Caros fiéis,
Quando os portugueses partiram pelos oceanos para explorar o mundo, não se deixaram levar pelos ventos nem pelo movimento das ondas; definiram as suas viagens de acordo com dados objetivos: a sua bússola e as estrelas. Da mesma forma, na jornada da sua existência, os católicos não podem deixar-se levar pelas modas mundanas ou pelas tendências da internet. Devem definir a sua atitude de acordo com a bússola da fé e os exemplos dos santos, que são estrelas no seu caminho. Este critério objetivo é a Tradição Católica, um conjunto de textos e práticas cuja unidade pode ser apreendida pelo estudo da história da Igreja.
Considerando essa harmonia ao longo dos séculos, não se pode deixar de admitir, sem cegueira ou má-fé, que o Concílio Vaticano II foi uma ruptura. Em 2000 anos de cristianismo, a Igreja nunca experimentou tantas reformas, tão profundas e tão distantes da Tradição. Vemos isso todos os dias; às vezes de forma particularmente escandalosa, como em 6 de setembro. Naquele dia, uma peregrinação LGBTQ+ pôde oficialmente entrar na Basílica de São Pedro. Antes, seus participantes haviam assistido a uma missa celebrada por um dos vice-presidentes da Conferência Episcopal Italiana. Este bispo dirigiu-se aos participantes: “Irmãos e irmãs, digo isto com emoção: é hora de restituir a dignidade a todos, especialmente àqueles a quem ela foi negada“. Uma declaração que foi recebida com longos aplausos. Em seguida, todos os participantes foram convidados a receber a comunhão. É interessante notar que o próprio bispo reconheceu a ruptura com a Tradição. O que era condenado torna-se permitido. O que era pecado torna-se virtude. Uma inversão verdadeiramente diabólica!
Nenhuma reação do Vaticano. Mas algumas reações notáveis de prelados honestos. Para o Cardeal Müller: “Eles profanaram o templo de Deus… abusaram da fé católica, da graça e do símbolo da Porta Santa para fins de propaganda, vivendo em aberta contradição com a vontade do Criador”. Continuar lendo