BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – DEZEMBRO/22

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De acordo com alguns relatos, certos Padres impedem que seus fiéis se ajoelhem durante o cânon da Missa. O pretexto invocado: “Cristo ressuscitou”. Não se entende por que a realidade da Ressurreição deveria impedir a adoração eucarística. A menos que não se tenha mais fé na Presença Real.

A genuflexão, seja de um ou dois joelhos, acompanhada ou não da inclinação da cabeça ou do corpo, seja ela anterior à prostração parcial ou total, é um sinal de adoração que tem sido onipresente através dos séculos, civilizações e religiões em geral. Genufletir diante do Santíssimo Sacramento é uma confissão inequívoca de nossa fé na presença de Cristo nas Espécies Eucarísticas.

Recordemos o famoso milagre de Santo Antônio de Pádua. Um herege que se recusou a acreditar na presença de Jesus na Eucaristia lhe ofereceu o seguinte desafio: Depois de fazer jejuar sua mula por três dias, ele lhe apresentaria uma pilha de forragem de um lado e o Padre franciscano apresentaria a Hóstia do outro lado. No dia, na praça principal da cidade, uma grande multidão pôde ver a mula afastar-se da comida desejada e ir prostrar-se diante do Santíssimo Sacramento. E o herege se converteu.

Não esqueçamos que a atitude do povo nas igrejas é uma pregação silenciosa que ensina o visitante antes mesmo de ele ter aberto um catecismo. Continuar lendo

ALEGRIA DE SER FILHO DE DEUS

Artigo - Um Padre Rezando - D.A Online

Garrigou-Lagrange, O.P.

[Nota da Permanência] Quando Garrigou-Lagrange escreveu estas linhas sobre a alegria que é preciso conservar no meio das tribulações, a sua França, “la douce France”, havia sido derrotada e ocupada pelos nazistas. Também a nós se aplicam estas reflexões, que vemos nossa Pátria na iminência de ser saqueada por revolucionários bolivarianos e nossa Igreja invadida por modernistas.

“Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós,
e para que a vossa alegria seja completa” (Jo 15, 11)

As Sagradas Escrituras dizem-nos insistentemente que, nos tempos de provação, o verdadeiro católico deve tanto quanto possível confortar os aflitos, levar-lhes a paz e algo desta alegria divina que ergue os corações e lhes permite seguir viagem contra ventos e marés até o porto da salvação.

Convém, portanto, nas tristezas presentes, falar da alegria de sermos filhos de Deus e do dever de transmitir algo desta alegria aos que não a possuem.

Se, na tristeza comum, a alegria superficial é importuna, irritante, quando não exasperante, a alegria cristã, ao contrário, consola. Esta deveria ser a alegria do domingo, e o domingo a produz de fato quando, pela Missa, pela oração, torna-se verdadeiramente o dia do Senhor; ao contrário, para muitos, pela cessação do trabalho, torna-se o mais triste dos dias, porque não é santificado, porque não passa de um dia de distrações, dedicado a uma alegria puramente exterior, vazia e imbecil, da qual muitos não podem fazer parte, e que fatiga ao invés de repousar. Não sabem mais o que fazer de seu tempo, porque não o dão a Deus; eis uma prova pelo vazio ou em baixo relevo da necessidade de santificar o domingo.

Ao buscarmos tão-somente uma alegria inferior, nos privamos de outra singularmente mais preciosa. Continuar lendo

DEDICAÇÃO, UMA VIRTUDE AO SERVIÇO DO BEM COMUM

Os Priorados e as Capelas precisam da presença e da ação de todos os seus membros e da dedicação entusiasta de cada um.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Caros amigos e benfeitores,

Os economistas modernos, em sua maioria, consideram que o homem, em sua ação, é movido apenas por interesses egoístas e cálculos de eficiência em seu benefício próprio. Mesmo a realização de uma ação altruísta seria apenas um anteparo à busca de um bem individual, por exemplo, no fato de que uma boa ação procura a satisfação do amor próprio.

Esta é uma visão simplista do homem: pode revelar-se pertinente saber quantos clientes irão a um supermercado num determinado dia (porque os seres humanos parecerão corresponder pontualmente, em sua ação, a esta definição colocada pelos economistas), mas é falso se alguém pretende aceitá-lo na realidade da vida.

A primeira pergunta da Suma Teológica de Santo Tomás sobre a caridade, a mais sublime e sobrenatural das virtudes, poderá parecer surpreendente a um espírito imbuído dessas “concepções econômicas” de um homem exclusivamente egoísta. O Doutor Angélico começa por se perguntar, com efeito, se a caridade é uma amizade. A amizade é algo tão natural, tão trivial em alguns aspectos, que seria surpreendente vê-la conciliar-se com aquela virtude propriamente divina que é a caridade, que nos faz amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo por amor de Deus. Continuar lendo

FINALIZANDO O MÊS, UMA SELETA DE NOSSOS POSTS DE NOVEMBRO/22

52 ANOS DA FSSPX

SERMÃO DE D. LEFEBVRE PELA FESTA DE TODOS OS SANTOS – 1976

UM ALENTO ÀS NOSSAS ALMAS NESSE PERÍODO TÃO TURBULENTO

O “SIM” CUBANO AO CASAMENTO PARA TODOS

ESPANHA: CLÍNICAS DE ABORTO CONDENADAS POR “PROPAGANDA ENGANOSA”

11/11/2013 – HÁ 9 ANOS, A PRIMEIRA MISSA DA FSSPX EM RIBEIRÃO

LÍBANO: RECITAR O ROSÁRIO NO MAIOR TERÇO DO MUNDO

O MAGNÍFICO CONCERTO DO CORAL ESTUDANTIL DA IGREJA SAINT NICOLAS DU CHARDONNET

D. ATHANASIUS SCHNEIDER VOLTA A DEFENDER A FSSPX

G7 SEM DEUS EM MÜNSTER: UM CRICIFIXO DE 482 ANOS REMOVIDO DURANTE ENCONTRO

JOÃO PAULO II, O PAPA DO HOMEM

EM 21 DE NOVEMBRO….HÁ 48 ANOS…

O MODERNISMO DO PAPA JOÃO PAULO II – PARTE 1/3 – A IMANÊNCIA VITAL EM JOÃO PAULO II

O MODERNISMO DO PAPA JOÃO PAULO II – PARTE 2/3 – A ENCARNAÇÃO NA PERSPECTIVA DE JOÃO PAULO II

O MODERNISMO DO PAPA JOÃO PAULO II – PARTE 3/3 – A REDENÇÃO EM JOÃO PAULO II

NESSE ADVENTO, UMA BELÍSSIMA MÚSICA, NA PREPARAÇÃO PARA O NATAL DE NOSSO SENHOR

REZEMOS PELA ALMA DO PADRE EUDES-ETIENNE PEIGNOT, FSSPX

29 DE NOVEMBRO: ANIVERSÁRIO DE NASCIMENTO DE MONS. MARCEL LEFEBVRE

EM 21 DE NOVEMBRO….HÁ 48 ANOS…

“Nós aderimos de todo o coração e com toda a nossa alma à Roma católica, guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade.

Pelo contrário, negamo-nos e sempre nos temos negado a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II, e depois do Concílio em todas as reformas que dele surgiram.

Todas estas reformas, com efeito, contribuíram, e continuam contribuindo, para a demolição da Igreja, a ruína do sacerdócio, a destruição do Sacrifício e dos Sacramentos, a desaparição da vida religiosa, e a implantação de um ensino naturalista e teilhardiano nas universidades, nos seminários e na catequese, um ensino surgido do liberalismo e do protestantismo, condenados múltiplas vezes pelo magistério solene da Igreja.

Nenhuma autoridade, nem sequer a mais alta na hierarquia, pode obrigar-nos a abandonar ou a diminuir a nossa fé católica, claramente expressa e professada pelo magistério da Igreja há dezenove séculos. Continuar lendo

A GRAÇA DE UMA BOA MORTE

O final do ano litúrgico é uma oportunidade para o cristão, no espírito da Igreja, meditar sobre os seus fins últimos e, em particular, sobre a preparação para uma boa morte. Numa época em que o fim da vida é confiscado e ameaçado pela eutanásia, é de grande utilidade destacar esta graça tão particular chamada “perseverança final”.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Podemos merecer a graça de uma boa morte, ou da perseverança final? 

A perseverança final ou a boa morte não é outra coisa senão a continuação do estado de graça até o momento da morte. Ou, pelo menos, se alguém se converte no último momento, é a conjunção do estado de graça e morte. Em suma, a boa morte é a morte em estado de graça, a morte dos eleitos. 

Este estado de graça no momento da morte permite ao homem participar pessoalmente na aquisição da sua felicidade eterna. É porque ele persevera até o fim na amizade com Deus e que Deus, em virtude dessa amizade, o introduz nos átrios eternos. O homem, então, na realidade, merece sua recompensa: “Servo bom e fiel, foste fiel no pouco, entra no gozo do teu Mestre.”

Mas se a felicidade do Céu é assim merecida pela perseverança na amizade de Deus, essa perseverança pode ser merecida, por sua vez, no sentido próprio da palavra mérito que implica um certo direito de obter esta graça? Podemos merecer aquilo pela qual merecemos o Céu? Continuar lendo