e pagãs;
Não se deixam levar por ideologias feministas, esquerdistas e pela moda reinante;
Que não querem essa “liberdade” anti-cristã para si e para suas filhas;
Que não querem outro espaço a conquistar que não seja o coração do marido;
Que sabem, como católicas, que homens e mulheres não são iguais em direitos e deveres;
Que sabem, como solteiras, de seus direitos e deveres para com seu estado;
Que sabem, como casadas, que não tem os mesmos direitos e deveres de seus maridos (e conhecem seus direitos e deveres para com o marido);
Que sabem, como viúvas, de seus direitos e deveres para com seu estado;
Parabenizamos a vocês, mulheres católicas, que todos os dias, como filhas de Nossa Senhora:
São virtuosas;
São humildes;
São generosas;
São amáveis;
São fiéis;
São exemplo de caridade;
São benevolentes;
São exemplo de modéstia e pudor;
Aceitam santamente o sofrimento;
Aceitam com paciência todos os filhos que Deus envia;
Se entregam à Providência;
Que não colocam os bens materiais acima dos bens espirituais;
Sabem o que é o verdadeiro amor cristão para com sua família e ao próximo;
Concedem uma educação sobrenatural a seus filhos;
São “o sol” de sua casa, iluminando e irradiando alegria, ternura, carinho e amor cristão aos filhos e ao marido;
Façamos hoje pequenos atos de desagravo ao Coração Imaculado de Maria, ao longo do dia. Façamos uma pequena penitência e ofereçamos à Mãe de Deus, pelos muitos membros do clero e pelos muitos católicos leigos que se atrevem a comemorar este dia que é fruto do liberalismo (o tal “Dia internacional da Mulher”).
Os Romanos, diz Fénelon, e antes deles os Gregos, ensinavam a seus filhos a não estimarem senão a glória, e a quererem, não possuir riquezas, mas vencer os reis que as possuíam, julgando que só pela virtude se podia ser feliz. Quando, serão os filhos do século mais sábios que os filhos da luz?
Quando deixarão de correr após as vaidades os discípulos daquele que não teve uma pedra onde repousasse a cabeça, e que começou as Suas prédicas evangélicas, por estas palavras: — «Bem-aventurados os que têm o coração desprendido dos bens deste mundo!» Os exemplos dos pagãos deveriam cobrir de confusão os pais cristãos, que só sabem ensinar uma única ciência a seus filhos—a de fazerem fortuna; que os habituam a não considerarem felizes, senão os poderosos; que só julgam do merecimento dos homens, pelas suas riquezas. Vós, ao menos, piedosas mães, apreciais pelo seu justo valor o que o mundo tão cegamente ambiciona.
As riquezas fornecem, é fato, o meio de fazer boas obras, e de socorrer os pobres, com a esmola. É a única vantagem que elas podem oferecer. E para isso é necessário que quem as possui, tenha o necessário desprendimento, para fazer delas esse nobre uso. Mas o mais das vezes fomentam no homem a luxúria e o orgulho, que são as duas fontes de todos os nossos males. As preocupações que dão, afastam os pensamentos sérios da fé e das práticas da religião; e é fora de dúvida, que a indiferença religiosa, que é a chaga do nosso século, tem origem nesta sede de bem estar material que devora a sociedade. De sorte que, as riquezas trazem-nos mais perigos para nossa alma, do que verdadeira felicidade. Afinal, consideradas em si próprias, que são as riquezas senão um pouco de pó e cinza que em breve temos de deixar? E nada podem acrescentar ao valor pessoal do seu possuidor, visto que não fazem parte dele.
Uma mãe, segundo a vontade de Deus, encontrará na sua fé, e na sua razão bastante grandeza de alma, para se elevar acima dos pensamentos mundanos, para desprezar os bens da terra, e para ensinar os filhos a desprezá-los. Citar-lhes-á o exemplo de Salomão que preferiu a sabedoria a todas as prosperidades, e a todas as riquezas que o Senhor lhe oferecia, e especialmente o de Jesus Cristo nascendo num presépio, e morrendo numa cruz.Continuar lendo →
O meio mais eficaz de combater, entre as crianças, a voluptuosidade e as suas tristes conseqüências, é fazer-lhes amar uma vida ativa e laboriosa. Nada é mais recomendado na sagrada Escritura, que o trabalho; e nada, depois do temor e do amor de Deus, é mais útil ao homem, que o hábito do trabalho, que, procurando-lhe o pão de cada dia, exerce e desenvolve as suas faculdades; oferece-lhe verdadeiras consolações no meio das vicissitudes e contrariedades da vida; arranca-o aos perigos da ociosidade, e faz-lhe expiar as suas faltas e fraquezas.
Enganam-se, pois, os país, que, condenados ao trabalho desde a manha até à noite, maldizem o que chamam a sua triste sorte, e ensinam a seus filhos a não considerarem senão como um suplício, o que é um grande benefício. Mas ainda é mais fatal a ilusão dos que, ou por negligência, ou por qualquer outro motivo, deixam seus filhos na mais completa ociosidade.
O ilustre bispo de Orleans, combatendo este fato: — «Quereis, brada, ser alguma coisa neste mundo, sem fazerdes nada? Isso é impossível; todas as leis morais e sociais se opõem a semelhante absurdo. Exigir que um rapaz de dezoito anos seja virtuoso, conserve o gosto do trabalho, e se torne um homem distinto, vivendo nos passeios de Paris, ou de qualquer outra grande cidade, numa faustosa ociosidade, com os cavalos, os charutos, os cães, a caça, os bailes, os teatros, e toda a louca vida do mundo; respondo simplesmente: é um absurdo. E poderia dizer qualquer coisa ainda com maior severidade.»
A terra sem cultura produz tojos e silvados, em cujos centros medonhos répteis vivem à sua vontade. A água estagnada corrompe-se, e a traça rói e devora o vestuário que se não usa… tristes imagens do estado infeliz de uma alma ociosa. S. Bernardo chama à ociosidade o esgoto de todas as tentações, de todos os maus e inúteis pensamentos, e também a madrasta das virtudes, a morte da alma, a sepultura dum homem vivo, o receptáculo de todos os males.
«Sois ricos? pergunta Mgr. Dupanloup. Essa razão, em vez de vos justificar, torna mais culpada a vossa ociosidade. Então, pelo fato de terdes sido pago adiantadamente, não merecestes o vosso salário? Que respondereis no tribunal de Deus, quando Ele vos pedir contas do talento que vos confiou, isto é da alma de vosso filho e da inutilidade da sua vida?»Continuar lendo →
A pureza é a virtude dos anjos; torna o homem semelhante aos espíritos imortais, à Virgem Imaculada, a Jesus, ao próprio Deus. Quanto é bela essa virtude na fronte e no coração duma jovem! Que encantos celestes ela aumenta à beleza duma menina! Porque, é preciso dizê-lo: o vício que lhe é contrário, fato precoce da moleza em que crescem as crianças, murcha rapidamente as suas almas. Muitas crianças, desde a infância, bebem esse veneno, que corrompe o que há de mais nobre no seu espírito e no seu coração, roubando-lhe a vida da graça e a amizade de Deus. Ó mães preservai estas almas que vos são tão queridas, e que tão caras são a Deus, dum vício degradante para o homem e para o cristão, e fazei-lhes, logo desde a infância, amar a castidade.
É claro que se não deve dizer a uma criança, ainda na candura da inocência, em que consiste esta virtude, e porque faltas a pode ferir; mas deve-se desde o princípio preveni-la contra estas faltas, e cercar de uma barreira salutar o tesouro que possui, recomendando-lhe, e fazendo-lhe praticar a modéstia. Para o conseguir, deve a mãe cristã dizer muitas vezes a seu filho que Deus vê tudo, que seu olhar penetra as mais espessas trevas, os lugares mais ocultos, e o mais íntimo do nosso coração. — «Portanto, acrescentará ela, nada se deve fazer que ultraje a sua divina presença, nem nada se deve permitir, quando se esteja só e escondido, de que se possa corar diante dos homens. Meu filho, nós temos constantemente a nosso lado, para ser testemunha das nossas ações mais secretas, um anjo a quem Deus confiou a nossa guarda; não devemos entristecê-lo por ações que ofendam a Deus e expulsai todo o pensamento pouco modesto. O vosso corpo pertence a Jesus Cristo, é o templo do Espírito Santo; tratai-o com grande respeito. S. Luís Gonzaga tinha tanta modéstia, que não permitia nunca, durante a sua doença, que os criados, que o serviam vissem sequer ao menos descoberto a extremidade dos seus pés. Santo Estanislau desmaiava, quando ouvia uma palavra contra o pudor. Se companheiros infelizes vos aconselharem para o mal, fugi deles, desviai com horror os vossos ouvidos, e avisai sempre a vossa mãe acerca do que vos parecer perigoso.
A estas lições juntará uma mulher cristã a prática da mais exata modéstia, lavando e deitando os seus filhos, dando-lhes os peitos e vestindo-os. Julgamo-nos obrigados a entrar nestes pormenores, porque a negligência das mães e das amas, pode, a este respeito, ter consequências deploráveis. Devem preparar tudo, de forma que as crianças possam olhar para toda a parte, sem perigo. Que felicidade para eles que glória e que consolação para sua mãe, se eles pudessem chegar aos vinte anos, sem suspeitarem o mal!Continuar lendo →
O amor de Deus e o espírito de Nosso Senhor não podem estabelecer a sua morada num coração onde reinam o espírito e o amor do mundo; ora tudo o que cerca as crianças junta-se às suas próprias inclinações, para as levar para o amor deste mundo perverso, que é o inimigo jurado de Jesus Cristo «Em volta da crianças, diz o judicioso Rollin, não há senão louvores aos que amontoam grandes riquezas, que têem grandes equipagens, que vivera principescamente, que têm ricos palacetes… Carecem, pois, estas crianças dum monitor fiel e assíduo, dum advogado que defenda, junto delas, a causa da verdade, da honra e da razão, que lhes faça notar a falsidade que reina em quase todos os discursos, e conversações dos homens.» Carecem dum guia inteligente, que as arranque a esses jardins íloridos que o mundo lhes apresenta, e que só servem para a sua perdição, afim de que possam entrar no caminho espinhoso das virtudes cristãs, que conduz à eterna felicidade. Quem será esse monitor fiel, esse benfazejo guia, senão uma atenta mãe, que faça notar a seus filhos a vaidade de tudo o que passa, repetindo-lhes muitas vezes: — «Não ameis o mundo, meus filhos, porque o mundo só vive de falsidades. Não há no mundo senão concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e orgulho.» Três fontes envenenadas de todos os nossos males e de todas as nossas iniquidades, que é preciso extirpar do coração das crianças. «Quem não sabe que, na grande obra da educação, temos a lutar contra a tríplice concupiscência, nada sabe, e nada pode, diz o ilustre bispo d’Orleans.»
É pois a sensualidade o primeiro inimigo que temos a combater, isto é o amor do que lisonjeia o corpo, a moleza, a ociosidade com o vício que a segue de perto. Já neste livro nos insurgimos contra certas mães que concedem e procuram a seus filhos tudo o que pode lisonjear os seus gostos; inútil será tornar a falar sobre este ponto. Mas por quantas outras facilidades se não intertêem estas fraquezas nas crianças! Satisfazem-se todos os seus caprichos, para que nada tenham a sofrer; até lhes chegam a tirar o ar, com medo que tenham muito calor no verão, e muito frio no inverno. Mal se acusam da mais pequena dor, logo lhes tiram o estudo, e à menor indisposição, pai, mãe e criados andam numa roda viva, prodigalizando-lhes mil atenções e cuidados. Deixam-nas dormir até tarde na cama; talvez até as deixam estar na cama, sem dormir, e lamentam-nas, pelo que sofrem no colégio.
Parecem fúteis estes pormenores, mas têm um grande alcance, pelas fantasias que se sofrem aos meninos e que tão legítimas se julgam. No entretanto o conjunto de todas as estas sensualidades tira-lhes toda a energia, e toda a força física e moral, não lhes deixando ardor senão para o pecado.Continuar lendo →
A elevada significação do casamento é por mais olvidada em nossos dias. Grande número dos casamentos modernos são apenas fruto da irreflexão e fascinação.
Este desprezo do casamento constitui a causa precípua do mal que enferma o nosso século. Oxalá consiga a nossa juventude ter de novo em lato apreço o matrimônio, na sublime significação, e possam principalmente, as que foram chamadas por Deus a esse estado, abraçá-lo depois de uma boa preparação e com os melhores propósitos.
1º – O casamento tem alta significação para a moça que o contrai.
A sua felicidade futura não depende deste passo? Ofereça ela (donzela cristã) a sua mão a um jovem bom e digno, que lhe convenha; dedique-lhe amor fiel para fusão das suas vidas; viva com ele em paz e harmonia. E não se dirá então que ela é realmente feliz? Em tal casamento, cada um dulcifica a vida do outro; auxiliam-se e sustentam-se mutuamente; a alegria duplica-se e eleva-se pela correspondência; carrega-se a cruz mais facilmente, e as amarguras da vida perdem a sua aspereza e seus espinhos.
E quanto não lucra, às vezes, uma mulher em beleza de caráter, em nobreza de sentimentos, em fineza de fé e religiosidade, mercê da convivência de longos anos com um marido virtuoso e excelente? Portanto, para uma moça, que não foi chamada por Deus ao santo estado religioso, é uma grande graça e alta felicidade, unir-se em matrimônio com um jovem excelente. Pelo contrário, se o casamento, não conseguir a fusão completa do corpo e do espírito já não proporcionará felicidade à mulher. Ainda que a casa onde reside seja um palácio suntuoso; embora seja distinta e influente a posição que ela ocupa na sociedade, não se sentirá, deveras, feliz e contente; a despeito do brilho da sua situação externa, a vida lhe será um fardo opressivo.Continuar lendo →